𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟕
━━━ CAPÍTULO DEZESSETE.
superação rápida.
ANNABETH PRENDEU O RISO ENQUANTO ASSISTIA CHRIS, TENTAR ERGUER A ENORME ROCHA. O garoto estava agachado, resmungava fazendo força e a pedra nem se mexia, Demetri que observava ao lado da Lawrence, riu com deboche.
─── Boa tentativa, mas força bruta não vai te levar a lugar nenhum. ─ Comentou Demetri.
─── Tem ideia melhor, espertão? ─ Chris rebateu enquanto se levantava.
─── Já ouviu falar em fulcro? ─ O garoto perguntou para os dois adolescentes e quando Annabeth estava prestes a responder o menino a cortou ─ É, eu achei que não. Se prestasse mais atenção em física, ia saber que fulcro é o ponto central que diminui a quantidade de força, necessária para levantar um objeto. ─ Explicou pegando uma tábua pondo a ponta em baixo da pedra.
Annabeth entendeu perfeitamente, o que o garoto dizia, isso era mérito por prestar atenção e fazer todas as tarefas de física. Já Chris, observava um tanto quanto confuso fazendo Demetri bufar.
─── Olha e aprende.
Demetri foi tentar fazer força, para erguer a pedra, mas acabou quebrando a tábua no meio e isso resultou em uma risada nos adolescentes.
─── Demetri, acho que não é bem assim. ─ Annabeth riu vendo o amigo segurar um pedaço da madeira.
Na visão dela, a tábua teria de ser mais grossa e estável. E não apenas uma pessoa tentar erguer.
─── Fulcro? Tá mais para fulquebrado. ─ Chris comentou rindo.
Annabeth riu nasal, e ergueu a mão para o garoto em forma de hi-five. Chris sorriu feliz, e bateu na mão da garota, animado por saber que talvez ela estava lhe dando um voto de confiança. Demetri, observou isso com raiva, não só pelo menino fazer piada com sua ideia mas também por estar tão próximo de sua amiga. Ele já tinha perdido, falcão, não queria perder Anna também.
─── A única coisa que tá quebrada é você e seu bando lá dentro. ─ Demetri falou irritado jogando o pedaço de madeira no chão e partindo para cima de Chris ─ Assume, vocês não querem entrar para o Miyagi-do, tudo isso faz parte de um plano.
─── Tá me chamando de mentiroso? ─ Chris perguntou igualmente irritado.
─── Se a carapuça serve.
Annabeth arregalou os olhos, ao lado de Chris, quando viu o garoto empurrar Demetri e o mesmo cair no chão sentado. A loira chamou pelo amigo, indo até ele rapidamente enquanto olhava para Chris assustada, o menino, abaixou a cabeça envergonhado diante do olhar dela.
Não era de sua intenção, mas agiu sem pensar e no calor do momento empurrou Demetri. Samantha e Robby, observaram horrorizados e correram até o amigo no chão.
─── Demetri você tá bem? ─ Samantha perguntou se agachando ao lado dele.
Annabeth ajudava-o a se sentar, pondo uma de suas mãos nas costas do garoto. Vendo ele tentar assimilar o que tinha acabado de acontecer.
─── Opa, opa. O que é isso?! Estamos na mesma equipe agora. ─ Daniel veio correndo de dentro do dojô vendo a cena a sua frente.
─── Uma vez cobra kai, sempre cobra kai. ─ Robby falou apontando para Chris.
─── Não é verdade, eu sei que não é porque... também já fui um cobra kai. ─ Daniel suspirou.
Todos os adolescentes, paralisaram. Annabeth, arregalou levemente os olhos, tentando imaginar, mas não entrava em sua cabeça que alguém com tantas regras e analogias, calmaria, como Daniel, fizesse parte do Cobra kai.
─── Como?! ─ A loira exclamou surpresa chamando atenção dos adolescentes para ela e Daniel sorriu mínimo.
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Agora, todos estavam sentados dentro do dojô. Enquanto Daniel, estava na frente deles, explicando como tudo tinha acontecido em sua vida na relação de uma vez ter sido cobra kai.
─── O cobra kai vem de poder, força. ─ Falou em pé olhando seus alunos ─ Quando eu entrei eu era... olha, eu era fraco viu? Isso foi em 1985, tinha acabado de ganhar meu primeiro torneio e o Sr. Miyagi não queria mais que eu competisse, na verdade ele nunca gostou da ideia de lutar por um troféu. ─ Explicou no olhar atento de seus três principais alunos ─ Então, ele e eu... nós brigamos.
Annabeth assentiu em concordância, mesmo não estando presente na época ela sabia que qualquer adolescente tomaria ou tomam atitudes burras.
