9 - jail problems
capítulo nove:
fifteen seconds
A sala da sherife Peterkin cheirava a cigarro recém-apagado e perfume floral. As persianas estavam abaixadas e a única luz que iluminava a sala era a lâmpada amarelada junta ao teto. Peterkin entrou na sala, vestindo seu traje policial, e com um rosto nenhum pouco feliz em ver o menino sentado em frente a sua mesa. JJ tinha passado algumas horas esperando pela mulher, e finalmente suas algemas tinham sido retiradas de seus pulsos.
——— Você é como uma pedra no meu sapato. — Ela reclamou, fechando a porta atrás dela. — Eu balanço o pé, acho que tirei, e quando eu me dou conta, lá está ela de novo.
— Que tal prestar atenção por onde pisa? — JJ perguntou, com um sorriso no rosto e as mãos espreguiçadas ao redor da cabeça.
— Tenho vontade de esmaga-la. — Ela disse, jogando o relatório contra a mesa.
— Certo. — Ele disse, e Peterkin se sentou a sua frente, e abriu a pasta.
— Disparo ilegal de arma de fogo, invasão de habitat protegido, invasão de propriedade, ah, destruíção criminosa de propriedade... Caramba, isso só nas últimas duas semanas, você tá animado, cara.
Os olhos de Peterkin queriam rir, mesmo sabendo que a situação era triste.
— Se acha que vou delatar alguém, achou errado. — JJ disse, dando de ombros e se ajeitando na cadeira.
— Não conte com isso. — Ela o imitou, e deu de ombros também. — Seu cérebro de adolescente não pensa a longo prazo, mas quero que me acompanhe até um território inexplorado: O futuro.
E foi nesse momento que JJ franziu o cenho, se sentindo desconfortável. Não gostava de pensar no futuro, não gostava de ser lembrado de que não viraria ninguém.
— ... Como vai se sentir daqui a seis meses, preso no reformatório de Wadesboro? — Ela disse, antes de se levantar e ele desviou o olhar. — Conhece esses dois?
Peterkin espalhou por sua mesa fotos detalhadas dos homens que perseguiram ele e John B dias antes pelo mangue e por toda a marina. Logo em seguida, vieram fotos detalhadas de seus corpos mortos e trucidados por algo que parecia ter sido afiado, para ter dado o estrago que deu. O estômago de JJ revirou, e ele não conseguiu encarar por muito tempo.
— Perguntei se você conhece esses dois. — Ela insistiu.
— Eles... Eles invadiram a cada do John B, e depois nos perseguiram no mangue. Fora isso, não faço ideia.
— Bom, alguém os fisgou, e os fez de isca com um gancho. O que acha? Tubarão - touro? Essa é a má notícia, chefe, quem matou esses dois, ainda está à solta. E tenho motivos para acreditar que o próximo alvo seja seu amigo, John B. Vocês não são bobos de acreditar que são os únicos atrás do Royal Merchant, são?
Quieto, porém surpreso, os olhos de JJ encontraram os dela, completamente perplexo e sem saber o que responder.
— Pois é, eu também sei sobre isso. Estão se metendo numa briga de peixe grande, rapaz.
— Tudo bem, Sherife Peterkin, eu juro, que ele já desistiu disso.
— É o que você diz — Ela deu de ombros. — ,eu só quero ele seguro. Quero que vaze daqui e diga para o seu amigo John B vir falar comigo e vamos ver se conseguimos te manter fora de Wadesboro. — Então quando ela abriu a porta, e apontou para que JJ se levantasse e saísse, foi o que ele fez, porém quando estava próximo a porta, Peterkin segurou seu braço, e sussurou contra seu rosto. — Tome cuidado com quem você mexe nessa cidade, menino. Se eu não fosse benevolente, você já estaria na cadeia pelas acusações que você recebeu. De gente grande. — JJ confirmou com a cabeça, em um aceno de agradecimento, e se afastou, saindo da sala.
Na recepção, os olhos de JJ penaram ao se dar conta de que seu pai o esperava em frente ao balcão, com uma papelada em mãos e uma cara nenhum pouco amigável.
——— O senhor é o responsável legal? — Perguntou a mulher atrás do balcão.
— Infelizmente eu sou o pai. — Luke Maybank disse, cuspindo entre dentes.
— A audiência será em duas semanas. Se você não aparecer, praticamente você está dispensando a fiança. A indenização será baseada na média de três orçamentos do custo do bem danificado.
— Indenização? — Luke cerrou as sobrancelhas e olhou para trás, encarando o filho com seu pior olhar de desgosto.
