4.4
O dia já estava chegando em seu fim quando o carro estacionou frente a casa de Kenma em Paris, a luz alaranjada do por do sol coloria a calçada de modo delicado, você estava deitada contra o ombro de Suna, todos vocês estavam silenciosos demais quando finalmente desceram do carro, alguns homens estavam do lado de fora, vestiam ternos pretos, você fez uma careta enquanto pisava os pés no chão se detendo com o homem de moicano loiro, estava com os braços cruzados, provavelmente era mais um dos reforços que Kuroo havia enviado para cuidar de vocês.
— Yamamoto.
Você disse com cara de poucos amigos, ele cutucou a bochecha com a ponta da língua, franziu o cenho.
— Stripper.
Ele balbuciou erguendo o queixo de modo petulante, você bufou irritada, deu um passo para frente, Suna pousou a mão em seu ombro lhe parando enquanto Kyoko ajudava Kenma a sair do carro.
— Parem com isso vocês dois, Taketora pare de ficar irritando a minha namorada, pelo amor de deus.
Suna disse com a voz séria, você assentiu de modo convencido, Yamamoto arregalou os olhos castanhos antes de soltar um riso alto por entre seus lábios finos, descruzou os braços apontando o indicador para vocês dois de modo incrédulo.
— Você está namorando? Céus, bom saber que eu não vou mais precisar me preocupar em ter que dividir as putas do clube com você.
Ele exclamou arqueando uma das sobrancelhas, você franziu o cenho incomodada com aquele assunto, revirou os olhos de modo irritado enquanto se afastava do toque de Suna girando o rosto até o homem de cabelos loiros que tinha os olhos cor de mel cansados, bufou.
— Vamos entrar, Kenma, você parece cansado, gatinho.
Você disse com a voz suave andando até ele que apenas assentiu, você lançou um último olhar irritado para Suna e Yamamoto, conseguiu escutar Suna bufar deixando um soco forte contra o peitoral do homem de moicano loiro que resmungou.
— Você é idiota de falar essas coisas na frente dela? Seu porra — Suna sussurrou de modo raivoso para o homem que apenas revirou os olhos, levou os olhos dourados até você — Ma chérie, você precisa de ajuda? Você sabe que eu não...
— Não.
Você respondeu com a voz mau humorada enquanto segurava a sua mala e a de Kenma sem dificuldades, escutou o homem de cabelos loiros ao seu lado soltar um riso soprado por entre suas narinas, Suna piscou devagar prensando os lábios, encolheu os ombros vendo Kenma abrir o portão para que você entrasse.
— Você está brava comigo?
Ele perguntou com a voz o mais branda possível, você bufou virando o rosto em sua direção o vendo com os olhos dourados e completamente ansiosos, suspirou sentindo seu coração amolecer um pouco, abriu um sorriso curto entre seus lábios antes de negar com a cabeça devagar.
— Eu só estou cansada, desculpa ter sido grossa.
Você respondeu com a voz delicada, Suna abriu um sorriso aliviado entre seus lábios, Yamamoto riu antes de enfiar às mãos nos bolsos de seu terno preto.
— Não se preocupe com isso, linda, desde que você saiba sentar bem ele não vai te trocar tão rápido igual as outras putas.
Taketora disse, Suna cerrou seu punho, você conseguia ver a sua veia saltar no pescoço de modo irritado, aquela havia sido a última gota, ao menos para você, largou as malas próximas a Kenma descendo os degraus curtos até o homem, ergueu o joelho com força atingido com tudo o meio de suas pernas, ele urrou curvando o corpo caindo de joelhos no chão, você bufou, Suna arregalou os olho surpreso.
— Sinto muito se você não conseguiu me levar para a cama Yamamoto, não fique descontando isso no meu namorado — você praticamente rosnou enquanto agarrava o braço de Suna o puxando para perto de você, alguns dos outros guardas que estavam do lado de fora da casa soltaram alguns risos baixos, Taketora resmungou —, vai se foder, seu bosta.
Você resmungou, abriu um sorriso irritante em seus lábios ao ver o homem levantar os olhos castanhos e completamente irritados em sua direção, respirou fundo enquanto assentia devagar.
— Está... bem, me desculpe, eu não sei segurar a língua em alguns momentos.
Ele disse com a voz sofrida apertando as mãos contra o meio de suas pernas quase como se estivesse morrendo de dor, você assentiu devagar antes de voltar a arrastar Suna até as malas, apontou para elas em silêncio como se pedisse para que ele as levasse, ajudou Kenma a subir os pequenos degraus até a porta principal deixando que Kyoko a abrisse para vocês. Entraram na casa em silêncio andando até os quartos, deixaram Kenma em seus aposentos, ele estava implorando para dormir um pouco.
Você e Suna andaram até seu quarto deixando as malas sobre o chão, você suspirou pesadamente o vendo fechar a porta com cuidado andou em sua direção, pousou as mãos sobre seus ombros lhe puxando mais para perto, você suspirou pesadamente sentindo um peso em seu peito enquanto repousava o rosto contra o ombro do mais velho, ele suspirou.
— Me desculpe pelo o que ele disse, para falar a verdade eu não me lembro da maior parte das pessoas com quem eu fiquei, eu provavelmente estava chapado demais para conseguir diferenciar um rosto do outro.
Ele murmurou com a voz baixa, você soltou um riso fraco passando os braços ao redor de suas costas o abraçando mais forte, conseguiu escutar Suna respirar mais fundo.
— Era ruim? Digo... usar tantas vezes aspirina e álcool.
Você indagou baixinho de modo cauteloso, conseguiu sentir ele tremer por entre seus braços, apertou mais forte você contra o seu corpo.
— Era horrível, eu não sabia mais diferenciar a realidade das alucinações, eu nunca sabia se quem estava do meu lado realmente existia.
Ele sussurrou com a voz fraca, você levantou a cabeça devagar o encarando, os olhos dourados desceram em sua direção.
— Eu existo.
Você disse com a voz baixa, ele sorriu antes de assentir curvando o corpo suavemente, deixou um beijo estalado contra seus lábios, assentiu devagar.
— Sim, eu amo... — ele parou, piscou devagar afastando os lábios dos seus , você arregalou os olhos surpresa, Suna coçou a garganta em uma tosse fraca, desviou o olhar — amo o fato de você existir.
Ele completou, você riu baixo antes de concordar com a cabeça o puxando para mais perto, seus lábios se encontraram de modo delicado.
— Que se foda a aspirina.
Você sussurrou contra seus lábios, ele riu.
— Que se foda a aspirina.
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