🐍⚡ Drarry- Babá (oneshot)

Uuuuuu olá bruxosssss

Estou aqui, pela segunda vez, com um shipp lindo (vulgo meu predileto depois de Draco comigo): DRARRY AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Ok, me acalmei kkkk

Dedico esse capítulo a Amorzinho_do_Andrew, louiswitf e Vih_Toquio, obrigada pelos pedidos! <3
(Mil desculpas caso eu tenha esquecido de alguém rsrs)

E para todos vocês, espero que gostem meus amores ^_^

. . .

- Muito bem, seu sapequinha- Harry sorri para seu sobrinho, Teddy Lupin, que havia acabado de tomar uma colher inteira de papinha sem a sua ajuda- Você é um garoto inteligente, não é?

O garoto em vez de responder, joga a colher no chão e enfia sua mão na comida, fazendo Harry suspirar cansado.

Assim que ele havia acordado com o choro da criança e foi se olhar no espelho, quase se assustou com o que viu. Ele estava pálido, com a barba por fazer e olheiras profundas, parecendo um zumbi. Não imaginava que cuidar de um mini humano pudesse ser tão trabalhoso.

- Bem, nem todo mundo é perfeito- falou mais para si mesmo.

É então que a campainha toca.

- Já estou indo!- grita, tirando Teddy Lupin da sua cadeira de bebê e o segurando no colo- você vem comigo, seu bagunceiro.

Harry abre a porta, sorrindo, mas sua expressão murcha imediatamente ao ver quem era.

- Malfoy.

- Potter- o loiro assente, sério.

- Confesso que eu esperava a visita de qualquer um, menos a sua- fala Harry, com uma voz neutra.

- Como assim? Você não me enviou uma carta pedindo para cuidar... Ham... Disso?- Draco aponta para o bebê no colo do moreno, que babava e mordia o ombro de seu padrinho com a gengiva sem dentes.

- Ele é uma CRIANÇA, Malfoy. E eu não mandei carta nenhuma.

Draco franziu as sobrancelhas.

- Isso é estranho. Então quem me mandou isso?- O loiro tira uma folha de papel do bolso, que Harry imediatamente pega de sua mão e lê.

Na carta Harry pedia para que Draco cuidasse da criança por um dia, prometendo que iria pagá-lo. Estranhou, afinal, possuía mesmo sua assinatura.

- Eu não enviei isso.

Draco o encara, perdendo a paciência.

- E quem mais teria enviado?- ele olha por cima do ombro dele- Isso é alguma brincadeira de mau gosto?

- Posso lhe garantir que não, agora, se me der licença...- começou a dizer, prestes a fechar a porta.

- E-espera!- Draco coloca a mão na porta, e por um segundo Harry pôde ver algo semelhante a desespero em seu olhar- Tem certeza de que não precisa de ajuda?

O moreno o olhou, confuso, enquanto o loiro ansiava por sua resposta.

Ele ponderou um pouco: de fato, estava exausto, e dormir em paz por algumas horas não faria mal algum. Por mais estranho e suspeito que fosse o fato de Draco Malfoy estar praticamente implorando para cuidar de uma criança, ainda mais por um preço tão baixo -na carta dizia que ele seria recompensado com 10 galões.

Em resumo, Harry não sabia o que tinha na cabeça quando disse:

- Tem razão, estou precisando descansar.

E Draco, que apesar de tudo sempre continuaria sendo um Malfoy, não resistiu:

- Quem diria que o próprio Harry Potter, que derrotou o maior bruxo das trevas, sequer consegue cuidar de uma criança.

Harry evitou mostrar um sorrisinho. Não ficou zangado como costumava ficar, notando que não havia maldade no tom do loiro.

- Vá se danar, Malfoy- então deu um passo para trás- Enfim, você pretende ficar aí parado do lado de fora ou...?

- Ah, sim- Draco fala sem graça.

Ele entra na casa, controlando a irritação e desconforto. Olhou em volta, processando cada detalhe da mansão Black. Era estranho pensar que sua própria mãe havia crescido ali.

Então, assim que Harry fecha a porta, começa a lhe explicar várias informações sobre como cuidar do bebê, que Draco esquecia no exato momento em que chegavam em seu ouvido.

- Então- Harry fala por fim, soltando um suspiro- Você entendeu tudo?

- Claro, claro. Agora passa logo essa criatura pra cá.

- É um bebê, caso não saiba.

