B-612
Oii gente, esse é um extra de agradecimento por tudo e atrasado pelas 200mil visualizações, queria falar que reescrevi alguns capítulos que estavam me incomodando muito e corrigi uns errinhos então se quiserem reler :) Bo a leitura!!!
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ALGUNS ANOS ATRÁS
O homem de cabelos escuros suspirou pesadamente enquanto remexia o corpo contra o acolchoado macio, os olhos castanhos se fixaram contra as paredes de vidro gigantescas que tomavam conta do apartamento por um todo, conseguia visualizar a Torre Eiffel mais ao longe, sorriu de maneira curta enquanto sentia uma movimentação próximo a si na cama, volteou o rosto para o lado se detendo com os fios loiros escondidos por baixo do lençol esbranquiçado, os puxou devagar se detendo com o rosto mau humorado do mais novo.
— Bom dia, belo adormecido.
— Não me chame assim, não gosto — murmurou com a voz quebradiça pelo sono antes de bocejar, abriu os olhos cor de mel os levando em direção a Kuroo, sorriu de maneira fraca antes de encolher os ombros nus —, estou com fome.
— O Suna faz falta nesses momentos pelo jeito, você gostava quando ele roubava coisas escondidas para você na geladeira.
— Mesmo assim é um pé no saco, não sei porquê você deixou ele trabalhar com a gente, não era problema seu — disse por fim enquanto aproximava o corpo mais do de Kuroo, se aninhou contra o seu peitoral enquanto o homem de cabelos escuros abraçava o corpo relativamente pequeno em contraste com o seu, respirou fundo —, ele está melhor falando nisso? Digo, faz algumas semanas que ele teve a overdose de aspirina, tá tudo bem agora?
Indagou com a voz baixa, Kuroo suspirou pesadamente apertando mais forte o corpo do namorado contra o seu, deixou um beijo fraco contra o topo dos cabelos tingidos de loiro, encolheu os ombros, sabia muito bem como a mente de Suna Rintarou era uma verdadeira bagunça, havia feito questão de pesquisar sobre seu passado antes de aceitar o ajudar por completo, a mente daquele garoto parecia a um passo de enlouquecer, não se surpreendia que ainda não havia dado a tudo que acontecera com ele.
— Ele está melhor, um pouco depressivo demais, a Kiyoko e o Shoyo estão cuidando dele.
— A Kiyoko não gosta do Suna, ela vai acabar matando ele.
— Ela gosta dele, amor, do jeitinho dela mas ela gosta, eles tem uma amizade complicada, só isso.
Sussurrou antes de voltar a acariciar os fios loiros de Kozume, ele suspirou pesadamente assentindo por fim, não queria pensar em Suna agora, já possuía seus próprios problemas para se preocupar, mais problemas do que julgava ser possível existir para alguém de sua idade, era novo demais para estar passando por tudo aquilo.
— Não quero voltar para o Japão, podemos morar aqui? — balbuciou com a voz fraca, levou os olhos cor de mel até o homem, sorriu fraco — Me peça em casamento, Kuroo e me dê uma casa aqui de presente de noivado, então podemos morar aqui.
Murmurou sério demais sem desviar o olhar do dele, o homem de cabelos escuros respirou fundo de maneira extasiada antes de concordar com a cabeça devagar descendo uma das mãos até a cintura do mais novo a acariciando com cuidado por entre as pontas dos dedos.
— Quer casar comigo, Kozume Kenma?
Indagou com a voz baixa, o garoto de cabelos loiros sorriu antes de concordar com a cabeça devagar aproximando mais o rosto do de Kuroo, roçou seus lábios com cuidado arrancando um riso baixo dele que apenas apertou mais forte a cintura do namorado por entre os dedos longos.
— Quero me casar com você, Kuroo Tetsurou?
— Nosso casamento pode ter o tema do pequeno príncipe?
— Hum, se você me der a casa em Paris posso pensar no seu caso.
Disse por entre o riso baixo, o homem sorriu fraco beijando Kenma com cuidado antes de afastar seus lábios em um estalo baixo, retirou o celular que estava embaixo do travesseiro o desbloqueando rapidamente, mexeu na tela por alguns segundos clicando em alguns lugares antes de o soltar voltando a beijar Kozume.
— Pronto, comprei a casa, nosso casamento pode ter o tema do pequeno príncipe agora?
Kenma riu baixinho antes de concordar com a cabeça devagar passando os braços ao redor do pescoço de Kuroo o mantendo perto de si, retribuiu o beijo com cuidado fazendo com que o homem sorrisse por entre o selar suave, afastou os lábios dos dele juntando suas testas com cuidado.
— Vamos nos casar no B-612.
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PRESENTE
Fazia muito tempo que Kuroo Tetsurou não pisava os pés em Paris, as memórias eram dolorosas demais para que ele pudesse se sentir em paz ali, mas estava melhorando, pouco a pouco, um passo de cada vez, já faziam três anos que Kenma havia por fim ido embora sem aviso prévio, não havia conseguido se relacionar com mais ninguém desde então, sentia que viver era complicado, difícil, seguir a lista que o homem de cabelos loiros havia deixado para trás era mais do que difícil. Era impossível.
