3⚡CHAPTER TWELVE: PROBLEMAS EMPRESTADOS DO FUTURO
Chapter Twelve: Problemas
Emprestados do Futuro
Já fazia um mês desde que Barry e Jane começaram a morar juntos. O apartamento já estava quase terminado, só faltava alguns móveis. Estavam felizes, mas algo estava diferente. Barry não parava de ter pesadelos. Ele sonhava com a futura morte de Jane. A garota sabia que havia algo errado, mas não sabia o quê. Ela havia acordado por causa de um grito que seu namorado deu durante a noite.
— Amor, você está bem? — Ela perguntou colocando suas mãos no peitoral de Barry. Foi quando ela percebeu o quanto seu coração estava batendo rápido. Estava disparado.
— Sim. — Respondeu ofegante.
— Sim? — Ela questionou.
— Foi só um pesadelo. — Ele deu um leve e calmo beijo em Jane. — Volte a dormir. — Ela não conseguia.
— É claro. Já estou acordada desde que você gritou pela primeira vez. Barry, o que está acontecendo? — Ele permaneceu calado e quieto. Não podia comentar sobre o sonho, pois estava relacionado ao futuro. — Quer falar sobre isso? Eu estou aqui pra você.
— Não. Sabe o que eu quero fazer? — Ele se deitou mais próximo de Jane e agarrou sua cintura. — Eu quero te beijar até o despertar da noite.
— Não muda de assunto, Bartholomew.
— Bartholomew? Eu estou em apuros?
— É a terceira noite seguida, amor.
— Sei de outra coisa que aconteceu três noites seguidas. — Ele disse agarrando os lábios da loira. Assim que iria fazer mais do que beijar, seu celular tocou. Logo depois, o de Jane também. — Que droga. Chegou pra você também?
— Sim. É um incêndio.
— Em Richmond Heights.
— Vamos lá ou o Wally vai chegar antes de nós. — Jane disse.
Os dois correram até os Laboratórios Star e colocaram seus trajes. Depois, correram até Richmond Heights, onde estava acontecendo o incêndio. Wally havia chegado junto dos velocistas.
— Socorro! — O Detetive Patterson gritava caído e preso em meio aos destroços do incêndio. — Estou preso!
— Temos que tirar ele dali. — Wally disse. — Vai pegar fogo em todo lugar.
— Tá bem. — Barry disse.
— Estão vendo a foligem ao redor da porta? Significa que o fogo não tem ventilação. Se abrimos a porta agora, o fluxo de oxigênio vai gerar uma explosão. — Jane explicou.
— E o que fazemos? — Wally perguntou. Ele ainda estava aprendendo sobre como salvar pessoas.
— Criamos um ponto de saída pro calor e removemos o oxigênio. — Barry disse.
— O que vai apagar o fogo.
— Quando eu mandar, Wally você abre a porta e Jane, tira o Patterson de lá. — Barry começou a criar um tornado de neblina em seus braços. — Agora!
Wally abriu a porta e a neblina de Barry apagou o fogo, impedindo a explosão. Jane correu para a sala e salvou o Detetive Patterson do incêndio.
— Valeu, Fúria Escarlate. — Patterson agradeceu tossindo levemente. — Obrigado a você também, Flash e a você, velocista novato.
— Me chama de Kid Flash.
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— Aquilo foi muito maneiro! Como ficam tão calmos? Ficam muito calmos em um incêndio. — Wally disse.
— É só experiência. — Barry disse.
— Por isso é importante nos seguir durante um tempo e aprender tudo que sabemos. — Jane respondeu.
— E aí eu vou poder mandar pra quebrar?! — Ele perguntou.
— Só um conselho, Wally. Ser um super herói não tem haver com botar para quebrar. Na verdade, isso que eu acabei de dizer é mentira e é exatamente isso que eles fazem, eles botam tudo pra quebrar. — Cisco disse pensativo.
— Só continue nos observando e ajudando. Está indo muito bem.
— Eu tenho que tomar café com o meu pai, então falo com vocês depois. — Wally disse logo antes de por seu traje o lugar onde fica o de Barry e fugir dali.
