2.7
Você simplesmente não acreditava no que estava acontecendo, xingou baixinho enquanto se encarava de frente para o espelho do banheiro do aeroporto japonês, seriamente pensava que depois de quase trinta horas de viagem poderia dormir de forma pesada contra uma cama macia juntamente a Aurora, bufou irritada abotoando a camisa social em seu corpo de modo apressado, olhou para os lados vendo uma mulher entrar no banheiro, ela lhe lançou um olhar irritado antes de entrar em um dos pequenos cubículos, você chiou nervosa, se encarou no espelho uma última vez enquanto arrumava a saia lápis preta e extremamente apertada em suas coxas, bateu os pés cobertos pelos saltos pretos e finos no chão, estava pronta, mas mesmo assim sentia que acabaria por dormir em um instante qualquer. Passou uma maquiagem rápida nos olhos para esconder as olheiras e deixou o banheiro em passos rápidos, Shoyo lhe esperava do lado de fora, conversava com uma mulher de cabelos pretos, estendeu Orie em sua direção e não demorou muito para que as duas deixassem o local, respirou fundo andando até o homem.
— Estou pronta e extremamente puta, eu vou fazer esse modelinho de merda lamber o chão onde eu pisar — murmurou de modo mau humorado enquanto pegava suas pastas que estavam nas mãos do ruivo, ele suspirou pesadamente antes de concordar com a cabeça, também parecia cansado, o seguiu para longe do aeroporto em direção ao estacionamento, bufou —, como ele ousa marcar uma reunião no dia em que chegamos de viagem, ele sabe quantas horas eu fiquei sentada naquela merda de assento? Poderia muito bem esperar até amanhã, eu queria colocar a minha filha para descansar, agora ela está com uma mulher que eu não conheço, você não tem a mínima noção de como eu estou...
— Ei, calma! — o homem lhe interrompeu rindo, segurou seu rosto com as duas mãos forçando você a encarar os olhos castanhos, engoliu em seco o vendo sorrir — Respire fundo, você só vai passar mal se ficar estressada assim.
Ele disse com a voz calma, você suspirou trêmula antes de concordar com a cabeça, ele estava certo, já estava cansada se ficasse se irritando por algo que não havia solução apenas vomitaria de estresse, fechou os olhos respirando fundo, o sentiu soltar seu rosto pouco a pouco, abriu os olhos o encarando ali, sorriu antes de deixar um soquinho fraco contra o peitoral do homem.
— Obrigada, vamos o carro, onde está? — indagou de maneira apressada, ele riu baixo antes de apontar para uma BMW 320i mais a frente, você arregalou os olhos, se engasgou com a própria saliva — Shoyo Hinata se você é rico por que diabos não paga o processo?!
Indagou de modo confuso enquanto andava até o carro, sentia que nem Anna se arriscaria a comprar um carro daqueles e sua melhor amiga era médica, você engoliu em seco, Shoyo fez uma careta, deu de ombros.
— Não quero dar dinheiro para um babaca daqueles, digo, não quero pagar o processo, eu não estou errado, socaria ele mais uma vez se fosse possível.
Ele murmurou mau humorado enquanto abria a porta para que você entrasse, agradeceu baixinho adentrando no carro, céus, tinha a sensação de que o quebraria com o menor dos toques colocou o cinto com cuidado o vendo dar a volta no veículo entrando pela porta do motorista, o ruivo respirou fundo enquanto se sentava no assento fechando a porta logo em seguida, você cerrou os olhos vendo o moletom do homem.
— Vai com essa roupa mesmo?
— Na verdade meu terno está no banco atrás de você, pode pegar por favor?
Shoyo indagou com a voz baixa e você assentiu retirando o cinto, se virou ficando de joelhos sobre o banco esticando o corpo para a parte de trás do veículo pegando o terno coberto pelo plástico preto com as pontas dos dedos o trazendo para si, suspirou aliviada, virou o rosto rapidamente em direção ao ruivo se detendo com os olhos castanhos completamente fixos na sua bunda coberta pela saia lápis fina e apertada, você entreabriu os lábios.
— Hinata! Não me peça para pegar as coisas apenas para você olhar a minha bunda!
Disse elevando a voz tentando conter o riso que queria escapar de sua garganta, ele desviou o olhar rapidamente, coçou a garganta em uma tosse rápida, você abriu um sorriso curto em seus lábios enquanto voltava a se sentar sobre o banco, estendeu o terno em direção ao homem, ele respirou fundo.
— Obrigado, sua bunda ficou muito boa nessa saia, eu só queria avaliar.
Ele murmurou com a voz baixa, você soltou um riso alto, arregalou os olhos.
— Shoyo!
— Apenas estou dizendo a verdade, mocinha.
Você revirou os olhos de modo divertido, cruzou os braços sobre o estômago, engoliu em seco o vendo levar as mãos até a barra do moletom o arrancando de seu corpo juntamente com a camisa branca que vestia por baixo deixando o tronco completamente desnudo, você suspirou trêmula abaixando o olhar para o corpo do homem, mordeu a bochecha, ele realmente estava mais forte, seu abdômen estava mais definido, uma tatuagem com um desenho de sol sobre a sua costela, desviou o olhar rapidamente quando ele começou a arrancar as calças cinzas de moletom as jogando no banco de trás juntamente com as outras roupas. Se virou pouco a pouco o vendo ali completamente vestido com o terno, arrumava os fios ruivos pelo retrovisor, respirou fundo, você encolheu os ombros sentindo suas bochechas quentes.
— Podemos ir?
— Vamos fazer aquele maldito lamber o chão para você passar.
Ele murmurou por fim, você sorriu antes de concordar com a cabeça, colocou o cinto de modo cuidadoso ainda com medo de estragar o carro, respirou fundo, abaixou os olhos para a pasta em suas mãos vendo os dados que sobre o processo que Shoyo havia lhe entregado, o homem deu a partida, você prensou os lábios de modo pensativo enquanto ele se infiltrava nas ruas movimentadas de Tokyo.
— Shoyo, sua amiga pode depor? Se eles não aceitarem a oferta de hoje talvez precisemos dela.
Disse por fim levando os olhos até o homem que sorriu antes de concordar com a cabeça, deslizou as mãos sobre o volante.
— Claramente sim.
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