$ Capítulo 3 $

Autora on.

— Achar Park Jimin. — falou. — Ele tem vinte anos, dê acesso às câmeras do bar na noite de ontem, ele estava ao meu lado.

— Está feito senhor, amanhã até às nove creio que teremos o resultado. — Lisa afirmou.

— Obrigado, já pode ir para casa. — liberou sua secretaria.

— Mas faltam três horas para meu turno acabar. — falou sem entender.

— Eu já vou para casa, pode ir. — insistiu.

— Tudo bem, até semana que vem senhor Jeon. — se curvou e saiu da sala.

Jungkook agora sabendo que iria ter respostas de quem é o jovem que roubou sua atenção, poderia dormir em paz.

[...] Jimin on.

— Se eu falar mais uma vez vou te bater com cabo de vassoura Kim Taehyung. — falei estressado, parece que está morto.

Peguei copo na mesa de cabeceira, enchi com água no banheiro do corredor, voltei e joguei na cara dele.

— Estou me afogando. — levantou desesperado, eu ri.

— Você tem vinte minutos para se arrumar, demora para levantar. — saí do quarto ouvindo ele me xingar.

No quarto peguei minha mochila que levo para a faculdade, hoje estará menos pesada, irei sair mais cedo.

Peguei meu celular e saí do quarto, perto da porta calcei meu tênis branco. 

— Vamos? — Tae apareceu na sala, cabelo ainda úmido.

— Vamos. — ao sair de casa eu tranquei.

— Por que não me levantou mais cedo? — ele quer apanhar só pode.

— Kim Taehyung eu comecei te acordar seis e meia, você que não levantou. — falei. — Não se preocupe, seu cabelo ficou bem úmido.

— Falando em cabelo, quando vai me deixar pintar o seu. — nunca. — Você disse que se eu deixasse o meu loiro iria me deixar pintar o seu, eu estou loiro.

— Espera mais um pouco, quero ter certeza que vou fazer merda no cabelo logo no segundo semestre da faculdade. — paramos no ponto de ônibus.

— Uma hora ou outra, irei pintar seu cabelo. — isso saiu como uma ameaça, sai para lá.

Mais cinco minutos o ônibus chegou e nós entramos, Tae dormiu no meu ombro, como consegue dormir tanto? Fui o caminho pensando em uma forma para sábado chegar mais rápido, quero falar com o Jeon de novo.

— Chegamos criatura. — balancei ele, acordou. — Hora de descer.

Descemos, ele costuma parar em frente a faculdade então entramos direto, sorte de quem dorme nos dormitórios, mas eu prefiro minha casa mesmo.

Fomos para sala que essa professora dá aula, ela é enorme, é tipo um auditório. Eu fico na parte do meio, não muito longe, mas não perto de mais para ela me ver sempre.

Sentamos, os alunos foram chegando, quem faz parte da minha turma eu reconheço, agora as da sala do Tae não sei quem são.

Em dez minutos a professora entrou, silêncio total, ela é conhecida como "demônio do direito".

— Bom dia! — falou após sentar em sua mesa equipada com microfone, respondemos. — Como vocês já sabem, hoje é a primeira prova do nosso semestre revisando o que passei, o motivo de passar ela tão cedo é porque irei me ausentar nas próximas duas semanas.

Deus é bom, um dia ela me tirou um ponto por não levantar a mão para responder.

— Hoje terão apenas essa prova, quem terminar pode ir saindo para não encher meu saco e atrapalhar os demais. — falou. — Se não terminar antes, tem até meio-dia para me passar.

Após receber minha prova, assinada pelo capeta.

Quarenta questões e uma redação, me sinto no ensino médio de novo.

Comecei fazer me desligando do mundo ao redor, lembrei de tudo que estudei ontem na revisão, quando vi só faltava a redação.

Não é bem uma redação, é uma maneira de acabar com seu semestre, ela baseia sua nota nisso, precisa usar as palavras difíceis que os advogados usam, estar na gramática perfeita.

Se não você toma no meio do rabo, mulher do demônio.

