3⚡CHAPTER SIX: SOMBRA
Chapter Six: Sombra
Após Evil Jane retornar e ameaçar seu retorno, o Time nunca mais ouviu falar nela. Passaram-se vários dias e nada. Julian continuava irritante. Singh não havia dado a folga para Barry e Jane, afinal eles não conseguiram desvendar o caso. Na verdade conseguiram, mas não poderiam revelar. Estavam trabalhando em uma manhã comum. Julian trabalhava em mais duas cascas. Foram achadas na noite anterior.
— Julian. — Barry chamou. — Quer que eu comece a análise de DNA pra você?
— Por que eu precisaria que fizesse isso? — Julian perguntou.
— Sei lá. Trabalhamos bem da última vez. — Barry afirmou.
— Está se referindo à rápida parceria que tivemos por um tempo limitado quando sua namorada viajou pra Star City sem avisar? Não, não trabalhamos.
— Eu não consigo imaginar vocês dois trabalhando juntos. — Jane afirmou. Uma mulher de cabelos pretos, pele negra e olhos escuros chegara até ali. Era Cecile Horton. — Srta Horton.
— Me chame de Cecile, Jane. Espere, mais cascas? — Ela questionou.
— Sim. Já é a sétima. Encontrei ontem a noite. — Julian afirmou.
— De qualquer forma, isso deve ser uma boa surpresa. Foi designado para Investigação de Crimes Meta Humanos.
— Em tempo integral?
— Estamos fazendo de tudo para solucionar esse problema, já que o último acabou sendo aquele velocista, Rival. Qualquer pergunta ou dúvidas falem com o Juiz Hankerson.
— Obrigado. — Barry agradeceu.
— Certo. Até mais. — A promotora se virou, quando abriu um grande e aberto sorriso ao ver Joe. — Joe!
— Cecile. Oi! — Ele respondeu. — Não sabia que você estaria aqui.
— Eu uso qualquer desculpa que tenho para encontrar você. — Ela disse, fazendo com que Joe ficasse com o rosto avermelhado. Jane estava se segurando para não rir. — Estou ansiosa para amanhã a noite. — Ela afirmou.
— Eu também. — Ele respondeu.
— É? — Ela questionou.
— Sim. — Ele respondeu.
— Que bom, então... Vejo vocês lá.
— Ótimo. — Joe respondeu.
Cecile saira de lá quando Jane e Barry se aproximaram para Julian não ouvir.
— Pai, é isso mesmo que estou pensando? Convidou ela pro filme com a gente? — Jane perguntou. — Isso é ótimo! Que demais! Quando fez isso?
— Por mais que eu queira fofocar como um adolescente agora, preciso conversar com vocês sobre uma coisa mais importante. — Joe afirmou.
— O quê? — Barry perguntou.
— Wally tem tido sonhos.
— Sonhos? Como assim?
— Isso mesmo. Sonhos. De salvar as pessoas, ser um velocista. Ele se chamou de Kid Flash. — Joe afirmou.
— Kid Flash? Ele... Disse esse nome especificamente? — Barry questionou.
— Ele está em apuros, não é?
— Se Wally está tendo sonhos sobre ser o Kid Flash, sim, está. Não se preocupe, está bem? Vamos dar um jeito.
— Certo. — Joe disse saindo dali.
— Como assim, Barry? Como assim Kid Flash? — Jane perguntou.
— No Flashpoint, o Wally era o Kid Flash. É como você e o Cisco chamavam ele. Isso significa que ele está sonhando com a outra vida. Exatamente como...
— A Frankie Kane. Sim, isso faz sentido. O Alquimia quer dar os poderes que ele tinha no Flashpoint de volta pro Wally.
E se isso tornar ele um super vilão?
— Acho que é exagero dizer super vilão, mas que isso pode mudá-lo ninguém discute. O Alquimia tornou a vida do Clariss e da Kane um verdadeiro inferno. Ele vai tentar fazer a mesma coisa com o Wally. Você viu como ele ficou desapontado ao ver que sofreu o mesmo acidente que a Jesse e não adquiriu velocidade como ela.
— O Alquimia vai usar isso contra ele.
— E precisamos impedir antes que seja tarde demais. — Barry afirmou.
— Acho que devemos falar com ele. De verdade mesmo, Barry. Assim, ele poderá se proteger contra os ataques.
— Tem certeza disso?
— Não podemos esconder algo tão grave dele. Melhor fazermos isso agora.
