06 - perguntas indecentes

Notass: relembrando os personagens estão na festa de inauguração para o novo membro takemichi!!(onde baji socou ele e afins)



[...]




Raiva.

Era assim que eu estava, extremamente raivosa e magoada comigo mesmo por ter deixado que as palavras de antes de Baji me atingisse mentalmente e fisicamente. Quando atravessei o banheiro que corri mais cedo, eu me olhei no espelho e encontrei a imagem deplorável em que me encontrava. Fisicamente e muito bem exposto o quão Keisuke me abalava. Eu ainda sentia seu olhar travesso e respostas ousadas sobre mim.

E o pior de tudo era a merda daquele sorriso que Keisuke carregava, o jeito traiçoeiro de levantar os lábios com extrema malícia e as presas expostas me atingia visivelmente, e eu odiava isso porquê não conseguia controlar a minha mente quando era sobre ele que eu pensava. Jogando a água gelada que caia da torneira no meu rosto, eu respirei fundo contando até dez.

Tentando manter a calma em cada parte das células do meu corpo, todos os pensamentos e fatos por eu estar aqui era o que me fazia ficar em sã consciência. Eu não tinha que ligar para o que Keisuke Baji falava ou muito menos deixar me abalar com Lissandra, os dois eram uma dupla perfeita e eu não tinha espaço para me meter nisso, tudo o que eu precisava era de inspiração para desenvolver algo sobre um artigo de lutas e um pouco de Baji no meio dele já que era uma história verdadeira. E além disso, ele tinha aceitado a minha proposta para que me ensinasse a lutar, já era o suficiente para mim e meu artigo futuramente.

Era apenas isso, eu não precisava demais nada, eu não podia deixar minha mente ser tão fácil de manipular por ele, ou a única coisa que eu conseguiria fazer era correr para ele.

Quando meus pés caminharam para o hall da festa, minha mente ainda em turbilhões se esbarrou em Chifuyu, o loiro meio platinado sorriu claramente já bebado para mim.

— [Nome]? caramba onde você estava? - ele apoio às mãos em meus ombros, que pela sua força me fez segurar em seus braços para não cair.

— Me perdi um pouco, mas estava no banheiro. - respondi tentando avistar se via Amaya em algum lugar daquela festa, mas era impossível.

— Que bom que te achei, vamos começar a jogar um jogo agora. - ele segurou as laterais da minha bochecha me fazendo encara-lo. E foi inevitável não reparar o quando atraente Chifuyu era.

— Ah me desculpe Chifuyu, mas eu acho que já vou embora. - fiz um bico de lado.

— Nada disso gatinha, ficará pelo menos para uma rodada. - eu não tive tempo de resposta ou de contestar.

O platinado apenas me puxou de uma maneira agressiva ao seu corpo me levado para qualquer sala que estivesse dentro daquela república. Eu sentia o cheiro de perfume suave e maconha exalando pelo corpo do mesmo, e enquanto não chegamos eu me perguntei se ele estava chapado também ou apenas bebado. Quando atravessamos uma porta de madeira escura, minha vista caiu para uma sala bem detalhada com algumas pessoas espalhadas pelo local. O sofá afastado para a lateral da sala dava espaço para uma mesa de pingue-pongue com copos bem montados pelos dois lados do móvel.

Beer Pong.

Que ótimo, eu revirei muito bem os olhos quando me dei conta do jogo que eles estavam afim de jogar. Era divertido porém um passo mais fácil para ficar alcoolizado mais rápido. Vi Matsuno encher os copos vermelhos junto com o homem de cabelos roxos que encontrei na primeira luta de Baji, os dois terminavam de arrumar tudo para começar as rodadas enquanto eu permaneci olhando cada ação deles e balançando um pouco meu corpo que se ativava com a música alta que ecoava por todo o lugar.

— Como vamos tirar os grupos? - foi Mitsuya que comentou e vi o loiro dar de ombros.

— Podemos tirar par ou ímpar. - eu o respondi vendo que ele esperava que eu desse alguma ideia.

— É, pode ser então. - ele concordou pegado uma bolinha amarelada de ping pongue.

