eight

nos adaptamos em qualquer situação


Ren pulava de uma pedra à outra, tomando cuidado para não perder o equilíbrio e cair na água corrente que passava por entre seus pés. Atrás de si vinha Sukuna, que carregava um cesto mediano de palha enquanto observava a moça brincar pelas rochas de diversos tamanhos. Estava um dia quente, o sol batia forte enquanto um vento fraco levava as nuvens com lentidão pelo céu. O ar estava abafado, não havia um minuto sequer que a temperatura abaixasse e o clima ficasse mais fresco, por esse motivo, a menina de olhos bicolores teve a ideia de um piquenique na beira do riacho, obrigando o homem que tanto gostava vir consigo.

Apesar de Sukuna não gostar tanto de explorar o bosque, ele acompanhava Ren em qualquer lugar que fosse, mesmo se a garota o pedisse para não vir, daria um jeito de a seguir às escondidas. Ryomen queria de todas as formas possíveis proteger a alma feliz e angelical que ela tinha, por conta disso e outros motivos que não se importava em agir de acordo com os desejos dela. Se algo a deixasse alegre, o homem não hesitaria em fazer.

Seus olhos escarlates encararam a figura pequena e serelepe acariciar uma flor branca que brilhava por entre a folhagem rasteira ao lado do rio. Ren tinha os pés na água, os tecidos que tampavam seu corpo sujavam-se na terra úmida e a garota sorria em contato com a natureza. Se não fosse por ela, Sukuna nunca teria reparado na beleza que o mundo tinha, seu peito ficava quente apenas de estar no mesmo ambiente que a morena. Era simples, Ren transformava coisas simples em importantes e trazia à Ryomen uma nova forma de perceber a vida. Ele procurou por tanto tempo aquela sensação, que realmente tinha medo de acabar rapidamente.

- Sukuna-san - chamou pelo homem, tampando a testa com a palma da mão em buscar de enxerga-lo no sol escaldante - Venha aqui!

Se aproximou da figura pequena, suspirando ao ver a sujeira que ela havia feito nas roupas.

- Você deveria ter me esperado, trouxemos uma toalha, certo? - concordou, sorrindo.

- Não se preocupe com isso - deu um empurrãozinho nele - Sente-se.

Sukuna fez o que a garota disse, sentando-se na manta aberta que colocou na grama e descansando o cesto na superfície fresca. Observou a água corrente que brincava com os pés da garota, decidindo se também fazia o mesmo para aliviar o calor ou continuava em sua postura séria. De qualquer forma, Sukuna sabia que sua fachada não faria efeito nela.

- Tenho uma surpresa para você - Ren virou o rosto para ele, chamando sua atenção para as orbes heterocromaticas.

- Tem? - perguntou enquanto via as mãos pequenas pegarem o cesto de palha.

Ela sorriu, um brilho se instalando nas pupilas negras. Tirou de lá um vidro com geleia de amora e pão, colocando-os em cima de uma cerâmica que havia trazido consigo. Dividiu a massa em alguns pedaços e depois passou o doce, deixando servido para Ryomen. O homem sentiu-se amado, admirando a surpresa que Ren fez para ele e logo
comendo um pedaço pão, deliciando-se com o gosto doce da geleia. Ele realmente amava aquela combinação.

- Obrigado - falou, pegando mais um.

Abriu um sorriso singelo, observando Sukuna saborear do pão com geleia que tanto amava. Os pés mexiam sem parar na água gelada, Ren desejando poder entrar ali, porém não queria molhar as roupas e nem ficar nua na frente dele. Apenas ficou escutando o barulho instigante do riacho, aproveitando da presença do homem e de toda a calmaria do local. Sentia-se leve e segura, mesmo que estivesse ao lado de um espírito amaldiçoado, como Sukuna havia dito. Ren não havia entendido com tanta clareza o que realmente eram maldições e todo aquele mundo sobrenatural dele, mas não se preocupava com isso, ela confiava fielmente em Ryomen e iria seguir suas palavras para ficar tranquila.

