004: A Engrenagem


A noite passou rápido, mas exaustante. Dominique foi elogiada toda noite, todos a elogiaram por sua delicadeza e gentileza.

Gojo passou a noite inteira reclamando como Dominique parecia aceitar esse elogios tranquilamente, feiticeiros jujutsus não são gentis ou delicados que eram somente estigmas para uma feiticeira e herdeira.

Nisso se passou a noite, onde Dominique agradecia o elogio e Gojo reclamava do agradecimento.

No dia seguinte Dominique decidiu ter uma conversa com seu atual pai, Shiäo. Não tiveram tempo nesses dias para uma conversa informal, sempre era sobre o mundo jujutsu e ou seu próprio jujutsu, nunca tiveram tempo para uma conversa de verdade. Como era manhã, e Kyoka disse que hoje seria o dia de folga de Shiäo, Dominique decidiu ir até a varanda da casa conversa com o proprietário da mesma.

Shiäo estava sentado na beira do laguinho de frente para casa, seus pés dentro da água traziam tranquilidade para cena, tinha um olhar perdido. Dominique decidiu se aproximar e sentar ao lado do mesmo, para conversarem como a garota tanto queria.

— Como era seu treinamento como feiticeira do clã Kobayashi? — Shiäo perguntou de repente sem tirar os olhos do céu — Como é ser a mais poderosa do seu clã?

— Exaustivo — Dominique respondeu balançando os pés na água distraída

— Eles te viam como? — O homem pergunto curioso

— Um objeto de força, beleza e delicadeza — Dominique sabia em quem essa conversa iria parar

— Você e Satoru são... parecidos — Shiäo olhou para a menina com um sorriso — As pessoas, principalmente as do nosso clã, sempre vão ver vocês, herdeiros, somente como objetos catalizadores de poder.

— E eles só vão te ver como o erro — Dominique contou sem delicadeza nenhuma, fazendo o Gojo se assustar com a sinceridade da menor — O que foi? Eu sei bem como funciona os grande clãs.

— O mundo Jujutsu giram entorno de pessoas como você.

— Não, o mundo Jujutsu gira em torno da desigualdade. — Dominique sorriu para o homem — Nossa desigualdade começa quando eles decidem se somos fortes ou fracos para sermos feiticeiros, se formos a segunda opção, não valemos de nada.

— Você tem uma visão... Bem sincera da situação!

— Eu sei! — Dominique disse orgulhosa — Minha vida se resume a fingimentos, eu tenho que fingir que sou fraca e indefesa, tenho que fingir delicadeza e gentileza. Enquanto meu eu inconsciente não concorda com nada disso.

— Você tem mesmo 16 anos? — Shiäo riu da situação — Me parece muito ... racional para a idade.

— Eu fui obrigada a ser! As pessoas gostam de protagonistas fortes e bonitos, não importa o quanto complexo somos como seres humanos — Dominique contou olhando para o lago de forma distraída — Não importa nossas decisões, nossas vontades, a única coisa que importa é a nossa força.

— Você tem razão, Megumi me contou sobre o que Itadori deseja — Shiäo trouxe a atenção de Dominique para si — Ele quer da uma morte justa para todos, pelo menos para as pessoas em sua volta.

— Hum, impossível, fofo, mas impossível.

— Acha? Porque acha?

— O que é uma morte justa? — Dominique perguntou — Para mim uma morte justa vem em ir sem arrependimentos, mas, eu acredito que uma morte justa vem também com a escolha.

— Estou acostumado a ouvir sobre a morte sem arrependimentos, mas o que seria com a escolha?

— Sabe, sou predestinada a várias coisas, como tio Satoru — O homem não pode deixar de sorrir — Mas eu escolhi muitas coisas, eu sei que terei que morrer por causa de Bashimon, mas eu escolhi ter-lá. É uma escolha, minha vida por conhecimento, tudo que traz vida me tira ela.

— Bashimon te traz vida?

— O conhecimento me traz vida, eu quero conhecer ... quero conhecer a maior quantidade de feitiços que o meu destino permitir.

— Isso é um ... desejo simples, para uma pessoa com um pensamentos tão complexos.

Dominique sorriu com a frase e olhou para a água. O simples e o complexo. O delicado e o indelicado. Tudo é a mesma coisa, o mesmo lado da mesma moeda. Ela é o lado inverso da moeda de seu inimigo natural, o quão ela não sabe qual é, ela sabe que a complexidade de ser Satoru Gojo ou de ser Megumi Fushigurou ou de ser Dominique Kobayashi, são tão iguais mas tão diferentes que só mesmo os que viveram isso podem explicar.

A delicadeza para Dominique é o mesmo que a força para o Gojo, ele é forte e fraco ao mesmo tempo, ela é delicada e indelicada. Porque é são seus deveres ser forte ou delicada, é necessário ser o símbolo de força e de delicadeza.

Mas, a perfeição sempre andará com a imperfeição, pessoas são complexas ao ponto de serem boas e más ao mesmo tempo. Nunca serão o que seus clãs almejam.

— Um objetivo simples não ira ruir tão facilmente — Dominique sorriu — Você sabe o que isso significa.

— O meu objetivo é fazer Kyoka feliz, agora você também — Dominique sorriu — Mesmo que seja encenação, você não tem pai de verdade.

— Não, eles morreram. — Dominique foi simples

— Seus tios parecem pessoas legais, mas você os chama de tio e tia, não de mãe ou pai como uma criança criada pelos tios fariam.

— Você tem um ponto! — Dominique se divertiu — Eles são feiticeiros ocupados, não podem ficar comigo exatamente.

— Então, tentarei suprir isso, tenho certeza que Kyoka tambem— Shiäo bagunçou o cabelo platinado da agora filha, que sorriu — Somos família agora: Eu, você, Kyoka, Satoru, Megumi e Tsumiki, somos todos família.

— Eu fico feliz por me acolherem assim, muito obrigado — Dominique sorriu um pouco envergonhada 

Não esperava ser tão bem acolhida. Agora sentia obrigação de orgulha-los, agora ela tinha uma segunda motivação

Ser uma feiticeira poderosa para orgulhar Kyoka e Shiäo, talvez Satoru de brinde. Amava aquelas pessoas sem ao menos conhece-los direito, mas eles a acolheram e agora ela era uma parte da família deles.

Era realmente incrível ser filha de duas pessoas maravilhosas quanto eles, talvez ficar no Japão não será tão ruim assim.

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Tá aqui mais um capítulo, estão gostando? Odiando? Críticas?

Vamos lá pessoal me ajudar!!

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