CHAPTER FIVE ──── THE PRIMARY WITCH
Capítulo Cinco; A Bruxa primária
Depois daquele encontro, Lizzie e Matt começaram a ter um contato bem mais próximo. Se tornaram amigos, mas sentiam algo um pelo outro, um sentimento escondido no coração dos dois, que iria demorar pra se revelar. Jordan continuava a observar Lizzie, sabendo tudo sobre ela. Seu plano era de usar tudo da garota contra o irmão, caso seu plano não funcionasse.
A busca estava mais difícil do que nunca. Jordan não fazia ideia de qual família real bruxa poderia ter destruído o artefato, afinal só ela poderia saber como restaura-lo. O irmão vingativo iria até onde fosse preciso pra trazer sua irmã caçula de volta, custe o que custar. Diferente de Matt, que já seguiu em frente e tem olhos em Lizzie agora.
Só que Jordan sabia um jeito de descobrir como reverter o artefato. Talvez uma bruxa muito antiga pudesse fazer tal feitiço, e por sorte, ela sabia exatamente para quem pedir ajuda. Uma antiga aliada de Jordan e Matt em 1877, a mais poderosa dentre todas as bruxas e bruxas, a bruxa primária.
28 de Janeiro de 1877...
Matt tinha seguido exatamente o que seu pai pediu. Foi até o Palácio em Londres e entregou o envelope para o filho da Rainha Victoria. Desde então, não ouviu mais nada sobre. No dia seguinte era mais um dia normal para os três irmãos Jordan, Ali e Matt.
— Bom dia irmão. — Disse Jordan se encaminhando para o quintal.
— Bom dia. — Respondeu bebendo o leite que colheu a pouco tempo e comendo seu pão que tinha comprado.
— Ontem o papai parecia bem irritado. O que ele falou com você enquanto eu tentava acalmar a Ali? A tadinha ficou muito assustada. O papai não é disso.
Matt pensou por alguns instantes, e lembrou de seu pai dizendo que era um questão de vida ou morte. Então, decidiu não contar nada para Jordan.
— Deixa pra lá, não foi nada demais.
— Você mente tão mal...
— Ele só pediu para eu colher o leite da vaca. Só isso, irmão. E como a Ali está?
— Ela não acordou ainda, mas pareceu bem quando eu dei boa noite pra ela.
— Vocês são bem próximos. Queria eu que ela gostasse de mim como gosta de você. — Afirmou Matt.
— A minha beleza é encantadora e bem inferior a sua. — Brincou Jordan.
Os dois deram alguns leves risos.
— E o papai? Ainda dormindo? Eu nem vi ele hoje. — Afirmou Matt.
— Dormindo, até parece.
— O que? Como assim?
— Ele tá desde madrugada passada naquele escritório fedorento. Parece estar arrumando sua sala. Bem que ela tava precisando de uma reforma mesmo, e uma possível arrumada.
Matt se levantou e foi em direção ao escritório do pai, e viu ele arrumando diversas coisas: Roupas, papéis, documentos, e etc. Em malas.
— Vai á algum lugar?
— Vamos! Temos que sair daqui! Vamos nos mudar pra outro país, filho! Me ajuda aqui nas malas, por favor!
— O QUE?! COMO ASSIM VAMOS NOS MUDAR PRA OUTRO PAÍS?
— Não estamos seguros aqui! Ele já deu o primeiro aviso, o segundo será a morte de alguém da família!!
— Do que está falando?!
— Não tem tempo agora! Vou explicar no caminho! — Afirmou.
— O que tá acontecendo aqui? Papai? Matt? — Perguntou Ali boçejando.
— Vamos viajar, querida.
— Viajar? Pra onde papai?
— Qualquer lugar longe daqui! Tudo bem, princesa? Vamos ficar bem.
O pai beijou a cabeça da menina.
— Pai, eu tô com medo.
— Não precisa ficar com medo, eu prometo que vai dar tudo certo!
— Matt, pai, Ali? O que estão falando? Não tô entendendo. — Jordan disse logo após entrar pela porta.