— Wally! Ali e onde eu... Droga.
— Pode por onde eu boto o meu.
— Mas onde vai ficar o seu?
— É... embaixo da cama?
— Vou providenciar mais um manequim. — Cisco afirmou. Jane reparou que Caitlin estava com uma expressão frustada e tediante no rosto.
— Caitlin, você está bem? — Jane perguntou. Ela reparou que ela ainda estava usando algemas anti-metas.
— Sim, é só essa droga de algema que fica dando problema.
— Se você estivesse carregando ela como eu pedi, não teria esses problemas. — Cisco afirmou.
— Cisco, você quer mesmo que eu fique sentada com um fio ligado à tomada como se eu fosse um tablet humano?
— Ou você faz isso ou dá uma de Frozen com a gente de novo. — Cisco disse.
— Que dia suntuoso, irmãos! — HR disse chegando ao córtex montado em um dispositivo Segway.
— Bom dia, HR. — Jane disse.
— Não apenas bom, Alisson West. É ótimo! E por que será? — Ele disse em um tom de suspense, como se fosse dar a melhor notícia da vida de todos da equipe. — Porque finalmente estou pronto para anunciar que o novo Museu dos Laboratórios Star está pronto para abrir. — HR disse. — Pré-inauguração, na verdade. Venham. Nós vamos fazer um tour. — Todos desceram até a entrada do prédio, que estava completamente mudada.
As paredes estavam pintadas de vermelho com tapetes, computadores e até mesmo hologramas prontos.
— Nossa! — Cisco disse.
— Você fez isso tudo?! — Jane questionou olhando o lugar à sua volta.
— Sim! Eu não quero ficar com todo o crédito, afinal sou modesto demais para isso, mas fiz. — HR afirmou.
— Quem está pagando por tudo isso?
— Ótima pergunta! Olga? — Uma mulher de cabelos pretos presos, terno e uma maquiagem exagerada surgiu em meio à arquibancada. — Irei apresentá-la para seus novos colegas. Pessoal, essa aqui é a Olga.
— Zdravo. — Ela disse tentando ser legal. Ninguém entendeu nada.
— Ah, é que ela não fala nosso idioma muito bem. Ela vem da Eslovênia, mas ela é ótima. Muito bem, por aqui temos a bilheteria e a entrada. Ali ficam os cafés especiais. Isso me faz lembrar de uma coisa. — HR disse. — Caitlin, inicialmente você fica na bilheteria, mas eu pensei que com algumas aulas de arte do café, você poderia dar um toque feminino ao balcão de cappuccino. O que que você acha?
— HR, acho que a Caitlin já vai ter muito o que fazer. — Cisco disse.
— Posso fazer uma pergunta? Quer comer comida congelada para o resto da sua vida? Não. Ninguém quer. O que você quer é um salário e nós precisamos de um disfarce pros Laboratórios Star. Se não, não vai demorar pra todos sacarem o esconderijo do Flash e da Fúria Escarlate. — HR explicou.
— Isso faz sentido. — Jane disse.
— Agora, olhem só isso! — HR apertou um botão e um holograma de Cisco apareceu. Ele era bem realista.
— Bem vindos aos Laboratórios Star.
— Espera aí, você fez um holograma meu?! — Cisco perguntou.
— Francisco, você deixou claro que não queria ser um guia e você não é. Você é um guia virtual. — HR afirmou.
— Isso se encaixa perfeitamente em não querer ser guia! — Ele afirmou.
— Silêncio. — HR exigiu. Ele apertou novamente um botão e o holograma continuou a falar mais coisas.
— Meu nome é Francisco Ramon. Eu nem sempre fui o estimado engenheiro que vocês veem. Foi o meu amor por ciências que me permitiu superar minha infância difícil e me juntar ao S.T.A.R antes do nosso lindo fundador Harrison Wells deixar a empresa. Espero que meu amor por ciência inspire alguns de vocês a entrarem para a comunidade científica. — O holograma disse.