Quando tiramos os grupos eu fiquei junto com Takashi e mais duas garotas, enquanto Chifuyu estava com o tal Takemichi e sua namorada. A primeira rodada começou com os dois amigos mais próximos da república, enquanto o loiro tentava ajustar a bola para um acerto certo dentro do copo com doses de vodka, a porta da sala em que estávamos fora aberta novamente, e dessa vez de uma maneira extremamente arrogante. Eu olhei sem muito ânimo para o lado e me surpreendi com o que vi. Era ele.

Baji segurava um copo escuro entre a mão esquerda dando destaque para seus anéis nos dedos machucados, e Lissandra o acompanhava ao seu lado, porém suas mãos não estavam juntas, muito pelo contrário, ela estava de braços cruzados quase como se estivessem acabado de brigar ou coisa do gênero.

— Porra Keisuke, você demorou pra' caralho. - foi Chifuyu que gritou chamando a atenção do moreno. E eu o vi caminhando em perfeita prepotência para nossa direção enquanto uma de suas mãos levava um elástico preto de cabelo até sua boca.

— Olha olha, a ratinha vai jogar com a gente? - sua língua rodou em seus lábios no mesmo instante em que ele prendia seus cabelos para atrás me olhando.

No fundo eu quis muito olhar sedenta para cada ação que ele fazia bem a minha frente, e também desejei retrucar sua provocação da qual ele sabia que eu odiava, mas eu fiz o meu máximo para ignora-lo completamente e agradecendo a Chifuyu por ter respondido ele e começando um outro assunto infantil do qual eles compartilhavam grande interesse. Quando os grupos foram formados, foi impossível não ouvir Lissandra contestar sobre ter ficado longe de Baji, e por acaso do destino que me odiava estávamos do mesmo lado. Mitsuya, ela e eu juntos contra Chifuyu, Takemichi e Keisuke do outro lado da mesa de pingue-pongue.

E antes de começar a brincadeira, o loiro proclamou em seguida;

— Bem, a gente sabe como jogar beer pong né? - ele chamou nossa atenção e eu apenas revirei os olhos concordando. — Porém eu e Keisuke jogamos um pouquinho diferente. - aquele sorriso que deixou o final de sua frase me deu um pouco de medo.

— Diferente como? - perguntei cruzando os braços.

— Fazemos assim, quando você acerta a bolinha dentro do copo, a pessoa tem o direito de ao invés de beber ela responde a uma pergunta sua, se não quiser falar, apenas bebe sem mais, sabe assim ninguém fica bebado rápido. - ele respondeu gesticulando com suas mãos.

Todos concordaram no fim, e eu apenas agradeci mentalmente porquê era um ótimo jeito de conseguir perguntar algo de interessante a Baji sem parecer muito intrometida, estaríamos apenas jogado. O único problema era, que tipo de perguntas seriam feitas.

O jogo começou a rolar, copos eram acertados e ora ou outra uma pergunta de nível baixo era feita para alguém. Muitas da vezes eu caia para jogar com Chifuyu ou Hinata - namorada do novo membros - e diversas vezes bebia por não estar afim de responder as perguntas indecentes de Chifuyu.

Com o tempo, as duas garotas qualquer que também estavam junto ao meu time tirado mais cedo, desistiram de continuar a brincadeira e seguimos com desfalque das duas, porém depois que joguei para que Hinata bebesse mais uma vez ela saiu de seu posto um pouco para tentar ficar totalmente sóbria de novo. Então agora quem jogava contra mim seria Keisuke, e eu o vi se posicionar muito bem a minha frente para arremessar à bola do jogo.

Quando ele acertou aquela maldita bolinha amarelada no copo vermelho repleto de líquido transparente e alcoólico eu quis gritar. Ele sabia que eu não iria beber de novo, já havia se passado cinco rodadas e em todas eu tomei o shot que eu achava que havia bem mais que uma dose dentro daqueles copos comemorativos. Com certeza toda a minha boca cheirava a vodka pura, e mais um pouco disso minha mente passaria a não corresponder mais nada em sã consciência plena.

— Faça a pergunta Keisuke. - eu disse tirando a bolinha de dentro do líquido e jogando para ele que pegou com maestria.

