4⚡CHAPTER TEN: CORRA, JANE, CORRA

Chapter Ten; Corra, Jane, Corra.

Finalmente era Natal. A época mais esperada pelo Time Flash. Dia de comemoração, felicidade e prosperidade. Este era um natal diferente. Jane estava casada com Barry. Pela primeira vez, estavam comemorando algo juntos. A loira estava tão feliz. Era possível ver um brilho a mais em seus olhos. Central City estava em paz, sem meta humanos atacando. Estava tudo tranquilo. 

— Cisco, onde está a Cigana? — Jane perguntou-o.

— Ela teve de trabalhar durante as festas, mas acho que comprei o presente perfeito. Uma faca mecânica Gulag forjada por bolas de fogo profanas da Terra 22 criada pelo Wells 2.0. 

— O Wells ciborgue? — Harry o questionou.

— Amo o natal. — Ralph disse entrando no córtex com um gorro. — Comemoro todo o final de ano com a minha vovó. Ela nunca se lembra de mim, mas ficarei com a herança dela.

— Se não quiser passar o natal enganando sua vó, pode passar conosco. — Caitlin disse.

— Parece uma chatice. 

— Fala sério, Ralph. — Disse Jane. — Bom, tenho que ir até o meu apartamento para eu e Barry abrirmos os presentes de noivado. Até mais, pessoal. 

Ela saiu dos Laboratórios STAR em super velocidade e chegou à sua moradia em segundos. Barry estava lá apenas esperando-a tomando chocolate quente.

— Vamos abrir os presentes?

— Vamos! — Jane correu e pegou o primeiro que encontrou. — Esse daqui é da Cecile. — E abriu. — Um conjunto de facas. Adorei! 

— Deixa eu ver esse aqui... — Barry disse. — Da Sara e dos Lendas. — Retirou a embalagem. Era a caneca preferida de Jane. Ela havia quebrado quando a garota tinha doze anos. — "Pegamos um presente do passado. Espero que gostem!" 

— Eu amo essa caneca! Ela quebrou, lembra?

— Claro que lembro. Fui eu que quebrei jogando bola. 

— Eles viajaram no tempo para pegar isto. Impressionante. Vamos ver esse presente aqui agora... — Jane disse pegando mais um. — Da Felicity e do Oliver. — Assim que abriu, Jane não poderia acreditar. Era um brinquedo da Fúria Escarlate. Ela realmente nunca havia visto, especificamente, aquele modelo. Ele era muito bonito. — Então vendem essas coisas em Star City. Que incrível! Nunca vi essa boneca antes.

— É bem realista.

— É mesmo. Nossa, adorei. Bem criativa, Felicity. 

— A Melanie nos deu uma máquina de café expresso.

— Já faz um bom tempo desde que falei com ela.  Acabaram.

— Não, espere. Tem mais um aqui. — Barry pegou o último presente. — A pessoa esqueceu de por o nome. — E abriu. — É uma faca. Bem bonita. É usada para cortar frutas.

— Vai ser útil pelo menos. 

— Vou deixar guardada. 

— Vamos fazer compras agora? A dispensa está vazia.

— Ótima ideia.


— A fila estava muito grande. — Jane afirmou. 

— É natal, querida.

— Sabe, independente disso, estou muito feliz.

— Está?

— Claro, Barry. Estamos casados. Eu sou Jane West Allen. 

— Quando os nazistas apareceram, eu realmente pensei que não iríamos conseguir. Porém aqui estamos, casados, felizes e fazendo compras. Está tudo tão tranquilo.

Logo depois, Barry fora arremessado para longe do beco. Jane, assustada, se virou. Ela não poderia acreditar. Lá estava ele, o homem "inofensivo". Estava em uma cadeira flutuante desta vez, com um capacete cobrindo sua cabeça. Fios se ligavam ao capacete. O mesmo estava com um sorriso presunçoso no rosto. 

— Puta merda. 

— Parabéns pelo casamento, Srta. West. 

— Estava bom demais para ser verdade... — Exclamou Barry. 

— Barry, você está bem?! 

— Estou ótimo. — Disse se contorcendo de dor. 

— DeVoe... 

— Olá, Fúria Escarlate. 

Jane usou sua super velocidade para se impulsionar para cima e socar o vilão, porém antes que ela pudesse chegar lá, garras metálicas saíram de sua cadeira e a seguraram. Barry puxou-a de volta, salvando sua esposa. 

