CHAPTER EIGHT ──── THE DESCENDANT OF THE WITCH
Capítulo Oito; A descendente da bruxa
— O que tá lendo? — Perguntou Jane vendo Jordan lendo um livro velho.
— É um antigo livro de feitiçaria. Eu roubei da biblioteca da Susan enquanto ela fazia o feitiço pra trazer o amuleto de volta. Tô tentando achar qual o feitiço pra usar o amuleto, a Luna não sabe nada de bruxaria ainda.
— Hum... é um ótimo plano.
— Obrigado. O problema mesmo é que não acho esse feitiço em lugar algum.
— Isso pode ser um problema. Quando vai fazer ela usar o colar?
— O plano vai se iniciar hoje á noite. Pelo visto terá um grande jogo de Lacrosse, e as Red Vixens estarão lá como líderes de torcida. Depois do jogo, irei chamar ela pra tomar um sorvete perto do meu apartamento, e então a mágica vai acontecer. Pela manhã, o feitiço será realizado e Ali de volta.
— E onde eu fico nisso tudo?
— Você vai distrair a mãe da Luna, Susan. Vou mandar uma mensagem pelo celular dela dizendo pra mãe que passou a noite em uma festa do pijama. Você irá distrai-la pra que ela não procure Luna, ou fique desconfiada.
— Certo. Mas como irei distrai-la?
— Tenho certeza que vai pensar em algo. Caramba que fome!
Jane deu seu braço á Jordan.
— Talvez com um pouco do meu sangue você consiga pensar melhor.
— Ótima ideia querida...
Enquanto isso, Lizzie estava lendo um bom livro em seu quarto. Ela e Matt tinham marcado de fazer o dever de casa. A garota tinha até esquecido, mas lembrou na mesma hora quando viu Matt em sua janela, batendo no vidro.
Correu e então a abriu, devagar.
— Como você chegou aqui em cima?! Não tem nenhuma escada de incêndio.
— Um mágico nunca revela seus segredos. Como está, Lizzie?
— Eu tô ótima! E você?!
— Eu também tô ótimo. Sabe Lizzie, eu tava pensando sobre aquele beijo. Ele... fez muito bem para mim, sabe?
— Fez muito bem pra mim também. Eu estava precisando disso.
— É... eu também. Olha, eu sei que não é grande coisa, mas eu trouxe essas flores. — Lizzie se encantou, eram laranjas, sua cor favorita.
— Meu Deus! Eu simplesmente amei! Obrigada Matt! Você é muito gentil!
Matt ficou vermelho. Ele nunca tinha recebido tantos elogios.
— Então, vamos começar o dever de casa? — Perguntou ele logo depois.
— Vamos! Quer começar com o de qual, história ou matemática?
— Você decide, qual você quer?
— História. Adoro! — Ela respondeu.
— Beleza! Então vamos lá! Aí Lizzie, você vai no jogo de Lacrosse hoje?
— Você vai participar?
— Na verdade sim. Eu me inscrevi anteontem, o Jacob me incentivou.
— Então sim, eu vou! Horário?
— As sete horas da noite em ponto. Lá na quadra do colégio.
— Beleza! Estarei lá.
— Obrigado! De verdade, Lizzie.
— De nada! Antes de começarmos, vou pegar um copo d'água. Quer também?
— Não, obrigado. — Disse.
— Tá bem, vai colocando na página.
Lizzie desceu até a cozinha. Pegou um copo de vidro e o posicionou no bebedouro. Até que ouviu um barulho. Parecia uma arma sendo armada. Andou na ponta do pé então até a garagem, daonde vinha o barulho. Até que então, viu seu tio John parado, encostado no capô do carro, assoviando. Estava bem relaxado.
— Tio John? O que faz aqui?
— S-Só r-relaxando. — Disse gaguejando. Parecia esconder algo.
— Tá bem... eu vim beber um copo d'água e escutei um barulho.
— Foi só impressão. Tenho que ir agora. Vou dar uma volta pra relaxar. John então entrou no carro, acelerou e foi embora. Lizzie tinha certeza de que seu tio estava escondendo algo. Até que sentiu algo em baixo de seu chinelo, quando pisou um passo a frente. Levantou o pé devagar, tinha uma bala.
Mas não era uma bala normal, era uma bala de prata. Ficou confusa. Até que Matt chegou até a garagem.
— Lizzie, Já coloquei na pá... — Reparou na bala de prata. Ergueu os olhos. — O que é isso?
— Uma bala de prata... eu acho.
— E o que você tá fazendo com ela?