Abanou seu próprio rosto, as bochechas coradas e gotículas de suor descendo pela testa pálida. Estava quente, seu corpo clamava para ficar fresco e a menina lutava contra a vontade de se livrar dos tecidos que cobriam a pele alva. De sua boca saía suspiros pesados e os olhos bicolores não conseguiam se manter abertos por tanta claridade que vinha do sol. A morena sentia-se desconfortável por conta da quentura que cobria suas extremidades, porém não poderia fazer nada.

- Ren - chamou, percebendo a inquietação dela.

- Sim? - respondeu educada, virando o rosto em direção à Sukuna.

O rosado tinha um pãozinho na boca, suas orbes observavam a japonesa enquanto uma das mãos se aproximava do ombro dela. Desceu o tecido azul por sua pele, deixando a mostra um pouco da clavícula dela, um ato para que Ren entendesse que poderia se sentir confortável em ficar nua a sua frente. Ryomen não iria fazer algo malicioso com ela, a não ser que a morena pedisse. Viu as bochechas de sua face ficarem vermelhas e os olhos um pouco assustados, então logo parou os movimentos e se afastou da garota, tendo medo de lhe aborrecer.

- É-é - ele se atrapalhou, não sabendo o que dizer à Ren.

Resolveu ficar em silêncio, virando o rosto para outro canto, apenas esperando que ela não se importasse com o toque ousado do mesmo. Sentia-se estupido por nem mesmo ter pensado em como ela reagiria e por te-la assustado. Culpava-se, ficando levemente envergonhado por seus atos. Não conseguia mais olhar para Ren, esperava que ela esquecesse aquilo rápido.

- S-Sukuna-san? - a voz dela tremeu - Você quer que eu fique... nua?

- Não! - falou com urgência, voltando a encarar a garota - Não é desse jeito que você está pensando. Apenas não quero que você morra de calor.

Ryomen abanou as mãos, nervoso com o que dizia. Ele ficava muito atrapalhado quando aquele tipo de situação acontecia entre ele e Ren.

- Você olharia se eu ficasse? - perguntou, rastejando os dedos pelo tecido que cobria sua derme quente.

- Não - Ryomen respondeu, encarando a dualidade dos olhos da garota.

A japonesa mantinha-se corada, as bochechas com um tom mais vermelho que antes. Ela passou os dígitos pela roupa, descendo a mesma pelos ombros diáfanos, mostrando sua pele nua enquanto fechava os olhos fortemente. Estava envergonhada, porém queria mostrar seu corpo à Sukuna, queria demonstrar sua confiança nele. Não estava se despindo porque ele havia dito, mas sim por vontade própria. Ren escolheu sozinha e estava decidida com aquilo.

Os seios ficaram a mostra, reluzindo a luz do sol enquanto o resto do pano azul escorregava por sua barriga. Os pelos dela estavam arrepiados e os músculos tensos, mesmo estando certa do que fazer, continuava nervosa. Apesar de Sukuna observar cuidadosamente seus movimentos, ele fazia questão de não demonstrar nada malicioso, apenas admiração pela garota. Estava paralisado enquanto via ela se levantar e deixar o tecido cair por seu corpo magnífico, as curvas e dobras de seus contornos chamando a atenção de Ryomen inteiramente para si. Ele sentia-se no paraíso, vendo a mais bela das artes que já haviam sido feitas no planeta.

Contemplou Ren andar até a beirada do riacho, seus pés entrando na água gelada e a levando até um ponto que sua cintura fosse molhada. Sua estrutura era esplêndida e Sukuna não conseguia tirar os olhos da figura alva mergulhando no poço, o cabelo grudando nas costas e a derme brilhando com as gotículas de água que escorriam por si. Seus olhos encontraram os dela, por um momento o Rei das Maldições se viu perdido nas orbes heterocromaticas, desejando estar ali com ela, um colado ao outro. Viu Ren mergulhar outra vez, deixando a água passar por seu corpo e limpar qualquer sujeira que tivesse.