— Vamos nos mudar pra longe do estado meu filho, vamos! Nós não temos muito tempo! Faça suas malas!
— ASSIM DO NADA???!
— Eu explico no caminho!! Vamos logo! Agora, eu disse AGORA! Não fui claro?!
— Tudo bem! Vamos logo, Jordan! Ele vai explicar no caminho! — Disse Matt.
Dias Atuais...
Lizzie tirava um bom cochilo. Ela estava muito cansada de ontem à noite.
Até que então seu celular tocara e consequentemente a acordou. Era Maya no telefone. — Por que ela tá ligando? Essa hora? Tá cedo! — Pensou.
— Alô? Maya? O que foi? Tá cedo!
— Cedo?! Em dez minutos a aula começa!! Vem logo!! — Gritou.
— PERA... QUÊ????! ACHO QUE MEU RELÓGIO TA ESTRAGADO! TO INDO! TO CORRENDO! ME ESPERA!!!
Lizzie escovou rapidamente seus dentes, se arrumou, pegou seus materiais e correu para o colégio. Ao chegar, reparou que ninguém estava na sala. — Ué... como assim?
Até que lembrou do por que, era aula de história. E sempre no primeiro dia da matéria os professores levavam a turma até a biblioteca para estudarem fatos históricos, em livros antigos.
Correu então para a biblioteca. Chegando, viu Maya sentada em uma mesa. Na frente dela estava Larry, o garoto estranho do gorro.
— Mayaaa! Eu me atrasei! Perdi completamente o horário. Meu tio saiu antes achando que o despertador ia tocar, mas se enganou.
— Você demorou, ein?! Caraca! Lizzie, você já leu aquele livro das garotas mimadas? É muito legal!
— Eu já vi o filme! É sobre um grupo de garotas que ficam ricas da noite pro dia através de um programa misterioso, não é?! Aí tem um hacker que ajuda elas a ganharem mais e tal.
— ISSO!!!! O Livro é maravilhoso. Nele conta o plot twist por trás da história, e eles cortaram isso no filme, tipo???!
— Sério! Vocês são deploráveis. Em uma aula de história pra ler fatos históricos do passado, vocês ficam conversando sobre livros de garotas mimadas? Eu aprecio um bom livro, mas já li esse que vocês estão falando, e tanto o filme quanto o livro, é péssimo. O plot twist é muito óbvio, eu desvendei muito antes de ser revelado. — Disse Larry com aquele seu olhar esquisito de sempre.
— Fala sério, Larry! Você é mó esquisito e quer falar do livro? — Disse Maya.
— Na verdade a autora é ruim.
— CARA! EU JURO QUE SE EU PUDESSE EU IRIA TE MATAR! A AUTORA É PERFEITA!!! — Gritou Maya com raiva.
— É... Não, não é. — Respondeu ele em um tom calmo e bem sarcástico.
— Já fizeram alguma revelação, alunos?? — Perguntou o professor.
Ninguém respondeu, e o professor continuou a ler seu diário.
— Qual livro você tá lendo? Nessa aula de história, quero dizer. — Disse Lizzie.
— O Nome diz Diário de uma primária.
— Primária? Como assim?
— Eu perguntei pra todo mundo se conheciam, mas ninguém nunca viu esse livro! Mas eu o peguei na prateleira. E o mais bizarro, é que é um diário de uma pessoa viveu em 1850!
— 1850?! Foi á muito tempo atrás. Caramba. — Disse Lizzie.
— Pois é. Ela diz aqui que é uma bruxa, a primeira de sua linhagem. Por isso o nome primária. E ela relata os acontecimentos da vida dela, e tem muita coisa aqui! Vampiros, Lobisomens, híbridos, imortais e outros. É muito doido! E é velho!
— Essa bruxa diz o nome dela?
— Não, não tem nada sobre seu nome.
— Me parece mais um conto do que um diário. — Disse Lizzie vendo.
— Por que? Não acredita em vampiros e outras coisas assim, Elizabeth Taylor??? — Perguntou Larry.
