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//muito obrigada pelos 60K AMO MUITO VCS!!!
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— Eles tem uma carinha de joelho.
Kuroo murmurou com a voz divertida enquanto segurava um dos recém-nascidos por entre os braços fortes, você riu baixinho antes de concordar com a cabeça devagar, seus olhos pesavam em sono, segurava a menina com cuidado nos próprios braços a balançando incansavelmente na tentativa que ela parasse de chorar; uma semana havia se passado desde o dia em que Keiko deu a luz aos gêmeos ruivos, tanto ela quanto Shoyo estavam tão cansados que Bokuto ofereceu a casa de praia para os dois durante o final de semana, enquanto isso vocês tomariam conta dos recém-nascidos que choravam incansavelmente.
No fim de tudo precisaram chamar Kuroo — que possuía uma filha de quatro anos que morava com a ex-namorada em Tóquio — o único que sabia o mínimo sobre como cuidar de bebês. Olhou ao redor a procura do namorado, franziu o cenho.
— Onde diabos ele foi parar?
— Ele deve ter deitado na cozinha e dormido... faz quanto tempo que estamos acordados sem parar?
Você piscou de maneira pensativa ao escutar as palavras do homem balançando mais a menina em seus braços a escutando chorar mais alto do que antes, o menino nos braços de Kuroo despertou em um susto graças ao choro da irmã voltando a chorar de maneira desesperada também, você resmungou baixinho sentindo sua cabeça doer, completamente desnorteada, levou os olhos desesperados até Kuroo.
— Umas quarenta e oito horas talvez? Não lembro a última vez que dormi — murmurou com a voz quebradiça sem saber o que fazer para acalmar a bebê em seus braços, respirou fundo —, Kuroo, eles não param de chorar, não sei o que fazer, já demos leite, trocamos a fralda e já fizemos a bicicletinha, e ela não para de chorar!
— Eu não sei, (Nome), o máximo que eu sei sobre bebês é como dar banho, minha ex quem cuidava de todo o resto — o homem de cabelos escuros murmurou com a voz cansada antes de respirar fundo abaixando o olhar para o menino ruivo em seus braços que havia finalmente parado o choro, suspirou aliviado —, era difícil ser um pai presente quando ela se muda pra outra cidade que fica a mais de oito horas de viagem e só me deixa ver a Yumie no aniversário dela.
Ele murmurou com a voz cansada enquanto andava até o carrinho de bebê que estava no meio da sala colocando o bebê com cuidado sobre o mesmo para que não acordasse, respirou aliviado, você balançou o corpo com a menina em mãos tentando com que ela parasse de chorar ao menos um pouco. Estava enlouquecendo.
— Ela se parece com você? A Yumie eu digo.
Kuroo concordou com a cabeça devagar enquanto jogava o próprio corpo contra o estofado pequeno da sala da família Hinata, fechou os olhos por uma fração de segundos respirando fundo, quase como se quisesse descansar as pálpebras ao menos um pouco, os abriu novamente correndo as orbes acastanhadas em sua direção.
— Ela só tem o cabelo parecido com o meu, o rosto e os olhos verdes são idênticos aos da mãe dela — o homem de cabelos escuros murmurou com a voz baixa, você piscou de maneira preguiçosa o encarando ali, ele suspirou —, você deve a conhecer, é uma modelo famosa, por isso se mudou para Tóquio, Alisa Haiba.
Você arregalou os olhos de maneira surpresa ao escutar as palavras do homem, todos na cidade conheciam Alisa Haiba, era um lugar pequeno, então se alguém nascido lá fizesse sucesso todos saberiam; prensou os lábios antes de ajeitar o bebê recém-nascido em seus braços que continuava a chorar.
— A Haiba era a melhor amiga da Lia na época da escola, elas se davam bem — murmurou com a voz baixa, com certeza viver viajando de um país para o outro por conta dos musicais fez com que se mantivesse desligada com o que acontecia em Hateruma, como o fato da melhor amiga de sua irmã gêmea ter engravidado, pelo menos não se lembrava de Lia ter tocado no assunto e se tocou provavelmente passou despercebido —, nunca pensei que fosse rolar alguma coisa entre vocês, ela sempre foi contra relacionamentos na escola.