Revisei o texto três vezes, e ainda assim desci para entregar com as pernas tremendo, coloquei na mesa dela.

— Primeiro como sempre senhor Park, parabéns. — ela está para morrer, certeza.

— Obrigado senhora Yoo. — me curvei e subi para pegar minhas coisas, guardei tudo na mochila. — Te espero no refeitório. — sussurrei para o Tae.

Saí da sala, como é bom não estar respirando enxofre. Quando me falaram que ela era o demônio, eu não acreditei, até sentir o tridente encravar no meu peito quando ela quase me reprovou por atrasar em uma aula.

Fui para o refeitório, comprei uma sanduíche e um suco, outro motivo para ir à falência os lanches caros desse lugar.

Fiquei esperando enquanto comia, o Tae ele pensa com mais calma, uma hora no refeitório. Comprei bala enquanto estávamos saindo, dei uma para ele a que eu não gosto, morango, e fiquei com a de hortelã.

— Jimin, você disse para o Jungkook que estudava aqui? — perguntou enquanto colocava a bala na boca.

— Não, por quê? — perguntei sem entender.

— Certeza? — confirmei, paramos no meio do caminho para a saída. — Então o que ele faz ali?

Olhei para o lugar que ele apontava, a bala quase desceu direto, mordi com força ao ver ele parado encostado em um carro chique olhando o relógio que parece ser da Apple.

— Que merda ele está fazendo aqui? — perguntei ao Tae.

— Você que falou com ele e eu que tenho as respostas? — dei uma tapa no braço dele. — Vai lá falar com ele.

— Ficou doido? Ele pode ter vindo aqui por outro motivo. — falei. — Vamos embora!

Voltamos andar, o duro é que o lugar que estamos saindo vai dar direto onde ele está parado, a sorte me acompanha.

Na hora que ele olhou para frente, me fiz de cego grudando em Tae para sair e fingir que não vi.

— Gatinho? — me chamou quando saí, é comigo mesmo Deus.

— Gatinho né seu safado. — Tae sussurrou rindo, bati nele.

Fui até o Jungkook, deixando Tae para trás.

— Oi! — eu estava me preparando para ver ele sábado, não hoje sem nem um aviso prévio.

— Olá gatinho, iria me ignorar? — confirmei. — Por quê?

— Não era te ignorar, pensei que tivesse aqui por outro motivo. — falei a verdade.

— O único motivo é você, gatinho. — eu pareço gato? — Fiquei esperando sua ligação.

— Eu iria ligar. — falei. — Não por você ser rico, eu não ligo para essas coisas, mas aconteceu um pequeno acidente com seu número.

— Me conte sobre ele no almoço. — é o quê?

— Como? — perguntei.

— Estou te chamando para almoçar comigo gatinho. — não vou poder, acredita menino?

— É que eu vou com meu amigo embora. — nem sei comer na frente de alguém rico.

— Aquele que veio com você? — confirmei. — Ele correu no momento que se aproximou.

Olhei para trás e não tem sinal dele, olha que puto.

— Agora você pode? — não queria, mas Tae praticamente me jogou para ele.

— Não estou vestindo algo apropriado para os restaurantes que você costuma ir. — isso é verdade, jeans e moletom definitivamente não é para restaurante chique.

— Você pode escolher o lugar. — pelo jeito vou almoçar com ele.

— Então vamos. — abriu a porta do carro, entrei já sentindo cheiro de carro novo, às vezes ele comprou antes de vir para cá.

Rico!

Enquanto ele dava a volta para entrar coloquei o cinto, a mochila no colo, comecei pensar em um restaurante para ele me levar.

Eu não costumo comer em fast food, e já comi lanche no sábado então hoje nem pensar.

— Aonde vamos? — perguntou após colocar o cinto.

Lembrei de um lugar que costumava ir com meus avós quando eles estavam aqui, mas não fui mais após a morte deles.

Falei o endereço, esse carro nem faz barulho.

— O que você está cursando? — perguntou.

— Direito. — respondi.

— Você saiu mais cedo? Não era onze horas que eu costumava sair quando estava na faculdade. — na hora que eu começar falar sem parar ele desiste rapidinho de puxar assunto.