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— Agora tudo faz sentido! Por que você não me contou sobre isso antes, Barry? E o que tem de tão grave em eu ser um velocista? — Wally questionou.
— Wally... É complicado. Nessa outra linha do tempo, você estava lutando contra o Rival e... — Barry é cortado.
— Edward Clariss? — Iris perguntou.
— Isso. Você não podia detê-lo. Não havia Laboratórios Star, não havia uma equipe como nós para ajudar você. Era só você e a Jane. Vocês dois eram como uma equipe de irmãos super heróis combatendo o crime. — Barry explicou.
— E por que não disse isso antes?
— Vocês não queriam saber sobre suas vidas no Flashpoint. Wally, você se machucou, tá legal? Se machucou feio.
— E daí? Foi o outro eu, não esse eu de agora. — Wally disse. Jane e Barry estavam perdendo a paciência. Wally era muito rebelde e persistente. — Eu quero ser um velocista. Quero ser um Flash. — Wally afirmou.
— Não quer não. — Joe afirmou em um tom sério, decidido e certeiro.
— Quero sim. — Ele rebateu.
— Não ouviu o que ele disse? Não é seguro! — Jane afirmou.
— Quem liga para o que o Barry falou? Como saber se está dizendo a verdade?
— Wally, fala sério! Não é por causa do Acelerador de Partículas e sim do Alquimia. É a mesma coisa que aconteceu com a Frankie Kane.
— Vocês não sabem disso.
— Sim, sabemos e precisamos impedir que aconteça. Você saber sobre isso nos dá uma vantagem. O Barry ter vivido no Flashpoint nos dá outra vantagem. Você pode ser a chave pra determos esse tal lunático do Alquimia!
— Jane, não aja como se não estivesse acreditando no Barry só por ser seu namorado que inclusive te trocou no futuro. — Jane estava desacreditada. Ele havia mesmo falado isso? Wally já estava longe dali. A garota sentiu tanta raiva com seus sentimentos voltando a tona. A dor era inexplicável.
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— Sangramento em volta dos olhos, Laringe esmagada. Esse pobre coitado tem digitais no pescoço. Claramente foi estrangulado. — Julian disse analisando uma vítima. Mais uma cena do crime.
— Ouvi que várias testemunhas disserem que uma sombra atacou esse homem. Um tipo de vulto.
— Então um meta da Terra do Nunca veio a Central City. Fabuloso.
— Ainda não existe prova pericial que houve um agressor. Nenhuma marca de laceração, nem marcas de unhas. Nem mesmo um DNA debaixo das unhas. Vamos esperar. — Jane disse.
— Tem sempre alguma coisa. Embalem o corpo e vejo vocês no laboratório.
— Como sempre, sobrou para nós. Não aguento mais trabalhar com esse cara, falando sério. — Barry disse em um tom frustrante e levemente desleixado.
— Trabalhamos com ele por mais de um ano, Barry. — Jane afirmou.
— Você já disse isso umas três vezes, mas eu trabalho com ele somente a algumas semanas. Esse negócio do Flashpoint é realmente esquisito.
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— Morto por uma sombra? Isso é novidade. — Caitlin afirmou.
— Talvez isso que tenha matado o Edward Clariss. — Cisco sugeriu.
— Clariss era um meta humano. Essa vítima não. — Jane afirma.
— Nós já sabemos se esse meta sombra veio da explosão do Acelerador de Partículas ou do Doutor Alquimia?
— Ainda não. Nem se quer achamos uma prova para processar.
— Seria bom se tivesse um jeito de ver o que aconteceu, Francisco. — HR afirma se virando para Cisco com um olhar pensativo carregando um café com tripla cafeína do Jitters em mãos.
— Onde fica a cena do crime?
— Em Chubbuck. Palmer e Racine. Por volta das 23 horas de ontem. — Barry disse. Cisco apertou algumas teclas e em poucos segundos uma gravação surgiu nos monitores. Mostrava uma enorme sombra negra esmagando a vítima da cena do crime usando suas mãos.
— Isso vai me causar muitos pesadelos de noite. — Cisco disse em um tom medroso e ao mesmo tempo assustado.
— Sombra. — HR disse em voz alta.
— O quê? — Cisco perguntou.
— Tinha um meta na minha Terra que podia fazer a mesma coisa. Ele se chamava de Sombra. — Ele explicou.
— O que ele fazia de tão assustador? Olhava para os inimigos de lado?
— Eu sei que o nome é péssimo, mas o que o Sombra fazia era vibrar numa frequência tão alta que criava a ilusão de ser uma sombra. — HR explicou.
