06. JEON MANÉ

Quando as aulas acabaram e tivemos o nosso tempo livre corri para fora daquela sala minúscula, para ser mais exata eu corri de Jungkook, antes que ele me lançasse uma de suas piadinhas sem graça. Estava procurando Jennie, mas não me lembrava qual era sua sala. E o pior, eu me afastei do Taehyung. Droga!

Apressei o passo e continuei a andar, quase gemi aliviada quando vi Jimin e Rosé. Caminhei até eles, seu olhar caiu em mim, minhas bochechas queimaram. Senti como se estivesse atrapalhando alguma coisa, mas não seria por muito tempo.

— Oi. — Rosé me cumprimentou, sorri meigamente para ela.

— Oi. — Respondi baixinho, então olhei para Jimin. — Você viu a Jennie?

Ele cruzou os braços, mas antes que pudesse responder Rosé tocou em seu braço, ele bufou. Isso o fez engolir o comentário sem graça que faria.

— Ele estava na frente da sala da professora Niran a última vez que eu a vi, tava com o menino estranho que é o irmão dela e o Jeon. — Falou com a voz arrastada, Rosé sorriu orgulhosa.

— Okay, obrigada... e me desculpe. — Passei por eles, quando cheguei no corredor não tinha ninguém.

Merda. Merda. Merda.

— Manobal! — Enrijeci, escutei passos atrás de mim. Não me virei, eu queria sair correndo.

— O que você quer Jungkook? — Rosnei, não precisava olhar para ele pra saber que estava sorrindo.

— É assim que você cumprimenta seus amigos? — Perguntou com desapontamento forçado, bufei.

— Você não é meu amigo! — Retruquei, cambaleei para frente.

— Eles estão te esperando no jardim. — Sussurrou, arregalei os olhos. Devia ser mais uma de suas peças no qual me fazia quebrar a cara, forcei-me a voltar a andar. — Estou falando sério, juro.

Hesitei, então me virei. Ele estava olhando para o chão, eu só podia estar ficando doida.

— O que você faz aqui? — Indaguei com minha raiva contida, ele levantou a cabeça para me olhar.

— Eu ia te procurar, você saiu correndo da sala. — Ele passou às mãos pelo cabelo. — Olha, me desculpa por antes. Sabe, por ficar no seu pé.

— Por que? Agora não é mais divertido? — Fui até ele pisando duro, ele deu um passo para trás, cruzei os braços.

— Claro que é, só queria ver como você iria reagir. — Ele começou a rir, respirei fundo. — Agora vamos logo, Manobal.

— Tem como parar de me chamar assim? — Gritei, ele pareceu se assustar. — Meu nome nem é assim, quando você vai crescer? Mané!

Passei por ele, eu estava furiosa. Odiava quando falavam meu sobrenome errado, Jungkook descobriu isso por acidente e hoje usa contra mim. Ele correu ficando ao meu lado, quando chegamos ao jardim Jennie pareceu notar e veio correndo.

— Aí está você, onde se meteu? — Minhas bochechas queimaram, Jungkook estava esperando uma resposta também.

— Hm, eu fui ao banheiro e tinha esquecido qual era sua sala. — Omiti, não ia confessar que fugi de Jungkook. Isso só ia deixar ele mais insuportável, ele cutucou minha nuca e foi até Taehyung e Hoseok. — Panaca! — Resmunguei.

— Acho que ele gosta de você. — Confessou baixinho, soltei uma gargalhada histérica. Fazendo todos olharem para mim.

— Ele gosta de me perturbar, isso sim — Falei quando me recompus, Jennie balançou a cabeça.

— Não, quando falamos que você talvez tenha se perdido ele ficou preocupado e foi atrás de você. E olha, ele te trouxe até aqui. — Pisquei algumas vezes, ela tinha razão Jungkook foi me procurar.

— Ainda sim Jennie, não viaja ele é o Jungkook. Não gosta de meninas como eu, apenas curte ficar no meu pé. — Insisti. — Ele tem medo de perder o brinquedinho dele. 

— Não acho que seja isso. — Ela fez uma pausa, então segui seu olhar até um menino pálido. — Esse é o babaca da minha classe.

— Que merda, o babaca ainda é bonito. — Ela me fuzilou com os olhos, contive minha risada diante sua expressão furiosa. — Não se preocupe, não quero roubar seu babada bonitão.