A japonesa estava envergonhada, porém sentia-se livre e aliviada por estar ali, mesmo sendo observada constantemente pelo homem. Secretamente gostava da atenção de Sukuna em si e realmente não se importava em ser o foco dele, ficava feliz por ter alguém acompanhando seus passos e cuidando de si, já que há muito tempo ficou sozinha. Aquele sentimento era nostálgico, Ryomen trazia à ela a mesma emoção que sua criadora lhe dava. Era um misto de paixão com preocupação, via claramente nos olhos escarlates de Sukuna que o mais velho admirava-a, e também percebia com facilidade sua preocupação e cuidado. Foi do mesmo jeito com a senhora que a criou.

Sukuna espreitava entre acompanha-la no banho de cachoeira ou apenas observa-la de longe, embora sentisse de longe o corpo da menor clamar por sua aproximação. Suas orbes bicolores encaravam fortemente o mais velho, um pedido silêncio para que fosse ao seu encontro. Ryomen se levantou da manta, desamarrando a faixa de sua cintura e descendo as duas mangas que cobriam os ombros, deixando a mostra as tatuagens. Seu estômago revirava em ansiedade, pois queria ficar perto de Ren o mais rápido possível e mesmo se controlando, ao ver a garota nua e entregue à si, o Rei das Maldições ia à loucura.

Deixou o tecido esbranquiçado escorregar por seus contornos até que caísse no chão, ficando explícita sua parte íntima. A morena não ousou desviar o olhar dos olhos vermelhos de Sukuna, agachando levemente na água apenas para que seus seios fossem tampados. Um formigamento cobria o ventre da garota, por nervosismo e sensações desconhecidas por si. Observava o homem seguir em sua direção, o corpo estrutural e malhado de Ryomen sendo molhado pouco a pouco enquanto entrava no poço em que se encontrava. Ela tinha a respiração ofegante, os músculos tensos por vergonha de seu corpo, contudo ao mesmo tempo sentisse rajadas de liberdade e paz. Era confuso na mente de Ren.

Ryomen se aproximou, ficando a poucos centímetros de distância dela, não sabendo o que dizer ou fazer, porém tinha algo em mente. Enfiou os dedos pela lateral de seu rosto, brincando com os fios negros molhados enquanto a outra mão passava pela cintura de Ren, puxando-a para perto. Sua boca raspou na da garota, um choque percorrendo as extremidades dos dois e um calafrio passando pela coluna, sua garganta estava seca de tanto nervosismo. Por fim, acabou com a mínima distância que tinham, beijando-lhe os lábios com firmeza e lentidão, saboreando do hálito de cereja que Ren tinha.

Mexeu a língua enquanto sentia uma dormência em sua ponta, a saliva da japonesa se misturando com a dele e as minúsculas mãos subindo por seu peitoral marcado. Sukuna acariciava a bochecha dela, trazendo-a para perto a cada segundo, sentindo uma vontade descomunal de querer mais contato. Ren não estava diferente, buscava mais o corpo do maior, abraçando-lhe o pescoço enquanto ainda sentir o sabor de amora que vinha da língua dele. Sua derme formigava onde os dedos quentes dele tocavam, os arrepios estranhos consumindo todo seu ventre.

Sukuna separou o beijo quando a falta de ar era evidente, agarrando a cintura da garota e a trazendo para cima, onde a menor circulou as pernas pela cintura do homem. A dualidade dos olhos dela observavam descaradamente a beleza que Ryomen exalava, não percebendo que a atenção do maior era outra. Ele encarava a pele alva da clavícula de Ren, desejando ter seus lábios ali, podendo chupar e marcar da forma que quisesse. Porém, decidiu perguntar antes:

- Você quer mais? - esfregou o nariz pelo pescoço dela, vendo seus pelos arrepiarem-se.

- S-sim - soltou um gemido quando a boca quente de Sukuna selous beijos molhados e demorados no local.

- Apenas relaxe.



[13/06/21]
sem revisão

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top