— Sim, hoje eu tive prova com a demoni... — parei de falar. — Com uma professora e só foi isso, eu terminei eram dez horas, mas tive que esperar o Tae acabar.

— Por que chama sua professora de demônio? — finge que não ouviu.

— Ela é conhecida na faculdade como "demônio do direito", eu não acreditei no início, mas ela já quase me reprovou por chegar atrasado. — ainda acho o cúmulo ela querer fazer isso.

— E por que chegou atrasado? — perguntou.

— Acordei atrasado. — respondi. — Quando você estudou finanças?

— Pesquisou sobre mim? — neguei. — Estava com vinte anos como você, e administração ao mesmo tempo.

— Meu amigo sabe sobre você, é que eu não sabia quem você era. — falei com uma leve vergonha.

— Tudo bem, muitos não sabem eu prefiro assim. — falou.

— Por que você se interessou por mim? — perguntei. — É que não pareço alguém que você iria se interessar.

— Porque pensa isso? — a modelo famosa. — Você pesquisou sobre mim e viu a foto da modelo?

— Sim. — confessei, foi mais forte que eu.

Desculpa, mas não faz sentido o rico se interessar pelo pobre e já namorou uma modelo.

— Você viu que não tive nada com ela? — confirmei. — E não acreditou pelo jeito.

— Não mesmo, os coreanos e famosos nunca admitem quando estão em um relacionamento. — falei a verdade.

— Mas eu não sou um ídolo, ainda falo com a modelo até hoje, ela estava namorando outra mulher e precisava de algo para esconder aquilo. — agora eu acredito, a mídia iria cair matando em cima dela se descobrisse um relacionamento lésbico. — Agora acredita?

— Sim, mas ainda não disse o porquê ser eu. — falei.

— No restaurante eu falo. — parou o carro. — Fica aqui.

Tirei o cinto e esperei, ele saiu dando a volta, abriu a porta para mim.

— Pode deixar a mochila. — coloquei no banco, acompanhei ele para dentro.

Olhei direto para minha mão quando ele pegou levando para uma das mesas no canto próximo à parede, olha eu derretendo.

Soltou quando sentamos de frente para o outro, é um restaurante rústico, escolhi esse porque apesar de ser simples é bonito e a comida é boa.

— Estou esperando. — falei olhando o cardápio.

— Sendo sincero não sei o porquê me interessei em você, mas quando te vi entrando não conseguia olhar para outro lugar. — subi o cardápio escondendo o rosto, direto de mais. — Quase perdi uma aposta de cinquenta mil por sua culpa, gatinho.

— Minha culpa nada, estava apenas acompanhando meu amigo. — cada coisa, tenho culpa agora se sou lindo? Não tenho.

— Preciso agradecer ele por levar você como companhia. — ai Deus, quando ele vai parar. — Você disse sábado que estava pensando em qual rim iria vender, não entendi.

— Você já foi pobre? — confirmou. — Mas é rico tem muito tempo então não deve se lembrar, nós pobres quando queremos comprar algo e é caro falamos em vender o rim.

— O que você vai comprar? — não precisava me lembrar dos livros.

— Após eu realmente vender meu rim e uma parte do meu fígado, irei comprar os livros do segundo semestre. — meu precioso rim.

O garçom veio anotar os pedidos, eu acho aqui ótimo porque eles sempre têm pratos prontos, então foi bem rápido para eu ter minha comida e meu suco.

— São muito caro? — perguntou.

— É, vida de estudante é difícil. — me lamentei.

— Deixa eu te bancar, gatinho? — engasguei com o suco, minha garganta.

— Agradeço a proposta, mas não. — nós pobres sempre damos um jeito. — Só quero te conhecer, seu dinheiro não me importa.

Se fosse o Tae já passava o número da conta, bicha interesseira.

— Também quero te conhecer, e te bancar. — nem pensar.

— Isso por acaso é um fetiche em bancar pobres? — ele riu, eu tenho cara de palhaço?

— Você é engraçado gatinho, não tenho fetiche em bancar ninguém. — ainda bem! — Só quero bancar você em específico.