— Eu não acredito. Na verdade, eu acredito mais em fantasmas. Eu acho bem interessante a ideia dos espíritos das pessoas que morreram ficarem vagando pelo nosso mundo. Mas não acredito tanto nisso, mas acho que tem alta probabilidade de ser real.
— Eu acredito em vampiros e lobisomens. Sabia que meu tio é um lobo? — Disse em um tom sério.
As duas ergueram os olhos com medo.
— Só tô zuando! — Disse rindo.
— Ah, fala sério! — Disse Lizzie.
— Sem graça! — Respondeu Maya para Larry. — Ah e Lizzie, como foi o seu encontro com o Matt? Deu tudo certo?
— Sim, ele é fofo. — Respondeu.
— E rolou alguma coisa?
— Não, poderia ter rolado se meu tio não aparecesse no final. Falando no Matt, cadê ele? O Jacob e a Mel estão ali naquela mesa, mas ele não.
— Acho que alguém perdeu o horário também, Lizzie. — Respondeu Maya.
— Pois é... — Respondeu.
Em alguns minutos então, Matt finalmente chegou, entrando na biblioteca e indo até onde estava o professor Martin, de história.
— Sinto muito o atraso, professor.
— Ah, tudo bem! Sem problemas, mas quem é exatamente o senhor?
— Matt Hanowver. — Escapuliu — Não! Quero dizer, Matt Carmeron. É que meu meio irmão tem esse nome aí eu me confundi. — Riu de nervoso.
O professor desconfiou, e Matt seguiu até as mesas. Mel e Jacob esperaram Matt se sentar na mesa deles, mas na verdade ele se sentou na mesa de Maya, Lizzie e Larry, os decepcionando.
— Casal feliz. — Disse Mel em um tom de desprezo, e raiva.
— Odeio. — Completou Jacob.
— Oi Lizzie, Maya e... Larry. Meninas, eu me atrasei por que meu despertador tava errado aí ele não tocou.
Maya e Lizzie trocaram olhares, pensando a mesma coisa. Tal coisa que Larry teve o prazer de dizer.
— É o destino. — Afirmou Larry.
As duas ficaram confusas, Larry tinha mesmo acertado. O garoto era estranho e anti-social, mas não era burro.
— O que disse, Larry? — Perguntou Matt confuso e sem entender.
— Nada não. Aí, Maya e Lizzie, por que vocês não contam pro Matt sobre esse tal diário que estão lendo.
— Diário? Como assim?
— O Professor nos deu a tarefa de pegar um livro da sessão histórica local, e eu achei esse diário aqui. Ninguém ouviu falar sobre, é bem bizarro na verdade.
Matt leu finalmente o nome Diário de uma primária. — Puta merda! — Ele se lembrou. Mas seria possível?
— Matt, você está bem? Tá meio pálido... — Notou Larry.
— Tô bem sim. — Ele tentou disfarçar, mas era péssimo. — Posso ver esse diário, parece interessante.
— Claro, toma aqui. — Disse Maya entregando o diário nas mãos de Matt, sem notar algo estranho. — A história é bem fantasiosa. Parece uma bruxa que viveu em 1850 e conheceu diversos seres sobrenaturais. Meio bizarro! Né?!
— Sim... bem bizarro. — Disse Matt lentamente procurando a página. Ele finalmente encontrou então, era a página 567. Dia 28 de Janeiro de 1877, o dia que os irmãos a conheceram:
𝓥𝓲𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓮 𝓙𝓪𝓷𝓮𝓲𝓻𝓸 𝓭𝓮 𝓶𝓲𝓵 𝓸𝓲𝓽𝓸𝓬𝓮𝓷𝓽𝓸𝓼 𝓮 𝓼𝓮𝓽𝓮𝓷𝓽𝓪 𝓮 𝓼𝓮𝓽𝓮.
