Especial Kuroo

Três Meses Atrás

   — Aquela garota não para de encher meu saco, você não pode demitir ela? Por favor.

   Suna praticamente implorou enquanto rebatia a bola de baseball contra o taco em suas mãos com força fazendo um barulho alto que chamou a atenção dos olhos de Kenma que estava sentado em uma espreguiçadeira tomando sol contra a sua vontade, fitou os dois homens sem camisas a sua frente deixando as tatuagens a mostra enquanto brincavam como duas crianças, revirou os olhos cor de mel antes de voltear a atenção ao jogo em suas mãos.

   Kuroo pegou a bola esbranquiçada entre a luva em sua mão com facilidade dando um pulo para trás se desequilibrando suavemente, franziu o cenho antes de levar os olhos escuros na direção do guarda costa, girou os ombros fazendo com que os músculos da curvatura de seu pescoço transparecessem de leve, sorriu.

   —Mas não foi você que disse que ela era gostosa? — Kuroo disse elevando a voz para o homem de cabelos castanhos e Kenma bufou incomodado trazendo o olhar do noivo até si quase que de maneira automática, entreabriu os lábios arrependido —, foi o Suna que disse, amor, não eu, você sabe que eu não tenho olhos para mais ninguém além de você.

   Ele praticamente gritou para ter certeza que o homem loiro ouviria perfeitamente cada palavra, Suna fez um som de vômito, Kuroo revirou os olhos irritado.

   — Cale a boca.

   Kenma murmurou mau humorado e Rintarou soltou um riso baixo por entre seus lábios, encolheu os ombros antes de rebater a bola com força, estava completamente suado, seu abdômen levemente molhado pelas gotículas de suor que se acumulavam ali, não muito diferente de Kuroo que dessa vez não conseguiu pegar a bola dando um passo para o lado, sentia que se aquilo lhe acertasse ele teria um buraco no meio do corpo. Suna girou o taco de baseball por entre sua mão e seu antebraço como se fosse normal para si, encolheu os ombros passando a mão livre sobre os fios escuros os colocando para trás, pendeu a cabeça para trás antes de respirar fundo, cansado.

   — Ela é gostosa, mas mesmo assim emocionada demais, a gente transou apenas uma vez e ela já quer que eu conheça os pais dela e bem, você sabe que...

   — Relacionamentos não são uma coisa para você, eu sei.

   Kuroo completou e Suna assentiu cansado jogando o taco por terra, encolheu os ombros.

   — Acho que dificilmente eu vou conseguir me apaixonar um dia, porra, eu ficaria assustado se um dia acontecesse.

   Ele disse rindo pousando as mãos sobre a cintura nua e respirando fundo como se tentasse recuperar todo o fôlego que havia perdido.

   Kuroo encolheu os ombros suados.

   — Eu vou ver o que posso fazer, agora vá se arrumar, temos que visitar um clube hoje — ele disse com a voz cansada, Suna assentiu vendo seu chefe andar em direção ao seu noivo que ainda tinha os olhos presos ao video gane — Vamos, seu viciado, largue isso, nós temos trabalho hoje.

   Ele disse arrancando o jogo das mãos do garoto que bufou mau humorado.

   — Eu não quero ir hoje, estou me sentindo mal, acho que estou com febre e meu corpo está todo mole.

   Ele disse com a voz cansada e Kuroo franziu o cenho preocupado pousando a mão sobre a testa de Kenma arregalando os olhos assustado.

   — Céus, você está queimando em febre, vamos vou te levar até o quarto, vou ligar para o Hinata ficar com você hoje — ele disse e o homem de cabelos loiros apenas assentiu cansado deixando que seu noivo lhe pegasse no colo fazendo uma careta de nojo por ele estar todo suado, Kuroo riu o trazendo para mais perto do próprio peitoral —, amanhã vamos procurar um médico para você, faz um tempo que eu notei umas marcas roxas aparecendo no seu corpo, vamos fazer checkup só por precaução.

   O homem balbuciou e Kenma apenas assentiu fechando os olhos suavemente deixando que ele o carregasse desde o jardim até para dentro da mansão se infiltrando pelos corredores e subindo as escadas como se ele não pesasse absolutamente nada por entre seus braços; abriu a porta do quarto deles com o ombro a empurrando com o restante do corpo colocando o menor sobre o acolchoado sem dificuldade, o vendo com as bochechas avermelhadas lhe encarando ali com os olhos cor de mel preguiçosos, piscou devagar se sentando na cama apoiando o corpo para trás com os dois braços sobre a cama, arqueou uma das sobrancelhas.

   — Você tem um tempo antes de ir, não tem?

   Kenma sussurrou baixinho e Kuroo soltou um riso fraco enquanto andava até a porta a fechando suavemente antes de voltear o rosto em direção ao do garoto encolhendo os ombros se aproximando novamente da cama curvando o corpo suavemente sobre o do menor.