— Ele têm quem pagar pelo o que quebrou. Faz parte do acordo. — Afirmou a policial, sem se render a cara fechada de Luke.
— Vamos embora, agora! — Luke disse firme, e apontou para a saída, e menos de um segundo, JJ passou por ele de cabeça baixa, com medo de desobedecer.
Andando lado a lado na calçada, JJ estava quieto, enquanto andavam em direção à caminhonete velha e podre de Luke, o garoto tinha as mãos nos bolsos da bermuda e olhava pro lado contrário ao que o pai estava , que no momento simplesmente bufava pelas narinas e reclamava alto.
— Quero ver quanto será o preço dessa porra de indenização. Imagina, o preço por um Malibu 2019?
— Vou pagar tudo, pai. Tudinho. — A voz de JJ era arrastada de cansaço. Ele tinha passado as últimas três horas algemado e parado em uma cadeira apenas ouvindo por coisas que muitas delas não tinha feito sozinho. Além do desgaste mental que seu pai lhe dava só por abrir a boca.
— Merda. Trinta mil dólares. — Luke reclamou.
— Eu vou pagar, beleza?
— Como vai pagar isso, espertão. Se tudo o que você sabe fazer é fumar maconha e ficar atoa em soultside. Ein?
Quando os dois chegaram onde o carro estava estacionado, os pés de JJ travaram contra o asfalto. Ele queria correr dali o mais rápido que pudesse, se esconder no Castelo ou simplesmente desaparecer.
Quando Luke contornou o carro e gritou para o garoto entrar, por um quinze segundos JJ pensou que nada de ruim aconteceria. Pensou que seu pai pudesse estar parcialmente sóbrio e simplesmente dirigir até em casa onde ele pegaria sua moto e correria até a casa de John B, até que resolvesse as coisas.
Por quinze segundos, o tempo em que JJ segurou a maçaneta do carro ele não pensou em nada. Em quinze segundos, ele abriu a porta e se sentou no assento do passageiro. Por quinze segundos Os dois não se encararam e simplesmente respiraram o mesmo ar.
Quinze segundos foi o tempo necessário para que Luke gritasse e espumasse de raiva. O tempo necessário para que ele fechasse seu punho e o desferisse com toda sua força contra o rosto do próprio, descontando sua raiva e insatisfação. O atrito de seu punho contra a boca de JJ fez com que o garoto mordesse o próprio lábio, e o sangue vôo contra o vidro transparente da viatura.
Quinze segundos é o tempo suficiente para você esquecer que conhece uma pessoa. O tempo suficiente para esquecer quem seu pai é.
E o pior de tudo, por saber que era seu pai o batendo mais uma vez, foi o motivo para fazer o menino simplesmente ficar quieto, e aceitar cada soco calado, como uma criança assustada. Como se merecesse aquilo.
Porque no final das contas não era a primeira vez que JJ recebia esse tipo de tratamento vindo do próprio pai, e infelizmente, enquanto ele recebia uma porção de socos, tinha plena convicção de que não seria a última.
O colégio público de Outer Banks estava praticamente vazio naquela manhã, devido às férias de verão. Os pisos brancos de mármore polido faziam barulho contra os converse gastos de John B, que praticamente correu até a sala de história.
Seu dia com Sarah Cameron indo até a biblioteca tinha sido mais do que bem gasto, conseguindo uma antiga carta de Denmark Tanny, e um beijo da garota de cabelos loiros e olhos dissimulados.
——— Vai chover canivetes. — O homem preto de estatura alta e dreads no cabelo riu alto, quando viu o garoto entrar em sua sala de aula como se fosse um dia letivo. — Veio pedir dinheiro?
— Quanto pode me emprestar? — John B riu de volta. — Estou brincando. Não consegui parar de pensar nas suas aulas. — Mentiu descaradamente.
John B começou a rodar a sala despretensiosamente, acabando prostrado sobre o balcão com os braços abanando o pedaço antigo de pergaminho.
— Na verdade, eu estava rondando as coisas do meu pai e encontrei essa carta. — Ele disse e a mostrou ao professor. — Eu acho que ela é de um proprietário local... Queria saber se pode traduzi-la. Está em Gullah, lembrei disso por causa da sua aula de história local.
— É bom que tenha aprendido alguma coisa. Mesmo que tenha gastado metade do semestre surfando.
— Sim sim... — John B revirou os olhos com um sorriso no rosto. — Então, pode traduzir?