— Achei aqui no chão da garagem. Bem estranho, não acha?
— É... bem estranho. Será que pode me emprestar isso? Rapidinho.
— Tá bem... toma. — Lizzie deu a bala nas mãos de Matt, que a olhou de perto.
— Olha, me desculpa! Eu preciso ir!
— Como assim precisa ir? A gente não ia fazer o dever de casa?
— É que meu irmão me ligou agora me pedindo pra ajudar ele em um negócio.
Matt tinha mentido. Lizzie ficou sem entender literalmente nada. Até que ouviu um barulho, olhou pra trás, mas não era nada. Mas quando olhou para frente de novo, Matt não estava mais lá.
A garota lembrou de quando conheceu Jordan pela primeira vez, e que ele tinha sumido assim também.
Matt correu rapidamente até o quarto de Jordan. Chegando, deu um belo de um susto no irmão, o fazendo deixar o livro cair, e desmarcando a página.
— Olha isso! Tá vendo isso, Jordan?
— Para a mão pra eu conseguir ver, retardado! — Disse Jordan.
Matt parou a mão, Jordan se assustou.
— Isso é uma... — Tentou dizer.
— Bala de prata. Advinha o que isso significa? — Perguntou logo depois.
— Alguém está caçando lobisomens em Red Valley. Mas quem? E tem lobisomens aqui? — Perguntou Jordan.
— Lizzie encontrou a bala em sua garagem. Ela é aberta, qualquer um pode ter invadido. Talvez deixado isso cair sem perceber. Entende o que eu digo, Jordan? Tem Lobisomens em Red Valley! E isso não é boa coisa!!! Os vampiros não estão prontos pra isso.
— A mordida de um lobisomen mata um vampiro. Porém isso é uma lenda.
— E você quer pagar pra ver?
— Tá bem! Você pode tentar descobrir isso do lobisomen, já eu vou focar no meu plano com o amuleto.
— Não posso focar em nada a não ser no jogo de Lacrosse.
— Fala sério! Lacrosse é um desperdício de tempo. Nem pra ser basquete.
— E no que consiste seu plano? Está manipulando quem dessa vez?
— Isso não é da sua conta. Eu resolvo!
— Claro que é da minha conta, Ali também é minha irmã!
— Mas o plano é meu! Agora sai daqui e vai focar no seu Lacrosse, Matt.
Matt saiu dali então, irritado, mas saiu.
— Por que não contou o plano à seu irmão? — Perguntou Jane.
— Meu irmão nunca o aprovaria. E eu não vou deixa-lo me impedir dessa vez.
Mais tarde, estava finalmente na hora do jogo. Todos se reuniam no campo do colégio para jogar Lacrosse.
— Onde vai? — Perguntou Tio John vendo Lizzie com uma bolsa.
— Vou ver o jogo de Lacrosse. Me dá uma carona, por favor?
— Eu tô meio ocupado organizando a aula de amanhã. Desculpe querida.
— Sem problemas tio. Tô indo.
Lizzie então foi obrigada a ir andando. Mas não era tão longe, no máximo uns doze minutos caminhando.
— Oi Lizzie! Você também veio ver o jogo? — Perguntou Maya.
— Sim! O Matt vai jogar.
— Sério? Ele nunca jogou antes.
— Se inscreveu faz pouco tempo. Você vai ver o jogo pelo Isaac, né?
— Sim! Ele salvou o time no último e eu quero ver no que vai dar esse.
— Vai ser os Red Valleys contra quem?
Red Valleys era o nome do time de Lacrosse do colégio.
— Se não me engano, será contra os mimadinhos de Harvey. O nome deles são os Harvey Pinchers.
— Eles já disputaram antes?
— Já, mas foi ano passado.
— E quem ganhou? — Perguntou.
— Os Harvey. Mas eles trapacearam. Enfim, certeza que os Valleys vão acabar com eles hoje! Eu tenho fé!
Até que Maya recebeu uma ligação. Era Larry, o garoto esquisito do gorro.
— Eu preciso atender Lizzie! A gente se vê na quadra. Com licença.
Maya foi para uma certa distância e então finalmente atendeu o telefone.
— Não esquece do plano! Meia noite!
— Eu sei Larry! Tá bem?! Eu sei! Não precisa ficar me ligando toda hora.
— Tá tá! Foi mal! Tô desligando. Mas não esqueça! Se você não vir...
Larry por fim finalmente desligou.
Enquanto isso, os jogadores se preparavam pro jogo. Jacob estava muito nervoso, porém Matt ainda mais.
