25


Ana

Ganhar o abraço de quem você ama ou acha que ama é algo maravilhoso. Você se sente nas estrelas e não quer que nunca acabe, só que tudo tem um fim, até mesmo um simples abraço.

Me soltei de Carl e caminhei até a porta de entrada, saindo pela mesma e descendo as escadas. Meus passos eram lentos e eu só queria ficar sozinha e não deixar as merdas acontecerem na minha cabeça. As pessoas trabalhavam tranquilamente, com um sorriso no rosto.

Algumas passavam por mim e me cumprimentavam, talvez toda a história de cura não tivesse chegado aos ouvidos deles ou eles apenas não estavam me julgando.

A brisa fresca bateu contra meu corpo e eu sorri. Tinha sentido falta daquilo.

— Você viu a Enid? - pergunto a uma senhora

— Ela disse que iria cortar os cabelos da Maggie. Saber que uma mulher está grávida é algo tão maravilhoso não é?

— Oh sim...magnífico. - digo sorrindo saindo.

— Sinto muito pelos seus pais querida.

Engulo seco e a encaro.

— Não sinta. Monstros tem que morrer.

Ela me olhou assustada e saiu, deixando o que tinha que fazer para trás.

Voltei a caminhar em direção a casa de Maggie, vendo as pessoas passarem por mim apressadas. Subo as escadas ao ouvir um grito de dor e abro a porta, encontrando Maggie caída no chão. Corro. Até ela a ajudando e encaro Enid que estava assustada.

— O que aconteceu com ela?

— Eu não sei..Ela começou a gemer e caiu. Tobin foi chamar alguém. - Enid diz chorando.

— Ela vai ficar bem. - falo me abaixando em frente a Maggie que chorava e gemia no chão. — O que você está sentindo?

— Meu bebê Ana. Eu não quero perder meu bebê.

— Você não vai.

Me afasto dela vendo Rick e Abraham caminharem até ela, a pegando no colo e levando para o trailer que estava parado em frente a casa.

— Vamos para Hilltop.

Entrei no trailer e me sentei ao lado de Eugene que mexia em um cubo mágico. Perguntei se eu podia tentar e ele me entregou o mesmo. Em minutos o cubo estava montado em sua devida forma. O que fez o homem ao meu lado arregalar dos olhos.

— Era meu passatempo no antigo mundo. Não me culpe se eu vivia em hospitais. 

— Você nunca contou sua história...Por quê? 

— Não tem nada de interresante nela, e eu também não gosto.

Maggie estava deitada na cama gemendo de dor. Não podíamos dar remédio para ela sem saber com certeza o que estava causando a dor em sua barriga.

Se eu soubesse o que iria acontecer não teria me levantado da cama e nem saído de casa. Assim que nosso trailer deixou os muros de Alexandria ele foi cercado por vários carros e fora dos carros pessoas armadas, muito bem armadas, os tiros começaram e eu saquei minha arma

Eu senti meu peito doer e o nervosismo correr por minhas veias depois que fomos obrigados a voltar para dentro da comunidade e descer do trailer. Era final de tarde e o céu estava com um belo crepúsculo e os antigos falavam que quando o tem, significava derramamento de sangue.

No momento em que meus pés tocaram a grama verde, me veio a idéia mais estúpida e idiota que eu já havia tido, eu atirei contra dois Salvadores, bem no meio da testa deles. Armas foram apontadas para mim e eu senti uma fisgada em meu braço. Vi meus pais aparecerem, também armados, e o olhar espantado do meu pai para minha mãe.

Dois salvadores caminharam até mim e eu joguei a arma no chão, sendo levada para perto de onde o resto do grupo estava. Fui jogada ao lado de Maggie tendo uma arma apontada para minha cabeça.

Agora eu sabia o porque meus pais haviam desaparecido.

E a verdade veio a tona, pelo menos em relação ao sumisso dos pais da Ana.
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Beijos e fuiii

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