03 - Keisuke Baji? Nao! Perdição Baji









[...]

Ferrada.

Era assim que eu estava, totalmente ferrada, olhando atenta para os olhos curiosos de Baji, eu pensei em respostas ou desculpas óbvias e fáceis para proclamar assim que ele me pôs contra a parede com aquelas palavras. Pois, definitivamente era a chave que eu e Amaya estávamos em busca, porém o tempo corria rápido em minha mente pensando o que poderia ter acontecido para ele ter descoberto.

—— Não.

Foi tudo. Consegui responder apenas isso, e vi seu riso crescer ainda mais, e eu fiquei tensa.

—— Engraçado, não foi o que Amaya me disse, ratinha. - quando ele me disse aquilo, o seu olhar caiu ao meu, seu rosto desceu ainda mais me encarando.

O ar abandonou meus pulmões ali mesmo, e eu me sentia perdida e acabada, fui impossível não deixar transparecer a expressão de confusa e lamentação que carregava em meu rosto e pupilas.

—— Pare de me chamar de ratinha. - lhe empurrei assim que seu começou ficar delirantemente próximo ao meu.

—— Onde está Amaya? - tentei fazendo de tudo para desviar o assunto. Eu ainda não tinha processado nenhuma desculpa forte o suficiente para dar a ele, e também nem sabia se conseguia.

Mas Baji apenas ignorou minha pergunta jogando a chave do outro lado do balcão perto de nós e suas mãos agarram com força o meu pulso esquerdo, quase como se me desafiasse a sair do seu aperto, e eu me assustei com aquele ato repentino. Mas eu apenas fiquei atenta a seus olhos, enquanto ele me encarava, era como se estivéssemos trocando palavras de raiva pelo olhar. Porém eu não me movi mais, e também nem tentei comentar nada, apenas ouvindo o som da nossa respiração enquanto nos encarávamos intensamente.

Mas que caralhos estava acontecendo aqui? Estranho!

—— Me solta. - sussurrei e vi ele afrouxar o aberto em meu pulso, me dando liberdade para sair dali, porém eu ainda continuei o encarando, eu gostaria de saber que tipo de jogo Keisuke Baji estava fazendo comigo.

—— O que foi, [Nome]? Não gosta de aproximação? - aquele timbre de voz foi o ápice para eu me afastar e manter uma distância segura do corpo próximo ao dele.

—— Normalmente não. - lhe respondi cruzando meus braços.

—— E eu não gosto que mexam no que é meu, aquele carro é meu [Nome], diga a Maev que ela perdeu a aposta, e mandar ratinhos para pegar o que me pertence, é roubo.

Quando ele sobrou aquilo ao lado do meu ouvido, a noção se passou pelos meus músculos, estendendo uma tensão rígida por todo o meu corpo enquanto o seu hálito gélido soprava próximo da minha nuca. Molhei meus lábios tentando buscar água para o corpo, vendo que tudo fazia um pouco mais de sentindo agora. Provavelmente Baji pegou Amaya bisbilhotando o seu quarto, e na hora que viu a chave sacou tudo. Maev deve ter esquecido de mencionar que estava tentando pegar aquela chave a muito tempo.

Tentando me afastar dele eu negava repetidamente em meus pensamentos a merda em que me peguei envolvida, eu sabia desde o início que isso não daria certo, era bizarro até de falar em voz alta. Eu deveria começar a maneirar de fazer tudo sem pensar para matar a minha curiosidade impulsiva, ou me meter em problemas como esse se tornaria cada vez mais frequente.

—— Tudo bem, eu irei dizer. - disse sorrindo no fim, eu não iria deixar que ele me abalasse ou coisa do tipo.

—— Não sabia que você era tão obediente assim. - ele comentou e um riso largo brotou em seu sorriso, e eu podia ver novamente aquelas presas destacando em sua boca, o que deixava ele malditamente atraente, e eu queria me matar por ter prendido o ar quando ouvi sua voz profanar aquilo.

—— Vai se fuder.

Comentei e lhe dei as costas, pronta para ir embora cruzando a cozinha e passando pelo hall, eu sentia todo o meu ar se desgastar enquanto corria para fora daquela república. Keisuke Baji me deixava tensa o suficiente para ficar cansada por dias, era assim que eu me sentia depois que sai de sua presença prepotente. E ainda precisava ter forças para xingar Amaya e Maev de todos os nomes possíveis existentes na face da terra.