Isaac estava confiante, mas nervoso.
— Vai dar tudo certo! Eu acho...
— Jacob! Assim não ajuda! É o meu primeiro jogo! — Disse Matt enquanto suas mãos suavam de nervoso.
— Eu lembro do meu primeiro jogo! Eu tava assim também... mas vai dar tudo certo! — Jacob tentou ser otimista.
— Vai chorar de nervoso, Matt? Se acalma, vai dar tudo certo. — Afirmou Isaac pegando seu taco.
— Tá bem... Você vai ficar bem! — Disse Matt respirando fundo diversas vezes.
— Eu sei que vou Matt. — Respondeu Isaac terminando de amarrar seu tênis.
— Tô falando pra mim mesmo.
— Aaaah, isso faz sentido.
Todos estavam se preparando o mais rápido possível, por que estavam atrasados. Muitos tiveram que vir em cima da hora por esquecimento.
— Acelera o ritmo aí pessoal! Qual é? Estão demorando! — O treinador Mark disse. — Em menos de cinco minutos precisam estar já posicionados!!
Os jogadores aceleraram o ritmo e se posicionaram na quadra.
— Eae Valleys, prontos pra comer poeira dos nossos tacos de novo? — Um dos jogadores da Harvey falou.
— Vamos ver... — Isaac respondeu.
O treinador dos Harvey se posicionou do outro lado da arquibancada.
Luna e as vixens começaram a torcida.
— Se preparem... um... dois... — Os treinadores faziam a contagem. — Três!
O jogo começou. A bola estava com os jogadores da Harvey, que a passavam entre si. Matt vira uma oportunidade de pegar a bola, mas quando se aproximou foi jogado ao chão por aquele mesmo jogador que estava falando com Isaac.
— Cuidado por onde anda.
— Merda... — Disse baixinho se levantando aos poucos.
— Isso não é bom. — Disse Lizzie.
— Nem um pouco bom... — Disse Maya.
Jacob, vendo Matt caído, acabou perdendo a atenção, e quando olhou já era tarde demais. Um dos caras da Harvey vinha correndo o derrubar.
— PETERSON!!! QUAL É?! OLHA PRA FRENTE, ANTA! — O Treinador disse.
— MUITO BOM!!! CONTINUEM ASSIM! VOCÊS SÃO HARVEY! — Disse o treinador dos Harvey batendo palmas.
Os pais de Jacob estavam acostumados, seu filho era muito ruim em Lacrosse.
— Já era de se esperar. — Disse o pai.
— Pois é... — Respondeu sua mãe.
Tinha passado um tempo, e a Harvey já tinha feito dois pontos, enquanto os Valleys estavam zerados.
— Passa a bola pra mim! — Gritou Isaac vendo que um de seus parceiros estava correndo em direção ao gol.
O mesmo jogou a bola. Isaac, após agarra-la, correu para o gol e fez uma ótima jogada. Fingiu enganar o goleiro apontando a direção do taco para a esquerda, mas jogando para a direita.
O placar mudou finalmente.
— ISSOOOOO! É ISSO AÍ! MANDOU BEM, MANING!!! — O treinador gritou.
— Boa Isaac! — Gritou um dos jogadores dos Valleys.
A plateia foi a loucura. Maya começou a gritar, com aquele sorriso vivo que ela tinha no rosto, coisa que faltava em Lizzie desde a morte de seus pais.
— ISSO AÍ AMORRRR! — Gritou Maya batendo muitas palmas.
Isaac respondeu fazendo um coração com as mãos. Até que um garoto dos Harvey esbarrou de propósito em Isaac.
— Sua namorada? — Perguntou.
— É sim. Porque? — Perguntou Isaac.
— É uma gostosa. — Provocou.
— Aí cara, é melhor não se meter comigo. — Isaac respondeu.
— Ou o que? Vai me machucar?
— É, pode crer que eu vou.
— Sabia que eu não dou a mínima? Sua namorada continua sendo uma gostosa. Por que não passa o contato dela?
Isaac não pode conter sua raiva. Ficou vermelho de tanto ódio. Não resistiu, e deu um grande soco no garoto.
— MANINGGG! O QUE VOCÊ TA FAZENDO??! VOCÊ É IDIOTA?! — O treinador correu. O jogo foi interrompido. Maya correu até Isaac.
— Isaac! O que você fez, amor?
— Me desculpe! E-eu... eu não me controlei. Aquele garoto estava te assediando e eu não consegui segurar.