─── E o que eu fiz? Entrei para o Cobra kai. ─ Daniel contou dramático e a loira riu nasal. Como previsto; Anna pensou. ─ Aprendi a acertar primeiro, acertar firme, e não ter compaixão. Me transformei em um moleque estressado e violento, aquilo me mudou.
─── Nunca me contou nada disso. ─ Samantha falou calma mas sua expressão demonstrava surpresa.
─── Não me orgulho disso, filha. ─ Daniel lamentou ─ Mas eu sei que qualquer um pode ser seduzido pelo cobra kai, até eu, admito, ele vai te fazer se sentir mais forte, mais confiante, mas também vai causar problemas e foi o que houve comigo. ─ Falava olhando os antigos alunos do dojô ─ Tive sorte do Sr. Miyagi ter me aceitado de volta, então não se esqueçam não interessa o que aconteceu antes de entrar nesse dojô, o que importa é que agora, hoje, somos todos Miyagi-do.
Annabeth sorriu fraco olhando o mais velho, Daniel não sabia, mas ele, era o Sr. Miyagi dela. E de todos o restante de adolescentes presentes.
A Lawrence observava alguns metros longe, em pé no deck, Demetri e Chris tentarem erguer a rocha com auxílios de bambus. Deu um meio sorriso, os dois trabalhavam juntos e se respeitando levando o discurso de Daniel em consideração. A loira gritou animada e bateu palmas quando os dois conseguiram erguer a pedra, todos olharam para ela.
─── Esses são os meus garotos! ─ Anna gritou fazendo Chris e Demetri sorrirem convencidos.
Os outros, riram da animação da garota, Robby e Samantha neutros desta vez.
─── Viram só? Quando trabalhamos em equipe, tudo é possível. ─ Daniel concluiu.
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Annabeth já tinha saído do dojô fazia alguns minutos, tinha dado carona a Demetri e agora buscaria Charlotte em sua aula de dança. O problema, que ficava ao lado do Cobra kai. Ela ficava receosa de estar no local e saber que Johnny não estava presente.
Estava nervosa, em pé fora do carro, olhava em seu celular as inúmeras mensagens de sua irmã a apressando para buscá-la e agora pedindo para esperar. Fazendo a loira bufar irritada.
─── Problemas no paraíso? Sharpay Evans.
Annabeth ergueu o olhar para ver Brooke Gomez caminhar em sua direção, com Tory ao seu lado, ambas com sorrisos presunçosos no rosto.
─── Não deveria andar por aqui sozinha, Lawrence. ─ Brooke foi ácida em seu comentário.
─── E você deveria cuidar da sua vida. ─ Annabeth rebateu rude.
A menina arregalou os olhos e deu uma risada irônica assim como Tory, com tamanha audácia da loira. As duas viram Anna de longe, e resolveram ir até ela para intimidar, mal sabiam que precisava de muito para por medo nela.
─── Língua afiada, Annabeth. ─ Tory disse.
─── Vocês duas jogaram uma mesa de comida em cima de mim. ─ Acusou.
─── Nós duas 'vírgula. ─ Brooke riu irônica ─ Sua amiga nos acusou de roubar, fazendo que tudo aquilo acontecesse a culpa é dela, não nossa.
Annabeth as olhou, duro. Não sabia colocar uma parcela de culpa em Samantha, mesmo afastadas, cresceram juntas e eram melhores amigas. Era muito mais fácil, por a culpa nas duas garotas em sua frente.
─── Como se vocês não tivessem dado motivo. ─ Foi a vez de Annabeth rir irônica.
Brooke, deu um passo à frente rosnando irritada. Seu temperamento era ruim, seu pavio, curto, qualquer coisa ou pessoa a conseguia tirar do sério rápido e Annabeth, estava conseguindo com sucesso.
─── Não se engane, eu posso acabar com você, Lawrence. ─ Brooke ameaçou centímetros longe do rosto de Annabeth.
A loira riu.
─── Tenta. ─ Anna provocou.
As narinas de Brooke abriram de raiva, estava prestes a avançar na mesma se um grito não chamasse atenção de todas.
As três, se viraram e encontraram Miguel e falcão lado a lado. Os dois observavam as interações das garotas, a forma de como Annabeth e Brooke estavam tão perto uma da outra a ponto de brigarem chamou atenção.
Falcão observava, com coração apertado, os dois ainda não tinham se falado desde o término e toda vez que se viam e ele ganhava o desvio de olhar de Annabeth, machucava o machucava porque sabia que havia errado, se não ela não agiria dessa forma.