— Você está bem?

— Essas garras são fortes.

— Eu cuido dele.

— Barry, não! 

Não dando ouvidos à Jane, Barry correu e se impulsionou em direção ao vilão. Estava prestes a socá-lo quando fora preso pelas mesmas garras. Logo depois, ele foi eletrizado pelas mesmas e desmaiou. O vilão fugiu com o Flash. Jane ainda tentou alcança-los por cima dos prédios, mas já estavam muito distantes. Seja lá onde fosse o covil de DeVoe, era para onde ele levaria Barry. A Fúria Escarlate correu de volta aos Laboratórios STAR para contar o ocorrido, foi quando se deparou com outro grande problema. 

— A Amunet Black raptou a Caitlin. — Harry disse.

— Onde está o Barry?

— O DeVoe raptou ele.

— Tá de sacanagem comigo?! — Cisco a questionou. — Não pode ser.

— Duas pessoas ao mesmo tempo. — Ralph disse. 

— Que ótima observação, Capitão Óbvio. — Cisco disse-o. 

— Como a Amunet pegou a Caitlin?

— Eu estava no Jitters com ela quando fomos atacados. — Harry disse. — Os vidros foram destruídos. Eu fui atacado pelo Murmur e a Amunet pegou ela.

— Murmur? O bicho de máscara estranha que nos atacou da última vez e que possui uma estranha ligação com o Michael Amar, mas não é ele?

— Sim, esse Murmur. Usamos os satélites para buscar a energia criocinética da Caitlin ou o sinal da Força de Aceleração do Barry? — Harry perguntou.

— Precisamos encontrar os dois. — Afirmou Jane. — Cisco, preciso que vibre o Barry. Preciso saber se ele está vivo. 

Cisco fechou seus olhos, se concentrou e tentou vibrar Barry. Porém algo o bloqueou. O poder do bloqueio arremessou o vibro contra a árvore de natal dos Laboratórios STAR. Sua cabeça parecia que iria explodir.

— Cisco! — Exclamou Harry.

— Você está bem?! — A loira o perguntou.

— Sim, só acho que não vou conseguir vibrar por um tempinho.

— E o Allen?

— Seja lá onde ele estiver, nunca passei por isso antes. Parecia um bloqueio ou sei lá. 

— Eu vou atrás do meu filho! — Disse Joe entrando no córtex. Ele havia escutado tudo, ao visto. 

— Pai, olha só...

— Eu vou até a casa do DeVoe!

— Não sabemos o que vamos encontrar lá! 

— Eu não ligo, filha. Eu vou atrás do Barry.


Joe tocou a campainha, com raiva. Ele estava decidido a, de fato, encontrar Barry. Estava cansado de tudo aquilo. A porta se abriu e lá estava ele, Clifford DeVoe. Estava com roupas casuais em sua cadeira de rodas, como se nada tivesse acontecido.

— Detetive West?

— Cadê o meu filho?! 

— O Senhor Allen? Ele sumiu?

— Não sumiu, foi levado por alguém que estou ansioso para conhecer. — Respondeu-o em um tom acusador. 

— Ameaças sem sentido, detetive. Infelizmente, receio não saber a localização do Senhor Allen, mas eu sei que o seu colega está parado atrás da minha porta carregando uma arma de pulso sob-repetidor iônico! — Logo depois, Harry se revelou e, ao seu lado, estava Jane. — Se quisessem se esconder, seria mais fácil a varanda de trás. 

— Meu dedo ainda está no gatilho. — Harry garantiu-o. 

— E ele pretende atirar. — Jane afirmou. DeVoe começou a dar risadas daquilo. Jane não entendia como ele se mantia tão tranquilo.— Está achando alguma graça disso?

— É que me veio a mente agora uma ironia muito divertida. Você, Joe, é um detetive e mesmo assim você fracassa em reconhecer a verdade em casos de sumiço.

— E qual seria essa verdade?

— Talvez o seu filho tenha somente fugido. 

Jane queria socá-lo o mais forte que conseguia. Ele havia acabado de levar seu marido e agora fingia que nada havia acontecido. De fato, ele era um grande maldito estrategista. Parecia já saber o resultado de tudo que fizesse ou dissesse, portanto, Jane tentava fugir desses padrões e toda vez falhava miseravelmente. 

— Seu filho da... — E iria socá-lo, mas sabia que isso fazia parte de seu plano, logo recuou.