Havia encontrado um homem que julgava ser no mínimo interessante, era dono de uma cafeteria temática de dinossauros, Tsukishima Kei, algumas vezes havia pensado em chama-lo para sair mas toda vez que abria a boca sentia que estava traindo Kozume, mesmo que soubesse que ele queria que continuasse em frente, Kenma com certeza odiaria saber que Kuroo continuava preso no passado por conta dele, queria mudar aquilo, mas era difícil demais.
Respirou fundo encarando a casa de dois andares que havia comprado para ele de presente de noivado alguns anos atrás, sorriu de maneira nostálgica, tinham muitas memórias boas ali, memórias que lhe acalmavam, memórias que lhe assombravam, sentia que estava sendo constantemente assobrado pelo fantasma de Kenma, não queria se lembrar dele daquele modo, não queria transforma-lo em um fantasma, em alguém que temia, queria se lembrara dele como o grande amor da sua vida, como o homem que amou por dez anos e que ainda continuava amando.
Se aproximou do portão em passos cautelosos, fazia muito tempo que não via Suna Rintarou pessoalmente, não havia comparecido para o casamento dele, sentia que não estava preparado para sair de casa ainda na época em que ele e a amiga de Kenma haviam se casado. Não estava preparado, simplesmente não estava. Apertou a campainha de uma vez de modo nervoso, escutou alguém gritar algo irritado em francês do lado de dentro da casa, parecia brigar por ter deixado sapatos e brinquedos espalhados pelo chão, a porta se abriu de uma vez dando lugar a figura feminina conhecida, ela arregalou os olhos pouco a pouco antes de sorrir de maneira larga correndo até o homem jogando o corpo sobre o dele o abraçando com força.
— Kuroo, não acredito, você veio mesmo, achei que estava brincando — ele disse com a voz levemente embargada quase como se fosse começar a chorar a qualquer segundo, afastou o corpo do dele devagar o olhando nos olhos, sorriu de maneira trêmula —, como você está?
— Estou bem... trouxe um presente para ele.
Balbuciou mostrando a sacola com desenhos infantis, a mulher sorriu fraco antes de concordar com a cabeça pousando uma das mãos sobre as costas de Kuroo o guiando para a parte de dentro da casa.
— Ma chéria, quem estava... Kuroo? — o homem de cabelos castanhos murmurou surpreso os encarando ali, riu alto assustando suavemente o garotinho de quase três anos em seus braços, ele murmurou alguma coisa em francês que Suna não entendeu antes de ser estapeado no rosto, a mulher riu de maneira escandalosa se aproximando deles o retirando dos braços do marido que andou até Kuroo o abraçando com força — Não acredito, senti sua falta, como estão as coisas no Japão?
Indagou com a voz baixa enquanto o Rei Rin Junior primeiro se aproximava de maneira cautelosa cheirando os pés do homem de cabelos escuros, Kuroo e Suna conversaram por alguns minutos antes de Tetsurou voltear a atenção até a mulher que segurava a criança nos braços.
— Fale oi para ele, Kenma, é o titio Kuroo que a mamãe conta a história.
Murmurou deixando um beijo suave contra os fios castanhos do garoto pequeno que arregalou os olhos dourados quase que maravilhado correndo a atenção até Kuroo.
— Ele que inventou a casinha do pequeno príncipe e do Kenken?
O garotinho indagou e Kuroo arregalou os olhos suavemente antes de rir baixinho concordou com a cabeça devagar estendendo a sacola de presentes em direção ao garoto que a segurou com cuidado antes de enfiar a mão pequena dentro da mesma retirando de lá um PSP avermelhado, a mulher arregalou os olhos surpresa sentindo os olhos marejarem de leve.
— Esse é o...
— Sim, o PSP do Kenken — Kuroo murmurou com a voz baixa, correu os olhos pelo rosto do garoto que segurava o objeto de modo quase que maravilhado com as mãos pequenas, estendeu os braços os retirando do braço dela os segurando por entre os seus —, quer que eu te ensine a jogar? Posso te contar sobre o asteroide B-612.
— A casinha do pequeno príncipe e do Kenken?
Indagou rindo de maneira maravilhada, Kuroo sentiu seus olhos marejarem, piscou diversas vezes tentando manter as lágrimas afastadas antes de abraçar o garoto com força, concordou com a cabeça devagar.
— Sim o asteroide B-612 é a casinha do Kenken agora, ele está feliz agora, tenho certeza.
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//to triste vou chorar, mais uma vez queria agradecer por todo o carinho que vocês tem por essa história e por todos os vídeos do tiktok e comentários eu me acabo de rir e chorar com todos, amo muito vocês gente, slow down sempre vai ter um lugar importante no meu coração assim como vocês :(
Comecei uma história do Bokuto "Opera House" já está disponível no meu perfil se quiserem ler!!!
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