E antes que ele comentasse alguma coisa, foi inegável não ver suas presas aparecendo num sorriso perverso, o que dava um constraste extremamente atraente já que seus cabelos estavam presos e só com alguns fios deixados de lado na frente.

— No sexo....qual sua posição favorita? - quando ele perguntou aquilo eu reparei muito bem nos músculos de seus braços se contraindo após ele cruza-los.

Maldito.

Eu não era uma garota inocente que nunca havia transando, por deus, eu já tinha vinte anos e logo completaria vinte e um, era óbvio que eu já tinha transado. Eu namorei uma vez no final do terceiro ano, é claro que não deu certo, o idiota me traiu com uma líder de torcida qualquer do campus, mas ainda sim eu fui incapaz de não fazer com sexo pelo menos uma três vezes. E eu odiei em todas, sempre me machucava e nunca estava excitada de verdade. E no final de tudo nós terminamos, e durante a faculdade já tive umas duas relações sexuais mas nenhuma chegou a acabar em sexo. Então não, eu não era virgem mas também não era experiente em transar, e isso me fez encarar como um problema já que eu não sabia o que responder a Keisuke.

Minha posição favorita? Por deus eu nem sabia quantas existiam. Então no fim eu apenas respondi a que já sabia;

— Sentada. - eu joguei o ombro para cima mostrando que aquilo não era muito importante para mim. Já que de todas as vezes que transei foi eu que fiquei por cima, eu não sabia responder outra coisa a não ser essa.

— Você não tem cara que gosta de estar no controle, ratinha. - Keisuke me respondeu repleto de sacarmos, quase como se me desafiasse.

— Eu posso gostar de muitas coisas, Baji. - proclamei enquanto saia da frente da mesa dando espaço para a próxima pessoa jogar, e eu percebei que sem filtro algum ele continuava a me encarar.

Com rodadas indo e vindo, eu já controlava bem quando ia beber e quando ia responder perguntas, Lissandra e a namorada de Takemichi havia desistido do jogo após ficar visivelmente que as duas já estavam alteras sob o efeito do álcool. E eu estava prestas a deixar a brincadeira de lado, mas ainda queria cair com Keisuke novamente para perguntar algo a ele, era a única oportunidade que eu tinha nesse jogo, e aproveitar estava sobre o meu alcance. Porém era incrível como eu errava toda vez de acertar o copo quando éramos nós dois a dupla para o jogo.

Eu estava jogado a bolinha para Chifuyu, e quando a mesma caiu no copo um sorriso nos meus lábios apareceu. O próximo era ele.

Por deus eu não vou beber mais, me faça uma pergunta que eu possa responder por favor. - o loiro berrou, visivelmente eu ainda não tinha entendido porque ele continuava jogando se estava mais alcoolizado que as duas de fora.

— Hm. - eu levei meu indicador até os lábios analisando sua figura, eu já não tinha mais ideias do que perguntar a ele. — Já ficou com homens?

Saiu a pergunta e vi ele dar de ombros.

— Claro que sim. - ele piscou dando espaço para o moreno atrás dele o ultrapassar.

Eu vi ele estender as mãos para pegar a bolinha da mesa que estava no meio, porém eu fui mais rápida agarrando o objeto amarelado com força. Sua feição confusa me fez rir.

— Deixa eu jogar novamente, você é o mais sóbrio daqui. - eu sorri mostrando todos os meus dentes, era óbvio que o efeito da bebida estava me deixando pré-bebada, onde aquela onda de felicidade já invadia cada traço das minhas células cerebrais. Mas eu não estava mentindo, Mitsuya já não se aguentava nem em pé, ele era péssimo nesse jogo, se não fosse por mim ou Lissandra ele teria bebido todas as vezes.

Já Keisuke por incrível que parece estava bem sóbrio, mesmo sempre bebendo e ignorando todas as perguntas que lhe era feito. Qual grande era a resistência de álcool dele? Eu não era fraca, porém também não era totalmente imune ao álcool demasiado.

— Jogue então. - me provocou.

E eu me concentrei muito bem antes de soltar a pequena bola das minhas mãos, que por acaso ou sorte caiu totalmente dentro do copo em sua frente. Foi inevitável não dar um grito de vitória, Takashi bateu leve em meu ombro, e sussurrou para mim;

— Faça esse desgraçado beber até cair, gata. - eu concordei com ele enquanto os pelos naquele região se arrepiaram, e antes de dizer algo eu molhei muito bem meus lábios.