— Eu já tenho uma medida de restrição contra seu marido! Devo adicioná-la na lista?! 

— Se alguma coisa acontecer com o meu marido, não existe medida de restrição que me impeça de te socar até você implorar pela sua morte. — Jane ameaçou-o. 

— Violenta ameaça, Senhorita West, pena que você não é forte o bastante para cumprir. 

— Voltaremos com um mandato. — Joe disse.

— Completamente desnecessário. — Clifford o respondeu. — Se vocês querem vasculhar minha residência, podem fazer isto agora. — Logo depois, ele saiu do caminho, liberando a passagem para sua sala de estar.  — Vão em frente. 

Jane o olhava fixamente em seus olhos e via como ele sabia mentir. Eram os olhares de um professor de história e não olhares de um psicopata como da última vez em que se falaram. Era como se ele tivesse duas personalidades totalmente distintas, mas ela sabia que era mentira desde que ele mesmo confessou ser o homem que estava por trás de tudo. A loira começou vasculhando a sala de estar. Olhou os quadros, o sofá, cada parte. Depois fez o mesmo na cozinha. Harry começou a procurar na biblioteca, mexendo em cada um dos livros. Eram altas as chances de uma sala secreta se abrir, como em filmes. Demorou horas e nada. Joe procurou em toda a parte externa e nada. Jane vasculhou os quartos, cada parâmetro e nada. Definitivamente, o covil de DeVoe não era em sua casa. 

Os três voltaram aos Laboratórios STAR, onde viram Cisco tendo de lidar com os limitadores de largura dos satélites se sobrecarregando, já que procurava sinais da Força de Aceleração de Barry e sinais da energia criocinética de Caitlin. Ele estava frustrado. E Ralph não ajudava em nada com suas histórias totalmente desnecessárias.

— Por favor, me digam que acharam algo! 

— Nada. — Respondeu Harry, irritado. — Procuramos em toda a maldita casa! E nada! 

— Olhamos todos os lugares... — Afirmou Jane. — O covil dele não é lá.

— Ah, também teve uma vez em que a mulher não se lembrava do marido. — Ralph disse a Cisco, que fechou seus olhos bruscamente a fim de tentar não xinga-lo de todas as maneiras possíveis. — Mas ela só tinha amnésia. Ah e também...

— Ralph...

— Diga.

— Por favor... Cala essa boca.

— Está tentando me dizer algo, Ramon?

— Sim, eu estou! — Disse de maneira sarcástica. — Eu estou sim. A Caitlin e o Barry foram levados, os satélites estão se sobrecarregando ao procurar os dois, a casa do DeVoe está vazia, e você não cala a droga da sua maldita boca! 

— O que acha de eu calar a sua boca com o meu punho?! 

— Pessoal, pelo amor de Deus... — Exclamou Jane. — Péssima hora. Olha, se os satélites não conseguem procurar os dois sem se sobrecarregar, precisamos focar em um só. 

— Mas estaríamos priorizando um. 

— Temos que priorizar o mais vulnerável.

— Quem é mais vulnerável? Caitlin ou Barry? 

— Caitlin. — Jane respondeu sem pensar duas vezes. — De qualquer forma, Barry já está no jogo do DeVoe. Não podemos fazer nada quanto a isso, diferente do caso da Caitlin. Ela foi pega pela Amunet, e já derrotamos ela uma vez. Barry consegue se virar sozinho. Vamos focar na Caitlin. 

— Concordo. — Disse Harry.

— Então beleza. — Disse Cisco reajustando os satélites para procurar apenas por sinais cricinéticos de Caitlin. Não demorou para obterem uma resposta. — Ala leste do Saint Alexander. O lugar está fechado há anos. 

— Eu vou lá. — Disse Jane.

— Precisa de ajuda? — Cisco a perguntou. 

— Acho que não. Não vou lutar com a Amunet. Quando ela atacar da próxima vez, nos levará direto ao Murmur e descobriremos quem está por trás da mascara dele.

 Caitlin e um rapaz estavam desviando dos cacos de Amunet Black. Por pouco, não haviam morrido. Jane havia pego todos. O menino estava extremamente assustado. Quem era ele? Jane levou ela e o garoto até os Laboratórios STAR em segundos, escapando da vilã. Ao voltar, se surpreendeu com quem estava ali. Era Barry. Jane o abraçou assim que o viu.

— Querido! Como escapou?! 

— O DeVoe projetou uma cela feita para que eu não pudesse fugir correndo, então eu vibrei. 