— O HR tem razão, por incrível que pareça. Nunca achei que diria isso. Detectei assinaturas de calor oscilantes com um desvio pro vermelho.
— Ele deve estar desacelerando as moléculas quando ataca. — Caitlin diz.
— Então só temos que pensar num jeito de mantê-las desaceleradas e deve ser o bastante para pegá-lo.
— Pode começar? — Jane pergunta.
— Tipo agorinha mesmo?
— Temos que deter esse cara rápido para podermos focar no Alquimia. O Wally está tendo sonhos em que é um velocista. Sonhos criados pelo Alquimia.
— Então ele era um velocista no Flashpoint? — Cisco perguntou. Barry e Jane balançaram a cabeça indicando que sim. — Certo. Mais alguém vai ter poderes que devemos ficar sabendo?
— Não. — Barry assegurou.
— Beleza. Vou trabalhar no Sombra.
— Eu vou supervisionar. — HR disse.
— Antes vai devolver minhas algemas anti-metas. — Cisco afirmou.
— Eu já disse que não peguei!
— Então quem foi, HR?
— Sei lá. Pra que eu pegaria suas algemas? Elas tiram poderes de meta humanos, eu não sou um e mesmo que fosse acabei de chegar aqui nessa Terra.
— Melhor eu e o Barry voltarmos pro trabalho antes que o Julian fique maluco. Até mais. — Jane disse saindo do córtex junto com Barry.
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Já era noite e Barry e Jane estavam exaustos. Ainda estavam trabalhando com Julian, que parecia esconder o caso em que estava trabalhando.
— O que é isso? — Barry perguntou olhando para um objeto brilhante peculiar que estava nas mãos de Julian.
— Nada da sua conta. Será que tem como você e sua namorada loira pararem de tentar descobrir no que estou trabalhando? Não é da conta de vocês, seus interesseiros.
— Tá bom, tá bom. Calma.
— Jane! Barry! — Joe disse de forma desesperada chegando ao laboratório forense onde Julian, Barry e Jane estavam. — Venham comigo! Rápido!
Os dois seguiram Joe até os corredores de cima desertos quando se depararam com uma cena assustadora. Wally estava caído no chão. Seus olhos estavam muito abertos e seu corpo estava molhado de tanto suor. Parecia estar tendo uma convulsão, mas sem me mexer. Em poucos segundos o mesmo começou a colocar as mãos nos ouvidos e fechar os olhos dando gritos de dor enquanto dizia o nome do inimigo que tanto temia, o Alquimia.
— O que fazemos?! O que está acontecendo com ele?! Wally?!
— Ele ficou assim do nada! Me ajudem!
— Wally! Wally! Wally! — Barry tentou o acordar dando tapas em seu rosto. Em alguns segundos, desmaiou ao chão. Após alguns minutos acordou.
— O que está acontecendo? — Ele perguntou voltando consciente.
— Seus sinais vitais estão bons, Wally.
— Wally, o que você viu?
— Eu era o Kid Flash de novo, mas agora o sonho não era bom. Eu estava lutando com o Rival em um tipo de... Serraria abandonada, eu acho.
— Foi o que aconteceu no Flashpoint, antes de você se machucar. — Barry afirmou em um tom preocupado. — Não são apenas sonhos, são lembranças daquela vida. — Ele assegurou.
— Mais uma pessoa conseguindo poderes. — Cisco disse. Caitlin estava com um olhar fechado e quieta demais.
— Então como impedimos isso?
— Tem como impedir? — Cisco perguntou. — Se o Doutor Alquimia chegou até você na polícia, pode fazer isso independente do lugar que está.
— Eu tenho uma sugestão! — HR afirmou em um tom animado, quebrando o clima tenso e a seriedade da situação. — Por que não jogamos o Wallace na cela até resolvermos isso?
— Você quer trancá-lo? — Jane questionou. HR estava passando dos limites — Tipo como prendemos os meta humanos que são inimigos?
— É uma ótima ideia, pessoal. Não podemos impedir que o Alquimia entre na cabeça do Wallace, mas se ele estiver em uma cela, controlamos a situação a partir daí. Vocês não pensaram nisso, pensaram? Seus danadinhos!
— Jane, por mais que você não goste, talvez ele esteja certo. Pai, Iris, ele tem razão. — Wally afirmou.
— Certo, mas só até descobrimos um jeito melhor de deixar você seguro.