- Tanto faz- diz, pegando Teddy no colo. Mas ele logo arregala os olhos surpreso quando o pequeno envolve seu pescoço com seus braços gorduchos, tão forte que ele fica meio sem ar- O que está fazendo? Eu exijo que me solte neste instante, seu pestinha! Se não meu pai vai ter que... Quero dizer... Se não EU vou ter que fazer algo a respeito!- então ele olha desesperado para Harry- Por que ele não me solta?!

- Porque, por alguma razão maluca, ele gostou de você e está te abraçando.

- Isso é um abraço? Tem certeza? Ele não está tentando me sufocar ou algo assim?

- D-da... Dada!

- Olha, ele falou!

- O que?

- Você não ouviu? Ele falou "dada".

Draco o olhou como se ele tivesse batido a cabeça.

- Potter, você por acaso é idiota? "Dada" não significa nada.

- Você que é idiota- o moreno revira os olhos, controlando o riso- Dada é uma mandeira de falar "papai".

- Aahh...- Draco o olha confuso- Mas o pai dele está morto.

Harry suspira, com os dedos pressionando a ponte do nariz.

- Quer saber? Esquece. Você não sabe absolutamente nada sobre crianças. Vou voltar a dormir que eu ganho mais. E por favor- pede, antes de subir as escadas- Não queime a casa ou perca o bebê.

Malfoy solta uma risadinha assim que o observa sumir no alto das escadas. Olha para o pequeno primo, com uma expressão irritada.

- Ele acha que sou tão idiota assim ao ponto de perder uma criança?

- Da... Da...

- Seu pai está morto, criança lobisomem, pare de falar bobagens- mas de repente, ele se toca, e arregala os olhos- Espera, não me diga que... Que você está achando que sou seu pai?

- Dada!

O loiro sorri involuntariamente.

- Quem lhe dera eu fosse, garoto- então, meio constrangido, ele passa a mão nos cabelos castanhos e de pontas azuis- Quem lhe dera...

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Harry se revira na cama. Já estava tentando dormir há mais de meia hora, mas simplesmente não conseguia. Era impossível, quando sabia que no andar de baixo ele havia deixado seu afilhado nas mãos de alguém totalmente inexperiente e que tinha a maturidade de uma criança de 6 anos.

Foi então que teve um péssimo pressentimento e, desistindo completamente de seu sono, desceu as escadas em disparada. Não os viu em lugar algum da sala, e por um segundo terrível pensou que tinha sido tudo uma armação e Malfoy sequestrara Teddy.

Até que ele ouviu o barulho estridente de uma panela caindo no chão, e foi até a cozinha.

Seus olhos se arregalam de surpresa com a cena.

Lá estava Draco Malfoy, usando um avental rosa cheio de corações, em frente a um fogão mexendo em uma panela. Ao lado dele, sentado no balcão, estava Teddy todo sujo de algo que parecia chocolate. Não só ele, como o piso e até partes das paredes tinham respingos da mesma substância.

- O que diabos você está fazendo?!- gritou o Potter, fazendo Draco pular de susto e soltar um grito ao esbarrar o braço na panela fervente.

- Puta que pariu, isso dói!- gritou, e então suspirou de alívio ao ligar a pia e sentir a água escorrer pela região queimada. Logo olhou para Harry, revoltado- Será que teria como você avisar que tinha entrado?!

- Oh, me desculpe- falou com ironia, indo até Teddy e o retirando do balcão antes que o bebê se jogasse dali- Eu estava distraído demais com o fato de você ter sujado a casa inteira em menos de trinta minutos!

- O bebê lobisomem estava com FOME, o que você esperava que eu fizesse?

- Então por que você não usou magia para cozinhar?!

- Porque eu... Bem...- ele cora, desviando o olhar do dele- Porqueeuesqueciminhavarinhaemcasa.

- O que?

- Argh, eu não tenho obrigação nenhuma de me explicar para você, Potter. Nós combinamos de que eu iria cuidar da criança, e nada mais.

- Eu concordaria, se você sequer soubesse COMO cuidar de uma criança direito.

- Olha, eu vou limpar tudo quando acabar, está bem?- disse irritado, e então foi até o forno e o desligou. Pegou uma vasilha que estava ao seu lado e despejou a papa dentro- Eu vi como se fazer essa gosma em um dos livros empoeirados de receita na estante. Não parece estar assim tão ruim.

- Nem um pouco- fala Harry, olhando com desgosto para a gororoba marrom.

.

Tempo depois, Teddy já havia devorado dois pratos daquela coisa (depois de Harry ter provado e verificado se era comestível, claro). Enquanto isso, Draco o assistia, parecendo chocado, os dois "adultos" sentados na mesa em lados opostos.