— Sou quatro anos mais velho do que vocês, quando ela entrou no ensino médio estava com dezenove, talvez ela gostasse de caras mais velhos.
— Que errado, Kuroo, namorou uma garota de quinze anos?
Ele piscou de maneira irritada antes de negar diversas vezes franzindo o cenho.
— Claro que não, começamos a namorar quando ela começou o terceiro, depois ficamos juntos por uns dois anos e então terminamos, um mês depois ela descobriu que estava grávida e fugiu pra Tóquio — ele disse com a voz baixa, passou a mão grande sobre os fios escuros e bagunçados de maneira frustrada, respirou fundo —, eu tentei ir atrás dela e brigar para criarmos a Yumie juntos, mas ela é teimosa demais, é impossível lidar com aquela mulher.
— Você ainda gosta dela?
Indagou de maneira curiosa, Tetsurou bufou irritadiço antes de dar de ombros, passou a destra no rosto sem saber muito bem o que responder, pelo jeito o homem de cabelos escuros ficava mais do que confuso quando se tratava da ex-namorada.
— Não sei, eu não a odeio — ele disse com a voz baixa, correu os olhos castanhos em sua direção antes de sorrir fraco —, mas ela com certeza me odeia, não sei o que fiz de tão ruim pra ela.
Abriu os lábios para dizer algo mas a menina em seus braços começou a chorar mais alto fazendo com que o irmão no carrinho acordasse assustado chorando alto também, respirou fundo fechando os olhos com força enquanto passava a mão de maneira delicada contra as costas da recém-nascida que chorava alto e de maneira sofrida. Escutaram passos por entre a casa, virou o rosto cansado para o lado se detendo com os olhos amarelos e fundos quase como se não dormissem a dias, Bokuto bufou incomodado passando a mão no rosto.
— Não aguento mais isso, vamos fazer o que deveríamos ter feito desde o começo — o homem de cabelos acinzentados disse tirando o celular do bolso, Kuroo concordou com a cabeça e você piscou confusa sem saber sobre o que ele estava falando, Bokuto respirou fundo —, vamos ligar para ele.
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Conseguia escutar o homem cantarolar com a voz suave enquanto segurava a bebê recém-nascida nos braços, a embalava com tanto cuidado que o choro sumia pouco a pouco dando lugar a resmungos suaves, o homem de cabelos cinza claro havia enrolado o corpo pequenino contra um pano em uma espécie de casulo, dizia que o bebê se sentiria mais protegido daquele modo; suspirou aliviada jogando o corpo sobre o sofá se deitando ao lado de Bokuto que parecia cansado demais.
— Você é pai, Kita?
Indagou de maneira curiosa, seu vizinho sorriu gentil antes de negar com a cabeça devagar, a menina em seus braços finalmente parecia querer dormir, escutaram passos pela casa, não demorou muito para que a figura de certa idade se fizesse presente, segurava algumas mamadeiras e panos úmidos em mãos, Shinsuke sorriu levando o olhar até avó.
— Ela me ensinou tudo o que eu sei.
— Já cuidei de muitos bebês durante a minha vida, a pequena Hinata estava com cólica, esquentei um pano morno e coloquei por cima da roupinha dela.
Ela murmurou com a voz baixa deixando as coisas sobre a mesa central, correu os olhos até Kita que ainda segurava a recém-nascida em braços a levando com cuidado ao carrinho de bebê duplo onde o irmão já dormia de maneira pacífica, a deixou sobre o estofado macio do mesmo de maneira delicada para não a acordar; você suspirou aliviada antes de aconchegar o corpo contra o de Koutarou deitando a bochecha em seu peitoral.
— Bebês dão trabalho.
— Com certeza dão — o homem de cabelos acinzentados sussurrou passando os braços ao redor de seus ombros lhe mantendo perto, suspirou pesadamente —, não sabia que choravam tanto, Kita é bom em tudo pelo jeito.
Ele murmurou de modo cansativo arrancando um risinho baixo de seus lábios, levantou o rosto devagar correndo os olhos até Shinsuke que fitava a bebê deitada no carrinho com um sorriso bobo nos lábios finos.
— Kita? — chamou com a voz baixa logo tendo os olhos claros em sua direção, sorriu curto — Você é ruim em alguma coisa?