— Vai ficar querendo, tenho um sério problema em aceitar dinheiro e não ter que devolver. — falei.

— Vamos fazer assim, você deixa eu te bancar e em troca você se entrega para mim. — algum buraco para eu entrar? Se ver malícia nisso me odeiam, está avisado.

— Você por acaso é ligado com o capeta para querer que eu me entregue, isso parece um pacto. — ele riu de novo, devo ser hilário.

— Não é um pacto, é uma troca. — não parece.

— O que significa eu me entregar? Quer meu corpo? — perguntei, estou fazendo a fina comendo, mas está difícil.

— Se entregar é basicamente você me deixar te dar prazer. — nunca foi tão difícil engolir arroz, desceu rasgando.

Eu não sabia que poderia ficar vermelho com simples palavras, o que eu faço agora?

— Eu deixo você pensar gatinho, te peguei desprevenido. — com certeza.

Após terminar ele pagou, e disse que me levaria para casa, ainda conversamos voltando agora eu falando mais mesmo que minha cabeça esteja longe.

Ao chegar no meu bairro esse carro chamou muita atenção, guiei ele até minha casa.

— Te convidaria para entrar, mas você deve ter coisa mais importante para fazer. — falei.

— Não tenho, mas acredito que precisa pensar. — muito. — Me passa seu número. — pegou o celular dele, no bolso do terno, falei o número. — Como perdeu o meu?

— Faço muita bagunça comendo lanche, e tinha ketchup na minha mão, quando limpei quatro números foram embora. — já vou avisando para quando formos comer lanche ele estar ciente que pareço criança.

— Tudo bem, eu dei meu jeito para te achar. — eu percebi.

— Tchau! — tirei meu cinto.

— Tchau! — falou. — Gatinho.

— Não sou gato. — saí do carro, acenei vendo o carro ir embora.

Vizinhos curiosos para todo lado, entrei ignorando eles.

Coloquei a pantufa, fui para o quarto, coloquei a mochila no gancho e já peguei a que levo para o trabalho.

Troquei de roupa, e após escovar o dente saí de casa.

Mais um dia de luta.

[...] Mais tarde.

— Ele quer tirar sua pureza. — Tae falou no ônibus, é vazio essa hora da noite, como estamos atrás e longe das poucas pessoas, não liguei com a fala dele.

— É como se eu fosse ser um prostituto. — falei.

— Não, prostituta é paga para dar prazer para outro, você vai ser pago para receber prazer, só vejo lucros. — analisou. — Você deve aceitar, não é sempre que se consegue algo assim, aproveite.

— Mas tem um problema. — vi pelo meu ponto de vista. — Se eu me apaixonar, e ele querer apenas sexo.

— Vivendo o amanhã de novo Jimin, te garanto que ele se apaixona primeiro. — vai nessa. — Ele te chama "gatinho", vocês vão ficar fofos juntos.

— Você está viajando. — falei. — No momento é uma negociação de interesses, ele quer meu corpo e me bancar, uma palavra pode mudar minha vida para sempre.

— Se não der certo minha vida administração, irei escrever um livro sobre vocês. — falou.

Finalmente cheguei onde eu desço, me despedi do doido e desci. Caminhei lentamente para minha casa, fui chutando pedrinhas pensando se devo aceitar ou não.

Eu queria realmente apenas conhecer ele, sem o dinheiro dele envolvido, sou todo confuso com meus sentimentos fica difícil entender o que eu quero, toda hora muda.

Entrei na minha propriedade, vi uma caixa grande na minha porta. Após entrar arrastei ela para dentro, sem remetente ou nada que indique quem mandou.

Fechei a porta, tirei meu sapato e já calcei a pantufa, deixei a mochila no sofá.

— Quem será que mandou? — resmunguei olhando a caixa, fui até a cozinha e peguei uma faca.

Passei no lacre, abri e está tudo embalado em um plástico bolha, mas tem um bilhete em cima.

Peguei e li.

Não quero que venda seu rim, considere isso um presente pensando no seu bem-estar.

J.J.