- Essa criança lobisomem é nojenta.

- Ele não é um lobisomem, Malfoy.

- Hum. Mas continua sendo uma criança nojenta- ele então anuncia, colocando a mão no peito- Sendo meu primo de segundo grau, irei ensiná-lo a se comportar de maneira apropriada.

- Engraçado você finalmente admitir que ele é seu primo, quando parecia ignorar a existência dele até um tempo atrás.

- Por que você sempre fala como se eu fosse uma pessoa terrível? Digo...- ele engole em seco, e então apoia o queixo na mão, mau humorado- Deixe pra lá.

Um tempo se passa, no qual os dois ficam em um silêncio levemente constrangedor, apenas preenchido pelos sons de Teddy devorando sua tijela de comida.

- Adorei o avental- comentou Harry de repente, com um sorriso malicioso.

Draco cora violentamente. Havia esquecido completamente daquela porcaria pendurada em seu pescoço.

- F-foi o primeiro que vi pela frente!

Harry cai na gargalhada, fazendo o loiro corar ainda mais de vergonha.

- Potter, eu juro que se você contar para alguém...

- Relaxa- Harry fala, ainda rindo- Não vou contar. Isso é, se prometer que não vai contar que eu pedi a sua ajuda para cuidar do Teddy- diz, e então olha sem graça para as próprias mãos- Não quero que pensem que não consigo cuidar de um bebê.

- Fechado.

- Dada!- grita Teddy, agora com sua tijela vazia, esticando os braços na direção de Draco.

Harry suspira.

- Não sei o que ele viu em você, sinceramente.

Draco sorri maliciosamente, dando de ombros.

- Fazer o que, eu sou irresistível.

- Vai sonhando, Malfoy- diz Harry, e então vai até até Teddy e o pega no colo. O garoto se aconchega em seu peito e boceja- Ele está com sono, finalmente.

Draco observa a cena, e por alguma razão, não consegue parar de olhar para Harry, com uma expressão tão serena e amorosa. Mesmo que ela fosse direcionada a criança, e não a ele.

O loiro vê ele ir até a sala, e depois de se livrar daquele avental ridículo o segue tempo depois.

Quando chega, vê Harry sentado no sofá com Teddy em seu colo, abrindo um livro com umas ilustrações de fadas e outras criaturas fantásticas na capa. Começa a ler, com uma voz suave.

Malfoy se senta em um sofá a frente deles, novamente observando, com uma expressão séria e intensa. É então que seu olhar para nos lábios do moreno, e fica vários minutos ali.

Até que Harry levanta o olhar e seus olhos se encontram. O tempo parece parar naquele instante. Uma tensão absurda perdura no ambiente, até o moreno pigarrear e voltar a ler como se nada tivesse acontecido, e Draco solta um grunhido frustrado.

Pensa em algo no que dizer. Se ficasse mais tempo tendo de encarar o maldito Potter iria enlouquecer.

- Pelas barbas de Merlin, Potter, você está arruinando meu primo com essas histórias fantasiosas!

- Ah, é? E o que você sugere?

- Um livro didático, é claro. Que tal começarmos lendo um sobre poções...- sugere, se levantando e analisando a estante de livros na extremidade do cômodo.

- Draco, ele tem UM ANO.

- E qual é o problema nisso?- Draco pergunta despreocupado, e então solta um "ah" de satisfação assim que encontra o que procura- Aqui está.

.

Harry não sabia muito bem como as coisas acabaram daquela maneira, mas logo Teddy estava nos braços de Draco, enquanto o loiro lia com uma voz um tanto sem graça o livro didático. Mesmo assim, o garoto parecia entretido, pois pegou no sono.

E, em poucos minutos, foi a vez do próprio Malfoy começar a roncar. Para alguém que se dizia gostar de poções, ele não pareceu tão interessado.

Harry soltou uma risadinha, e admirou a cena por alguns segundos. Nunca pensou que se depararia com aquilo. Quem via de fora até poderia pensar que Malfoy era um pai responsável e uma pessoa amável.

E talvez ele fosse no futuro, pensou Harry com certa surpresa.

Foi em direção a ele, cautelosamente, e pegou um cobertor que estava em um canto no sofá. Cobriu ele e Teddy, e permaneceu um tempo com o rosto próximo ao de Draco.

Engraçado que, mesmo conhecendo aquele loiro azedo por tantos anos, ele nunca parou para olhá-lo de fato. Talvez por eles se odiarem.