[...]





Eu estava na cafeteria de hoje mais cedo, mandei algumas mensagens para Amaya e ligações, porém todas foram ignoradas, e eu me sentia frustrada por não saber o que aconteceu e muito menos o que iria acontecer agora. Como eu também não sabia onde Maev estava, me sentei para tentar tomar um cappuccino enquanto me corroía de raiva por dentro. A frustração de ser pega, e ainda mais por Baji me deixava angustiada, com certeza agora ele pensava que eu era uma lunática maluca ou algo do tipo, e seria com certeza um adeus para qualquer que fosse o argumento que eu gostaria de usar para poder escrever algo sobre ele ou sua história.

Eu era realmente patética. Talvez minha mente tenha parado no sétimo ano sem vontade alguma de evoluir.

—— Esse lugar tá' ocupado? - uma voz agridoce me chamou me fazendo levantar a cabeça, dando de cara com Maev segurando uma bandeja escura com seu pedido em cima.

Eu cruzei meus braços encostando no batente na mesa esperando que ela se sentasse e começasse com algum pedido de desculpas ou algo do tipo, porquê pela sua cara parecia-me que ela já sabia muito bem sobre tudo o que havia acontecido, e falhado nosso plano.

—— Gostaria de por mais açúcar? - comentei lhe entregando um sachê do grão enquanto via ela entupir seu café com glicose, me fazendo ter uma visão nítida de uma futura diabete.

Mas permanecemos em silêncio enquanto eu a observava comer seu sanduíche de salame, com a melhor calma que ela poderia passar em seus olhos. Eu batucava meus dedos a encarando enquanto pensava em inúmeras possibilidades de insultar ela de uma maneira mais educada possível. Porém eu não era boa com sinônimos, e a minha boca era extremamente suja sem minha permissão. Entretanto permaneci quieta enquanto desejava que ela começasse a comentar alguma coisa sobre o ocorrido.

Percebendo sua garganta coçando, meu olhar pousou sobre o dela de novo, e estendi uma sobrancelha mostrando para que ela continuasse o que teria fazer.

—— Amaya me contou o que aconteceu.

Ela disse por fim e eu a continuei encarando.

—— Ah qual é, não fique me olhando desse jeito, quando Amaya me contou que Baji viu ela em seu quarto, eu mandei mensagem contando que a culpa era minha, está bom? Disse que eu que infernizei vocês para isso.

Me deu de ombros desviando o olhar para mim, e eu apenas bufei em frustração olhando para a janela vendo umas faíscas de chuvas começar a se forma pelo vidro espesso. Chuva com Sol, mais tarde com certeza teria um arco-íris, e por um momento eu desejei que minha vida se transformasse no fenômeno a minha frente. Eu não estava zangada com Maev, mas sim comigo mesma, ninguém me obrigou a fazer nada, fiz por vontade própria, mas ainda sim me irritava a questão de ter cruzado com o caminho de Keisuke Baji tão repentinamente assim de novo.

—— Não deu certo o plano, Baji é mais rápido do que parece. - sobrei ignorando suas lamentações, mostrando que não estava disposta a ouvir, e vi a garota concordar.

—— É, aquele carro era uma grande relíquia para nós dois, a valores sentimentais envolvido sabe. - ela comentou enquanto mexia no canudo sem uso de seu copo.

Mas aquela informação sem filtro me chamou a atenção, Maev me disse que passaria algumas informações sobre Keisuke que fosse útil para um futuro artigo meu, porém eu comecei a me tocar agora que ela não precisava saber que estava me passando essas fontes, tudo o que eu precisava, era fazer ela falar por livre e espontânea vontade. E agora que tínhamos aquele conflito da chave do carro, conseguia uma brecha de mais intimidade. Eu mexia na minha bolsa por um momento, até encontrar meu celular e entrar no aplicativo de gravação, e quando começou iniciar, eu a olhei curiosa.

Agora eu iria gravar qualquer informação importante que pudesse sair da boca dela, eu só precisava usar as palavras certas.

—— Vocês são muito próximos? - perguntei colocando a mão no meu queixo, uma coisa que já aprendi nessas anos pela faculdade de jornalismo era a linguagem corporal, dependendo da forma que você se portava a uma conversa, você tinha de estendê-la ou diminuí-la. Era tudo questão de mostrar interesse ou não.