— A data é três de março de 1844. Esta carta está destinada ao meu filho Robert. Estou esperando... A hora do meu assassinato público, com muita... Muita tranquilidade e alegria?
O homem ajeitou os óculos, depois de franzir o rosto em uma careta, sem entender o porquê de estar lendo aquilo.
— Ele foi linchado... — Disse John B
—.... Sabendo que estou destinado à glória. Não alimente seu luto com vingança, mas confie em Deus com todo o seu coração. Ele sabe o que permite, e Ele sabe das escolhas erradas que cometi. Não vá atrás de meu atual inimigo ou de meu antigo fiel confidente, não valerá a pena, porque sei do que também fui capaz de fazer perante ele. Apenas perdoe. Até nossa próxima vez no céu. De seu amoroso pai, Denmark Tanny.
John B começou a rodar em círculos no lugar, tentando entender o que tinha acabado de ouvir.
— Mas é só isso? — John B questionou.
— Tem um pós-escrito. — O professor disse dando de ombros. — É só um registro da plantação.
— Ata ... Entendi, pode ler pra mim? — John B respondeu, ofegante e se sentou a frente dele. — Por favor.
— ... Questões aplicáveis...Que diz direito à minha herança, Waver Kook, cinquenta e cinco porcento da minha terra e meu lucro, eu te perdôo, meu confidente.
— Confidente? — Questionou John B com os olhos presos no papel. — Certeza de que leu isso certo? Só isso? A família do cara era dono da ilha toda.
— Claro que li certo. — Ele disse, continuando com a tradução. — Tabaco, milho, tomate.... Mas finalmente, para Robert...
— Era o filho dele.
— ...Colha o trigo perto da água na Parcela 9 sem demora.
— E então? — O loiro perguntou, passando as mãos pelos cabelos.
— Acabou, só tem esse símbolo. — Ele apontou para o trigo amarrado em fitilho no final da folha.
— No dia em que ele morreu, ele mandou uma carta dizendo pro filho colher o trigo do vizinho?
Tirando a folha antiga das mãos do professor, John B encarou o símbolo por alguns segundos, e quando se deu conta, começou a sorrir.
— Professor Sunn... Nem sei como agradecer. Você me ajudou muito, muito mesmo. Tenha um ótimo verão! E nos vemos no outono!
O garoto saiu correndo da sala, logo dobrando o pergaminho e o enfiando na mochila, enquanto comemorava uma conquista daqual nem ele compreendia cem porcento do que se tratava, mas já era uma vitória.
O pequeno e apertado cômodo era cheio de bagunça e desorganização, e a única luz que era precisa era a que vinha através das pequenas brechas da ventana da janela.
Peterkin andou até o centro o lugar, e encontrou sobre a mesa a pequena bússola de John Routledge, aberta no símbolo Redfield que havia sido gravado à mão. Era a mesma bússola que ela havia retirado das mãos de John B dias antes, o impedindo de continuar com a busca pelo Royal Merchant, e dizendo que o objeto ficaria melhor com ela.
Ao lado do objeto, uma enorme lista telefônica estava riscada em todos os sobrenomes Redfield da região, e a figura emcapusada de postura engrandecedora na frente da janela lateral do lugar, não parecia ter encontrado nada ainda.
——— Agradeço sua ajuda no passado, e agradeço pelo o que fez nessa cidade. Mas agora estamos quites. — Peterkin disse, sem deixar um fio de sua voz estremecer. — De agora em diante, eu faço o meu trabalho. Diga isso ao seu ponto também. Só quero que saiba disso.
Foi o que a mulher disse, antes de se virar e ir embora pela porta em que entrou sem esperar por uma resposta.
——— A gente pode fugir, sei lá pra algum país da América Latina que ninguém nunca vai nos encontrar. Podemos viver de surfar e das lacostas que a gente encontrar.
— Você tá com medo e quer fugir só porque tomou uma surra? — John B disse, sentado sobre uma pedra do outro lado do manguezal. Era a primeira vez que via JJ depois das pistas que tinha encontrado com Sarah e o amigo parecia mais do que desesperado.
— Você não viu as fotos.
O rosto de JJ tinha cortes no supercílio direito e em sua bochecha, além de conter vários hematomas pela testa e lábios. Ele estava acabado.
— Pensa bem, porra. — John B saltou do lugar. — Se eles estão matando pelo ouro, é porque ele tá por aí, JJ.