𝓠𝓾𝓮𝓻𝓲𝓭𝓸 𝓓𝓲𝓪𝓻𝓲𝓸, 𝓱𝓸𝓳𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓱𝓮𝓬𝓲 𝓾𝓶𝓪 𝓯𝓪𝓶𝓲𝓵𝓲𝓪. 𝓓𝓸𝓲𝓼 𝓲𝓻𝓶𝓪𝓸𝓼 𝓰𝓻𝓪𝓷𝓭𝓮𝓼, 𝓹𝓪𝓻𝓮𝓬𝓲𝓪𝓶 𝓽𝓮𝓻 𝓭𝓮𝔃𝓮𝓼𝓼𝓮𝓲𝓼 𝓸𝓾 𝓭𝓮𝔃𝓮𝓼𝓮𝓽𝔀 𝓪𝓷𝓸𝓼, 𝓾𝓶𝓪 𝓰𝓪𝓻𝓸𝓽𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓭𝓮 𝓭𝓸𝔃𝓮 𝓮 𝓾𝓶 𝓪𝓭𝓾𝓵𝓽𝓸, 𝓹𝓪𝓲 𝓭𝓸𝓼 𝓽𝓻𝓮𝓼, 𝓿𝓪𝓶𝓹𝓲𝓻𝓸. 𝓔𝓵𝓮𝓼 𝓼𝓸𝓯𝓻𝓮𝓻𝓪𝓶 𝓾𝓶 𝓪𝓬𝓲𝓭𝓮𝓷𝓽𝓮 𝓭𝓮 𝓬𝓪𝓻𝓻𝓸 𝓮 𝓮𝓷𝓺𝓾𝓪𝓷𝓽𝓸 𝓯𝓾𝓰𝓲𝓪𝓶 𝓭𝓸...
Ao ler o nome que vinha depois Matt gelou. Decidiu rapidamente dar uma desculpa para levar o diário pra casa e rasgar o resto que dizia sobre o tal misterioso caçador, ou melhor, vampiro. Fechou finalmente a página.
— Caramba, bem interessante. Posso levar pra casa para eu... — Matt pensava em uma desculpa qualquer.
— Para você...? — Perguntou Maya desconfiada. Larry também não engolia essa história do Matt estar "bem".
— Matt? — Perguntou Lizzie.
— Para eu ler algumas outras páginas. Eu gosto de fantasia sobrenatural... É meu gênero de livros favorito.
— Pera, você gosta de livros? Por que não me disse logo?! — Disse Lizzie.
— Por que eu não leio muitos, sabe? Só li Crepúsculo e alguns diários.
— Sem problemas. — Disse Lizzie.
— Maya, posso levar?
— Claro que pode, quer dizer, por mim sim. Mas acho que isso é propriedade da escola, então deveria pedir pro diretor. — Sugeriu Maya.
— Ninguém conhece o diário, acho que não vai fazer tanta diferença assim. Concordam? — Disse Matt.
— O livro é da escola! — Disse Maya.
— Ora ora! Temos uma grande Sherlock Holmes aqui, ein?! — Disse Larry em um tom sarcástico. Era uma piada.
— Cala a boca! — Disse Maya rindo.
Maya e Larry trocaram olhares. Pareciam apressiar a beleza um do outro. Até que Matt quebrou o clima.
— Bom, vou levar! — Disse Matt.
Enquanto isso, Jordan se aproximava de uma casa. Uma mansão na verdade. A mansão Lovegades. Jordan então bateu diversas vezes na porta até notar uma campainha, e a tocar. Ficou um silêncio, até uma senhora abrir a porta. Era muito velha, tinha uma cicatriz assustadora em seu olho direito e usava uma cadeira de rodas. Seus cabelos eram brancos como as nuvens.
— Hum... vampiros. — Disse a senhora em um tom bem sinistro.
— É bom te ver também, Amélia.
— Está aqui pela minha ilustre beleza, pela minha filha Susan ou pela minha neta Luna? — Disse a senhora.
— Susan está? — Perguntou Jordan.
— Humm... SUSAN!!!! — Gritou.
Susan abriu a porta da sala e apareceu. Era uma mulher bonita e chique. Usava longos brincos, um cabelo vermelho como fogo com penteado enrolado e um roupão que as bruxas usavam durante a prática de magia nas horas vagas.