— Caramba. A voz ficou idêntica e o visual também. — Jane afirmou.
— Eu não falo desse jeito! — Cisco afirmou irritado. — Eu não sou nada parecido com essa... Essa coisa.
— Meu amor por ciências. — O holograma repetiu com uma voz estranha. — Meu amor por ciências. — Ele repetiu com uma voz ainda mais estranha. Havia dado defeito.
— Eu preciso que você dê uma olhada nisso. — HR pediu.
— Não posso fazer isso. — Cisco respondeu com um presunçoso sorriso no rosto. — Tenho outras coisas bem mais importantes para fazer.
— Eu tenho que fazer outra coisa. — Caitlin disse saindo dali.
— Aonde vocês... — HR tentou dizer.
— Eu achei interessante a proposta, HR, mas tenho que ir. — Jane disse.
— Fui. — Barry respondeu.
HR ficara ali sozinho junto de Olga. Parece que sua inauguração não fora tão boa assim quanto esperava.
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Barry e Jane estavam em casa descansando. Iriam assistir alguma coisa sentados em seu sofá.
— O que vamos assistir? — Jane perguntou preparando uma pipoca em sua cozinha. Ela era muito bonita com azulejos e armários de vidro.
— Saiu um novo episódio de Shadowhunters. — Barry afirmou.
— Eu não sou tão fã dessa série. Eu prefiro reassistir Supernatural ou quem sabe Tvd. — Jane se sentou com uma bacia de pipoca amanteigada.
— Já sei! Que tal assistirmos aquela comédia escolar de super heróis? É...
— Sky High? — Ela perguntou.
— Isso mesmo. O que acha? O celular dos dois começou a tocar. — Está acontecendo um roubo no museu.
— Eu acho que vamos ter que abandonar nossa vidinha maravilhosa de casal vendo filme para salvar a cidade. — Jane disse.
Os dois correram até os Laboratórios Star e colocaram seus trajes. Depois, correram até o Museu de Central City.
Um homem de roupas pretas, barba e cabelo castanho com um tapa olho no olho esquerdo estava assaltando o lugar. Estava roubando um precioso diamante do museu. Os donos estavam abaixados com as mãos na cabeça.
— Flash e Fúria Escarlate! — O homem disse. Barry se lembrou de algo. Ele conhecia aquele homem. Quando viajou para o futuro, uma reportagem falava sobre um homem chamado de Saqueador que havia sido pego pelo Flash e pela Fúria Escarlate. Ao que parece, tudo indicava que aquele futuro trágico iria acontecer. O inimigo atirou uma bala de energia contra os dois. Ela não era comum. Ardia muito. Saiu dali montado em uma moto. Jane e Barry estavam manchados demais para conseguirem se erguer e pegá-lo.
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— Aquela arma. Nunca vi nada assim antes na minha vida. Eu quero uma arma assim! — Cisco afirmou.
— O que houve lá? — Joe perguntou.
— A leitura de telemetria caiu rapidamente. — Caitlin afirmou olhando os resultados dos testes. Uma mensagem chegara no celular da médica. — Eu tenho um compromisso agora, pessoal. Eu já volto.
— Pessoal, estamos lidando com um ladrão futurístico que rouba joias e parece um pirata? — Jane perguntou.
— Um pirata. Devemos chamar esse cara desprezível pelo nome de... Saqueador. Isso mesmo, Saqueador. O que acham? — HR perguntou.
— HR, você não devia estar trabalhando tipo no museu ou sei lá?
— Você deveria estar me ajudando com o holograma, Francisco.
— Não é um problema meu.
— Só quero te mostrar uma coisa. Vamos pra oficina. — HR pediu.
— Vou pedir pra polícia verificar todas as lojas de joias da cidade. Esse cara deve estar se sentindo por ter escapado do Flash e da Fúria Escarlate. — Joe disse. — Então aposto que vai voltar.
— Quando ele voltar, estaremos prontos, né? — Wally perguntou.
— Não, "nós" não, Wally. Você ainda está em treinamento. — Barry disse.
