VOTAÇÃO PRÓXIMA FIC ANTES DO CAPÍTULO

Black Out Days - Kuroo Tetsurou
  
"Em um mundo onde você pode escolher esquecer apenas uma pessoa e tudo o que envolvesse ela em sua vida, foi ele quem você escolheu.

   Kuroo Tetsurou".

   Don't Let Me Go - Kozume Kenma

"Você era secretamente apaixonada por Kuroo Tetsurou desde o seu primeiro dia na faculdade, não importava o que ele pedisse, você sempre tentava seu máximo para agrada-lo.

Até o dia em que ele pede para que você alugasse um quarto para o seu melhor amigo, Kozume Kenma".

QUAL VCS QUEREM? KUROO OU KENMA?

BOA LEITURA! <<<

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Já estava escuro quando vocês finalmente chegaram em casa, haviam carros por cada canto da rua, Kenma estava descansando em seu quarto, iriam embora durante a madrugada do próximo dia, por agora Kuroo havia dito que seria melhor descansarem um pouco, emoções demais para um dia só segundo ele.

O homem agora conhecido como Atsumu Miya havia ido embora juntamente com o seu irmão e a mulher logo após Kyoko liberá-los, ele precisava de um hospital, não poderia morrer em suas mãos, aquele era um dos ideais da Nekoma, eles não deixavam alguém morrer se tinham a oportunidade de salvar a vida daquela pessoa, mas bem, naquele momento você não tinha a mínima noção se ele estava vivo ou morto.

   Suna abriu a porta do quarto devagar, ele estava silencioso demais desde quando voltaram da rua, o canto de seus olhos estavam levemente inchados, quase como se houvesse chorado litros.

   Você suspirou pesadamente se sentando contra o acolchoado, o homem andou em sua direção, jogou o corpo contra a cama lhe puxando para mais perto fazendo com que você se deitasse ao seu lado, ficaram daquele modo por alguns minutos, o sentia rodear os braços ao redor de seu corpo lhe abraçando com força, você conseguia sentir seu coração batendo com força contra o peito, respirou fundo levantando o rosto devagar o encarando, encolheu os ombros.

   — Vamos voltar amanhã, vai ficar tudo bem quando voltarmos para a mansão.

   Você murmurou com a voz baixa, Suna forçou um sorriso em seus lábios, respirou fundo, pousou as mãos em sua cintura lhe puxando para mais perto, correu os olhos dourados por cada um de seus traços. O homem lhe abraçou com força, você sentiu o ar quase sumir de seus pulmões, Suna parecia... cansado demais.

   — Eu não quero falar sobre isso agora, Ma chérie, me desculpe.

   Ele murmurou com a voz fraca, você concordou com a cabeça devagar, aproximou o rosto do de Suna, deixou um beijo fraco contra sua testa.

   — Não precisa se desculpar, Rinrin — você sussurrou, ficou em silêncio por alguns segundos —, eu ia falar que iria cozinhar algo para você mas eu acabaria queimando as panelas, quer um lamen instantâneo então?

   Suna soltou um riso baixo por entre seus lábios, abaixou os olhos em sua direção, abriu um sorriso curto.

   — Você ainda vai morrer de câncer, Ma chérie, mas sim, eu estou morrendo de fome.

   — Nunca subestime o poder de um lamen instantâneo, Rinrin.

Você murmurou deixando um último beijo contra a testa do maior deslizando o seu corpo para fora da cama, ele revirou os olhos se sentando sobre o acolchoado, você olhava de um lado para o outro a procura das próprias pantufas, escutou seu celular vibrar sobre a cama, Suna olhou para o mesmo.

— Parece que chegou uma mensagem.

Ele murmurou, você suspirou pousando as mãos na cintura, se colocou de joelhos no chão se abaixando até debaixo da cama a procura das pantufas.

— Pode olhar para mim? Pode ser da T.K.Y UNI.

   Balbuciou, ele apenas murmurou alguma coisa em resposta que você não entendeu, abriu um sorriso curto em seus lábios ao achar o par de pantufas, os puxou para fora da cama, se colocou em pé batendo as mãos na calça, seus olhos caíram sobre Suna, ele tinha uma feição séria para a tela de seu celular, sua testa estava franzida enquanto parecia ler alguma mensagem, você engoliu em seco, coçou a garganta em uma tosse fraca chamando a atenção do mais velho que levou os olhos dourados e completamente confusos em sua direção.

— O que é isso, S/N?

Ele perguntou se levantando da cama, você sentiu seu estômago se revirar em ansiedade, encolheu os ombros o vendo andar em sua direção, levantou o rosto para o encarar.

— O que?

Perguntou com a voz branda, Suna bufou, passou os dedos longos nos fios escuros os colocando para trás, olhou mais uma vez para o celular em sua mão, respirou fundo de maneira confusa.

— É uma mensagem do Aran, está dizendo "Parabéns pela aprovação da vaga de palestrante no museu, o dono entrou em contato comigo hoje, sempre foi o seu sonho" — ele disse irritado, cutucou a bochecha com a língua, por aquela fração de segundos você sentiu o ar sumir de seus pulmões, arregalou os olhos — Como assim aprovação como palestrante?