Maya apenas o abraçou. Se sentiu protegida com ele. Ele estava muito preocupado em, talvez, ela terminar o relacionamento, porém se aliviou com aquele demorado e apertado abraço.
— Eles são muito fofos... — Afirmou Mel, que estava do outro lado de Lizzie.
— Sim. Ah, oi Mel! Eu não te vi aí.
— Sem problemas, já tô acostumada. Quando eu era pequena, meus amigos me chamavam de menina invisível.
— Ah, entendi. É meio estranho.
— Sim! Parece que as pessoas não notam minha presença.
Os treinadores então apitaram.
— O JOGO VAI CONTINUAR!!!! Porém Isaac Maning está de fora. — Disse o treinador dos Harvey com um sorriso.
Maya ficou chateada, mas ela esperava.
— Tá bem, treinador. — Disse Isaac.
— Foi mal Maning, são as regras. — Afirmou o treinador Mark, dos Valleys. Isaac seguiu para o banco. — Voltem para suas posições!! Agora!!
Todos se posicionaram. E então com o apito e a contagem regressiva, o jogo recomeçou. A bola dessa vez estava com os Valleys. Matt estava pronto pra
pegar a bola, e tentava acompanhar o jogado que tinha a bola, pelo lado.
— Passa pra mim!! — Disse Matt.
O jogador ficou uns segundos sem saber o que fazer, mas jogou para Matt, que conseguiu pegar a bola com seu taco.
— Boa, Carmeron!! — Disse o treinador.
Matt já estava cansado desse sobrenome falso, mas não disse nada. Ele sabia que se dissesse que seu sobrenome verdadeiro era Hanowver, muitos sobrenaturais poderiam achar ele, seu irmão e as pessoas ao seu redor.
Matt correu com a bola e chegou perto ao gol, mas tinham muitos Harvey em sua frente, porém do seu lado estava Jacob. Ele estava parado, chateado por até mesmo seu amigo novato tinha pegado a bola no jogo, e ele não.
— Jacob! — Matt disse.
Jacob se ligou rapidamente, seus olhos brilharam de felicidade, e logo depois, ficou sem posição formada. Matt jogou a bola para Jacob, que agarrou.
— É impressão minha ou o nosso filho agarrou a bola? — Perguntou a mãe de Jacob olhada fixamente pro pai.
— Impossível. O que acha que pode ser? Um alienígena? Metamorfo? Por que o Jacob não é. — O pai respondeu.
— Vocês deviam ter mais fé no filho de vocês. — Uma mulher, gorda, com roupas largas e roxas, disse.
— Esse foi nosso maior erro.
Jacob correu para o gol e então ficou confuso. Dos lados não tinha ninguém, e na frente diversos Harvey. Ele optou por uma boa ideia. Correu para os lados para fazer os Harvey o seguir, para depois dar a volta pelo outro lado e arremessar na rede do gol. O goleiro não conseguira pegar nem de longe.
— BOAAAAAAAA! PETERSONNNNN!!!!!!!! — Gritou o treinador. O jogo empatou. Estava 2x2.
Porém naquele momento, o tempo de jogo se esgotou, ele tinha acabado. Acabou empatado, mas não foi uma derrota pelo menos. Foi uma vitória dupla, o que não agradou tanto o treinador Mark, que esperava algo como um "10x0". Jacob tirou o capacete. Ele sorria muito, estava muito alegre.
Os pais de Jacob bateram muitas palmas. Estavam surpresos, mas felizes.
— BOA FILHÃO!!!! — Disse o pai.
— MANDOU BEM QUERIDO! — Disse a mãe de Jacob, batendo palmas.
Luna e as vixens também foram a loucura, e dançavam enquanto a plateia batia diversas e diversas palmas.
— Jacob! É uma campeão! Jacob! É um campeão!! ♪♪♫♫ — As Vixens cantavam.
— Valeu Matt!!! — Jacob abraçou o amigo. — Por essa chance.
— Você merece cara. — Matt respondeu abraçando Jacob.
Horas depois, Maya se encontrava com Larry perto da delegacia. Era por volta de meia noite. Estava tudo escuro, e a delegacia estava sendo vigiada por câmeras de segurança e guardas.
— Você demorou. — Disse Larry.
— Larry, vamos deixar isso de lado! É loucura! Vampiros não existem!
— Existem sim, e hoje eu vou te provar.
— Mas tem câmeras pra todo lado!
Larry então pegou um pequeno objeto, e plugou na parede de fora da delegacia. Contou até três e o objeto fez um barulhinho piscando verde.
— Tá, o que é isso? — Perguntou Maya.