— Você viu meus treinos no Laboratório de Velocidade. Estou quase tão rápido quanto a Jane. — Wally disse.
— Wally, não é uma questão de ser mais rápido ou não e sim de sua experiência como velocista. — Jane respondeu.
— Wally, confie em nós dessa vez.
O garoto saiu dali com um olhar desapontado. Ele achava que já poderia combater o crime, mas ainda não estava pronto. Ele sabia muito pouco.
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— Barry, Jane! — Cisco o chamou. — Estão roubando o Payson Hotel!
Jane e Barry colocaram seus trajes rapidamente e correram até o lugar. O inimigo estava carregando diversas bolsas com dinheiro roubado.
— Não resistiu e veio assaltar de novo.
— Qual é a graça de fazer somente uma vez? — O Saqueador perguntou.
— Evitar uma sentença de prisão de 15 anos em Iron Heights não seria a pior opção. — Jane afirmou.
O inimigo tentou atirar contra os dois, que conseguiram desviar. Depois, Jane deu um enorme soco ao queixo do inimigo, o fazendo soltar sua arma e cair ao chão do prédio do hotel.
— Mandamos bem! — Barry disse.
— Sim! — Jane comemorou.
O inimigo estava se reerguendo quando Wally surgiu com seu uniforme de Kid Flash desmaiando o Saqueador.
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— Bom trabalho, Wally. — Cisco disse.
— É o Kid Flash na área! — O garoto dizia com um grande sorriso no rosto.
— Tenho que admitir, você salvou a gente. — Jane afirmou.
— Parece que você está mais preparado do que achávamos. — Barry disse.
— Pessoal! Estão prontos?! — HR perguntou entrando no córtex usando um terno. Cisco usava um elegante terno e Caitlin usava um vestido brilhante. — Puxa! Wally, Barry e Jane, vocês deveriam estar arrumados!
— Somos velocistas, HR.
— Pra que arriscar? Vamos! Esse é um momento histórico para os Laboratórios Star e para a minha carreira! — HR afirmou. — Desçam em menos de 5 minutos, por favor.
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Já havia se passado duas horas e ninguém apareceu. Absolutamente ninguém. Iris havia ido e sua irmã a explicou o que aconteceu no tempo que estava focada trabalhando na CCPD Picture News. HR estava desapontado. O time se sentia idiota de estar ali. Jane e Barry só conseguiam pensar no filme de comédia de heróis e em como estariam rindo comendo pipoca...
— Está vendo, HR?! — Cisco questionou totalmente irritado. — Está vendo o que você fez?! Ficou insistindo com essa ideia nos distraindo por meses, mas para quê? Para se sentir útil?
— Isso é malvado. — HR afirmou.
— Acho que aprendi isso com o seu sósia, mas pelo menos ele era útil.
Julian abriu a porta da entrada. Usava um elegante terno bege com botões.
— Julian? — Jane questionou. — O que você está fazendo aqui?
— Eu pensei bem e decidi aceitar a sua proposta. — Ele afirmou. Jane ficara confusa. Que proposta seria essa?
— Eu posso ter convidado o Julian pra fazer parte da equipe. — Caitlin disse.
— Isso. Eu vou pegar café. — Julian afirmou saindo dali e subindo as escadas até o córtex, onde HR havia deixado alguns cafés especiais.
— Pessoal, eu sei que ele é uma opção inusitada, mas... — Caitlin tentou explicar, mas fora interrompida.
— Ele é o Doutor Alquimia!
— O Cisco está certo! Ele deu os poderes ao Wally. — Iris afirmou.
— Isso não é um problema. — Wally afirmou como estivesse se defendendo.
— Pessoal, preciso da ajuda dele! Desculpe, Cisco. Sei que você tentou consertar as algemas, mas elas não estão funcionando. Toda vez quando vou dormir tenho medo de acordar sendo a Nevasca. — Caitlin afirmou com uma expressão de arrepio no rosto. — Talvez Julian possa pensar em algo que nós ainda não pensamos. Barry, quando a sua mãe morreu, o Joe, a Iris e a Jane te acolheram. Cisco, quando o Dante morreu, eu sentei no sofá com você para te fazer companhia. As coisas que nós encaramos... — Todos ficaram pensativos. — Ninguém conseguiria encará-las sozinho. Tentar é o maior erro que vocês podem cometer. Ele não contou para ninguém que o Barry e a Jane são o Flash e a Fúria Escarlate. Acho que podemos e devemos dar uma chance para ele.