Jungkook eu não acredito, coloquei o bilhete no sofá, usei a mesma faca e cortei o plástico.

Ele comprou os livros!

Tirei foto, peguei meu celular e abri as mensagens, tem de um número estranho.

É o Jungkook, mandou "Oi gatinho" e perguntando se recebi o presente, respondi ele com a foto e agradeci.

Mandei para o Tae, ele está agora me obrigando aceitar.

Levei os livros para meu quarto, essa semana de pouco em pouco eu levo para a faculdade, preciso achar outro aluno de artes para comprar o armário.

Após terminar, fui tomar banho e tirar o cansaço do meu corpo, estou sentindo muita dor na perna por ficar em pé andando para todo lado atendendo cliente chato.

Será que eu aceito? Mas agora fica difícil recusar após ele me dar os livros.

Saí do banheiro já vestido com minha roupa para dormir, após calçar a pantufa fui para a cozinha. Tive que fazer comida já que não almocei em casa.

Na hora de comer peguei meu celular já tem mensagem dele, abri a conversa.

Jungkook - Por que você demorou para ver a caixa? Não estava em casa?

Tae disse que eu deveria salvar o número dele como "meu sugar daddy" ou "meu velho rico" até parece que eu iria fazer isso.

Comi um pouco antes de responder.

Estava trabalhando, trabalho meio período em uma cafeteria no centro.

Desliguei o celular pensando que ele iria demorar para responder, mas rapidinho meu celular vibrou.

Jungkook - Qual o nome? Assim posso aparecer lá um dia.

Até engasguei com a carne, nem ferrando que ele vai lá. Bebi suco, um dia ele me mata.

Jungkook - Ainda está aí?

Sim, o nome é Coffe Princess, é aberto o dia inteiro, vai lá de manhã.

Jungkook - Mas você não vai estar.

Essa é a intenção, cada coisa.

Jungkook - Amanhã você vai sair que horas da faculdade?

Pensei para responder, será que ele pretende ir me ver de novo?

Depende da minha última aula, às vezes o professor estende a aula para conseguir passar todo o conteúdo, pode ser meio-dia ou uma hora.

Por quê?

Concentrei-me na comida, consegui terminar de comer. Enquanto estava lavando louça a mensagem dele chegou, agora espera eu terminar.

Após deixar tudo certo peguei o celular para voltar ao quarto, joguei na cama, ainda vou ficar sem ele se continuar fazendo isso.

Escovei o dente, deitei na cama com o coelho em cima de mim como apoio para o celular, abaixei o brilho para evitar a cegueira.

Entrei nas mensagens.

Jungkook - Eu iria passar para te ver, mas no horário que irá sair vou estar em reunião.

Deus ajuda os pobres, obrigado senhor.

Não quero ver ele tão cedo, ainda não tenho a resposta.

Que pena!

Mas terão outros dias.

Fiquei olhando a tela, ele visualizou, já mandou a resposta.

Jungkook - Terão muitos dias.

O que ele quer dizer com isso?

Jungkook - Por que você não tem foto?

Quê? Eu tenho sim.

Eu tenho foto.

Entrei nas configurações do aplicativo, muito inteligente Jimin, coloca foto e deixa para ninguém ver.

Liberei para meus contatos verem, voltei para a conversa com ele.

Eu esqueci de liberar para as pessoas verem.

Visualizou, mas não estava respondendo, está olhando minha foto por acaso?

Jungkook - Você tem razão, não é um gatinho, é um anjo.

Ótimo! Mais um apelido.

Jungkook - Que horas costuma sair do seu trabalho?

Seis horas, mas essa semana vai ser um pouco mais tarde, eu irei fechar o café.

Ele fala que eu não tenho foto, mas ele também não tem, por que será?

Jungkook - Amanhã eu vou te buscar, gatinho.

O celular caiu na minha cara, minha testa.

Ajudou muito coelho, era para você evitar isso.

Virei de bruços para esse acidente não acontecer de novo, vou ficar com muitos hematomas.

Fiquei pensando como responder, vou falar que não.

Como se eu realmente não quisesse ver ele, vou falar que sim.