— A solução dos nossos problemas. Esse objeto desliga toda a conexão entre sistemas existentes em um raio de até 6 quilômetros. As câmeras não vão funcionar enquanto isso estiver aqui.
— Onde conseguiu isso?
— Eu comprei. Sabe a quantidade de lojas que vendem secretamente esse tipo de material? Eu sou o aluno quieto.
— Tá bem, mas e os guardas?
— Eles não vão ver a gente. Agora vamos! — Afirmou Larry.
— Como vamos entrar sem sermos notados? — Perguntou Maya.
— Por ali. — Larry apontou para um tubo de ventilação. — É o único jeito.
Os dois então entraram na ventilação, e quando chegaram ao fim caíram em uma sala escura. Não tinha nem câmeras e nem seguranças. Deserta.
— Não tem ninguém aqui. Eu te disse que não seríamos pegos! — Afirmou Larry não vendo ninguém ao seu redor.
— Mas como achamos a sala de fitas? Deve estar junto dos arquivos.
— Ce jura?! Pra pegar o arquivo eu tive que ir na sala, sei onde fica. Me segue.
Larry e Maya cruzaram alguns corredores, onde a garota o seguiu até uma porta vermelha com um símbolo amarelo de segurança. Ao entrarem, Larry foi direto onde pegou o arquivo.
— O problema é que não tem nada aqui! — Disse Larry. — Tenta procurar por aqui perto, tem que estar aqui!
Os dois começaram a procurar sem parar, até que Maya reparou em algo.
— Espera, Larry! Essa caixa tem fundo falso. Ela esta presa a estante.
Larry verificou. Maya tinha mesmo razão. A caixa era a última de sua prateleira, e tava presa á estante.
— Acho que temos uma investigadora aqui, pessoal. — Afirmou Larry. — Olha, acho que encontrei... — E abriu um compartimento secreto. Dentro tinha diversas fitas de vídeo. — Tem que estar aqui! Me ajuda, o número do arquivo é 068. — Os dois começaram a procurar sem parar, até que Maya encontrou.
— Achei! Só pode ser esse!
— Beleza! Agora temos que achar um toca fita. Onde vamos encontrar isso?
— Você não tem?! — Perguntou Maya.
— Não, infelizmente. Eu tinha, mas ele quebrou depois de cair do décimo andar do apartamento do meu tio.
— Nossa... — Afirmou a garota. No fundo, Maya sabia que já teve um toca fita, mas onde ele poderia estar? Ah, é claro, não era óbvio? — É isso!!!
— É isso?! É isso oque?!
— Eu tinha um toca fita á uns dez anos atrás. Eu era só uma garotinha que gostava de ver umas fitas antigas que meu pai guardava. Fitas de desenhos animados bem antigos, até hoje eu lembro de uma fita que eu e ele assistimos juntos. Era de um ursinho perdido que tentava achar a família, mas meu pai nunca deixou eu assistir até o final. Mas velha, eu descobri que era por que o ursinho era morto no final. — Aquilo fez Maya lembrar dos momentos felizes que tinha com sua família, e como ela havia mudado.
— Ah... mas no que isso ajuda? Você sabe onde está esse toca fita?
— Eu perdi o foco, mas era isso que eu tava pensando! Ele provavelmente deve estar no sótão da casa dos meus pais.
— Casa dos seus pais? Não é a sua casa?
— Não mais. Eu saí depois que aconteceu umas coisas.
— Entendi, mas podemos pegar?
— Se aquela falsa da minha mãe não bater o portão na nossa cara, sim.
— Beleza! Então vamos!
— Não! Agora não. Está muito tarde. Minha mãe tem rotina de dormir as nove da noite, e meu pai tranca as portas. Não atende nada a essa hora.
— Então vamos ter que esperar amanhã? — Perguntou Larry. — Sério?
— Sim, foi mal Larry.
— Tá, bora dar o fora daqui então. Amanhã podemos nos encontrar então perto da escola. — Afirmou.
— Tá certo. Combinado. Agora, vamos sair logo daqui, por favor!
Com o tempo, as Vixens foram embora junto dos convidados. Luna estava sentada na arquibancada fazendo um lanche. Até que viu Jordan chegando. Ele se sentou ao seu lado.
— Como foi o jogo hoje?
— Foi ótimo, eu acho. — Ela respondeu.
— Aí, Luna, você quer tomar um sorvete? — Perguntou Jordan.
— Agora? Tem alguma sorveteria aberta a essa hora? — Perguntou.
— A sorveteria do Bayle fica aberta até as três horas. Agora são uma.