— Aí meu Deus, você ficou maluco? — JJ arrancou o próprio boné da cabeça, como tinha o costume de fazer em situações as quais se sentia encurralando emocionalmente e empurrou John B para longe, tentando o trazer de volta para a realidade. — Faz cem anos, cara! Cem anos de pessoas tentando encontrar o Royal Merchant e ninguém conseguiu. E acha mesmo que você vai ser o cara que vai lá e vai encontrar? Porra! Se você continuar assim, vai acabar fodido igual seu pai.
— Eu não posso desistir, JJ! — John B gritou de volta, o empurrando para trás quando se sentiu encurralado. — A última vez que vi meu pai, a gente brigou. Daí ele pegou toda a grana do aluguel e se afundou no mar procurando o Royal Merchant. JJ, eu falei que ele era um pai de merda, e você já sabe o resto da história.
— Não foi sua culpa. — JJ disse, depois de respirar fundo.
— Não importa de quem é a culpa, você não entende isso? Não posso desistir da caçada agora, cara. — Os olhos de JJ encontraram os dele quando ele começou a se aproximar novamente. — Não importa quem vai tentar me matar, entende? Não tenho nada a perder, você entende.
Então John B deu às costas, e começou a andar em direção a própria mochila que estava largada contra o chão. JJ não disse nada e apenas o viu andar para longe dele.
— Olha só, eu tenho um plano. — John B se virou uma última vez. — Você vem ou não?
— Não posso, cara. — JJ balançou a cabeça em negação, sem conseguir olhar em seus olhos.
— Quatrocentos milhões, JJ. Me diz, quanto você precisa pra indenização do Topper? Quatrocentos milhões.
Era dinheiro fácil, e no final das contas, Pogues não abandonam Pogues. Não tinha o que fazer, John B era seu melhor amigo. E JJ precisava de trinta mil dólares para enfiar goela baixo de seu pai uma última vez.
Sarah Cameron estava com os braços sobre a bancada americana de porcelanato, em suas mão estava seu celular, e toda a mansão parecia mais do que um caos. Era o dia da festa de solstício de verão, onde toda e qualquer família rica da ilha embelezava suas filhas, e enfiava smoking em seus filhos, sem nenhum motivo em específico, somente um jeito kook de dar uma festa no clube mais caro da ilha em prol de arranjar casais, eleger títulos fúteis e embebedar os milionários.
Já era a terceira vez que Rose, esposa de seu pai, Ward, passava pela cozinha procurando por algo, e já era a segunda vez que Wheezie, sua irmã mais nova a cutucava, em prol de fazê-la se mexer e ir se arrumar, mas tudo o que rondava a cabeça da garota era John B Rutledge.
——— Vai se vestir, Sarah! — Disse Wheezie, passando pela terceira vez na cozinha, agora vestindo um vestido floral e colorido.
— Não, eu não vou. — Sarah deu de ombros, e passou uma mecha para trás da orelha.
— É a festa de solstício de verão, você fala dessa festa desde o ano passado. Data importante, se lembra? — Wheezie disse, se aproximando da bancada.
— Eu sei, eu me lembro. — Sarah revirou os olhos.
— Rose, a Sarah disse que não vai. — Dedurou Wheezie, sem peso na consciência.
— Ah, tá bom, até parece. Seu pai vai ser coroado pelo Reece o guardião dos Cavaleiros do Rododendro. Você vai. — Disse Rose, pegando uma bebida de dentro da geladeira.
— Você não é minha mãe, então não manda em mim. — Sarah disse, com um sorriso no rosto.
— Escuta, a sua filha disse que não vai. — Rose disse, batendo o pé enquanto saia do cômodo no mesmo segundo em que Ward Cameron e Reece Kook entravam. Reece tinha Mackenzell nos braços e logo atrás dos três, entrou Ambrie.
— Como assim você não vai? Você fala disso a mais de seis meses.
Mackenzell usava um vestido tomara que caia, verde esmeralda, qual tinha mangas finas de seda que caíam sobre seus ombros, realçando seus ossos finos da clavícula. Ela tinha um fino colar de ouro com apenas uma pérola no centro e seu rosto parecia bem mais saudável do que a última vez que Sarah a tinha visto. A maquiagem que ela usava cobria a maior parte dos hematomas do dia da briga e o único resquício daquela noite era um curativo, que parecia mais um pequeno esparadrapo que cobria a pequena área onde a grama tinha cortado, — Reece tinha obrigado a própria filha a visitar um médico, horas depois da conversa que tiveram, e o curativo mal feito de Rafe, tinha sido concertado. Seus cabelos estavam lisos contra seus ombros, e pequenas pérolas estavam coladas como uma coroa desconstruída e sua franja parecia mais cheia do que o habitual, estava maravilhosa, Sarah ousaria dizer. Sua melhor amiga era maravilhosa.