— Eu concordo com o Joe. — HR disse.
— Eu vou cancelar o filme com a Cecile.
— Não cancela não. Pai, você está seguindo em frente depois da minha mãe e da mãe da Jane e tem um encontro com uma mulher legal. Vai aproveitar. Não se preocupe comigo.
— Ele tem razão, pai. Vai ser Joe West.
— Estaremos aqui, então nada vai acontecer. — Barry afirmou.
— Eu disse a ela que vocês viriam e agora só eu vou ir? — Joe perguntou.
— Eu adoraria ver um filme. — Cisco disse se levantando do corrimão de metal perto dos computadores medidores onde estava sentado. — Seria perfeito agora! Qual é o filme?
— O Iluminado. — Joe respondeu.
— Eu adoro esse filme!
— Nós já assistimos ele e você fica morrendo de medo e nunca passa da cena das gêmeas. — Jane disse.
— Isso... Isso foi... Eu era mais novo.
— Vou também. — Caitlin disse. O Time ficou surpreso com a primeira fala da garota ali desde que deu o diagnóstico de Wally. — Vai ser bom pra mim.
— Você ainda não nos disse o motivo de você ter ficado fora por uns dias.
— É pessoal. Tem haver com família.
— Tudo bem, eu respeito isso.
— Obrigada, Jane.
— Tudo bem. Eu prefiro ficar aqui com o Wally. Ainda tô preocupada com ele, sabe? Diz pra Cecile que mandei um abraço para ela. — Jane disse.
— Caitlin, você tem certeza que vai?
— Sim. Por que a pergunta, Cisco?
— Nada não. — Ele respondeu sorrindo.
— Quanto mais melhor.
— Então vamos lá! Vai ser ótimo para o meu romance. — HR afirmou pegando suas baquetas que estavam caídas.
— Espera aí. O rosto do HR é o mesmo do Wells do mal. Não contaram pra ele?
— Joe, eles me contaram. Esses malandrinhos. Fique tranquilo, porque eu tenho a solução. Olhe isso. — HR tirou um objeto do bolso. Parecia uma lanterna pequena. Ele ligou a luz e seu rosto foi transfigurado para um rosto bem diferente. Além da aparência mudada, seu cabelo diminuiu de tamanho e seus olhos ficaram azuis. Parecia outra pessoa. — Tcharam! O rosto que estão vendo agora é do meu amigo Randolf Morgan. Ele é mais da ciência e tal. — Todos olhavam para a HR confusos e ao mesmo tempo surpresos. O olhavam de cima abaixo com olhares fixos. — O que foi? Por que vocês... Vocês não tem transfiguração social aqui nessa Terra, né?
— Com certeza não. — Jane assegurou.
— E agora só falta uma coisinha. — HR apertou um botão na pequena lanterna e um enorme brilho piscou na sala, deixando o Time com os olhos ardendo. Após abrirem, HR estava normal. — Agora vocês me veem como HR enquanto o resto do mundo me vê como Randolf Morgan. — Ele disse.
— Como você fez isso?!
— Fiz um simples ajuste de retina para poderem me ver como HR. — O mesmo bateu palmas para si mesmo. — Joe, não se preocupe. Vou ficar tão quieto que nem vai saber que estou lá.
— Beleza. — Ele respondeu com um tom de desconfiança e duvidoso.
— Essa eu quero ver. Eu vou também. O Barry fica com o Wally. — Jane disse.
— Pode ser. — Ele disse.
— Ótimo. Barry, me mantenha informado. Estarei atento no celular.
— Vou ficar bem. — Wally afirmou.
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Na praça do centro de Central City estava ocorrendo um festival. Haviam diversos brinquedos para crianças, barraquinhas de comida, sorvete e doces e o principal do evento era a exibição do filme de terror.
— Nossa fileira é dos terços pra trás. No meio, exatamente. — Cisco explicou.
— Mas isso é uma tela muito pequena. Não sei se nós vamos conseguir...
— HR, a tela é perfeita. Vamos conseguir ver bem. É ali que os engenheiros ficam quando mixam o som, está bem? Se você quer sentir a experiência Kubrick, ali é o lugar.
— Sei lá. Talvez mais perto?
— HR, que tal a gente se preocupar com o lugar e você cuida da comida e da bebida? — Jane sugeriu.
— Ótimo. — Ele disse.
— Quando quiser. — Cisco disse após HR ficar o encarando com seu café do Jitters em mãos. Ele só bebia aquilo.
