𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨_𝟎𝟔

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.

Wooyoung tem seu período de luto. Ele vê sua mãe novamente, o que aumenta a camada de dor de uma maneira diferente. Ele não consegue chorar de novo, decidindo que seu pai era um homem distorcido, capaz de coisas com as quais nunca poderia sonhar. Ele não precisava procurar mais do que dentro de sua casa para obter evidências disso.

Ele concorda em contar a verdade apenas a Yeosang e a Hongjoong, formulando um plano com eles para desculpar o assassinato e encobri-lo. Se qualquer palavra dos pecados dos Jung sair, Wooyoung não sabe para onde ele tera que correr. É confuso manter a história correta e manter sua aparência, mas ele faz isso.

Ele vê poucas pessoas por um tempo, uma circulação rotativa composta por seus conselheiros mais próximos e Jilhoon dando uma olhada nele.

Ele não vê San durante todo o mês.

[...]

Wooyoung não acha que pode enfrentar San corretamente. Se olhar para San, terá que reviver aquele dia inteiro novamente, repassando detalhes que variam do piso cinza na estação de trem ao céu cinza quando ele estava fugindo. Ele não será capaz de ver o mesmo San novamente, este manchado de vermelho que se espalhou por todo o peito, gotas pintando suas bochechas. Não sem lágrimas.

Ele volta ao trabalho quando as coisas se acalmam, quando rumores e especulações não estão se infiltrando nos pensamentos de todas as pessoas. Não demora muito, agora há um desequilíbrio na máfia. Como subchefe, Wooyoung é o próximo a sucessão. Jilhoon falou sobre isso uma vez, e Wooyoung se recusou veementemente a falar sobre o assunto. "Agora não, Jilhoon." Ele havia dito. Deixe o povo ficar inquieto. Eles estão funcionando bem até agora, não há necessidade de introduzir um novo líder ainda.

Wooyoung sabe que o dia está chegando, é apenas uma questão de tempo antes que ele tenha que parar de correr.

Ele volta ao trabalho quando não sonha com o cadáver morto de seu pai ou o caixão em seu funeral.

Wooyoung é forte. Ele sabe onde pisar e o que é necessário para ele.

Ele simplesmente não sabe como lidar com San.

Existem várias mensagens não lidas de San no telefone e ele não é forte o suficiente para abri-las. Ele tem medo do que vai ler. Ele tem medo do que sentirá quando ler.

Até que um dia, a pílula de melatonina que ele engoliu não é suficiente para fazê-lo adormecer. Seu telefone está ameaçando-o, uma bolha vermelha e zangada em seu ícone de mensagens, lembrando-o de quem, exatamente, ele está ignorando.

Com um tijolo de pavor no estômago, ele abre as mensagens. Elas datam de um mês atrás.
    

📩 San que você não esquecerá
Vamos nos ver em breve.

Conheço um lugar que serve bebidas melhores que as suas.

Você está morto?

    
Os lábios de Wooyoung formam o fantasma de um sorriso.

A última mensagem, de uma semana atrás, diz:
    

📩 San que você não esquecerá
É ruim que eu sinta sua falta?

   
Isso é exatamente o que Wooyoung temia.

Sentir o mesmo.

Ele não ignora San novamente. Ele encontra coragem para digitar as palavras "Sinto muito, estou ocupado" e pressionar enviar.

A resposta de San é imediata.
    

📩 San que você não esquecerá
Você está vivo.

   
— E você sabe quem não esta? — Wooyoung diz em voz alta para si mesmo. Sua voz falhando.
    

📩 Wooyoung
Também sinto sua falta.

    
Wooyoung está com nojo de si mesmo. E, no entanto, há uma verdade em seu texto, uma que ele não pode negar. Ele sente.
   

📩 San que você não esquecerá
Então me veja.

📩 Wooyoung
Eu não posso.

    
É verdade, Wooyoung não pode. Seja o que for, ele não aguenta mais. Ele não sabe onde está seus deveres, se consigo mesmo ou com seu império. Como foi que, em tão pouco tempo, sua vida virou de cabeça para baixo? E tudo isso vindo de um único homem, Choi San?

Ele olha para a tela até seus olhos começarem a lacrimejar, ardendo com a necessidade de dormir. San envia um último texto, algo que Wooyoung pode ouvir em sua voz.
    

📩 San que você não esquecerá
Sou bom em esperar.

[...]

   
Wooyoung está irritado. A mulher do outro lado do telefone está falando com ele como se ele não soubesse nada sobre administração de hotéis. "Ela sabe com quem está falando?"

Ele olha pelas grandes janelas de vidro que vão do chão ao teto, andando de um lado para o outro e observando a paisagem da cidade. Ele finaliza a ligação rapidamente, decidindo encaminhá-la para outro associado.

Quando Wooyoung está sentado em sua mesa, com os óculos apoiado no nariz e pronto para ler alguns arquivos que se acumulam em uma pilha assustadoramente grande, o telefone toca de novo.