Ela sorriu.

— Claro, porque você já tem o seu. — Bufei, Jungkook nem era tão bonito assim. Olhei para Jungkook, ele estava sorrindo para os meninos. Ficava melhor assim do que me perturbando. — Pelo visto você também acha ele bonito. — Provocou-me.

— Cala a boca. — Falei e comecei a andar, ela riu e me seguiu. Jimin e Rosé estavam sentados na grama tinha uns meninos conversando com Jimin, Rosé estava quase pedindo socorro. — Será que ela aceita andar conosco?

— Não custa tentar, melhor do que ficar com aqueles meninos.

Nos aproximamos deles, agora a ideia já não era tão atraente. Não tinha coragem de chamá-la e muito menos convida-la, Jennie também. Ela percebeu nossa presença e acenou, então a chamei com a mão. Ela sorriu aliviada, sussurrou alguma coisa no ouvido do Jimin e correu até nos. Jimin seguiu-a com os olhos, como se isso fosse a proteger de sei lá o que.

— Graças a Deus! — Rosé disse aliviada, Jennie e eu rimos. — Achei que ia morrer de tédio, aqueles amigos do Jimin se auto-convidaram.

— Percebemos sua cara de desespero. — Jennie falou entre risos.

— Esse será seu futuro, boa sorte. — Ela arregalou os olhos como se não entendesse do que me referia, então ela corou.

— Somos apenas amigos. — Disse timidamente, fiz careta.

— Nem vem com essa, tá na cara. — Ela pegou o cabelo e começou a mexer.

— Não precisa ter vergonha, essa daqui tá caidinha pelo garoto que tá perturbando ela. — Encarei Jennie ofendida, ela era perversa. Rosé me encarou, provavelmente esperando uma confirmação.

— Isso não é verdade, tudo que eu quero é chutar a bunda do cara para bem longe. — Rosé riu, eu cruzei os braços.

— Viu só? Isso que intitulamos como "amor". — Empurrei Jennie, e ela cambaleou para trás.

— Seu namorado se importaria da gente te sequestrar um pouco? — Ela olhou para Jimin, eu estava esperando que ela negasse a parte do "namorado".

— Acho que não, ele está ocupado falando com aqueles meninos. — Eu e Jennie nos entreolhamos e sorrimos perversas, aí Rosé, que vacilo.

— Então ele é mesmo seu namorado? — Ela me encarou em confusão, mas logo percebeu e suspirou.

— Não namoramos, ele nunca me pediu. Apenas estamos sempre juntos. — Ela falou sorrindo tristemente. — Mas eu queria que fosse.

Deu os ombros, puxei seu braço e andamos para longe dali.

— Sabia! — Sorri vitoriosa com a confissão da mais velha, baixei meu olhar. — E eu tenho uma relação de amor e ódio com o sorriso do Jungkook. — Confessei e Jennie gargalhou. — Vai, solta um segredo também.

— Hmm, meu pai é procurado pelo ministério da magia. E eu morro de medo de ficar má igual a ele, não quero seguir os seus passos. — Balancei a cabeça, Rosé mordeu a bochecha.

— Você sabe o nome dele? — Perguntei, talvez eu soubesse de algo sobre.

— Não, mamãe não falou. — Ela suspirou. — Eu quero achá-lo, quero ver ele atrás das grades. Mas tenho medo.

— Nos podemos te ajudar. — Rosé ofereceu, Jennie olhou esperançosa pela primeira vez. — Sou ótima em conseguir informações sobre Sonserina, se é que me entendem. Ele era de lá, certo?

— Bingo! O pai do Jimin provavelmente estudou junto ou no mesmo tempo em que seu pai esteve na escola, podemos pedir o álbum de formatura do pai de Jimin e olhar. — Sugeri, Rosé assentiu.

— Não quero incomodar vocês com isso. Provavelmente vai dar muito trabalho.

— Que nada, vai ser mamão com açúcar! — Falei confiante.

— Por favor não contem ao Taehyung, não quero que ele se preocupe com isso.

Ficamos planejando o que fazer até a hora que todos tiveram que ir para o grande salão para a janta, por um momento desejei que pudéssemos escolher onde sentar para ficar mais um pouco com elas. Mas ao invés disso eu tive que me sentar ao lado do Jeon Mané.

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