— Ah, claro... Mas eu não... Tenho certeza que não vão aceitar dinheiro da minha Terra. — HR tirou um pequeno triângulo de bronze de seu bolso.
— O que raios é isso?!
— Isso é um Helbing. É meu dinheiro.
— Vá pegar o que precisamos. — Jane disse tirando uma nota de 50 dólares do bolso. — Só ir naquela barraca ali. Compra alcaçuz, jujubas, pipoca e...
— Café. — Ele completou a frase de Jane com um sorriso no rosto. — Sim, café. E você, quer alguma coisa? — Ele perguntou olhando para Caitlin.
— Não, obrigada. — Ela respondeu.
Já estava escurecendo e Jane, Cisco, Caitlin e HR já estavam sentados esperando Joe chegar e o filme começar. O detetive havia acabado de chegar junto de Cecile ao seu lado.
— Oi, pai. Oi, Cecile.
— Oi, Jane. Prazer em vê-la novamente.
— Oi, eu sou a Caitlin.
— Oi, sou Cecile. Prazer. Você é o Cisco?
— Sou eu. Prazer em conhecê-la.
— Não se esqueçam de mim, seus malandrinhos. — HR disse chegando correndo. Ao ver Cecile ele mudou sua expressão facial rapidamente. — Oi! Eu sou HR. HR Randolf. — Ele disse sorrindo sem tirar os olhos de Cecile, deixando Joe vermelho de raiva.
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— E depois ela disse... Ela disse assim pra mim: "Então você é chocolate quente de outra terra." E eu disse: "Calma aí." Aí ela disse: "Você tá falando outra língua?" — HR disse dando risadas. Flertava com Cecile o tempo todo, deixando Joe furioso.
— E o que você disse? — Cecile perguntou. Ela estava rindo muito.
— Eu disse: "Claro. Desde que eu saiba as palavras." — HR disse, fazendo com que Cecile desse altas risadas.
— Eu vou bater em alguém. — Joe disse cochichando para Cisco. Jane conseguiu ouvir e riu de forma baixa para que seu pai não notasse. Cisco balançou sua cabeça, como se compreendesse.
O filme começou. Um cemitério estava sendo mostrado quando uma sombra gigante se formou. Todos achavam que era parte do filme, mas era realista demais. Era o meta humano.
— Esse filme aí é falsificado. — Cisco afirmou. — Essa cena não está no filme original. Eu sei disso! Me lembro bem.
— É porque não é parte do filme. Todo mundo corre! — Jane gritou. Todos começaram a correr para fora da praça. Cisco emitiu um alerta para Barry, que chegou até a praça com seu uniforme do Flash. Jane correu até os Laboratórios Star e colocou seu uniforme de Fúria Escarlate. Somente os dois velocistas estavam ali agora.
— Flash e Fúria Escarlate, justamente quem eu vim ver. — O enorme homem sombra meta humano disse.
— Então gosta de sombras? Quer tentar pegar a nossa? — Jane perguntou. A garota começou a correr pelo parque junto de Barry. O inimigo desaparecia e surgia perto deles, os jogando de um lado para o outro. Estavam machucados ao chão sujo de mármore da passagem para a entrada do cinema. — Droga.
— Barry, Jane. Estamos na van. Vocês estão bem? — Cisco perguntou ao microfone dos trajes dos dois.
— Estamos apanhando feio bonecos.
— Isso não é bom. — HR disse.
— Não me diga. — Cisco disse.
— Pessoal, não conseguimos ver nada. Está tudo escuro. Não tem como iluminar? — Barry perguntou.
— A luz vai desacelerar as vibrações moleculares dele e então vamos conseguir o pegar. — Cisco disse.
— E como vamos iluminar esse lugar?
— Está vendo esses carros? Vou hackear o computador deles e a luz do parque. Então... voilà. — Todos os carros e os postes começam a emitir luz, fazendo com que o meta humano saísse da forma de sombra e voltasse a forma normal. Caitlin pegou algemas que enviem neutralizar os poderes de meta humanos. Ela jogou para Jane, que prendeu o meta humano rapidamente.
— Peguei você. — Ela disse sorrindo.
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Iris estava contando um acontecimento que ocorreu enquanto Jane e Barry paravam o meta humano. Alquimia havia invadido a mente de Wally, mesmo na cela. O garoto havia sido possuído pelo vilão e tentado socar Iris. Ele estava completamente fora de si.
— Aquele não era o Wally. Ele estava possuído. O Alquimia estava o chamando. — Iris disse.