— O que é agora? — Ele diz, beliscando a ponta do nariz.

— Tem alguém solicitando você.

Wooyoung olha para a pilha e fecha os olhos. 

— Quem?

A voz do outro lado soa perturbada. 

— Ele diz que você sabe quem é. Sinto muito senhor, mas...

— Mande-o subir.

Há dois resultados possíveis. Três, se Wooyoung contar com a possibilidade de ser Yeosang. Mas as visitas de Yeosang são raras. Um, é alguém com quem ele marcou uma reunião ou compromisso e esqueceu, ou dois, é San.

As portas do elevador para seu escritório espaçoso se abrem com um floreio, e Wooyoung registra em pânico que é, de fato, San.

— San. — Ele diz, levantando-se da cadeira. San  está dando passos largos em direção a sua mesa, parecendo o mesmo de sempre. A familiaridade disso dói em Wooyoung. — O que você está fazendo aqui? — Ele pergunta, firmeza embutida em seu tom. — Como diabos você sabe onde eu trabalho?

San está parado bem na frente dele, separados apenas por uma mesa.

É como um sonho vê-lo pessoalmente novamente. Por quase dois meses, ele esteve reconstruindo sua memória a partir de momentos quebrados, e aqui está San em carne, remendando os pedaços.

— Você mencionou bêbado o nome deste hotel antes. Não foi difícil trabalhar a partir daí.

Wooyoung pisca. 

— Eu não entendo.

O toque de San o desperta, e o faz estremecer. San apenas o tocou por cima de suas roupas, mas flashes pecaminosos de seus lábios nessas áreas estão retornando com vingança.

A mão de San está no seu cotovelo, a ponta dos dedos descendo pelo antebraço para segurar sua mão. Wooyoung o deixa, lembrando o quão reconfortante é segurar a mão do mais novo.

— O que você não entende, Wooyoung? Eu queria ver você.

Wooyoung olha para baixo, de volta para sua mesa. Ele percebe a coisa vermelha em cima da mesa.

— O que é isso? — Wooyoung aponta para as rosas com um pequeno aceno de cabeça.

— Para você.

Sua mão pequena e apertada levemente. Wooyoung se livra do aperto. 

— San, não posso, agora.

— Não vou aceitar isso como resposta, você sabe.

— Não. San, você não deveria estar aqui. Um... — Wooyoung baixa a voz. —  um líder da máfia se encontrando comigo?

O rosto de San se contorce para revelar decepção. 

— Sério? Eu pensei que você era capaz de olhar além disso.

Wooyoung dá um passo para trás, enviando o sinal errado para San. Emoções feias estão borbulhando. 

— Olhar além do que, exatamente?

— E aqui estava eu, pensando que você não era como os outros. Eu me sinto idiota por pensar que você não se importava com o que eu era.

— San, eu...

San vira as costas para ele.

— Salve isso. Não perca o fôlego.

Wooyoung sente desespero puxando as cordas em seu coração. Ele não pode deixar San partir com esta nota. 

— San, espere. — Wooyoung grita atrás dele, agarrando sua mão. — Espere.

San gira e Wooyoung estranhamente não se assusta. San não vai machucá-lo.

Wooyoung exala, forçando-se a relaxar.

— Eu não quis dizer isso. Eu parei de me importar há muito tempo sobre o que você faz. Não faz diferença para mim. — Besteira. Besteira. E ainda não é. Há uma verdade no que ele está dizendo. Mas, novamente, sua mente está confusa e ainda lidando com o fato de que ele está tocando San novamente. Wooyoung é infinitamente grato pelo fato de não ver o queixo do mais novo manchado de vermelho ou a camisa branca, como ele pensava que veria, permanentemente manchada em sua mente. — Eu quero... — Wooyoung continua, vacilante. Sua voz é fraca e ele atingi seu limite.

O rosto do mais novo amolece. 

— Tudo bem. — Ele puxa Wooyoung para um abraço, um que parece errado em muitos níveis. Por um lado, Wooyoung está confortável, na fenda de seus braços que serpenteiam em volta de sua cintura e o segura firmemente. — Está tudo bem, Wooyoung. 

Ele está chorando? Wooyoung sente a queimadura familiar em seus olhos, mas nada está molhando suas bochechas ainda. Ele não pode chorar na frente de San, isso seria humilhante. A segurança que ele sente em seus braços, porém, é uma que ele não sentia há muito tempo. "Como San pode fornecer esse tipo de conforto?"

Wooyoung luta para encontrar suas palavras e formá-las. Ele está praticando há semanas. 

— Eu não estou mais fugindo. — Ele diz do peito do mais novo.

Wooyoung teve seu tempo. Não adianta mais se esconder de San.

Afinal, ele tem uma missão a cumprir.

⊹⊱•⊰⊹

     
San está parado na frente do espelho, puxando a gravata, afrouxando-a. Ele estava sendo sufocado por isso o dia inteiro. É como se um peso fosse retirado de seus ombros quando ele a joga para longe, e ele pode bagunçar seu cabelo penteado para trás.

