4.9

Já havia escurecido quando você e Suna finalmente voltaram para casa, fez uma careta ao se sentar sobre a cama de seu quarto, seu corpo estava completamente dolorido, se sentia completamente esgotada; vestia um pijama qualquer, se deitou sobre o acolchoado de maneira preguiçosa enquanto o homem de cabelos escuros praticamente se rastejava de modo preguiçoso até a cama logo após passar ao menos meia hora em uma reunião privativa com Lev, Taketora e Kyoko.

— Eu não aguento mais isso.

Ele disse com a voz cansada enquanto jogava o corpo ao seu lado, se ajeitou na cama levando um dos braços ao redor de sua cintura lhe puxando para mais perto, você suspirou enquanto se aconchegava sobre o peitoral do mais velho, conseguia escutar seu coração batendo de forma preguiçosa contra a caixa torácica. Fechou os olhos por alguns instantes antes de os abrir novamente, puxou a coberta os cobrindo com cuidado, Suna grunhiu apertando mais o seu corpo contra o dele, pressionou os lábios contra o topo de sua cabeça.

— O que você não aguenta mais?

Você perguntou com a voz suave, ele suspirou pesadamente, o ar que escapou por entre seus lábios parecia que seria o começo de um choro sofrido, o homem respirou fundo, lhe abraçou mais forte.

— Não aguento mais fugir, não aguento mais fumar, não aguento mais reuniões de emergência, não aguento mais a chuva ou a Yakuza, eu... não aguento mais. Tudo o que eu queria era uma vida normal como policial, não queria ter me envolvido com... nada disso — ele disse com a voz falha, quase como se tivesse um nó gigantesco em sua garganta, soltou um riso fraco por entre seus lábios —, não queria que você me conhecesse dessa maneira, como um completo idiota perdido no mundo, acho que você merecia mais do que o meu eu de agora, me desculpe por isso.

Arregalou os olhos ao escutar as palavras de Suna, levantou o rosto de seu peitoral o encarando com o rosto sério, seus olhos se encontraram com os dourados do mais velho, ele parecia a um passo de começar a chorar, a pontinha de seu nariz estava avermelhada e seus olhos marejados, você suspirou pesadamente antes de negar com a cabeça diversas vezes, aproximou seu rosto do de Suna, deixou um beijo fraco contra seus lábios, sentia seu peito apertado, um nó se formava em uma sua garganta, fungou baixinho tentando segurar o próprio choro enquanto afastava seus lábios em um estalo baixo.

Abriu os olhos se detendo com Suna com um rosto dolorido abaixo de você.

— Não diga essas coisas, por favor, eu ia me apaixonar por qualquer versão de você.

— Mas não parece ser justo com você, você é talentosa e tem um futuro inteiro pela frente e eu... bem, eu não posso andar sozinho na rua sem o risco de voltar com três tiros no peito, você não merecia isso, teria sido melhor se...

— Suna Rintarou, para! — você disse erguendo a voz em uma lamuria baixa, seus lábios tremeram, nem ao menos sentiu quando uma lágrima quente correu por sua bochecha, fungou baixinho tentando conter o choro — Você não teve... não teve culpa de nada do que aconteceu, não queira levar os créditos por isso.

   Disse irritada, deixou um soco fraco contra o peitoral do mais velho, seus lábios tremeram, Suna arregalou os olhos pouco a pouco ao ver as lágrimas correndo por suas bochechas, arfou baixinho se sentando sobre a cama e lhe puxando para seus braços, você se sentou sobre suas pernas o sentindo lhe abraçar de modo tão forte que sentia que o ar escaparia de seus pulmões.

   — Me desculpe, eu não queria fazer você chorar, não vou mais falar essas coisas.

   Ele murmurou com a voz sofrida, você fungou baixinho antes de assentir devagar se aninhando mais contra os seus braços. Ficaram daquele modo por alguns segundos, Suna afastou o corpo do seu devagar para que pudesse enxergar seu rosto, levou uma das mãos até sua bochecha acariciando a pele com cuidado, você jogou mais o rosto contra sua mão, ele sorriu curto, mesmo que seus lábios estivessem sorrindo os olhos dourados ainda assim pareciam tristes.

   — Você é um namorado incrível, Rinrin.

   Sussurrou, ele soltou um riso baixo, assentiu devagar, aproximou o rosto do seu, seus lábios se encontraram de modo delicado, ele soltou um murmúrio choroso empurrando mais a boca contra a sua, as mãos grandes tremiam contra a sua cintura.

   — Eu amo você.

   Ele sussurrou contra seus lábios, você abriu os olhos devagar afastando seus rostos com cuidado, sentia seu coração batendo quase que desesperado contra seu peito, seu estômago se embrulhou por completo, piscou devagar. Suna lhe encarava com o rosto sério, estava ofegante, seu peito subia e descia quase como se tivesse medo da sua reação.

   Passou os braços ao redor do pescoço do mais velho o trazendo para mais perto sentia sua respiração acelerada, aproximou seus lábios novamente dos de Suna, ficaram daquele modo por alguns segundos apenas sentindo a respiração um do outro, quase como se seus corpos implorassem por contato.

   — Eu amo você.

   Ele sussurrou novamente, juntou os lábios contra os seus de modo quase que desesperado, você arfou baixinho o sentindo empurrar mais a boca contra a sua, apertou mais os braços ao redor de seu pescoço o sentindo lhe deitar sobre o acolchoado de maneira delicada ficando sobre você, seus lábios se separaram em busca de ar, estava ofegante, abriu os olhos devagar se detendo com os olhos dourados fitando seus traços.

   — Eu também amo você.

   Você disse com a voz fraca, ele riu baixinho antes de assentir devagar, suas bocas voltaram a se encontrar, conseguia sentir as mãos grandes correndo por seu corpo, lhe trazendo para mais perto, você arfou contra seus lábios quando o sentiu abaixar os beijos até seu pescoço o mordendo sem muita paciência chupando a pele em um estalo baixo, jogou a cabeça para trás sentindo seu corpo queimar.

   Uma batida na porta.

   Suna suspirou pesadamente afastando o corpo do seu devagar, você se sentou sobre a cama, ainda se sentia zonza.

   — Pode entrar.

   Suna disse, a porta se abriu com cuidado, Kenma adentrou no quarto, estava completamente empacotado com moletons do Kuroo que havia roubado antes da viagem, os cabelos loiros estavam bagunçados, a pontinha de seu nariz estava vermelha quase como se houvesse acabado de chorar, você franziu o cenho preocupada.

   — O que aconteceu, gatinho?

   — Estou assustado, é amanhã.

   Ele sussurrou, você suspirou antes de assentir devagar, fez um gesto para que ele se aproximasse mais, segurou o pulso do mais novo o puxando para a cama, Kenma se deitou entre você e Suna.

   — Vai dar tudo certo, gatinho selvagem, quando você receber alta vamos comer todos os fast foods possíveis.

   Suna disse se deitando contra o travesseiro, Kenma riu de modo cansado, jogou mais o corpo contra você se aninhando contra seu braço, você sorriu o abraçando, olhou para Suna por cima dos fios loiros de Kenma, fez um gesto para que ele chegasse mais perto, o homem de cabelos escuros riu baixinho antes de se aproximar mais o abraçando por trás esticando o braço até você, segurou sua mão com cuidado, você fechou os olhos, daquele modo Kenma não sentiria frio, mesmo que Kuroo não estivesse ali.

   — Vai dar tudo certo amanhã, gatinho, eu prometo.

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