— Está gostando de mim, Jordan?
— Tem como não gostar?
Luna era bem direta, pelo visto e Jordan, era "encantador".
— Certo, vamos. — Respondeu Luna.
— Sabia que iria aceitar. Ninguém nunca resiste a minha beleza...
Jacob estava lá também, mas na outra arquibancada. Depois que todos foram embora, ele ficou parado lá, aproveitando a noite. Até que então decidiu fazer uma jogada no gol. Ninguém iria saber mesmo, por que não? Jacob então se posicionou e atirou a bola no gol. Depois disso, gritou.
— UHULLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!! EU SOU CAMPEÃO!!! AEEEEEEE!!!
Até que ouviu um barulho. Parecia alguém o vigiando. Vinha da floresta. Jacob então viu um homem, parado nas sombras. Na hora pensou que era um dos Harvey que teria gravado seu grito.
— Ei! Quem é você??
O homem correu para a mata, e Jacob o seguiu. Correu atrás da figura pela floresta, quando cansou. O homem tinha sumido. Jacob estava perdido. Até que ouviu um barulho, parecia de um animal. Ficou com muito medo.
— Olá? Tem alguém aí? Por favor...
Outro rugido. Era o mesmo de antes, mas agora vinha de trás.
Olhou para trás aos poucos, daonde vinha o barulho. Jacob não podia entender o que vira. Era um lobo, mas diferente. Era metade lobo e metade homem. Seus olhos eram vermelhos. O garoto nunca sentiu tanto medo na vida, era um Lobisomen. Seus dentes estavam afiados e prontos para morder.
— AHHHHH! UM LOBISOMEN!!!!
Jacob correu para o lado oposto, mas a criatura o perseguiu até o puxar pelas pernas. Depois disso o mordeu na barriga. O garoto sentiu a dor da mordida, os dentes da criatura eram muito grandes, afiados e profundos.
Até que a criatura levou um tiro, o que a fez parar de morder. Depois, levou diversos tiros. O lobisomen então correu, machucado. Os tiros vinham de um homem, que estava nas sombras.
— Quem é você? Você me salvou!
O homem não respondeu. Estava segurando uma arma, que atirava balas de prata, algo que podia matar os lobisomens. Depois de ser visto, fugiu. O homem estava claramente machucado.
Jacob se arrastou pela floresta, até chegar em uma estrada. Um carro da polícia vinha. O policial, vendo um garoto machucado no meio da estrada parou o carro e correu até Jacob.
— Você está bem? — Perguntou o policial. Jacob estava muito ferido.
— Eu... eu tô bem. — Ele disse.
— O que aconteceu com você?
— Um lobo me atacou. — Respondeu.
— Lobo?! Não tem lobos nessa área.
— Mas era um... um lobo grande.
— Consegue andar?
— Consigo... — Afirmou entrando no carro de polícia. O garoto levantou a blusa pra ver o ferimento e o policial se assustou. Era uma ferida profunda e sangrava muito, muito, muito.
— Santo Deus! Que lobo faria isso?
— É uma... boa pergunta.
Jacob respirava fundo diversas vezes. Estava em choque com o que vira, assim como também sentia muita dor.
Até que o policial finalmente reconheceu o garoto que estava machucado. Ele era amigo da família de Jacob. Tinha demorado pra perceber.
— Espera... você não é o Jacob Peterson? Filho da Rachel e do Arthur?
— Sim, me conhece? — Perguntou enquanto segurava a dor.
— Eu sou amigo dos seus pais.
Enquanto isso, Jordan e Luna estavam tranquilos tomando um sorvete.
— E então? Vai me dizer o motivo de ter me chamado pra tomar sorvete?
— Eu preciso? Não ficou claro?
— Sendo bem sincera, não.
Jordan então a beijou. Ele precisava ganhar a confiança dela pra levá-la ao seu quarto e prende-la para fazer o feitiço e trazer Ali de volta.
— E agora, ficou claro?
— Sim... ficou. Isso foi tão...
— Bom? Pois é, eu sei. Todas dizem isso.
— Eu tô sentindo que essa noite vai ser tediosa. — Afirmou Luna.
— Se quiser eu tiro seu tédio...
Os dois se olharam, estavam pensando na mesma coisa. O plano tinha funcionado. Luna estava se jogando para Jordan, que preparava cada parte do plano com cautela e cuidado.
Jordan então a levou pro seu apartamento. Os dois começaram a se beijar, se jogando pra cama.
— Você sabe o quer fazer... — Ela disse.
