4⚡CHAPTER SEVENTEEN: ENTENDENDO A NULL

Chapter Seventeen; Entendendo a Null

Jane estava devastada com a morte de Bryan. Ela passou dias sozinha chorando. Wally havia ido embora de novo. Ele tinha o jeito dele de encarar as dores. Jane também, e o jeito dela era se isolar por alguns dias e lamentar. Depois de alguns dias, havia conseguido sair de casa. Retornou aos Laboratórios STAR. Harry, usando o capacete, havia descoberto os nomes dos últimos dois metas do ônibus. Janet Petty e Edwin Gauss. Mas ele não conseguia, de forma alguma, os localizar. Estava cada vez mais difícil manusear o capacete.

— Harry, ouça. — Cisco o disse. — Sempre que você tenta localizar eles não funciona da mesma forma. Estou dizendo, abre esse capacete. Ele deve estar quebrado.

— Não está quebrado! Acontece que achar Janet Petty e Edwin Gauss é... Muito complicado. 

— Por quê? — Jane o perguntou.

— Porque Edwin Gauss simplesmente sumiu no dia em que o Allen saiu da Força de Aceleração. Sem compras no cartão, nem saque no banco ou publicação em rede social. Nada. Sumiu!

— E a Janet Petty? — Barry perguntou.

— Tão difícil quanto. 

— Pedi ao Joe para pegar a ficha dela na CCPD. — Disse Caitlin. — Seu primeiro registro foi aos 13 anos. É uma espécie de nômade. O último endereço é Iron Heights. Ela foi presa por invasão, arrombamento e roubo.

— O que devia nos preocupar é o paradeiro atual dela. — Disse Harry. — E quais são seus poderes.

— Esse é o apelido dela mesmo? — Cisco questionou Caitlin lendo a ficha dela. — "Null"?

— DeVoe precisa desses últimos dois metas para concluir o que ele planejou. Precisamos encontrá-los logo. — Afirmou Barry.

Jane recebeu um alerta de Joe em seu celular. Cena do crime. Jane sentia falta de Barry nas cenas de crime com ela, mas não podia fazer nada. Ele ainda não poderia retornar à CCPD, segundo Singh.

 Chegou a cena do crime, onde encontrou seu pai.

— O que aconteceu, pai? 

— Assalto. Roubo de uma coroa da dinastia Condoct. Foi trazida para o museu. O guarda disse que estava sendo transportada em uma caixa de aço que pesa uns 900 quilos. Ela sumiu de repente, sem deixar rastros. E depois reapareceu, totalmente esmagada. 

— Certo. Sumiu mais alguma coisa do museu?

— Não, somente a coroa. 

— Dá pra ver daqui que, pra causar um impacto daqueles, a caixa devia estar a, pelo menos, 88 quilômetros por hora. 

— Então procuramos um meta com super força?

— Talvez. Tem digitais na caixa

— Sim, analisem no laboratório. 


— Esperem, essas digitais são de várias pessoas. — Disse Caitlin. — Jeannie Williams, Jane Liska, Judy Newton... 

O rosto de todas elas era o mesmo. Identidades falsas.

— Ela usa 17 nomes diferentes. — Afirmou Jane. 

— E como vamos encontrá-los? — Perguntou Ralph, que havia decidido continuar ajudando o time contra o Pensador.

— Não podemos esperar que ela roube mais alguém. — Disse Barry. 

— Não precisamos. — Afirmou Harry colocando o amplificador de inteligência novamente em seu cérebro. — Temos as variações da identidade dela. É só plugar essas variações no software de reconhecimento facial. — E fez. — Isso foi há 40 minutos. Esquina da Orchard com a Broome. 

— O que tem lá? — Jane perguntou.

— Não "o quê". — Ralph a respondeu. — "Quem". 

Naquele lugar, morava Earl. O antigo sócio de negócios corruptos de Ralph Dibny era extremamente desleixado. Seu apartamento estava sujo, cheiro de mofo, comidas estragadas caídas pelo chão. De fato, estava um verdadeiro chiqueiro. Ralph estava muito irritado com ele. Assim que ele e Jane bateram na porta, Ralph se transformou em Joe West usando seus poderes de elástico para mudar sua aparência. 

— Joe West? — Ele perguntou confuso.

— Tenho umas perguntas, seu lixo. — E o jogou contra a parede. — Circula por aí que tem uma nova ladra na cidade que gosta de joias raras e que foi vista aqui. Investigadora Jane West Allen?

— Investigadora Jane West Allen? — Jane questionou Ralph. 

— Mostre a ele. 

— Ah, Jane West Allen. Sei muito sobre a reputação caída de seu marido. — Earl disse. 

— Ah, certo. — Ela disse de forma irônica. — Quer só dar uma olhada?

Ela mostrou uma foto da mulher para ele.

— Achamos que ela veio aqui para pedir ajuda para lavar as joias. 