Mas naquele momento, Harry não o odiava. Não sabia se poderia chamá-lo de AMIGO, mas com certeza não o desprezava de maneira alguma.

Então, passou o olhar por suas feições. Seus cílios, suas sobrancelhas, seu nariz, e... Seus lábios.

Em choque, Harry se pegou com uma vontade quase desesperadora de beijá-lo.

Por isso ele se voltou bruscamente para trás, com o coração disparado. O que diabos estava acontecendo? Por que, do nada, ele estava desejando Draco Malfoy? Só podia estar enlouquecendo.

Era o cansaço, concluiu. Ele deveria aproveitar a situação para finalmente dormir em paz e, assim que acordasse, tudo voltaria ao normal.

.

Quando Draco acorda, a primeira coisa que percebe é que já estava escurecendo, ou seja, ele deveria se aprontar para ir embora.

Mas quando está prestes a se levantar, é tomado por surpresa ao ver que não só o bebê lobisomem estava aconchegado em seus braços.

Harry Potter dormia como um anjo, com a cabeça apoiada em seus ombros, e - podia ser só impressão- parecia sorrir.

- Potter- ele sussurra, o tocando no rosto cuidadosamente.

Harry murmura algo inaudível, sonolento.

- Potter, eu sabia que você era caidinho por mim, mas nunca pensei que fosse tão ousado para conseguir demonstrar- Draco brinca, e sorri para si mesmo, com uma felicidade inexplicável em seu peito.

- Hum... Só mais cinco minutos, por favor.

- Mas eu preciso ir. Acorde logo, ou vai me dizer que preciso lhe dar um beijo?

Draco ri quando vê Harry assentir, e então, sem saber bem o porquê, deposita um beijo delicado em sua testa.

E é no exato momento em que seus lábios tocam na pele do moreno que ele acorda.

Os olhos dele se arregalam de surpresa, e o mesmo pula para trás, assustado e com o rosto vermelho como um tomate.

- M-mas o que está fazendo?!

- E-eu não fiz nada! Do que está falando?

- V-v-você beijou minha testa!

- Você só pode ter enlouquecido, Potter. Aposto que foi algum sonho maluco seu. Por que eu faria um absurdo desses?

Harry o olha confuso, questionando se de fato ele não havia imaginado coisas, talvez por ainda estar meio sonolento.

Viu Draco deitar Teddy em uma das almofadas, e então se levantar, arrumando o terno.

- Bem, eu já vou indo. Logo vai anoitecer.

- Ah, sim, verdade...

- E não precisa me pagar. Eu fiz literalmente nada além de atrapalhar.

- Não seja tolo, você conseguiu fazê-lo dormir- protesta- Vou lá em cima buscar...

- Harry, por favor, não.

E Harry o obedece. Talvez pelo fato de que estava em choque porque Draco pela primeira o havia chamado pelo seu primeiro nome, e ainda por cima sem sinal de desprezo na voz.

- ...Até mais então.

- Até- Draco assente, e então vai até a porta.

Mas, antes que ele a abrisse, Harry vai até ele e o segura pelo braço.

- E-espera- pede, fazendo o loiro olhá-lo surpreso- Você poderia só me responder uma coisa?

- Vá em frente- diz, desconfiado e confuso.

- Por que você veio? Quer dizer, supondo que você realmente achou que fui eu quem escrevi aquela carta... por que você aceitaria me fazer um favor se me odeia?

Draco o encara por uns instantes. Então suspira.

- Eu... Eu fuji de casa- fala- Estou no Três Vassouras, e preciso do dinheiro.

- O que?!- Harry solta seu braço e o encara, embasbacado- Por que?

Draco sorri com sua confusão. É claro que ele ficaria surpreso. Ninguém nunca esperaria uma atitude dessas vinda de Draco Malfoy.

Então, ele começa a falar.

- A verdade, Potter, é que eu não o odeio. Mas sim o invejo. Você sempre foi bom em tudo, sempre foi amado por todos, e sequer movia um dedo para isso. Enquanto eu, por não ser assim, era castigado todos os dias pelo meu pai. Perguntava a mim mesmo o que você tinha que eu não. Até que eu descobri o que era, mas quando isso aconteceu já era tarde: eu tinha me tornado um comensal. E senti medo. Medo de tentar voltar atrás e ser descoberto ou castigado. Medo de ir atrás da ordem e você me recusar. Só recentemente eu tive a iniciativa de fugir- e então murmura, irritado- E como se eu não fosse idiota o bastante, acabei esquecendo minha varinha em casa.