Tudo bem, irei te esperar.

Perfeito! Agora posso surtar.

[...]

— Como se sente Jimin? — Tae perguntou quando me sentei ao seu lado no refeitório.

— Bem e você? — primeira vez vendo ele hoje.

— Não nesse sentido, como se sente com um rico na sua cola? — comi para não responder. — Nem tente encher a boca de bolo para não me responder, parece um esquilo, posso esperar.

— Conversei com ele até uma hora da manhã, ele me lembrou que eu tinha aula. — falei após conseguir engolir, bebi um pouco do café.

— Trocaram nudes? — engasguei.

— Ficou doido? Eu não sou você, só conversamos como dois adultos descobrindo gostos em comum. — falei.

— Você é muito santo, precisa de alguém experiente como o Jeon para te ensinar os prazeres da vida. — falou, comeu de seu lanche.

— Eu sou mais velho que você idiota, e eu sei o que preciso saber. — comi mais do meu bolo.

— Não sabe transar. — puta que pariu.

— Fala mais alto, a moça da cantina não te ouviu boca aberta. — bati na cabeça dele. — Se eu ainda não sei é porque não foi preciso, queria que eu aprendesse com a Eun-bi?

— Credo, ficaria traumatizado. — fez cara de nojo. — O Jeon pode te ensinar, apesar que ele vai ficar em cima.

— Em cima de quê? — perguntei, acabei com a última parte do bolo bebendo o café.

— Por isso precisa que alguém te ensine, tão inocente. — levantamos e fomos para o corredor dos armários, peguei o chumbo novo que ganhei, um deles né, e meu notebook. — Esse é um dos novos?

— Sim, ele disse que não queria que eu vendesse meu rim, presente pensando no meu bem-estar. — falei.

— Tente sorrir menos ao falar dele, já está parecendo um bocó apaixonado. — desfiz o sorriso. — Agora está com bico, você é uma graça Jimin.

— Seu rabo. — entrei na sala da próxima aula, essa é a aula que o professor vai falando e esquece que precisamos ir para casa.

Sentei no lugar próximo à janela, ele entra e não quer saber se todos já estão na sala, já começa a aula dele. Comecei fazer as anotações, ele mandou abrir o livro.

— Quem já comprou a nova remessa de livros para a metade do semestre? — como assim metade? É, eu vou aceitar a proposta do Jeon.

Menos da metade dos alunos levantaram a mão, a minha está levantada.

— Não posso ficar com esse conteúdo atrasado, façam grupos de quatro pessoas. — esperou que as pessoas se juntassem.

Eu não costumo falar nas aulas, então é como se eu não existisse, eu prefiro assim. E como tem professores que aceitam você responder às perguntas deles pelo e-mail, eu não falo mesmo.

Tenho que começar treinar, como irei defender meu cliente pelo e-mail?

— Oi! — olhei para a moça que está do meu lado, ela é uma das não coreanas da sala. — Eu e as meninas podemos juntar com você?

— Claro. — não vai matar dividir o livro, pobres precisam se ajudar.

Virei minha mesa de costa para a janela, a que veio perguntar ficou do meu lado e as outras duas na minha frente, que também não são coreanas.

— Oi! Meu nome é Jasmim. — se apresentou estendendo a mão, apertei.

— Park Jimin. — falei.

— Kamila. — a outra me deu um aceno.

— Beatriz. — a do meu lado falou, segundo semestre e agora eu sei nome de três pessoas da minha turma, para você ver como eu me socializo fácil.

— Obrigado por nos deixar ficar, a droga do site ainda não fez o envio dos nossos livros. — Jasmim falou, é, ele costuma atrasar no único pela demanda grande de compra, como Jungkook conseguiu?

— De nada. — falei.

— Como conseguiu que ele chegasse tão rápido? — Kamila perguntou. — Comprou só um para ser mais rápido?

— Não, um amigo me deu todos de presente. — fiquei até sem graça de falar.

— Cabe mais um nessa amizade? Cara eu preciso comprar mais dois livros ainda, vou vender meu rim para comprar. — Beatriz se lamentou ao meu lado.

