☹︎𝑨𝒏𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓 𝑫𝒂𝒚 𝑾𝒊𝒕𝒉 𝑳𝒐𝒏𝒆𝒍𝒊𝒏𝒆𝒔𝒔☹︎
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*August 7, 1969*.
"Essa é a primeira vez em que ganhei um diário, onde finalmente posso me expressar e confessar as minhas dores, medos, tristezas e até a solidão."
"Me chamo Delilah Morrissette, tenho dezesseis anos, sou uma jovem com uma alma solitária e simples, sou impaciente, e as vezes teimosa, algumas pessoas reclamam de mim por isso."
"Não tenho amigos, e nem sequer alguém para ficar perto de mim, já estou acostumada, não desejo muitas pessoas em minha volta, porque parece estúpido e insistente."
"Ainda bem que ganhei este grande diário de minha avó, que no caso moro com ela desde o ano passado, ela é a única pessoa em que sempre está me acolhendo e me entendendo."
"A partir de agora vou escrever muito, todos os dias vou para a varanda e escrever neste diário, sentindo o vento e o barulho da chuva caindo."
"Também quase todos os dias vou para a escola, estudando e dormindo nas aulas ao mesmo tempo, os professores nem percebem, pois sabem que sou completamente excluída."
"Meus únicos passatempos são, tocar piano, ler livros de romance e solidão, passear pelas as ruas á noite, assistir filmes que passam na televisão, e dormir na varanda olhando para a lua."
"As vezes, minha avó ficava perguntando para mim de o porquê eu não ter nenhum amigo, ou então não ficar feliz e agradecida com absolutamente nada."
"Eu não sei o que realmente tenho, por isso, acho que as pessoas não se aproximam de mim por causa disto, não sou uma pessoa narcisista, que pensa só em si mesma."
"Sou aquele tipo de pessoa onde se compara a tudo neste mundo, por exemplo, todas as noites na varanda da sala de estar, vejo jovens melosos e felizes, como posso dizer que são casais jovens e felizes, de mãos dadas, e cada um com o seu par, isso me faz ter um tipo de desgosto e inveja ao mesmo tempo."
"Sempre fiquei pensando se algum dia eu poderia conhecer alguém, ou se algum dia um "Romeu" iria pular a minha varanda e me encontrar, dizendo que sou sua "Julieta", e depois nõs poderíamos viver felizes."
"Mas não, isso provavelmente nunca iria acontecer, de forma alguma. Seria esquisito e estranho."
"Não sei quando existiu o antissocialismo,é uma forma de uma pessoa ser só, e querer ser sozinha, e não conviver com outros, tenho a maior dificuldade de me socializar em tudo neste mundo,seja família, escola, lugares públicos e outros."
"Minha avó sempre me convidava para nós comemorarmos o natal na casa de nossos parentes, mas como sempre, eu não iria, e depois ficava em casa assistindo filmes de natal."
"Essa coisa de conhecer novas pessoas, novas coisas, novos gostos, nunca foi para mim, eu mesma provo isto, porque sempre fui assim."
"Meu interesse mesmo sempre foi literatura, música, estilos, e instrumentos, desde os meus treze anos que sempre gostei disto, é um salvamento para mim, e também há pessoas que pensam desta forma."
"Tudo não é completamente triste e melancólico ao mesmo tempo, às vezes, acho que temos que ver o lado bom da vida, mesmo com dificuldades e tristezas."
"Também nunca tive alguém que me amasse, que me protegesse, que me surpreenderia, nem nada, é basicamente estranho, e sem sentido, algumas pessoas ficavam me perguntando o porquê de eu não conhecer outras pessoas ou então se relacionar com um alguém para ter uma vida feliz."
"Este foi o meu grande desabafo, espero escrever mais a partir de amanhã, prometo que vou escrever todos os dias, até mais, meu querido e melancólico diário."
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Delilah guardou o seu diário e foi em direção a cozinha, onde sua avó estava.
Sua avó que se chamava Amelia, viu a mesma e sorriu gentilmente, ela estava preparando uma torta de framboesa para Delilah.
Delilah:- Obrigada por fazer minha torta favorita vovó. -A jovem disse com um pequeno sorriso.-
Amelia:- De nada querida, agora aproveite. -A avó colocou a torta sobre a mesa da sala de estar.-
Delilah se sentou na mesa e saboreou a bela torta, ouvindo o rádio que tocava os sucessos daquele ano.
Sua avó se sentou na mesa e olhou para a mesma.
Amelia:- Querida, queria conversar com você.
Delilah:- Claro, o que queria conversar?
Amelia:- Você já começou a escrever em seu diário?
Delilah:- Sim, muitas coisas. -Ela dizia olhando para baixo-.
Amelia:- Entendo, mas também queria lhe perguntar uma coisa.
Delilah:- Claro.
Amelia:- Querida, acho que você deve ter alguém ao seu lado, por exemplo, uma melhor amiga, ou um amigo, ou então um parceiro para você, todo este tempo você sempre viveu só. -A avó pegou em sua mão, a acolhendo-.
Delilah respirou fundo e disse:
Delilah:- Então vovó, a senhora sabe que nunca conheci ninguém e que sempre vivi assim, não vou me aproximar das pessoas, e que, se caso alguém se aproxime de mim uma vez.
Amelia:- Delilah, quase todas as noites percebo sua solidão e tristeza, vejo você vendo aqueles jovens de mãos dadas nas ruas, vejo também que você chora um pouco, e me preocupo com isso, você também têm de saber que não vou estar sempre aqui.
Delilah havia deixado uma lágrima cair e abraçou sua avó.
Delilah:- Na-não, vou cuidá-la e a senhora sempre irá ficar comigo, mesmo eu não tendo ninguém em meu lado.
Amelia abraçou a mesma e disse:
Amelia:- Eu sei disto querida, mas por favor, tente se aproximar de alguém que irá fazer você feliz, você vai ver, e essa sua solidão irá acabar logo logo.
Delilah olhou para baixo com suas lágrimas caindo, pensando no que iria exatamente fazer.
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