— Diga ao Julian que vamos pensar, está bem? — Jane disse.
— Certo. — Caitlin respondeu saindo dali. Todo o Time saiu dali depois. Barry e Jane foram para casa.
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Barry estava com uma expressão preocupada. Ele não conseguia parar de pensar no futuro e na terrível cena que presenciou. Jane estava muito preocupada e não poderia esperar mais para perguntar e descobrir.
— Barry... O que está havendo?
— Do que está falando?
— Você. Tem algo errado com você.
— Não tem nada errado comigo.
— Sim, tem. Barry, desde que eu e o Jay te ajudamos a jogar a Pedra Filosofal na Força de Aceleração e você foi puxado pela brecha, você está diferente. Você tem tido pesadelos. Eu quero entender o que está havendo. Podemos passar por isso juntos. — Jane agarrou as mãos do velocista. — Por favor, querido.
— Vamos ao Cofre do Tempo.
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— Eu até esqueci da existência desse lugar. A última vez que estive aqui foi quando estávamos conversando sobre o nosso futuro. Por que me trouxe aqui?
— O jornal não mudou. — Barry acionou. O jornal sobre o futuro desaparecimento do Flash surgiu ali.
— Eu sei... Iris West-Allen. — Jane leu.
— Jane, desculpe por não ter dito isso que irei dizer agora para você antes. Quando joguei a Pedra Filosofal na Força de Aceleração, eu acidentalmente fui jogado para o futuro. — A expressão de raiva e pura tristeza no rosto de Barry já dizia que suas próximas palavras seriam trágicas. — Lá, eu vi o Savitar te assassinar. — Jane não sabia como se expressar ou reagir. — Eu também me vi lá. Não fui rápido o bastante para te salvar das garras dele.
— Barry, não, nós... Nós nos livramos da pedra, Savitar se foi...
— Talvez não. Eu não sei.
— Isso tem alguma coisa haver com você ter ficado parado esperando o Saqueador nos deter?
— Eu vi uma reportagem lá que dizia que eu e você tínhamos pego ele roubando o museu. Eu pensei que se eu não pegasse ele, eu poderia impedir que a linha do tempo se consolidasse. Pensei que poderia impedir sua morte.
— Barry, você não pode parar de proteger a cidade para me salvar!
— Por que não?! — Ele questionou. — Jane, era um ladrão solto ou você morta. O Joe diria para eu tomar a mesma exata decisão!
Jane começara a chorar. Suas lágrimas desciam de seus olhos até o extenso branco chão do Cofre do Tempo junto da vermelhidão no rosto e a imensa tristeza com dor no coração de pensar na possibilidade de não ter um futuro.
— Quanto tempo?! — Ela perguntou sem conseguir segurar seu choro. — Quanto tempo até isso acontecer?!
— Isso não vai acontecer! O Jay me disse que esse era só um possível futuro. Eu te prometo que farei tudo ao meu alcance para te proteger! Eu juro pela vida dos meus pais!
— Temos que contar ao time.
— Juntos? — Barry perguntou.
— Juntos. — Ela respondeu.
Os dois caminharam até o córtex. Todos do Time estavam ali trabalhando.
— Pessoal... Eu e a Jane temos uma coisa pra contar. — Barry disse.
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— Então quer dizer que daqui a quatro meses, Savitar vai... — Caitlin disse.
— Me matar. — Jane respondeu.
— É uma possibilidade
— A Jane não pode simplesmente se tornar mais rápida que ele e correr para longe? Faltam quatro meses. Nesse tempo, ela superou o Zoom.
— Eu não sei, Wally. Não parecia que ela podia usar os poderes. O Savitar deve ter dado um jeito de tirá-los ou inibi-los. — Barry sugeriu.