—— Crescemos juntos sabe? Eu perdi meus pais e o país de Baji que cuidaram de mim. - deu de ombros pela fadiga notícia e eu apenas lamentei com um sinto muito.

—— Nunca tive ninguém assim na infância, sempre fui mais sozinha. - lhe respondi dando uma informação de mim vendo ela confirmar.

—— Nossa, eu e Baji sempre fomos próximos demasiado, eu sempre me metia em encrenca e ele aparecia para bater em quem que estivesse me irritando. - deu um riso alto pelo local e eu acompanhei.

—— Pelo jeito ele gosta de lutas desde sempre então. - mordi meus lábios ainda batucando os dedos.

—— Violência definitivamente define Keisuke Baji, ele literalmente mais novo, socava a cara de qualquer um que o irritasse.

Aquilo era interessante de saber, mas uma pergunta aleatória ainda rodava a minha cabeça, porquê Baji se mostrava tão agressivo assim? Pelo jeito que Maev começou o assunto não parecia que ele era alguém que sofria de algum tipo de violência no passado.

—— Interessante, e ele já conseguiu arrumar alguma namorada sendo um infeliz assim? - aquilo saiu sem pensar. E eu arregalei meus olhos quando a pergunta foi sem filtro algum fazendo Maev gargalha, me senti envergonhada.

—— Keisuke nunca namorou, disso eu sei, porém sei que ele fica pelo campus com Lissandra Bassly. - ouvindo aquilo foi inevitável não achar estranho.

Aquilo era novo, Lissandra era a típica garota popular dentre a faculdade toda, com festas incríveis e homens ao seu redor, literalmente qualquer um queria ter a atenção que a mesma esbanjava - até professores babavam sobre ela - eu pessoalmente só cruzei meu caminho com o dela em uma aula experimental, mas não foi nada que eu pudesse conhecê-la ou algo do tipo, tudo o que sabia sobre ela, era especulações e fofocas, e era exatamente por isso que a fazia ser tão popular dentre o campus.

—— Uau, acho que isso é um casal de novela, não? Os nomes dos dois percorrem o campus inteiro. - quando eu falei aquilo foi mais uma opinião sincera do que qualquer outra coisa. Lissandra realmente parecia ser o "tipo" de Keisuke Baji.

Alguém violento igual a ele.

—— Por deus [Nome], Lissandra só pensa que eles estão juntos, mas isso com certeza está longe de se realizar na mente de Baji. - ouvir aquilo despertou uma curiosidade que eu não sabia que tinha dentro do meu peito.

—— Por que você diz assim? Ela pensa? - eu puxei minhas sobrancelhas juntas.

—— Porque ela está delirando. Keisuke Baji literalmente não pertence a ninguém, e nunca pertencerá. - um gole de seu café açucarado foi dado, e um sorriso perverso apareceu nos seus lábios, e eu não gostei muito daquilo —— Não seja estúpida [Nome], não deixe que seus hormônios te traiam fazendo você ter uma queda por ele.

—— Por que ter uma queda por alguém me tornaria estúpida? - perguntei sincera, não sabendo onde Maev gostaria de chegar.

Mas vi ela balançar a cabeça e começar; —— Eu não chamei você de estúpida, eu só acho que você é bem mais inteligente em questão disso. Não se trata de ter uma queda por alguém, mas sim, sobre ter uma queda por ele.

—— E o que há de errado nisso? - no momento me encontrava me sentindo um pouco na defensiva sobre ele, o que era uma coisa idiota, visto que Baji até agora só se mostrou um prefeito babaca.

—— É só ver o relacionamento dele com Lissandra, deveria ser mais atenta, todos no campus falam. - ela se inclinou para frente lentamente, me observando enquanto eu pegava meu cappuccino e tomava um longo gole.

—— O que falam? Não acho que ele seja tão ruim assim, quer dizer, pelo menos ele não aparenta. - ali eu estava mais atenta do qualquer outra pessoa no mundo, Maev estava literalmente entregando uma bandeja de informações novas para mim e eu me sentia sedenta.

—— [Nome], olha o que eu irei te contar tem que ficar só entre a gente, ok? - vi ela acenar como se fosse um grande segredo obscuro a ser dito agora, e eu apenas morta de curiosidade concordei sem nem ao menos excitar durante um momento.