— Eu não devia ter ido. — Joe disse.
— Tá tudo bem, pai. Eu também fui.
— Não tem nada bem, Jane. Ele está mal. O Wally esta muito mal.
— A gente derrotou o Sombra e agora podemos focar no Alquimia.
— A menos que ele mande outro meta para atacar Central City. — HR disse.
— Acha que o Sombra foi uma distração causada pelo Alquimia?
— O ataque do Wally e o ataque do Sombra aconteceram ao mesmo tempo. Não acho que seja coincidência.
— Se é verdade, o Alquimia vai mandar outro meta. — Joe afirmou.
— Nós não sabemos disso. — Barry afirmou tentando manter o otimismo.
— Barry, achamos sete cascas. Fora o Sombra, Magenta e Clariss, ainda há quatro que não sabemos. — Jane disse.
— Se mais vierem, vamos detê-los. É isso que nós vamos fazemos. Temos que pensar em um jeito de impedir que o Alquimia entre na mente do Wally.
— Barry, fugir do Alquimia não está sendo mais uma opção. Fala sério. Ele provou ser capaz de tudo. Nossas ideias estão acabando e as dele aumentando. Temos que pensar em um jeito de acabar com isso. — Jane afirmou.
— Ignorar o problema não faz ele sumir. — Cisco disse. — Nós temos que encarar, não temos? — Cisco olhava para Caitlin, que balançava a cabeça indicando que não era para ele prosseguir com o que estava fazendo.
— O quê? — Jane perguntou.
— Nada. — Caitlin disse.
— Qual é, Caitlin? — Cisco disse.
— Agora não, Cisco.
— Eu não posso mais guardar isso. Temos que contar para eles.
— Dizer o que a nós? — Joe perguntou.
— Eu tenho poderes. — Caitlin disse logo após revelar que usava algemas neutralizadoras de poder escondidas por baixo da manga longa de sua camisa e as tirar de forma delicada.
— O que?! — Joe perguntou desacreditado. — Como assim?!
— Que tipo de poderes? — Jane perguntou. Ela já suspeitava.
— Do tipo frio. — Caitlin disse logo antes de gelo se formar por suas mãos com uma leve fumaça fria. Todos ficaram desacreditados. Jane já desconfiava de algo do tipo, mas ainda assim ficou surpresa. Desde que o espelho em que Barry estava preso foi destruído com gelo sozinho, a garota estava bolando teorias. — Feliz agora?
— Vamos esconder segredos agora?
— Esse não era um segredo seu para você contar, era, Cisco?
— Eu fiz isso porque me importo com você. — Cisco afirmou.
— Se você se importasse comigo, teria me deixado contar quando eu estivesse pronta. O que tá acontecendo é comigo e não com você. Eu estou ficando má. Eu estou me tornando a vilã. Eu que terei que ir embora daqui em breve!
Caitlin saiu do córtex, deixando todos em silêncio e pensativos sobre.
— Eu vibrei eu lutando contra ela no futuro. Ela era a Nevasca.
— Eu vou falar com ela. — Jane afirmou. A garota andou até o Laboratório de Caitlin, onde a mesma estava sentada em sua cadeira colocando as algemas novamente. — Há quanto tempo você sabe?
— Alguns meses. No começo, eu não quis aceitar que estava acontecendo comigo. Depois eu tive que aceitar. Foi aí que tentei conter meus poderes ao máximo, mas não tem como contê-los. Eu não consigo acreditar que essa é a minha vida. — Caitlin afirmou.
— Não devia ser. — Barry disse entrando na sala em um tom chateado e melancólico. — Nada disso devia ser assim. É tudo culpa minha.
— Como assim, Barry?
— Isso que tá acontecendo com o Wally, o Alquimia, seus poderes e até o Dante estar morto é culpa do Flashpoint.
— Então nada disso aconteceu antes?
— Não. — Barry respondeu.
— Querido, não tinha como você saber.
— Eu deveria ter aprendido mais sobre viagem no tempo antes de fazer o que eu fiz. Eu deveria ter falado com o Jay. O verdadeiro Jay. Ele é um Flash experiente. Tudo é culpa minha. Eu sinto muito por isso, Caitlin.
— O Wally acordou. — Iris disse entrando na sala. — Melhor virem.
— Certo. — Jane disse. Os três andaram até Wally, que estava deitado na maca do laboratório. Ainda parecia zonzo e lento. Tinha dificuldade em raciocinar direito e organizar seus pensamentos. Isso já iria passar. — Como se sente?