- Eu nunca faria isso.

- O que?

- Eu nunca o recusaria, caso quisesse entrar para o nosso lado.

Draco sorri amargamente.

- É fácil para você falar agora. Mas tem certeza disso? Tem certeza que você seria capaz de ignorar tudo o que eu lhe fiz? As pessoas podem mudar, Potter- sussurra- Mas não tanto assim.

Harry nega veemente com a cabeça.

- Você se confunde demais com seu pai, Draco, mas você não é nem um pouco parecido com ele. Você é uma pessoa forte, e eu reconheci isso a partir do momento em que vi que não conseguiu matar Dumbledore.

- Eu não o matei por coragem, Potter. Matei por medo...

- Está errado. Como você mesmo disse, tinha acabado de se tornar um comensal, e um peso enorme foi posto em suas costas. Mesmo assim, você percebeu que não seria capaz de fazer tamanha atrocidade- enquanto dizia isso, Harry tocou em seu braço pálido e deslizou sua mão para dentro da manga da camisa. Lentamente, ele levantou o braço de Malfoy e beijou a região cicatrizada- Por isso, Draco, eu não iria rejeitá-lo.

Quando Harry levantou o rosto para olhá-lo nos olhos, ele sentiu-se estremecer, pois Draco o olhava de uma maneira intensa e coberta de luxúria.

- Coloque o bebê no berço- ordenou, e Harry ficou confuso.

- Por que?

- Porque se não colocá-lo agora, eu irei possui-lo neste exato momento, e não quero que o meu sobrinho cresça traumatizado.

Harry solta uma risada sem graça, tentando ignorar seu coração disparado.

- Sei que tentou soar sexy, mas não funcionou- fala, pegando Teddy no colo.

- Ah, não? Então por que você está fazendo exatamente o que eu disse?- pergunta com um sorriso malicioso, fazendo Harry corar violentamente e subir as escadas em disparada.

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Assim que ele volta, Draco percebe o quanto estava nervoso. Não esperava de fato que o testa rachada também o desejasse. Na verdade, sequer sabia se era esse o caso, já que Harry não tinha feito nada além de levar o bebê para cima.

- E-então... Você não vai fazer o que prometeu?

Draco arregala os olhos, sentindo o rosto corar.

- Mas... Você quer?

Harry bufa irritado.

- O que você acha?

O loiro sorri, e, sem falar mais nada, vai em sua direção e o beija com fervor.

Mais tarde, depois de se amarem várias e várias vezes no sofá, os dois iriam se olhar e finalmente perceberiam os verdadeiros sentimentos que haviam nutrido um pelo outro.

Iria demorar para se confessarem em voz alta, claro, e para isso seriam necessárias algumas outras visitas de Draco. "Para cuidar do bebê" diria ele.

Mas nós sabemos que isso não é verdade.

.

E naquele mesmo dia, não muito longe dali, Hermione Granger e Pansy Parkinson bebiam no Três Vassouras, se perguntando se o plano havia funcionado.

Tudo havia começado quando, algumas semanas atrás -antes das duas começarem a namorar- Pansy e Mione estavam discutindo sobre o passado de Hogwarts, e descobriram -através de um livro empoeirado que encontraram em uma loja um tanto suspeita- que apesar de inimigos, Salazar Slytherin e Godric Gryffindor eram apaixonados um pelo outro -exatamente como Harry e Draco, por mais que os dois se recusassem a enxergar o óbvio.

Então, elas começaram o plano; Pansy colocaria a carta com a assinatura falsa de Harry debaixo do aposento de Draco no Três Vassouras.

- Tudo saiu como planejado- ri Pansy no presente, envolvendo os ombros de Hermione- Só espero que eles não descubram.

Só que eles descobriram. Mas essa já é outra história.

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Foto tirada por Harry Potter no dia 24 de dezembro de 1999, dois meses antes dele e Draco Malfoy se casarem.
Em letras desengonçadas, no verso, está escrito "minhas duas crianças prediletas".
Em letras mais caprichadas, lê-se "criança seu c#, eu sou o seu NOIVO, Potter imbecil".

. . .

Por hoje é só, meus queridos bruxos! Não esqueçam (caso tenham gostado claro) do votinho (~°^°)~

Também adoraria seu comentário, críticas são SEMPRE bem vindas (quando feitas com respeito claro rsrs).

Até a próximaaa, beijus sabor pizza pra vcs 🍕

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