—— Sabe, Baji não gosta de ser tocado, ele é realmente estranho, especialmente considerando toda a sua grande entrada para o ring, mas eu não sei se são coisas que tenham a ver. - ela levou um dedo aos lábios e eu me peguei um pouco confusa com o que ela queria dizer por fim. Mas deixei que ela continuasse;

—— Ele também não gosta de tocar. Lissandra disse que as únicas vezes que ele realmente a toca é quando estão transando. Ele não segura a mão dela, não passa o braço em volta dela.....sabe, Keisuke não é carinhoso, não é caloroso, e muito menos legal.

Quando eu ouvi bem as suas palavras, os meus olhos rodaram de uma forma urgente ao meu pulso, eu ainda podia lembrar e sentir fielmente os seus dedos cravados com força ao redor do meu pulso, trazendo todo um calor perigoso para o meu corpo. Se Baji não era alguém caloroso, porquê raios eu me sentia extremamente quente só de pensar nele?

—— Se ele é assim, por quê Lissandra ainda continua com ele? - aquele questionamento me fez revirar algo em meu estômago.

—– Sabe, se eles não estivessem fazendo sexo um com o outro, eu assumiria que eles se odeiam - ela se encostou no banco vermelho —— Eles brigam o tempo todo, dia sim, dia não, isso dá para saber só pelo humor de Lissandra nas aulas. Mas isso tudo é porque ela o quer amarrado a ela, e ele não quer. Mas assim, ele está sempre atrás dela, saca? É ele que sempre a puxa de volta.

Eu engoli duramente o nó que senti na minha garganta, olhando para a mesa por um momento enquanto contemplava todas essas novas informações.

—— Por que você acha que é isso? - eu finalmente consegui perguntar, olhando para Maev vendo que ela me estudava com os olhos, quase como se ela soubesse a resposta que eu estava procurando.

—— Hmm...- o indicador foi posto no seu lábio enquanto ela dizia; —— o sexo.

—— O sexo?

—— O sexo... - confirmou balançando a cabeça —— Lissandra já comentou uma vez que o sexo com ele é incrível, do tipo diferente ou sei lá, talvez seja isso.

—— Ok. O sexo. - eu balancei minha cabeça mais uma vez tentando processar aquilo, isso não era muito do meu interesse, mas por algum motivo saber aquilo rondou minha cabeça em múltiplas rodas de vezes.

—— Isso são coisas que ele também te contou? - perguntei a fim de trazer mais informações sobre isso e vi a garota negar.

—— Eu não preciso ouvir dele isso, para saber que é verdade, esse é o Baji, ou melhor Bloodshed, como ele era chamado antigamente. - aquele apelido me vez esticar totalmente a minha sobrancelha. Finalmente uma informação que fosse do meu interesse.

—— Bloodshed? Nunca ouvi isso. - comentei me inclinando mais para a mesa.

—— As pessoas chamavam ele assim pelo campus quando ele começou seus shows de luta pela fraternidade. - eu deitei lentamente a minha cabeça para o lado, tentando entender o porquê de nunca ouvir aquele apelido dado.

—— E porquê ele abandonou esse apelido? - vi Maev cruzar as sobrancelhas.

—— Ele não abandonou [Nome], mas antes Bloodshed era apenas no ring, agora ele se tornou o Baji também, eles são um só, então não tem motivo de apelido ou algo assim. - vi ela dar de ombros terminando de beber sua bebida adoçada.

Todas aquelas informações estavam me deixando cada vez mais confusa ou angustiada.

—— Ele vai lutar essa semana de novo, gostaria de ir comigo? Dessa vez é apenas para os membros da república, parece que Mikey chamou um novato para fazer parte.

Eu pensei sobre aquilo, a última luta eu não me dei bem, e tinha certeza que ir nessa seria totalmente pior, mas por motivos traiçoeiros, eu sabotei minha mente, balançando a cabeça e concordando lentamente em ir com Maev, a mais uma luta de Keisuke Baji.









NOTASS

Fico tão feliz que vocês estejam gostando de pleasure, logo atualizarei com mais frequência!

*desculpe qualquer erro







leiam minha nova fic com Osamu e Atsumu Miya

ELA SE ENCONTRA NO MEU PERFIL

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top