   — Você é um filho da puta, eu não vou transar com você queimando em febre, Kenma.

   Ele praticamente rosnou de modo irritado, completamente irritado, porque céus, ele queria, como queria sentir o interior quente do menor ao seu redor lhe apertando completamente, escutar os gemidos fracos e completamente necessitados implorando para que fosse mais rápido, as unhas levemente longas arranhando suas costas enquanto jogava a cabeça para trás gemendo alto e deixando o pescoço a mostra para que pudesse o marcar a vontade ali, o marcar como seu.

   Kuroo estava enlouquecendo, Kenma soltou um riso fraco.

   — Está bem, me de um beijo ao menos, seu chato — ele murmurou levando as mãos finas em direção a cintura do maior o puxando para mais perto o fazendo ficar entre suas pernas, Kuroo respirou fundo aproximando o rosto do do menor de modo cauteloso, Kenma sorriu fraco —, um beijo só, eu prometo.

   Ele sussurrou contra os lábios do homem que apenas assentiu devagar fechando os olhos, seus lábios se tocaram quase que maneira delicada, a boca de Kenma estava fodidamente quente, aquilo levava os pensamentos de Kuroo para lugares que ele realmente não queria enquanto sugava seu lábio inferior devagar fazendo um estalo alto, o garoto soltou um ofego baixinho por entre seus lábios rodeando os braços ao redor do pescoço do homem de cabelos escuros o puxando para mais perto, dessa vez o beijo foi completamente faminto, necessitado, Kuroo empurrou o corpo do menor de maneira quase que bruta contra o acolchoado agarrando suas coxas por entre as mãos puxando para frente fazendo com que seus quadris se chocassem com força por baixo das roupas fazendo com que Kenma soltasse um gemido quase que sussurrado por entre seus lábios ao perceber como seu noivo estava duro por baixo das calças pretas de moletom.

   Curvou o corpo novamente sobre a cama, aproximou o rosto sobre do pescoço esbranquiçado do menor o mordendo suavemente antes de chupar a pele devagar por entre seus lábios, correu a língua pela curvatura de seu pescoço se aproximando de seu lóbulo o mordiscando suavemente fazendo com quem um gemido baixo escapasse dos lábios do garoto que se remexeu na cama, seu ponto fraco, Kuroo riu baixo ali fazendo um arrepio correr por cada centímetro daquele corpo magro.

   — Você é uma vadia mesmo, não?

   Ele sussurrou e Kenma se remexeu novamente, apertou as unhas contra as costas do homem arranhando ali suavemente quando alguém bateu a porta, os dois arregalaram os olhos de modo assustado e Kuroo soltou um riso baixo enquanto se afastava, escutaram a voz abafada de Suna do outro lado.

   — Senhor, o carro está pronto.

   Ele disse e Kenma bufou mau humorado voltando a se encolheu na cama.

   — Já estou indo! — Kuroo disse elevando a voz e volteou o olhar para o noivo se curvando sobre ele deixando um beijo fraco sobre sua bochecha, sorriu ali — Amo você, tente melhorar até eu voltar, está bem?

   Ele disse, Kenma sorriu antes de assentir.

   — Tome cuidado, também amo você.

                       ❦ ════ •⊰❂⊱• ════ ❦

   — Senhor, ele está aqui — Suna disse com a voz baixa ficando em pé ao lado do chefe que estava sentado sobre uma das diversas poltronas do clube, tinha as pernas cruzadas, levou o olhar para frente se detendo com o homem de cabelos brancos —, o chefe da polícia de Elite da Inarizaki está aqui.

   — Kita Shinsuke.

   Kuroo disse para si mesmo encarando o homem ao longe que levantou a taça para si como uma espécie de cumprimento, bebericou o vinho devagar, um sorriso em seus lábios, trajava um terno completamente escuro.

   — Eu mando os seguranças se prepararem para uma possível briga?

   Suna indagou cauteloso, Kuroo negou com a cabeça.

   — As raposas gêmeas dele não estão aqui hoje, ele não veio brigar, provavelmente só conhecer o território inimigo.

   Ele disse franzindo o cenho enquanto o homem de cabelos brancos se levantava, jogou a taça no chão, Kuroo rosnou baixinho enquanto ele se aproximava dos dois ali.

   — Bom te ver novamente, Suna, você foi inteligente ao menos dessa vez, tenho que reconhecer isso — ele disse abaixando o olhar para Kuroo, sorriu, enfiou às mãos nos bolsos —, sugiro que não saia de perto dele.

   Ele sussurrou contra o ouvido de Suna antes de ajeitar a postura voltando a andar em direção a saída, o homem de cabelos castanhos respirou fundo, encolheu os ombros.

   Eles não poderiam toca-lo, pelo menos não enquanto estivesse com Kuroo.

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