— Já estive melhor.
— E agora? — Iris perguntou.
— Temos que pensar em algo.
— Me usem. — Wally disse.
— Wally, não. De jeito nenhum.
— O Alquimia está me chamando. Me sigam até onde ele está e podemos deter ele. — Ele disse. O plano era bom, mas muito arriscado. Caso algo desse errado, Wally estaria em risco.
— Wally, não. Não estamos pedindo pra você fazer isso. — Jane disse.
— Essa é nossa primeira e talvez última chance de deter ele. Temos que tentar.
— Wally... — Joe tentava dizer, mas ainda tentava pensar nas palavras.
— Pai, ele me quer. Ele está me machucando. Então me deixa revidar, por favor. — O garoto começou a gritar colocando as mãos em seus ouvidos. Caiu no chão desorientado. Era muita dor enquanto tinha visões do Flashpoint como o Kid Flash. — Ahh!
— Encontre-me. — O vilão disse na mente do garoto, que continuava a gritar de forma alta conforme a dor aumentava e se tornava mais intensa.
— Vire-o de lado. — Caitlin disse. Barry e Jane ajudaram Cisco a virá-lo de forma devagar para não o machucar ou piorar as coisas. — Isso deve ajudar. É um sedativo leve para convulsões.
— Tá acontecendo cada vez com mais frequência. — Jane afirmou.
— É temporário. Se não pararmos, ele pode sofrer danos cerebrais.
— Não temos escolha.
— O quê? Como assim, Jane?
— Não temos escolha. Temos que fazer o que o Wally queria. Usar ele para achar o Alquimia. — Jane explicou.
— Não. É perigoso demais. — Barry disse, mas estavam ficando sem opção.
— Fazer nada também é, Barry.
— Eu devo lembrar que o Doutor Alquimia tem uma pedra que dispara lasers? Quem sabe o que tem na manga.
— Cisco tem razão. E se a gente cair em uma armadilha? — Iris perguntou.
— Vocês não vão fazer nada. Somente eu, Barry e Jane. Só eles porque são velocistas. Pelo menos do Time Flash só.
— O que quer dizer, pai?
— Se vou colocar o Wally em perigo, vou usar de tudo para protegê-lo.
— Acho que sei no que está pensando.
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— Verifiquem tudo. Os cartuchos, armas e verifiquem se estão com os equipamentos certos. — O policial da SWAT disse. — Qual o plano, detetive?
— Esse lunático se chama de Alquimia. É o responsável por todas as cascas que encontramos. Acho que existe um jeito de encontrá-lo. — Joe disse.
— Qual? — O policial perguntou.
— Usando o próximo alvo dele. — Joe disse olhando para Wally, que estava ao lado de Jane e Barry esperando.
— O seu filho? Vamos detê-lo, Joe.
Joe se aproximou de Wally, Jane e Barry após o policial encerrar a conversa. Julian não estava no departamento.
— Onde está o Julian?
— Ele não veio hoje. — Jane explicou.
— Ele quase nunca falta. Ligou pra ele?
— Sim. Caiu na caixa postal.
— Bem... Muito bem, vamos lá pessoal. Barry e Jane, coloquem seus trajes. Vocês vão estar lá, não é?
— Claro, pai. Até daqui a pouco.
— Ótimo. Vamos Wally.
Depois de um tempo...
— Estamos entrando. — Jane disse no microfone para o resto do Time Flash, que estava nos Laboratórios Star.
— Lembrem-se quando vocês entrarem nós não vamos ver nada. — Cisco disse.
— Entendido. — Barry disse.
— É claro que o cara iria se estabelecer num metrô abandonado. — Cisco disse.
— É claro. — HR disse logo depois.
— Cadê o Grodd quando precisamos?
— Gorila Grodd? — HR perguntou.
— Vocês têm gorilas conscientes e telepatas na sua Terra também?
— Sim, temos. Vários.
— Mantenham o foco. — Jane disse.
Estavam descendo as escadas quando Wally começou a sentir ainda mais dor. Começou a gritar, assustando os policiais que certamente não esperavam que o método de Alquimia chamar suas vítimas era tão doloroso.
— Venha até mim, Wallace. — Ele disse enquanto fazia Wally ter mais visões.
— Estamos perto. — Wally afirmou.
— Todos prontos? — Joe pergunta.
— Tudo certo. — O policial disse. — É só mostrar o caminho. — Os policias estavam muito bem equipados com capacetes, coletes, armas poderosas, máscaras com óculos de proteção.