— Era... era uma vaga em um museu daqui de Paris, mas eu não vou aceitar.

— Por que não?

Ele indagou empurrando o celular em sua direção, você o segurou com as mãos trêmulas, encolheu os ombros.

— Eu só não quero me afastar de você ou do Kenma, você sabe que...

— Por isso você perguntou "hipoteticamente" se eu gostaria de morar com você em Paris?

Ele perguntou irritado, respirou fundo, você engoliu em seco.

— Suna, eu não vou mais trabalhar aqui, então vamos parar de falar nisso, por favor.

   — Por que não? Por minha causa, se nós não namorássemos você trabalharia aqui?

   — Talvez sim, mas esse não é o ponto, Suna Rintarou.

   — Claro que esse é o ponto!

   Ele disse elevando a voz, você bufou irritada cruzando os braços, cerrou os olhos.

   — Suna, não se preocupe, minha vida não gira em torno de você.

   — Aran disse que sempre foi o seu sonho, é uma ótima oportunidade de primeiro emprego.

   Suna balbuciou com a voz mais branda, quase como se tentasse manter a calma, você engoliu em seco, negou com a cabeça devagar.

   — Não, eu não posso.

   O homem bufou irritado, olhou para o lado antes de voltear os olhos em sua direção, arqueou uma das sobrancelhas.

   — Por minha causa?!

   Ele indagou cerrando os olhos, você chiou irritada batendo as mãos contra suas coxas, lançou um olhar bravo até Suna.

   — Sim, Suna, por sua causa, porque nós somos um casal e é isso o que um casal faz, nos doamos um pelo o outro e se ter que trabalhar no Japão vai ser o melhor para você é isso o que eu vou fazer!

Você disse elevando a voz, estava ofegante, Suna ficou em silêncio por alguns segundos, engoliu em seco, negou com a cabeça devagar.

— Eu não quero isso, não quero que você desista dos seus sonhos por minha culpa, você não tem culpa da minha vida estar uma bagunça.

— Amor, eu não me importo de...

— Você viu, você viu hoje como é minha vida, eu sempre tenho que fugir, se continuar assim você nunca vai conseguir ter um emprego fixo — ele murmurou, respirou fundo, você piscou devagar o encarando ali, sentia seu coração bater acelerado contra seu peito —, você é tão talentosa, não quero que desperdice tudo isso por minha causa.

Ele disse com a voz séria, você bufou, passou as mãos sobre os cabelos, lançou um olhar irritado até Suna.

— Talvez se você não tivesse tentado matar a noiva de Kita, quem sabe talvez as coisas melhorassem!

   Suna riu ao ouvi suas palavras, cruzou os braços.

   — Você não tem a mínima noção do tipo se ser humano que o Kita é, eu tentando ou não matar a noiva dele ele nunca vai descansar até eu estar morto.

   — Mas por que diabos você precisava atirar nela?! Graças a isso alguém pode estar...

   — Porque graças a ele e o sobrenome  dele quem matou a minha família nunca pagou por isso! Ele merece ter algo que ele ama levado dele também, isso seria mais doloroso do que estar morto.

   Ele disse com o rosto dolorido, respirou fundo desviando o olhar, passou os dedos nos cantos dos olhos secando as lágrimas que se acumulavam ali, você engoliu em seco o encarando ali, sentia seu corpo tremer por completo, se aproximou mais de Suna, levou uma das mãos até as do homem as segurando com cuidado, suspirou pesadamente, sentia o choro entalado em sua garganta.

   — Rinrin, me escute — você chamou com a voz suave, os olhos dourados caíram sobre você —, vai ficar tudo bem, okay? Quando nós voltarmos...

   — Não tem mais nós voltarmos, S/N.

   Ele disse por fim, você arregalou os olhos.

   — O que?

   — Você está fora da Nekoma, se o Kenma é seu amigo de verdade ele vai entender, você não pode mais se envolver com isso, não pode mais envolver com a Inarizaki, eu não vou ter o prazer de estragar a sua vida.

   Ele disse afastando a mão da sua, você engoliu em seco, sentia seu coração acelerado, seus lábios tremeram, Suna desviou o olhar.

   — Suna, que merda você está fazendo?

   — Eu estou terminando com você, eu já fui egoísta em muitos momentos da minha vida, mas não nesse, você é talentosa demais para estragar a sua vida.

   — Você não decide isso por mim, Suna Rintarou.

   — Eu decido não fazer parte, eu não quero ver você sofrer, não quero ver você desistindo dos seus sonhos por minha causa, se quiser voltar para o Japão Kuroo vai lhe comprar passagens separadas, mas você não vai mais ter contato com a Nekoma — ele murmurou com a voz trêmula, secou os olhos rapidamente, respirou fundo — Continue sendo amiga do Kenma longe de qualquer ambiente que tenha contato com a máfia, me desculpe por desperdiçar o seu tempo.

   Ele disse com a voz baixa enquanto se afastava, você arregalou os olhos, sentia suas pernas trêmulas, negou com a cabeça diversas vezes.

   — Suna, você não pode fazer isso, Suna Rintarou!

   Gritou por entre as lágrimas, mas ele já estava fora do quarto.