─── Ainda vou acabar com você. ─ Brooke soprou com um sorriso convencido.
Ela se virou e fez questão de uma parte de seu cabelo esbarrar no rosto de Annabeth, fazendo a garota dar um riso de raiva. Observou as duas amigas irem saltitantes até Miguel e Falcão, Tory deu a mão ao menino mas o que deixou Anna surpresa foi outra coisa.
Falcão e Brooke de braços entrelaçados, a menina sorria brilhante enquanto o garoto parecia extremamente desconfortável sabendo que Annabeth assistia a isso.
─── Anna, vamos. ─ Charlotte chegou animada ao lado da irmã a pegando pelo braço e vendo a imóvel ─ Annabeth?
A mais nova olhou para direção onde a atenção de sua irmã estava presa, e viu a cena que a deixava assim. Reconheceu falcão de algumas fotos que estavam no celular de Anna.
─── Aquele é o babaca do seu ex? ─ Charlotte não escondeu a irritação em sua voz.
─── É. ─ Annabeth limitou a responder e suspirou alto ─ Vamos, lottie, entra no carro. ─ Pediu.
A mais velha entrou no veículo enquanto sua irmã dava a volta e se sentava ao seu lado no banco do motorista, passavam o cinto em completo silêncio.
─── Não faz nem uma semana que terminaram. ─ Charlotte reclamou mas arregalou os olhos em seguida ─ Não estou ajudando né?
─── Não. ─ Annabeth mordeu o lábio inferior ─ Quer sorvete?
─── Por favor.
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Já de noite, pouco tarde, Annabeth estava a horas em completo silêncio dentro de casa. Mal havia tocado em seu jantar, seus pais obviamente desconfiaram e tentaram arrancar informações de Charlotte mas a menina negou qualquer tipo de pergunta, era muito leal a irmã mais velha e sabia que Annabeth precisava de seu próprio tempo para lidar com suas merdas.
A loira deitada em sua cama, piscou os olhos evitando que às lágrimas saíssem, não choraria por falcão. O mesmo já parecia ter a superado, estava bem, então não tinha o porque dela ficar assim. Coçou os olhos, pegou seu celular e discou o número da única pessoa que ela sentia que há entendia ultimamente.
─── Tentei ir na sua casa horas atrás mas você não estava, ia chamar um chaveiro para abrir a porta pra' mim. ─ Annabeth falava ao escutar sua chamada conectar com Johnny ─ Onde você tá? ─ Perguntou curiosa.
─── Entrar na casa de uma pessoa sem ela estar dentro é invasão de privacidade. ─ Johnny reclamou.
─── Tanto faz. ─ A loira deu de ombros escutando o bufo do homem ─ Sumiu. ─ Dramatizou.
─── Desculpe, resolvi viajar de última hora com um amigo. ─ Explicou.
Annabeth arregalou os olhos.
─── Merda. ─ Praguejou alto ─ Preciso ligar para minha nonna. ─ Falou lembrando de sua promessa.
─── Sua quem?! ─ Johnny exclamou confuso pela troca de idioma achando até que sua ligação estivesse cortando.
─── Minha vó. ─ Explicou ─ As rezas do seu amigo, esqueci completamente, desculpa. ─ Falou se sentindo mal.
Johnny sorriu do outro lado, observando Tommy sentado junto dele, e colocou o celular no viva-voz. Tapando o aparelho, e explicando baixo ao seu amigo o que estava acontecendo.
─── É serio, me perdoa. ─ Suspirou ─ Pior que já está tarde então, espero que o Tommy não se incomode se for eu quem rezar por ele. ─ Brincou.
─── Jamais me incomodaria com isso, Annabeth. ─ Tommy riu de volta.
A loira entre abriu os lábios, e riu culpada.
─── Sou o Tommy, seu pai me falou muito bem de voce.
Annabeth não conseguiu conter o sorriso.
─── Uma pena que não podemos falar coisas boas sobre a reputação dele, tio Tommy. ─ Anna brincou ouvindo a gargalhada do homem e um grito de advertência de Johnny. ─ Mas então, me conta, como ele era na adolescência?
Tommy mesmo sem ela ver, sorriu largo e genuinamente ao escutar a menina se referir a ele como 'tio Tommy.
─── Bom, seu pai e eu uma vez...
E os próximos longos minutos foi uma ótima conversa entre os três, risadas, com os mais velhos contado histórias e as pausas para os comentários zombeteiros de Annabeth. Eles não sabiam, mas conseguiram deixar o fim do dia dela mais leve.
Annabeth infelizmente não vai
conhecer o Tommy pessoalmente...
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bjo, amo vcs <3
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