Jordan tirou sua blusa e depois a ajudou a tirar seu vestido e começou a beijar seu pescoço lentamente. Depois de dar mais beijos, começou a passar seu rosto lentamente pela barriga de Luna, beijando a região próxima de seus seios, que permaneciam cobertos pelo sutiã. Jordan retirou aos poucos as roupas íntimas da garota, e então beijou cada centímetro de seu corpo. Mas era irresistível o sangue. Luna nem imaginava que estava na cama com um vampiro muito, muito perigoso.
— Você é bom nisso... — Luna disse.
— Eu também sou bom em outra coisa.
— Sério? E no que, exatamente?
— Nisso. — Jordan a mordeu no pescoço. Bebeu parte do sangue que estava em suas veias, até a garota desmaiar. Depois a prendeu na cama com uma venda e cordas. O plano estava indo como o esperado.
Lizzie já tinha chegado em casa, porém seu tio não estava lá. Após estranhar, decidiu dormir. Porém não esperava acordar no meio da madrugada com um barulho. A garota acordou e então desceu as escadas. Pegou uma faca de cozinha, poderia ser um ladrão. Logo, olhou os cômodos da casa, mas não achou nada. Teria sido só impressão?
Até que olhou na sala de estar. Se assustou com o que viu. Seu tio estava desmaiado no sofá. Estava muito machucado, com sangue em seu corpo.
Ao seu lado, tinham diversas armas.
— AI MEU DEUS!!!! TIO JOHN!!!!
John finalmente acordou. Após voltar a ter consciência, mostrou sentir muita dor. Pressionava uma ferida que estava em seu abdômen. Era uma ferida profunda, com formato de garras.
— Lizzie... me ajuda! Por fav...
— Tio!!! O que aconteceu com você?
— Eu explico depois, agora me ajuda! Tá vendo bala de prata ali?
— Sim! Eu tô vendo! — Respondeu.
— Me dê! Rápido querida!
Lizzie obedeceu e deu a bala para John. O tio então quebrou a bala na mesa e pegou um pedaço de pó que estava dentro. Depois, passou em seu ferimento. Aquilo devia doer muito.
— AAAAAAAAH! ISSO DÓI MUITO!
— Tio o que você tá fazendo???!
— Bala de prata possuí um pó que cura ferimentos causados por Lobos.
— Você foi atacado por um lobo?
— Mais ou menos.... — John afirmou relaxando. — Querida preciso descansar. Amanhã eu te explico tudo, eu prometo. Agora eu só preciso dormir... eu... preciso dormir.
Enquanto isso, no hospital, os pais de Jacob tinham acabado de chegar.
— Meu Deus filho! Você tá bem?
— Querido!! — Disse a mãe.
— Eu tô bem pai e mãe. Eu tô bem.
— Como era o lobo? — Perguntou o pai curioso após ver a ferida.
— Ele era enorme. — Respondeu.
— Enorme, como? — Perguntou.
— Não deu pra ver tão bem.
Jacob não falou que era um lobisomen.
— Ah! Finalmente chegaram! — Disse a doutora que examinou Jacob. — O amigo de vocês, policial Hawk, trouxe ele à uma hora mais ou menos. Eu fiz os exames e foi uma grande mordida. Mas se fizer uns dias de repouso, a mordida irá se cicatrizar. Foi um alívio ele não ter morrido, sinceramente.
— Obrigada doutora! Como posso te chamar? — Perguntou a mãe.
— Doutora Michells. Ou pode me chamar somente de Mikaela.
— Tá bem, Mikaela. Querido, uma pergunta, o que fazia na floresta?
— Eu tava... tava... procurando meu taco de Lacrosse. É! É isso aí!
— Taco de lacrosse? — Perguntou o pai desconfiado. — Como assim?
— Eu perdi ele. Tanto faz, podemos ir pra casa? Eu tô cansado.
— Tá bem! Vamos pra casa.
Jacob então, chegando em casa, se deitou. Pegou logo no sono, mas depois de umas horas dormindo, acordou. Porém ele estava em uma floresta. Estava de dia, e Jacob estava pelado. O garoto ficou sem entender nada. Correu então pela mata tentando entender como chegou até ali. Até que ouviu um barulho, olhou para trás e magicamente ele estava em outro lugar. Estava agora em um lugar com muita neve. Nunca sentira tanto frio na vida. Ouviu um uivo, e viu um lobo branco. Era um lobo da neve, com olhos muito azuis. Após ver o lobo, escorregou e caiu sob o gelo, mas magicamente parou na cidade, e agora caía de um prédio.