— Jane, como vai contar pro papai?
— O Wally tem razão. Como vai fazer isso? — Iris perguntou preocupada.
— Eu não vou. — Jane respondera.
— Ele precisa saber! — Wally disse.
— Eu concordo com o Wallace. Joe tem que saber. — HR afirmou.
— Não! Pessoal, essa notícia iria cegá-lo. Todos viram como ele ficou louco quando o Wally ficou em perigo. Se ele souber que existe uma mínima possibilidade do Savitar me matar, ele irá atrás dele por conta própria.
Wally estava prestes a sair do córtex com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo chateada. Em sua mente, Joe deveria ser o primeiro a saber. Lidar com o fato de que talvez Jane morra pelas mãos de Savitar era algo tremendamente assustador para a percepção de um jovem recém-velocista que estava participando de corridas ilegais a cerca de só um ano atrás.
— Wally. — Barry disse. O rapaz se virou. — O futuro ainda não se consolidou. Ainda há esperança.
— Barry, o futuro é mais difícil de mudar do que você imagina. — HR afirmou. — Foi assim que me explicaram: Imagine uma fila de dominós, certo? As peças estão organizadas e então se uma cair, todas vão se derrubando até chegar na inevitável conclusão, que é... O futuro.
— E o que acontece se alterarmos certos eventos? — Barry questiona.
— Bem, você poderia mudar o resultado final, mas... Você pode mudar o futuro, mas teria que ter muito cuidado com os eventos que vai alterar.
— Precisamos descobrir tudo que levou à morte da Jane. — Barry disse.
— Então vamos fazer isso. — Jane disse.
— Quando eu vi o futuro, havia notícias na TV. Isso poderia dar pistas.
— Com certeza. — Cisco disse. Sua expressão facial dizia que havia tido uma idéia. — Espere, acho que posso ajudar com isso. Segure-se, McFly. Eu vou levar a gente para o futuro.
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— Jane, me passa o multímetro, por favor? — Cisco perguntou.
— Claro. — Jane respondeu entregando o objeto nas mãos do construtor.
— Tudo pronto. A máquina está pronta. Vai ser uma grande vibração. Barry, tudo que você precisa fazer é se sentar e relaxar. — Cisco explicou. — Ou tente relaxar pelo menos. Se concentrar também. Precisa realmente focar na data exata do futuro para qual viajou.
— Sim. 23 de maio de 2017.
— Boa sorte para vocês.
— Obrigado, querida. Eu te amo.
— Eu também te amo. Barry, o que quer que aconteça, estarei bem aqui te esperando, está bem? — Ela disse.
— Eu sei. — Respondeu sorrindo.
— Acione. — Cisco disse. Cailtin fez uma contagem regressiva e ativou a máquina. Cisco e Barry fecharam seus olhos. Estava dando certo. Ao chegarem, começaram a se comunicar com o Time Flash pelos comunicadores vibracionais que Cisco havia criado.
— Pessoal? O que estão vendo?
— Estamos em uma rua. — Cisco respondera. — O Barry da noite de Natal acabou de chegar aqui.
— Ele está vendo notícias.
— Tem várias manchetes pelos cantos da reportagem sobre o Saqueador.
— Digam. Irei anotar. — Jane afirmou pegando um pequeno bloco de notas.
— "Music Meister fecha livro por milhões de dólares, Luigi's reabre após ataque, Joe West é honrado na prefeitura." — Barry leu.
— Muito bom. Continuem.
— "Nevasca continua à solta." — Caitlin fica preocupada e ao mesmo tempo triste. Ela achou que tinha se livrado da Nevasca. — "Museu dos Laboratórios Star fecha, a cidade continua se recuperando do ataque gorila."
— Só isso? — Jane perguntou.
— Das manchetes só. Espere, tem algo diferente. No telhado à esquerda de onde você está junto de mim e Savitar, tem um homem. Ele está com uma arma, espere... É o HR. — Barry disse.
— Eu? — HR perguntou.