— Quem dera. — Ele disse analisando as fotos. — Adoraria uma visita de uma moça como essa da foto, se é que me entendem. Mas, infelizmente, é pouco provável. 

— Eu vou acabar com a sua raça se mentir na minha cara, verme! — Ralph o disse. 

— Ralph... — Jane disse.

— Ralph? — Earl perguntou.

— Não tem nenhum Ralph aqui. — Ele disse fingindo ser Joe West. — Sou o detetive Joe West, o pior que já cruzou seu caminho. 

— Juro por Deus que não estou mentindo. — Earl disse. Ralph pressionou o homem de raiva, que esbarrou em uma sacola que estava em cima da mesa. Joias caíram de dentro ela. 

— Sabia. 

— Para onde ela foi, Earl? — Jane o perguntou.

Earl olhou para cima, e lá estava Janet Petty grudada no telhado. 

— O acordo já era. — Ela disse para Earl. 

— Droga. — Ele exclamou.

Petty desceu e colocou suas mãos no peitoral de Jane. Os dedos da meta começaram a brilhar. A loira começou a flutuar, como um balão. Então esses eram os poderes da Null?


— Está tudo bem aí em cima, querida? — Barry a perguntou a segurando com uma corda para impedir que ela flutue até o espaço.

— Eu só queria descer daqui.

— Snow? — Harry a perguntou.

— Bom, meu maior palpite é que os poderes da Null afetam a densidade das células dela. É como se estivesse cheia de hélio. 

— Que maravilha. — Disse Jane vendo sua atual situação. 

— Existe alguma forma de — Cisco disse. — reengatar a força...

— Gravitacional. — Harry o confirmou usando o capacete. — Acontece que não é necessário. Pela massa da Jane e a força gravitacional G, e considerando a redução da meia-vida da infusão de matéria de Null, o efeito vai acabar se esgotando.  

— Se esgotar? — Jane perguntou.

— Suas células devem voltar ao normal em — Harry disse. —, exatamente, 1 segundo.

Jane caiu logo depois. Havia voltado ao normal. Havia se machucado um pouco com a queda dolorida, mas estava bem. 

— Isso foi bizarro. — A loira disse. — Os dedos dela brilharam, foi loucura. 

Um alarme começou a tocar. 

— Assalto na joalheria de Central City. — Informou Cisco.

— Harry? — Jane o perguntou. — Precisamos de ideias.

O homem estava usando o capacete. 

— O plano é a parte ocular. — Ele informou. — West Allen, você disse que os dedos dela brilharam. Acelerante de matéria escura. Significa que os poderes tem origem no nervo ótico... — Não estavam entendendo. — O que eu quero dizer é que a Null não pode gravitar o que ela não pode ver. Então, vocês velocistas, tem que vibrar além da velocidade da luz perto da linha de visão dela. 

— E então seremos invisíveis para ela. — Disse Barry. 

Jane e Barry correram para lá imediatamente. A meta roubava a joalheria de Central City. Saía de dentro com várias bolsas cheias de dinheiro. Barry a prendeu com algemas. 

— Não esperavam. — Ela disse. 

— O quê você está querendo dizer? — A Fúria Escarlate perguntou.

— Vocês não esperavam aquilo. — Ela disse. Dois carros caíam de cima de um prédio extremamente alto. Se caíssem, as duas vítimas que estavam no volante, morreriam. — Ou vocês deixam eles morrerem ou eu fujo. 

Os velocistas não tiveram o que fazer. Correram e começaram a movimentar seus braços em sentidos diferentes, formando redemoinhos de neblina, que seguravam os carros e, assim, a queda era amortecida. As duas vítimas se aliviaram. Quando voltaram, Null não estava mais lá. Ela já havia fugido. Era uma habilidosa ladra, certamente sabia como fugir de algemas. 


— Essa droga é imprestável! — Harry disse xingando sua própria invenção. — Inútil! 

— Harry, ninguém poderia prever que a Null fugiria.

— E nenhum de vocês previu a localização de uma mulher de 54kg usando a curvatura do espaço-tempo causada pela distribuição desigual de massa. Ainda assim, de alguma forma, não perceberam a atração gravitacional de dois carros de quatro toneladas sobre a cabeça dela! 

— Os cientistas passaram décadas tentando entender a relatividade e a gravitação quântica...

— Não se trata de entender a gravidade, Allen, mas de entender a Null ou de não entendê-la. A questão é que o DeVoe consegue, de alguma forma, calcular o comportamento humano! 

— Harry, pare! — Exigiu Jane. — Fomos nós que deixamos ela fugir. Você fez o seu melhor.

— Tem certeza, West Allen?! É o segundo meta que escapa das algemas. Já faz quase um ano, e onde chegamos?! O DeVoe continua a solta! 