Ele está rígido em cada centímetro do corpo, tendo acabado de retornar de uma transação que o deixou na ponta dos pés. Ele não tinha certeza de como seria, dadas as histórias sobre o cliente com o qual estava lidando, mas teve sucesso. Jongho havia mandado uma mensagem para ele naquela noite dizendo que ele deveria descansar pelos próximos dias, que ele precisava dormir como qualquer outra pessoa.

Dificilmente. San é forçado a trabalhar a cada segundo do dia. Não é nem um trabalho que ele acha agradável, sua aura natural falando por si mesmo e intitulando-o como o líder da máfia mais sangue frio de Seul.

Que pé no saco, viver de acordo com o nome de seu pai.

O mundo poderia ser dado a ele em uma bandeja de prata, e ele escolheria qualquer outra vida além da que está vivendo atualmente. Ele não vive mais com medo, porque as pessoas o temem. Ele se tornou o homem que não queria ser.

Acima do ressentimento, San se sente aliviado. Aliviado que Wooyoung o aceitou de volta. É uma coisa perigosa o que ele está fazendo, mas ele não consegue encontrar em seu coração vontade de parar tão cedo.

San sabia que era uma má ideia dizer sim, na primeira vez em que o viu.

... ★ ...

     
A missão desta noite envolve muita habilidade. Wooyoung se ofereceu, não deixando Jilhoon rejeitá-lo. Sua especialidade é jogar, então ele será o precursor. Ele será acompanhado por Jilhoon e Hongjoong, que o acompanhará para fins de aparência. O encontro será em um cassino relativamente famoso, que tem um negócio de dinheiro sujo, um em que o Sr.Jung costumava estar envolvido.

Agora, Wooyoung tem que seguir seus passos. Não causa nenhum estresse, ele está acostumado com o meio ambiente e sabe quais famílias irá ver hoje à noite. Todos eles não são confiáveis, o que os torna alvos divertidos. Wooyoung retornará com mais dinheiro do que vai deixar, como sempre.

Chegando à cena de luzes brilhantes, Wooyoung é atingido por uma onda de nostalgia. Sua pele brilha sob a luz púrpura do Seven Luck Casino, ele entra, seguido por Jilhoon e Hongjoong, que estão vestidos de forma elegante.

Wooyoung não está diferente, com um blazer brilhante e olhos sombrios. Seu cabelo negro está um pouco diferente, expondo mais sua testa lisa. De qualquer forma, seu visual é secundário ao seu objetivo principal.

É divertido flertar até a hora de negociar. É superficial, brincando com sorrisos e palavras sugestivas. Em mais de um caso, ele se sente culpado pelo olhar de paixão que aparece nos rostos das vítimas. É uma pena, Wooyoung está reservado para a máfia.

Isso é San.

Às dez horas, ele se dirige para a sala privada no andar de cima, reservado para ele. Jilhoon e Hongjoong não são encontrados, Wooyoung presume que os verá quando chegar lá em cima.

Do lado de fora da porta, ele acena para Jilhoon, que tem esperado pacientemente por ele.

— Pronto? — Wooyoung diz, um sorriso arrogante se materializando em seus lábios.

As mãos de Jilhoon estão na maçaneta, abrindo lentamente a porta grande e decorada.

Wooyoung percebe o som de sua risada, primeiro.

— Merda, Jilhoon! — Ele se afasta da fenda, puxando Jilhoon para longe com ele. — Onde está Hongjoong?

Jilhoon está confuso, com razão. 

— Hongjoong ? Por que você precisa dele?

— Nós precisamos sair. Agora.

— Não vejo por que...

Wooyoung consegue arrastar Jilhoon para longe. 

— San está no nome dos revendedores hoje à noite?

Jilhoon pisca. 

— San? Não... — Jilhoon diz, parecendo confuso. — Como ele... Ele viu você?

— Não. Eu reconheci sua risada. Precisamos sair.

— Isso significa...

— Hongjoong pode fazer isso. Eu sei que não podemos perder. Mas você sabe muito bem que eu não posso entrar lá.

Se Wooyoung tivesse entrado, San levaria menos de cinco segundos para descobrir sua identidade. Ele foi mantido sob a sombra de seu pai a vida inteira, o que significa que também trabalhou nas sombras. Entrar lá significaria entregar-se a San, que logo entenderia que Wooyoung é um Jung, a mesma raça de pessoas responsáveis pela morte prematura de seu pai.

É uma coisa boa que Wooyoung tenha memorizado o som de sua risada.

Jilhoon assente, puxando seu telefone para ligar para Hongjoong.

— Vamos por enquanto. — Ele fala para Wooyoung.
  
   
  

C o n t i n u a

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Wooyoung agora é líder dos Jung, já que seu pai morreu. Ele ainda continua mentindo para San. O que ira acontecer com esses dois inimigos quando a verdade for revelada?

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