— SOCORROOOOOOOOOOOO!
Até que alguém o segurou. O garoto se virou pra ver quem era, e viu ele mesmo. Porém seus olhos brilharam e seus dentes estavam afiados.
— Acorde, Jacob... — Disse.
Jacob acordou finalmente. Estava em sua cama, fora tudo um pesadelo. Porém um pesadelo muito estranho.
Já estava de manhã, e o garoto estava muito atrasado para sua aula. Mas olhou a ferida, ela já estava sumindo.
— Mas já? — Perguntou a si mesmo.
Acontece que muita gente não iria pra aula naquele dia. Luna estava presa por Jordan, Lizzie cuidando do seu tio que daria aula, mas está machucado, Maya e Larry iriam tentar achar o toca fita. O dia vai ser um verdadeiro desastre.
Jordan tinha enviado uma mensagem pra mãe de Luna, Susan, pelo celular da filha, dizendo: Mãe, hoje dormi em uma festa do pijama das minhas amigas. Bjo.
Susan suspeitou, mas acreditou. Luna tinha finamente acordado. Ficou desesperada, estava com uma venda, então não conseguia ver nada. Suas mãos estavam presas, então ela não conseguia tirar a venda.
— Socorro! Alguém me ajuda!
Jordan tirou a venda de Luna.
— Bom dia, barbie.
— Você me mordeu!!! Você é um vampiro???! — A garota perguntou.
— Sim. Eu te mordi mesmo, mas não leva pro pessoal. É que não pude negar o sangue nas suas veias. Mas eu só quero a sua ajuda numa coisa.
Luna cuspira na cara de Jordan.
— Não vou ajudar um vampiro!
— Parece não estar surpresa por vampiros existirem.
— É porque eu sempre acreditei nessas coisas. Mas isso não vem ao caso!
— Você sabia que você é uma bruxa?
Luna não pode conter a risada.
— Isso é uma piada! Fala sério!
— Eu posso provar. — Disse Jordan.
— Vai em frente, duvido!!
— Sua mãe Susan é uma bruxa, e ela passou o dom de fazer magia pra você. Olhe essa foto tirada em 1878.
A foto mostrava um grupo de pessoas reunidas junto de uma rainha.
— Não tô entendendo.
— Essa rainha é a rainha Victória. Observe que essas pessoas são da realeza, mas olha quem está bem ali no canto. — Era a própria Susan.
— Isso é Photoshop. — Luna afirmou.
— Não é não. — Jordan afirmou.
— E porque eu deveria acreditar em um vampiro como você?
— Tanto faz! Vamos acabar com isso. Tá vendo esse amuleto?
— Não, imagina! Sou cega.
— Que grosseria! Escuta, esse amuleto pode trazer minha irmãzinha de volta a vida. Ela morreu à séculos, e eu quero salva-la. Mas preciso de uma bruxa que faça o feitiço pra funcionar.
— Por que não pede pra minha mãe? Já que ela é a tal bruxa.
— Ela negou. Mas você vai me ajudar.
— Sério? E porque?
Jordan olhou fixamente para Luna. Seus olhos ficaram vermelhos.
— Você vai me ajudar nesse feitiço sem hesitar, e depois vai esquecer que foi sequestrada e vai lembrar que foi em uma festa de pijama. — Jordan disse usando seu poder. Luna começou a rir.
— O que você pensou estar fazendo? Hipnose?! — Riu ela novamente.
— Isso é... impossível.
— Não é impossivel, meu anjo. Até eu que nem sabia da existência de vampiros sei que as bruxas são imunes á hipnose causada por um vampiro. Nunca leu contos de terror, não?!
— Merda! Luna! Por favor! Me ajude!
— Não! Você me sequestrou!
— Me desculpe! É isso que quer?
— Eu não sou idiota. Não vou te ajudar. Não sou uma bruxa, seu idiota!
— Olha eu vou te desamarrar pra que você fique mais a vontade, mas vai continuar presa aqui no quarto. Quando você resolver me ajudar, vai poder sair. Até lá, boa sorte em sua jornada de prisão caseira.
Enquanto isso, Jacob tinha chegado á escola. Chegando, viu Matt e Mel.
— Oi pessoal! Cheguei a tempo!
— Chegou. Porque não chegaria?
— Nada não... — Jacob respondeu.
Porém enquanto isso, uma nova família chegava a cidade, a família Yukishida.
𝐏𝐑𝐂𝐈𝐎𝐔_𝐒𝐓𝐈𝐋𝐄𝐒 ©
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