— Não acredito... Jordan Hanowver!! Você está aqui e tão bonito como sempre! — Disse Susan.
— Você também está linda Susan! Mas envelheceu. — Afirmou.
— As bruxas podem retardar o envelhecimento, mas nunca envelhecer é um benefício pros vampiros.
— Se quiser posso te transformar em uma... — Disse com um sorrisinho malvado, e ainda sim, sarcástico.
— De forma alguma. Prefiro visitar os portões do inferno a beber seu sangue.
— Que grosseria! Somos amigos!
— Não exatamente. Mas tudo bem. O que você quer, Jordan?
— Vou dizer quando me deixar entrar.
— Pode entrar... — Afirmou Susan.
— Preciso de um ajudinha sua, uma ajudinha mágica. — Respondeu.
— Prossiga. Estou no tédio mesmo.
— Ouviu falar do artefato recentemente? Aquele que você tinha em mãos quando nos conhecemos.
— É um amuleto hoje em dia. Fiquei sabendo que uma família bruxa o destruiu. — Disse friamente.
— Quero que faça uma magia para trazer o amuleto de volta.
— Não é tão simples Jordan. O feitiço que você fala é muito difícil. A Bruxa pode até morrer no processo.
— E se eu der algo em troca?
— Depende do que me dará.
— O que quer em troca, Susan?
— Você sabe muito bem...
28 de Janeiro de 1877...
Os irmãos tinham acabado de partir junto do pai, sem fazerem ideia do por que estarem indo embora dali. Estavam indo de um carro emprestado da família real, ou melhor, de Edward.
— Pai! Explica! — Exigiu Jordan.
— Exatamente! — Disse Matt.
Ali estava tão assustada que ficou parada, pensando que nunca mais veria aquele lugar e seus bichinhos.
— Eu sou um vampiro!
Os irmãos se encararam. — O que?!
— Pai, ficou maluco? Vampiros não existem! — Afirmou Matt.
— São só um conto dos caçadores pra manter as pessoas longe das florestas.
— Não! Os vampiros são reais, filho. Eu sou um deles! — Disse o pai. Eles não pareciam confiantes, então os olhos do pai brilharam verde e seus dentes cresceram. Ali ficou apavorada.
— Acreditam em mim agora?!
— Pelas barbas de Merlin! Pai, o que é isso? Você é mesmo um... VAMPIRO! MEU DEUS! — Gritou Jordan.
— E POR QUE ESTAMOS FUGINDO?!
— POR QUE ELE ESTÁ VINDO NOS MATAR!! — Gritou o pai com medo.
— QUEM?! — Perguntou Jordan.
— Vlad, Vlad Drácula. O vampiro mais perigoso de todos os tempos.
— E porque ele tá vindo atrás de nos? Nos explique com detalhes!
— Drácula quer ser o melhor, o mais forte e o único vampiro existente. Em 1230 eu pensei ter vencido ele o prendendo em um artefato, mas ao que parece ele retornou. Foi ele que matou o trovão, e também foi ele que matou o gado da família real. É sua marca. Antes de atacar ele ataca um animal da família pra mostrar que quer ser o melhor, e Edward, o filho da rainha é também um vampiro. Então eu pedi que Matt enviasse um envelope com uma carta para ele, dizendo que Drácula retornou e ele deveria fugir.
Os irmãos ficaram de boca aberta.
— MEU DEUS! — Disse Matt.
— E quem garante que ele não vai nos encontrar? — Perguntou Jordan.
— Ninguém. — Confirmou o pai.
Ali ficou com muito medo. Chegou até a tremer, era um choque pra garotinha.
— Tá legal, mas antes diss...
— PAI!!!!!!!!! — Gritou Jordan.
O pai se virou pra frente e viu um homem no meio da estrada. Usava uma capa preta e um manto vermelho. Seus olhos eram brilhantes, aquele era sem dúvida, o tão temido Vlad Drácula.