— Você está bem? — Jane perguntou.
— Sim. — Ele respondeu.
— Tudo bem estar com medo, Wally. Até eu mesma estou. — Ela afirmou.
— Você está? — Ele perguntou.
— Sim, estou. Está pronto?
— Pronto. — Ele respondeu.
Wally andou lentamente até a próxima sala, onde encontrou diversas pessoas vestidas com vestes negras ajoelhadas perante o perverso Doutor Alquimia.
— Olá, Wally. — O vilão disse.
— Você é ele? Você é a voz que estou ouvindo dentro da minha cabeça?
— Eu sou o Alquimia.
— Eu tenho tido visões... De outra vida. Onde eu tenho velocidade... Onde sou...
— O Flash. — O maligno vilão completou a frase. — Eu posso lhe dar isso de volta, caso deseje.
— Só quero que a dor pare.
— Vai parar, criança. Tudo que desejar, eu farei acontecer. Agora me diga, você deseja a vida que foi tirada de você?
— O que eu desejo é que todos vocês sumam. — Wally respondeu.
— É uma armadilha! — Alquimia disse. Os monges que estavam ajoelhados se levantam segurando facas afiadas. Jane e Barry os prendem em uma parede de mármore usando os equipamentos da polícia quando Alquimia os arremessa contra o chão com os raios azulados da pedra brilhante. Wally tentava lutar contra um capanga do vilão enquanto os policiais faziam o mesmo. — O garoto foi escolhido, Flash e Fúria Escarlate. — O vilão atirou mais raios quando os dois velocistas estavam prestes a se levantar. — E vocês não ficarão no caminho do que deve acontecer. — O inimigo atirou mais raios. Eram muito doloridos.
— Agora! — Jane gritou. Joe atirou um raio da arma que Cisco construiu e conseguiu derrubar o Alquimia ao chão. A pedra brilhante caiu de sua mão e ficou perto dos pés de Wally.
— Pro chão! — O policial ordenou.
— Isso foi um erro. — Alquimia disse.
— Você estão bem? — Joe perguntou.
— Vamos ficar. Wally, está bem?
— Estou. — Ele respondeu. Parecia estar desorientado ou pensativo.
— Acabou, Alquimia. — Barry disse.
— Acabou? Vocês não fazem ideia do que vai começar. — O vilão disse. O chão começou a tremer após um estrondo. Parecia um terremoto. Raios azuis surgiram no lugar. Eram muito rápidos e quase impossíveis de serem vistos. Alquimia deu gargalhadas.
— O que é isso?! — Jane perguntou.
— Vocês viram? — Barry perguntou.
— O quê? — Joe perguntou.
— Eu vi. — Jane assegurou. Os raios passavam pela sala toda. Libertavam os capangas de Alquimia em poucos segundos. Eram muito rápidos. O que era aquilo? — Corram! Fora daqui!
Joe tentou correr junto de Wally, mas eram sempre surpreendidos pelos raios azuis, que derrubavam policiais ao chão em poucos segundos. Barry e Jane tentavam os acompanhar, mas eram jogados contra o chão sujo do metrô.
— Jane! Barry! Estão bem?! — Joe perguntou se abaixando.
— Wallace. — A pedra brilhante, caída, chamava Wally. — Wallace West. Bem aqui. Tome o seu poder.
— Wally! Não! — Jane gritou se levantando. Wally estava prestes a segurar a pedra. Estava fora de si.
— Wally! — Barry gritou.
— Filho, não! Não faça isso!
Wally segurou a pedra. O mesmo ficou alguns segundos flutuando ao ar. Uma camada peculiar se formou por seu corpo. Parecia um casulo de borboleta. Os raios azuis seguraram Barry e Jane contra o teto. Agora eles podiam ver que não eram raios azuis, era um velocista. Usava uma armadura prateada com detalhes azuis brilhantes.
— Quem é você?! — Jane perguntou.
— Savitar, o Deus da Velocidade. — Ele disse. Joe não conseguia ver o vilão. Ele via somente Jane e Barry presos ao teto.
Alquimia não era a verdadeira ameaça. Ele era somente um mensageiro. Savitar era o verdadeiro inimigo. A criatura era muito poderosa e rápida. O vilão era muito superior ao Flash Reverso, Zoom, Barry e Jane em questão de velocidade. Ele nem parecia ser um velocista de verdade. Parecia ser uma entidade. Parecia ser um Deus.
PRCIOU_STILES ©
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