Viu? Pobre igual eu, pobres se acham em lugares assim.

— Vamos começar. — o professor falou após ver toda sala em grupos.

As duas na minha frente com notebook para anotar como eu, Beatriz está fazendo a mão.

— Não gosta de tecnologia? — sussurrei para ela.

— Detesto, no último semestre apagou tudo que fiz, prefiro papel. — falou.

Eu te entendo, quando estudava para o vestibular meu antigo notebook fez isso, tive que pagar para um nerd recuperar tudo.

O livro está no meio das quatro mesas, a aula durou duas horas e ele deu um intervalo para ir beber água, é única aula que não podemos sair sem falar. A matéria dele se você perder uma palavra não entende mais nada, se estiver apertado para ir ao banheiro aprende segurar.

Se eu vender arte na praia não preciso passar por isso.

— Acabou, aleluia. — Jasmin deitou a cabeça na mesa quando professor saiu.

— Amém irmã. — Kamila falou, elas são engraçadas.

— Obrigada mesmo pelo livro Jimin, salvou nossa pele. — Beatriz agradeceu.

— De nada, se ainda precisarem de outra matéria pode pedir. — falei.

Peguei o livro o fechando, desliguei meu notebook e coloquei em cima do livro. Levantei pegando os dois, saí da sala e fui para meu segundo armário, guardei o livro, peguei minha mochila e guardei o notebook.

Vamos para casa!

Fui até o ponto de ônibus, Tae já foi embora sortudo.

Agora é uma hora, vou chegar uma e meia em casa, almoçar, em seguida trocar de roupa e correr para o trabalho.

Ser pobre me cansa.

Assim que o ônibus chegou eu subi, passei o cartão de estudante, sentei em um lugar vazio no final do ônibus.

Vi uma senhora entrando, fingi estar dormindo, ela só está passeando pela cidade aproveitando a aposentadoria, eu mereço ficar sentado.

Abri um pouquinho do olho e um adolescente deu o lugar para ela, isso que dá sentar no lugar preferencial.

Meu celular vibrou, peguei e é mensagem do Jungkook.

Jungkook - Olá anjo, já saiu da faculdade?

Desfiz o sorriso do rosto, ficar sorrindo no ônibus não é legal.

Olá Jungkook, já estou no ônibus.

Você não está em uma reunião?

Foi o que ele disse que estaria fazendo agora, respondeu.

Jungkook - Eu estou, o que meu sócio está falando não é interessante.

Jungkook - Você é, anjo.

Sentir vergonha pelo celular, que decepção Jimin.

Conseguiu me deixar com vergonha pelo celular, parabéns.

Ainda bem que não tem ninguém do meu lado para me ver com essa cara de idiota.

Jungkook - Obrigado, quando irá chegar a casa?

Uma e meia, algo assim.

Jungkook - E quando precisa estar no trabalho?

Dessa vez ele foi mais rápido em responder, não entendi o porquê ele está perguntando isso.

Duas e meia, por quê?

Jungkook - Como consegue?

Praticando, com o tempo me acostumei.

Seu sócio não liga de você ficar conversando comigo na reunião?

Jungkook - Sim, está reclamando nesse momento.

Chegou um áudio, procurei meu fone e conectei no celular, coloquei no ouvido dando play.

Áudio Jungkook - Para de olhar esse celular e presta atenção Jungkook, se eu falar com a parede é mais possível ela me responder que você, sua mula sem alma.

Jungkook - Como pode ouvir, para ele, sou uma mula sem alma.

Eu ri, mula sem alma.

A voz do sócio é engraçada, mas o Tae não sabe quem pode ser, disse que poderia ser europeu, mas o coreano é perfeito e sem sotaque algum.

Gostei dele, parece ser engraçado.

Colocar seu nome como "mula sem alma".

Dessa vez demorou dois minutos para ele responder, devia estar falando com o sócio.

Jungkook - Ele disse que pelo que falei já gostou de você.

Jungkook - Nem pense em colocar meu nome como mula sem alma, anjo.

O que falou sobre mim para seu sócio?