— Quem te ensinou a lutar? - eu espreitei meus olhos o encorajando a responder, seria interessante ouvir aquilo dele.

Mas quando eu ouvi a risada baixa de Lissandra no sofá ao nosso lado meu mundo desanimou um pouco vendo logo em seguida Baji bebendo por completo o líquido a sua frente.

Certo, ele odeia falar sobre, isso eu já tinha sacado, mas....porquê?

Minha vez. - Keisuke comentou já jogando a bolinha antes que eu protestasse alguma coisa.

Eu sabia muito bem que era vez de Mitsuya jogar, porém ele já não estava mais ao meu lado e eu permaneci ali até ver Baji acertar obviamente o copo do meu time. No fundo eu queria sim que ele fizesse mais uma pergunta para mim.

— Diga logo. - eu cruzei meus braços sem me importar de tirar o objeto jogado no copo porquê eu queria responder a próxima pergunta dele.

Pois querendo ou não, estávamos em um jogo oposto, eu queria fazê-lo responder algo, e ele gostaria de me fazer beber já que sua intenção era me deixar sem graça com as perguntas descaradas que ele tipicamente fazia.

— O que você preferiria? que eu te desse um orgasmo suave ou que te amarrasse em minha cama e te chicoteie até que não consiga respirar?

Eu não precisei de muito para não conseguir respirar quando meus ouvidos captaram o que ele disse. E eu queria muito dizer que não, porém foi extremamente impossível para a minha mente não me imaginar sendo chicoteada de uma forma deplorável bem ali na sua frente, ainda mais quando a palavra eu veio junto de sua frase.

Eu nunca imaginei o sexo violento de nenhuma maneira, mas aqui, olhando fixamente para Baji eu imaginei.

"Lissandra já comentou uma vez que o sexo com ele é incrível, do tipo diferente ou sei lá, talvez seja isso."

A minha memória sem permissão alguma me levou para um rápido flash de onde sua prima me contava exatamente o que era que unia tão fortemente Keisuke e Lissandra. Então era disso que ela falava? Desse tipo de sexo? Porém eu não tive tempo para raciocinar mais nada, quando sua pergunta já estava feita, minhas mãos foram de encontro a qualquer copo avermelhado pela mesa. Eu não queria beber, porém queria muito menos responder aquele tipo de pergunta dele.

Então sem mais, eu senti o líquido amargo descer rasgado cada parte da minha garganta e esôfago, e quando o copo já vazio foi posto em cima da mesa por mim, eu vi o rosto de Keisuke com extremo deboche para mim, era quase se ele tivesse vencido o jogo do qual eu criei na minha mente, e eu queria muito socar a cara dele novamente como fiz mais cedo.

— Chega, acho que já está tarde. - comentei no fim querendo ir embora. Eu tinha me dado por vencida de que não teria nenhuma resposta que gostaria dele hoje e bebada o suficiente para continuar sã na frente daquele homem que tinha acabado de acender o meu ventre.

— Hm? agora que começou a ficar interessante? - Baji me respondeu negando.

— Vai se ferrar, você não sabe brincar. - dei de ombros atravessando seu corpo em busca de sair daquele sala logo.

— É você que se esquenta fácil demais, ratinha. - ele riu baixo e eu revirei os olhos.


E antes de ir embora de vez, a última visão que eu tive fora daquelas orbes incrivelmente escuras e atraentes ainda me olhando, e eu me sentia quente.









NOTASS

Jesus que capítulo longo, tinha esquecido que pleasure é uma fic longa. (preguiça senhor

Olha mores eu sei que vcs gostam muito desta história e eu particularmente também, o desenvolver dela será muito bom, porém eu preciso que vocês tenham paciência ok? Pleasure tem muitos detalhes que eu não quero perder de explicar e nem deixar de lado, então eu sei que todas aqui estão igual a Lissandra (PELO SEXO kkkkkk) mas teremos calma que ele não está distante de chegar ok?

*desculpe erros ortográficos e não desistam da fic!!!!!

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