— Sim. — Cisco respondeu. — Parece que o futuro mudou desde então.
Cisco e Barry acordaram. O velocista estava aliviado em sair antes de ver sua amada sendo assassinada pelo seu inimigo pela segunda vez.
— HR, você estava com um rifle apontado para o Savitar. De alguma forma, te falar sobre a morte da Jane, mudou o futuro. — Barry disse.
— Eu estava errado. Sua teoria estava certa. — HR afirmou.
— Pessoal, meu futuro não é o único que precisamos mudar. — Jane disse mantendo seus olhares fixos em Caitlin, que ficou feliz por alguém ter lembrado. Ela e Jane tinham uma ligação extremamente especial.
— Essas manchetes são a chave. Elas nos dizem o que acontece no futuro onde Caitlin se torna a Nevasca e onde a Jane morre. — Barry afirmou.
— Se pudermos mudar as manchetes, podemos mudar o futuro.
— Exato. — Barry disse.
— Desafio aceito. — Cisco disse.
Wally chegara correndo até a sala da brecha para a Terra 2, onde o time estava. Ele parecia apressado.
— Jane, o papai está lá em cima. Ele está te procurando. — Wally afirmou.
— O quê houve? — Barry perguntou.
— O Saqueador fugiu.
⚡
— Morillo atacou dois guardas quando fugia de Iron Heights. Alguma ideia de onde ele pode atacar agora?
— Bom, temos 35 joalherias e 48 hotéis de luxo em Central City, então...
— E quanto à bancos? Tipo casas de leilão? — Jane perguntou.
— Museu de Central City. Ele vai tentar novamente. — Barry afirmou.
— De onde você tirou isso?
— É... É que... Bom...
— Está tendo uma exibição de joias, né pessoal? — Jane mentiu.
— Isso mesmo. Com diamantes. Grandes. — Caitlin afirmou.
— Jane e Wally, vamos lá.
⚡
— Saqueador, meu amigo, aonde pensa que vai? — O Kid Flash perguntou.
— Vou passar por cima de você.
O Saqueador estava montado em uma moto com diversos sacos de joias. Jane e Barry observavam tudo escondidos. O ladrão tentou atirar em Wally, que desviou. Estava prestes a derrubar Morillo quando foi atingido por um tiro. Caira ao chão machucado.
— Wally, você está bem?!
— Sim, estou. Peguem ele.
— Não, Wally. Tem que ser você.
— Por que eu?
— Na manchete, dizia que eu e Jane que pegávamos ele. Se for você, vamos mudar o futuro. — Barry disse.
— Deixa comigo. — Wally disse.
O velocista se reergueu e derrubou Morillo da moto. Depois o derrubou com um soco eletrizado assim que estava prestes a se levantar.
— Mandou bem, Kid Flash!
— É, você foi muito bem.
— Valeu, Fúria Escarlate e Flash.
— KID FLASH! KID FLASH! KID FLASH! KID FLASH! — As pessoas gritavam na rua sem parar. O sorriso no rosto de Wally já dizia o quanto estava feliz.
⚡
— A maior história de hoje! Jared Morillo, o Saqueador, está sob custódia da polícia depois de tentar roubar o Museu de Central City. Morillo foi pego pelo novo velocista parceiro do Flash e da Fúria Escarlate chamado Kid Flash!
— Você é o oficialmente o Kid Flash agora, Wally. — Jane afirmou.
— Ainda estou me acostumando.
— E eu estou me acostumando com esse rifle. — Cisco disse com o rifle do Saqueador em mãos. — Balas atraídas por calor são só o começo do que essa belezinha é capaz de fazer.
— Como conseguiu isso?
— A Jane roubou para mim.
— Querida, você saqueou o Saqueador?
— Eu precisava fazer alguma coisa enquanto o Wally o algemava e você conversava com ele. — Jane afirmou.
— Graças a você, Wally, mudamos o futuro. Se podemos alterar um desses eventos, podemos alterar todos.
— Nada é inalterável.
— Vejo vocês à noite?
— Estou ansiosa. — Caitlin disse.