— Caramba, essa foi por muito pouco. Caitlin, o que aconteceu lá?

— A Amunet estava usando o Dominic. — Ela disse olhando para o rapaz. — Ele é telepata.

— Um dos metas do ônibus?

— Sim. — Ele respondeu. 

— Por que acha que DeVoe te sequestrou, Allen?

— Ele não disse, mas parecia que ele tinha interesse nos meus poderes. 

— Ele tem um grande plano... — Disse Jane, pensativa.

— Vamos derrotar ele. — Logo depois, Barry a beijou. 

Logo depois, todos foram até a casa dos West comemorar o natal. Estava tudo muito bem decorado. Os enfeites, as árvores, as luzes... Tudo bolado estrategicamente para dar um clima natalino. Nevava do lado de fora. Havia muito chocolate quente. O de Cecile era o melhor de todos. Era o mais cremoso. Se tem uma coisa que ela era boa, era cozinhar. Estava tudo tão perfeito. Barry amava aquele natal. Ele olhava para Jane e podia chamar ela de esposa. Era uma sensação única e libertadora. Ele a amava, assim como ela também o amava. Até mesmo Dominic havia comparecido à festa. Mais um meta salvo. Jane e Barry tomavam chocolate quente sentados à mesa enquanto viam todos se divertindo. 

— Parece que deu tudo certo.

— É, deu. — Logo depois, o celular de Barry tocou. — Hum...

— O que é, querido?

— A segurança do apartamento... Devem ser mais presentes sendo entregues.

— Mais? Caramba. 

— Vou verificar.

— Vou também.

Os dois chegaram lá em segundos. Barry começou a checar as trancas e a segurança. Estava tudo normal. Nenhum presente a mais. Era estranho. Barry começou a achar que a casa havia sido invadida. Criminosos? Foi quando Jane recebeu uma ligação desconhecida em seu celular. Ela se surpreendeu com quem estava no telefone.

— Olá, Senhorita West. — Era Dominic falando. 

— Dominic? O que houve? Algum problema?

— Você é bem sagaz, eu admito, mas como eu disse, você e seu marido são incapazes de ver a extensão de minhas maquinações.

Não era Dominic, era DeVoe. Mas como? Como o vilão poderia estar falando através do corpo do meta? Ele era apenas super inteligente, não poderia possuir corpos. O que estava acontecendo? 

— DeVoe.

— Sabe, há três meses o seu marido saiu da Força de Aceleração como um novo homem. E para que você e sua equipe experimentassem do meu novo plano, eu também precisava renascer. 

— Você possuiu o corpo do Dominic?! 

— Algo assim. 

— Se machucar a minha família...

— Não tenho interesse em sua família, Fúria Escarlate. Além disso, você vai precisar de alguém para sentir sua falta quando você morrer. 

— O que você fez?

— Eu só deixei um presente para você. Não preciso mais dele.

Jane e Barry caminharam até a cozinha, com o telefone ainda ligado na chamada. Não puderam acreditar quando viram os olhos apagados de Clifford DeVoe em seu corpo, caído ao chão perto da pia com o coração esfaqueado. Clifford havia possuído o corpo de Dominic e seu corpo original estava ali. Morto. Ele havia se matado. Ao lado do corpo, estava uma faca ensanguentada. A mesma faca do presente sem nome. Logo depois, alguém bateu na porta. 

— CCPD! Abra! 

Barry havia entendido tudo. Era parte do grande plano do DeVoe que sua esposa fosse presa. Os policiais, ao verem o corpo e a faca, prenderiam Jane. Aquela seria sua primeira grande derrota, mas ele não poderia deixar. Ele deveria ser preso no lugar dela. Barry sentiu o dever de fazer aquilo. O Flash seria derrotado, mas não a Fúria Escarlate. Ele se virou para a loira. 

— Corre, Jane, corre...

Ela não queria fazer aquilo, mas não tinha escolha então correu o mais rápido que podia. Os policiais arrombaram a porta. Singh se assustou ao ver aquela cena. Ele não poderia crer que o Barry Allen que ele conhecia havia assassinado um simples professor de história a sangue frio. Barry era a melhor pessoa que ele conhecia, e aquilo não poderia estar acontecendo. E não estava. DeVoe estava por trás de tudo. O capitão algemou Barry imediatamente.

— Barry Allen, você está preso pelo assassinato de Clifford DeVoe.

PRCIOU_STILES ©





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