O homem piscou confuso ao ouvir suas palavras, concordou com a cabeça como se fosse óbvio.
— Sou ruim em um monte de coisas.
— Pontue — Bokuto murmurou com a voz cansada entrando na conversa, abriu os olhos amarelos devagar —, quero saber no que você é ruim.
Você riu baixinho concordando com a cabeça devagar levando toda a atenção até Kita que lhes encarava sem graça, ele passou a mão destra sobre a nuca a esfregando antes de dar de ombros sem saber muito bem o que dizer.
— Sou péssimo em inglês e em dar em cima das pessoas, fico nervoso e me embanano todo.
— Eu nunca vi você namorando ninguém falando nisso — Kuroo murmurou adentrando na sala segurando uma garrafa esverdeada de cerveja dando um gole na mesma, suspirou aliviado volteando a atenção dos olhos castanhos em direção a Shinsuke —, posso te arrumar alguém se quiser.
O homem arregalou os olhos suavemente antes de negar com a cabeça diversas vezes, olhou para os lados como se quisesse ter certeza de que Nana não estava por perto, entreabriu os lábios antes de sussurrar.
— Estou gostando de uma pessoa no momento, mas não sei como tomar a iniciativa, não posso contar pra Nana o coração fraco dela não aguentaria — ele disse com a voz fraca abrindo um sorriso frágil em lábios, voltou a sussurrar —, é o Aran Ojiro, aquele enfermeiro do hospital local, ele que cuidou dos meus ferimentos da última vez.
— Ele é meu amigo, sou amigo de todo mundo nessa cidade pra falar a verdade — o homem murmurou de modo orgulhoso dando mais um gole na própria cerveja —, quer que eu arrume ele pra você?
— Não fique se gabando por conhecer todo mundo dessa cidade — Bokuto murmurou com a voz mau humorada lhe abraçando mais forte por entre os próprios braços, respirou fundo, você sorriu de maneira divertida se aconchegando mais contra o peitoral do homem —, Hateruma é um ovo, até a Nana deve conhecer todo mundo.
Kuroo revirou os olhos mostrando o dedo do meio para o amigo, passos suaves e lentos que praticamente se arrastavam contra o assoalho amadeirado da casa se fizeram presentes, viraram os rostos para o lado se detendo com Yumie Kita que andava de maneira delicada segurando a própria bolsa como se estivesse pronta para ir embora.
— Conheço todo mundo dessa cidade, conheço as avós de vocês também — ela murmurou com a voz suave, correu os olhos em sua direção antes de sorrir fraco —, viu, (Nome), Kita seria um ótimo pai, ele se dá muito bem com crianças, case com ele.
— Nana, eu já sou casada, esqueceu? A senhora até compareceu no meu casamento — murmurou de maneira divertida fitando Koutarou de soslaio que riu baixinho antes de lhe abraçar mais forte —, nos casamos na praia, aqui as alianças.
Murmurou estendendo a mão mostrando o anel delicado que possuía no dedo, uma borboleta pequenina que se encaixava no anel de Bokuto, a mulher de certa idade revirou os olhos antes de rir baixinho, concordou com a cabeça por fim antes de murmurar alguma coisa para o neto que assentiu por fim, não demorou muito para que os Kita deixassem a casa dos Hinata por fim.
O silêncio naquele momento parecia ser a mais completa melodia do século, não sabia ao certo por quanto tempo havia escutado aqueles bebês chorarem, era simplesmente ensurdecedor, finalmente poderia dormir nos braços do namorado até o dia seguinte já que os bebês estavam completamente alimentados; fechou os olhos devagar sentindo o carinho dos dedos de Koutarou contra seu couro cabeludo, sorriu de maneira sonolenta se aconchegando mais contra os braços do homem.
Antes que pudesse pegar no sono a porta da sala fechou com tudo em um estrondo altíssimo, abriu os olhos de maneira desesperada se detendo com um Atsumu animado que segurava algumas sacolas.
— Trouxe cerveja!
Ele bradou, você fechou os olhos com força ao escutar o choro alto dos bebês assustados no carrinho, se levantou de uma vez lançando um olhar irritadiço para o melhor amigo sentindo sua cabeça doer.
— Eu vou te matar, Miya Atsumu!
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