Só não vou colocar porque é muito grande, caso contrário eu iria.

Como assim ele anda falando sobre mim, para o sócio?

Jungkook - Apenas verdades.

Jungkook - Vou parar de falar com você um pouco anjo, meu sócio está ameaçando jogar pela janela do escritório uma obra de arte que comprei.

Tudo bem, falo com você mais tarde.

Esse sócio é engraçado, guardei o celular com o fone.

Fiquei o resto do caminho só olhando a cidade pela janela.

Minha mãe não mandou mais nada, logo ela volta falar como se nada tivesse acontecido, sempre é assim. Ela faz uma besteira, se arrepende, mas não pede perdão só volta conversar comigo normalmente.

Meu pai mandou mensagem, ele sempre manda, ele já difere dela. Por ele eu ficava solteiro o resto da vida, não fica me jogando para moças ricas.

Cheguei no meu bairro, desci do ônibus e caminhei até minha casa. Nada de caixas hoje, entrei após destrancar a porta.

Calcei a pantufa e fui para o quarto, coloquei a roupa do trabalho, voltei para sala deixando a mochila no sofá. Na cozinha esquentei da janta de ontem, comi rápido.

Fui para o banheiro do meu quarto e escovei o dente, passei protetor solar por estar um dia quente. Saí do banheiro, peguei o notebook na mochila e coloquei para carregar na mesa.

Fechei a janela caso aconteça de chover na parte da tarde, só a claridade é suficiente para o quarto.

Saí de casa caminhando para o ponto de ônibus, cheguei ele já estava lá, a sorte me acompanha e tinha lugar para sentar.

Essa hora os idosos já foram para casa, o sol está quente e eles não gostam de se queimar.

Peguei meu celular, mensagem do pai avisando que ele finalmente mandou alguém vir colocar portão na casa. As casas desse bairro tem a estética de cerquinha baixa, alguns colocaram portão após ter invasões na rua de trás.

Pedi para meu pai ver isso, ela já tem muro ao redor, só falta colocar o portão na frente.

Mandei mensagem agradecendo, por minha mãe não colocava ela disse que acabaria com a aparência da casa, nem ligo.

Não demorou para chegar na cafeteria, desci ao lado dela, alguns passos e entrei pelos fundos. Coloquei minha mochila em um armário, peguei o boné e coloquei.

Lavei as mãos, após secar entrei para trabalhar.

— Boa tarde Jimin, pode ficar no caixa por enquanto, eu atendo as mesas. — meu chefe falou.

— Boa tarde senhor Choi, tudo bem! — fui para o caixa.

— Senhor Choi está de bom humor hoje. — ouvi a voz do Tae atrás de mim, está preparando algo.

— Ele sempre está, você que o provoca. — falei.

— Calúnia. — falou como se estivesse ofendido. — Já falou com o Jeon hoje?

— Sim, no ônibus voltando para casa. — respondi. — Boa tarde, o que deseja?

Atendi o rapaz que estava sorrindo de mais, assustador.

— Tenha um ótimo dia. — falei sorrindo, ele colocou um papel no balcão e saiu.

— O que ele queria? — Tae perguntou no meu cangote.

— Para de respirar no meu pescoço. — empurrei ele levemente. — É o número dele.

— Deixa o Jeon saber que tem corvo de olho na horta particular dele. — obrigado por me comparar com uma horta.

— Vai atender aquela mulher e me deixa em paz. — ele saiu.

E as horas foram passando, atendendo cliente legal, sem educação, de mau-humor. Teve de tudo um pouco, sinto-me em um treinamento para ser advogado.

É difícil!

— Jimin, o cliente da mesa dez quer você para o atender. — estou secando algumas xícaras no minuto que meu chefe veio falar isso. — Pode ir que eu termino isso.

— Claro. — entreguei a xícara e o pano preto para ele.

Saí de trás do balcão ajeitando meu boné, o tal cliente está de costa do lugar que estou vindo.

— Boa noite, em que posso aju... — minha fala morreu quando tirou o cardápio do rosto. — Jungkook?.......................








































Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!

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