— Não estou muito no clima. — Sarah, que ainda usava uma blusa moletom e short jeans, disse, dando de ombros.
— O que acontece é que ela já cansou do Topper. — Wheezie provocou, ficando ao lado das duas na bancada.
— Wheezie! — Ward reclamou. — Nos dê licença, pelo amor de Deus. — Ele disse, e a mais nova se afastou, saindo do cômodo e dando brecha para que Ambrie fugisse dali também, ela usava um vestido tomara que caia simples de malha marrom que ia até os pés.— O que está havendo?
— Eu só não acho que o Topper seja minha metade da laranja. — Sarah deu de ombros.
— Não sei o que isso significa, mas acredito que você deva dar o pé na bunda dele, talvez? — Questionou Ward, ajeitando seu terno.
— Provavelmente... — Sarah encarou os próprios dedos.
— Mas talvez não hoje. — Ele continuou, e todos na cozinha pareceram concordar.
— É amiga, nada a ver terminar com ele hoje. — Mackenzell disse, a abraçando de lado. — Seria maldade.
— Mas eu não quero ir com o Topper. — Sarah resmungou.
— Acho que você, Sarinhah devia colocar o seu lindo vestido, ir para o clube com a gente e quando chegar lá, colocar um sorriso no rosto e tratar o menino Thornton com educação, e então, amanhã você dá um pé na bunda dele. — Reece disse, logo depois de tirar um chocolate do bolso e o colocar contra a bancada. Era algo que ele sempre fazia para tentar animar as pessoas, e Sarah sorriu e pegou o pacotinho laminado.
— Eu concordo, nós vamos, nos divertimos e você lida com sua vida amorosa amanhã, pode ser? — Ward disse, tentando soar o mais gentil possível. — Por favor.
Então Sarah cedeu.
— Vamos, Mackenzell e Rafe, você e Topper. Se tudo der errado e você se cansar da presença dele é só olhar para o outro casal na roda e se entreter. — Reece disse, retirando uma risada do sorriso de Sarah enquanto eles saíam da cozinha.
——— Existem pessoas a menos de cinco quilômetros daqui que não têm energia, água corrente e nós vamos comemorar esse solstício mesmo assim, pai, isso é tão inapropriado. — Foi o que Ambrie disse quando Reece a acompanhou em direção ao quarto de Sarah, insistindo para que a menina se enturmasse. — Por favor, não me obrigue a fazer isso. — Ela resmungou com uma careta.
— Meu amor, vamo deixar para lá as diferenças socioeconômicas por uma noite, sim? Você precisa se enturmar. — O mais venho disse, quase jogando a menina dentro do quarto.
— Você sabe que eu não quero ir...
— Ambriette Elizabeth Kook, você vai entrar nesse quarto agora e ser legal com a sua irmã e com a Sarah, porque eu estou cansado dessa sua atitude infantil. Não pense que eu sou idiota, Ambriette. Eu sei o que você tem feito, e eu estou muito decepcionado.
— Como assim? — Ela respondeu ao seu sussurro, nervosamente.
— Eu sei o que você fez com a moto do Rafe e tudo sobre o barco e os Pogues. Não seja inocente, eu tenho olhos e ouvidos em toda essa ilha, e não pense que foi difícil incriminar outra pessoa no seu lugar. Eu te tirei dessa, meu amor, porque sou seu pai e sei do que é melhor pra você, então agora você vai me ouvir, e então me agradar pela primeira vez na sua vida, e me fazer perceber que valeu a pena te safar. Porque do mesmo jeito que foi fácil te tirar dessa, seria fácil te enfiar nela de novo. — A mão dele estava contra o braço da mais nova, e ele o segurava com força enquanto a ameaçava lentamente. — Não me faça me arrepender, Ambrie.
Então ele a soltou, e um sorriso tomou conta de sua face cruel, e ele se afastou aos poucos, a deixando sozinha em frente à porta branca do quarto de Sarah, e então Ambrie respirou fundo, e colocou no rosto seu melhor sorriso e entrou no quarto. Mesmo sabendo que odiaria Mackenzell para sempre depois disso.
3700 words
resumo do capítulo, todo mundo puto com a Mackenzell.
e tem muita merda por trás desse ouro e os Pogues não fazem ideia
as minhas garotas vestidinhas pro solstício. 🥹
no próximo capítulo tem fanart do JJ e da Mackenzell. É isso, beijos.
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