Harry estava extremamente frustrado. Em parte, porque ele se sentia inferior à DeVoe. Mesmo tendo um amplificador de inteligência, o Pensador ainda estava um passo à frente. Isso o frustrava de todas as formas possíveis, porque ele se sentia incapaz. Jane, como líder, não sabia mais o que fazer. Mesmo que o Time Flash vencesse, ele perderia. Estavam sendo peças de xadrez sendo movimentadas pelo tabuleiro rumo ao xeque-mate. A Fúria Escarlate não sabia como lidar com aquela situação. Ela havia perdido muitas pessoas, e muitas delas por conta do Pensador. Jamais desistiria de vencê-lo, mas no momento, não era fácil lidar com aquilo. 

— O que faremos? — Ralph perguntou à Jane.

— Eu não faço ideia. — Ela disse. — Pela primeira vez, desde muito tempo, eu não faço ideia. 

Horas depois, pela noite, Jane falava com Gideon na tentativa de entender como derrotar o Pensador, mas as informações que a inteligência artificial podia a dar eram limitadas, afinal isso poderia afetar diretamente a linha do tempo. Um alarme começou a tocar, indicando que a Null estava no Museu de Central City. Jane e Barry correram para lá, e Ralph foi com eles desta vez. A meta estava causando um grande terrorismo no lugar.

— Escutem todos! — Ela dizia. — Tudo que brilhe, reluza e cintile vai para dentro desta bolsa. — Ela os dizia com uma enorme bolsa em suas mãos. Caberia muitas joias. Null avistou uma mulher com uma safira extremamente linda em seu pescoço. — Uhh, adoro Safiras.

— Está ficando louca se pensa que te darei isso.

— Me dar isso? Não, não precisa. Eu pego.

A meta tocou na mulher, que começou a flutuar. Arrancou sua safira e a deixou nos ares. Passados alguns segundos, estaria no espaço. O Flash, a Fúria Escarlate e o Homem-Elástico chegaram no momento certo, impedindo-a de subir para os céus.

— Acabou, Null. — Barry a disse. 

— Então vocês voltaram de novo. E com um novo amigo. 

— Um ótimo amigo. — Ralph a respondeu.

— Sem carro de fuga desta vez? — Jane a perguntou.

— Pois é, nenhum carro. Mas um bocado de passageiros.

A meta abaixou e tocou ao chão. Todos os que estavam ali, iriam para a atmosfera. Jane e Barry correram para levar os convidados a um lugar seguro, antes que seus pés encostassem na onda de poder criada pela meta, que crescia cada vez mais pelo chão. A Null havia sumido, assim como sua onda de energia. Jane não a deixaria fugir desta vez.

— Onde está ela?

Petty surgiu por trás do Flash e o encostou. O velocista escarlate começou a voar pelos céus.

— Não! — Exclamou Jane. 

— Bom voo, Flash! — Null disse. 

Jane prendeu a meta com algemas antes que fosse tarde, e prendeu suas mãos também. Agora, ela não fugiria. Precisariam pensar em um plano para salvar Barry. 

— Eu tive uma ideia. — Ralph a disse. — Espere um pouco...

— Esperar?! — Segundos depois, Barry começou a cair. O calor de seu raio havia o impedido de chegar ao espaço, mas agora estava caindo. — Ele está caindo a 600 m!

Ralph se deitou ao chão e se encheu, criando uma espécie de colchão inflável que amortecera a queda do velocista escarlate. Barry respirou ofegantemente ao chegar ao chão. 

— Estou vivo... 

— O Dibny nunca erra. — Ele disse. 

— Por essa eu não esperava. — Disse Jane.

— Valeu, Ralph. — Barry o agradeceu. — Te devo uma.

Desta vez, Ralph havia contribuído significativamente para a equipe. Havia salvo a vida de Barry. Usando seu jeito desengonçado e aleatório, Ralph havia conseguido impedir que o Flash caísse ao chão do museu e morresse. 


— A Null está em uma cela do acelerador de partículas. — Disse Barry. — Acho que ela não está muito contente com isso.

— Antes ela não contente do que várias pessoas voando pela atmosfera. — Disse Jane. 

— Só falta um meta do ônibus, além do Ralph. — Afirmou Caitlin.

— É bom o acharmos antes de DeVoe. — Disse Joe. — Vou até a CCPD e pesquisar mais sobre esse cara. Edwin Gauss. 

— Mandou bem, Ralph. — Disse Jane. — Quando você chegou aqui era somente um aprendiz. Agora você é, oficialmente, um herói. 

— O Homem-Elástico. — Ele a disse. 

— Onde está o Harry? — Jane perguntou.

— Deve estar trabalhando naquele capacete de novo. — Disse Cisco. — Ele não vai desistir tão cedo de derrotar o DeVoe usando aquilo. 

Por algum motivo, Jane estava com um terrível mau-pressentimento. Havia algo errado com aquilo sobre Harry, e a velocista sentia isso. Mas o que? O que poderia estar errado? 

PRCIOU_STILES ©

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top