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"Os sentimentos são aquilo que nos move".

Muitos podem dizer que isso é mentira, que na verdade é a razão que possui esse papel, mas você já chegou a pensar sobre qual seria a motivação da própria racionalidade?

O que faz ela ser tão grandiosa e até mesmo a transforma em foco de diversas discussões há mais de dois mil anos?

Bem, vou te fazer uma pergunta sobre isso para tentar explicar melhor.

O que move alguém a querer, por exemplo, descobrir a cura do câncer?

Realização pessoal? Talvez, acho que deve ser sensacional ser lembrado por ser a pessoa que achou a cura para uma das doenças que mais mata no mundo.

Necessidade de parar o sofrimento das pessoas? Com certeza uma causa extremamente nobre.

Ou até mesmo um sonho de descobrir como essa doença realmente funciona? Algo que, com certeza, envolve muita inteligência e estudo.

Agora, te faço mais uma pergunta. Você sabe o que esses três motivos citados têm em comum?

Todos eles são movidos por sentimentos, uma busca por satisfazer o que temos dentro de nós. Não podemos simplesmente ignorar tais sensações únicas, que podem ser direcionadas para objetos, lugares e até mesmo pessoas, sendo essa última opção bem mais complicada do que as outras.

Kazutora sabia muito disso e como odiava ter essa consciência.

Ele sabia que gostava de você.

Não, que era apaixonado por você.

Porém, o problema está no fato de que esse sentimento não é correspondido e, nossa, como dói ter isso te corroendo a cada mínimo vislumbre daquele que tem tão nobre sentimento direcionado para si.

Ver o coração da pessoa que você ama queimar por outra.

Kazutora sentia isso e você era totalmente alheia, não conseguindo ver um dos sentimentos mais puros sendo direcionados para si.

Entretanto, aquela velha história de que não controlamos o destino se aplicava muito bem a você e a ensinaria, de um jeito fácil, ou não, que o verdadeiro amor, aquele que te faz transbordar, estava mais próximo do que você poderia imaginar.