O carro acabou batendo no inimigo, mas não o machucou. Ao tentar derruba-lo, o carro voou longe, e caiu dentro de um extenso lago. Todos desmaiaram. Matt parecia ver alguém antes de perder a consciência, os cabelos da mulher eram vermelhos como o fogo, e ela dizia algo...
— Você vai ficar bem... todos vocês.
E antes que pudesse dizer algo, desmaiou. Algum tempo depois, seus olhos foram se abrindo bem devagar. Matt viu aquela mulher que tinha visto no acidente. Jordan e Ali estavam cobertos, e seu pai estava parado pensativo. Pareciam estar em uma caverna, com uma enorme fogueira para esquentar. A mulher notou que Matt finalmente acordara.
— Ah, finalmente acordou!
— Filho! Você tá bem? — Perguntou o pai preocupado indo até Matt.
— E-eu tô bem... O que tá acontecendo?
— Filho, esta é Susan Lovegades. Ela é a bruxa primária. — Disse o pai.
— Muito prazer em te conhecer, Senhor Hanowver. — Disse Susan.
— O prazer é todo meu. O que aconteceu? O carro bateu em um homem. Não tô entendendo.
— Aquele era Vlad Drácula. O vampiro que vocês estavam fugindo. Eu consegui afasta-lo por um tempo com um feitiço antigo da minha família, que inclusive proibe ele de passar, mas não vai mante-lo afastado por muito tempo.
— Você nos salvou? Por que?
— Eu sou a bruxa primária, meu dever é matar Vlad Drácula.
— Por que? Não tô entendendo.
— As bruxas tem uma lei que diz que tudo que for mudado ou criado tem que ter uma consequência, pra manter um universo equilibrado. Porém Drácula quer destruir esse equilíbrio. Se ele for o mais forte e o único vampiro, isso vai desequilibrar a natureza e proporcionar consequências graves na realidade. Me chamam de Bruxa primária por que sou a primeira da linhagem das bruxas. Eu tenho algo no meu sangue que permite que eu utilize magia. E como a bruxa primária, eu tenho o dever de deter o Drácula.
— Entendi... mas como vai dete-lo?
— Usando isso. — Susan disse apontando para seu anel.
— O que é isso? Um anel, mas que?
— Não é só um anel. Dentro dele tem uma joia que chamamos de Joia Mestiça. É a joia mais poderosa dentre o mundo sobrenatural, e tem diversos poderes. Prender vampiros, ressuscitar mortos, viajar no tempo e outros.
— Isso tudo é um choque pra mim.
— Eu sei querido, para seus irmãos também. — Disse o pai. — A Ali então...
— Vamos ficar bem, Ali. — Disse Jordan tentando acalmar sua irmã.
— Não vamos não... — Disse ela.
— Ali, eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você, nem com o papai ou com o Matt. Eu prometo.
— E quem vai proteger você?
— A bruxa, ela é bem poderosa.
— E quem vai proteger a bruxa? — Ficou um silêncio. Jordan ficou pensativo. — Pois é... estamos sem saída. Não pode negar isso, maninho.
Naquela noite, ninguém dormiu direito, muito menos Matt. Toda noite, Matt reparou que Susan escrevia em um diário. Na capa estava escrito Diario de uma primária. Com o tempo, Drácula nunca retornou, mas iria...
Dias Atuais...
— O seu diário?! Você quer o seu diário? Sério isso? — Perguntou Jordan.
— Tenho boas lembranças dele. Eu quero o diário em troca do feitiço. Uma troca bastante justa!!
— Tá legal... eu irei buscar. Sabe onde ele está pelo menos?
— Não faço ideia. — Respondeu.
— Que maravilha! — Disse.
Matt tinha então conseguido o diário. Chegando em casa, rasgou o nome de Drácula e o resto da página. O que ele não sabia, é que a pessoa que o atormentava anos atrás, estaria de volta, após séculos depois...
𝐏𝐑𝐂𝐈𝐎𝐔_𝐒𝐓𝐈𝐋𝐄𝐒 ©
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