⚡
Barry ajudava Jane a vestir seu vestido cor de vinho que havia comprado a pouco tempo. A garota usava brincos de argola com sapatilhas pretas.
— Certo, a quiche está no forno, cerveja e vinho na geladeira e as velas estão na mesa. — Jane disse conferindo se tudo estava pronto. Todo o Time Flash iria visitar seu apartamento para conhecerem o lugar onde Jane e Barry estavam morando. — Aí meu Deus!
— O quê foi?! — Barry perguntou.
— Eu esqueci do gelo!
Barry trouxe um gigante saco de gelo em mãos após buscar no centro da cidade em super velocidade.
— Salvei a festa! — Ele disse.
— Sabe que eu também poderia ter feito isso, não é mesmo?
— Claro que sei, mas eu não iria me perdoar se seu vestido queimasse. A minha blusa de botões é diferente. Eu tenho umas 100 no guarda-roupas.
Os dois ouviram batidas na porta e andaram até ela ansiosos.
— Pronta? — Ele perguntou sorrindo.
— Abra! — Jane disse. Barry abriu. Todos do time haviam chegado.
— Oi! — Wally disse com um vaso de plantas em mãos. — Comprei uma planta! Presente básico de casa nova.
— Na minha Terra, damos répteis. — HR afirmou, surpreendendo todos.
— Obrigada, maninho.
— Como eu disse sobre os costumes da minha Terra, olhem o meu magnífico presente! — HR pegou um aquário com uma pequena tartaruga dentro. — Apresento-lhes McSnurtle, a tartaruga. Cuidado, viu? Essa danadinha morde.
— Caramba, HR. Isso é mesmo pra nós?
— Sim, BA. — HR disse se afastando.
— Não me chama de... — HR já estava afastado. — Esquece.
— Que apartamento lindo! — Cisco disse entrando junto de Caitlin.
— Obrigada! — Jane agradeceu.
— Eu e o Cisco trazemos plantas.
— São lindas! Amo girassóis.
— Eu sei. — Caitlin respondeu rindo.
— Oi, pai! — Jane disse o abraçando. — Oi, Iris! — Ela abraçou sua irmã.
— Que casa linda! Eu e o papai trouxemos um presente especial.
Ele mostrou uma foto em um quadro com um enfeite de gravata rosa. Era uma foto de Jane e Barry com seus trabalhos da feira de ciências. Tinham por volta de 13 ou 14 anos.
— Meu Deus! É perfeito!
— Olá. — Julian disse entrando. — Espero não ter chegado atrasado.
— Bem na hora. — Caitlin disse.
— Isto é para vocês. — Julian disse entrando uma garrafa de vinho tinto antigo nas mãos de Barry.
— Opa, valeu. — Barry agradeceu.
— Então, Julian... — Jane disse. — Nós conversamos e... Bem vindo à equipe.
— Está falando sério mesmo?! — Barry ergueu suas mãos. Julian as apertou animado. — Vai ser ótimo considerando o fato de que a minha última equipe foi assassinada pelo Savitar.
— Temos que trabalhar seus modos.
— Desculpe, eu só quis ser direto.
⚡
A festa estava ótima. Todos estavam rindo quando HR bateu com suas baquetas em sua taça de vinho. Todos se reuniram na sala do apartamento então, onde o sósia iria dizer algumas palavras sobre família e lar.
— Um lar é mais do que tijolos e uma tartaruga. É um sentimento. Sentimento de pertencimento, certo? De amor, é claro. De esperança pelo futuro. Não sei se já conheci duas pessoas mais perfeitas uma para a outra do que Jane Alisson West e Barry Allen. — HR afirmou. — Ao Barry e a Jane.
— Ao Barry e a Jane. — Todos disseram e logo depois brindaram suas taças
— A nós. — Barry disse brindando sua taça com Jane. Depois, todos beberam.
Barry beijou Jane da forma mais lenta e calorosa possível. Enquanto seus lábios se tocavam, a sensação de felicidade e amor se realçava através deles.
PTCIOU_STILES ©
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