Epílogo
Não conseguia segurar as lágrimas, meu filho estava ali comigo e com a minha família. Carl estava com Jasminy em seus braços e ela olhava sem parar para o bebê embrulho em meus braços.
- Coloca ela aqui, Carl! - peço ajeitando Matteo sobre meu colo e dando espaço para Jasminy se sentar. - Aqui amor, é seu irmão.
Ela me encarou interresada por alguns instantes e esticou os braçinhos em direção ao bebê em meu colo. Queria ele.
Sorri ainda mais ajeitei o mais novo integrante da família nos braços da pequena. Carl se sentou ao nosso lado e tirou o chapéu sorrindo.
Siddiq estava em nossa frente e tinha uma câmera em mãos, pronto para tirar a foto que havíamos pedido.
- Digam xis! - ele exclama.
2 anos depois
- Carl a gente vai se atrasar! -exclamo do andar debaixo.
- Eu não estou achando, onde que tá?
- Dentro do guarda roupa do Matteo, segunda porta, debaixo das cobertas. Você mexeu nele ontem.
Estavamos indo para Hilltop, comemorar nossas coleitas e a abundância de nossas terras. Seriam dias de festa e descanso merecido para cada de cada comunidade.
Nossas terras estavam produtivas e não pareciam nem um pouco acabadas, nossas rotações entre as comunidades haviam ajudado naquilo, aquelas idéias que havíamos tido anos atrás estavam fazendo efeito agora.
- Achei! - Carl grita do andar de cima.
- Papai grita de mais! - Jasminy diz inocente me fazendo soltar uma gargalhada alta.
- Eu ouvi.
O rosto de Jasminy se tornou vermelho e eu a puxei para perto de mim, passando minhas mãos em seus cabelos enrolados.
Carl desceu as escadas com a bolsa de Matteo sobre os ombros e sem seu chapéu, seus lábios tocaram os meus e ele esticou sua mão vazia em direção a pequena ao meu lado.
- Quem pegar por último é a mulher do padre! - ele exclama correndo para fora de casa - Não vai vir me pegar.
- Não quero ser mulher do tio Gabriel. - Jasminy exclama cruzando os braços.
- É só modo de falar meu amor, você vai ter alguém um dia, alguém que não vai ser o padre Gabriel.
Ela descruzou os braços e correu até o pai, tentando o pagar enquanto corriam ao redor do carro.
- Vocês são as melhores coisas que esse mundo de merda poderia me dar. - digo beijando as bochechas gordas de Matteo e caminhando até eles. - Jeff?
O homem se virou para mim e sorriu. Em passos rápidos ele se aproximou.
- Vou tentar chegar mais cedo, quero dar uma folga pra vocês.
- Não precisa Summer, você tem uma família que precisa de você.
- Você também tem uma. Eu insisto. Vocês precisam aproveitar as festas também, não apenas nós.
- Obrigado!
Deixo um breve aceno e caminho para perto do carro onde Carl estava me esperando do lado de fora. Matteo foi colocado no banco, ao lado da irmã, ambos presos a cadeirinha.
- Vem cá - as mãos de Carl me puxaram para ele e seus lábios se colaram nos meus. Nosso beijo calmo me fez desejar que não acabasse e que eu não tivesse que respirar. - Eu te amo!
- Eu te amo mais ainda, projeto de sheriff! - ouço ele rir e o beijo mais uma vez. - Obrigada por tudo, tudo mesmo. E me desculpa por tudo também.
- Não precisa agradecer e muito menos se desculpar. Nunca foi fácil as coisas entre a gente, agora que tudo está se acertando, que tudo está calmo...Temos que pensar só nisso. Eu te amo e quero ter mais vários filhos com você.
- Acha que eu sou o que? Uma chocadeira?
- Não, o amor da minha vida. A mulher dos meus mais ousados sonhos e mais felizes momentos.
O beijo novamente antes de ouvir Jasminy reclamar dentro do carro, pedindo para andarmos rápido que ela queria comer. Ela era uma figura.
- Sum?
- Hum - paro na porta.
- Nada não, só queria te olhar mais um pouco antes de entrar no carro.
- Bobo!
- Seu bobo!
- Só meu. - deixo um casto selinho em seus lábios e entro no carro de uma vez.
Eu amo tanto eles. Amo tanto essa família e esse lugar que o mundo de merda me deu.
F I M
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