𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 𝚘𝚗𝚎
— Deixa eu ver se eu entendi — Suguro disse, tentando ficar sério, mas não conseguindo impedir que um sorrisinho divertido tomasse conta dos lábios dele — Sua mulher contratou uma babá pra ficar com Megumi, só que você já teve um caso com ela muitos anos atrás — Uma risada queria escapar dos lábios dele, mas o Geto se controlou — E [Nome] não faz a menor ideia de nada?
— Eu não sei se ela realmente não sabe — Satoru respondeu, com a testa colada com a mesa de madeira do bar. Ele sabia que Suguro estava quase caindo na gargalhada com essa história. O platinado não culpava o amigo. Se estivesse no lugar dele, com certeza estaria rindo agora — Já faz uma semana que a babá chegou e [Nome] tá meio estranha — Ele deu de ombros — Mesmo que ela consiga disfarçar muito bem.
— Pelo menos ela não te fez fazer um voto de castidade involuntário.
— Vai se foder — Finalmente, o Geto não aguentou mais e deixou que uma risada divertida escapasse dos lábios dele.
Satoru não ficou com raiva. Muito pelo contrário. Era bom ter alguém para conversar sobre coisas da vida. Obviamente que ele nunca falaria que Mei Mei na verdade é sua colega de trabalho e que eles dois são agentes secretos. Alguns detalhes poderiam ser deixados de lado.
Já fazia uma semana que a mulher de cabelos branco azulados passou a conviver com vocês. E, nesse meio tempo, você parecia agir normalmente, interagindo com ela para explicar como as coisas eram feitas na casa. Mas, por mais que você fizesse o possível para não demonstrar nada, o platinado sabia que você não estava feliz. Ele sabia que você estava incomodada. Sabia que você sabia de algo. Você era a Espectro no final das contas. Você sabia de tudo. Saber que o Gojo e Mei Mei tinham um caso era brincadeira de criança. Todos na agência sabiam.
Mesmo que você não falasse nada, ele sabia. Conseguia ver a forma como você estava olhando para ele nas últimas semanas. Distante. Conseguia ver que você não estava se entregando no sexo, como se estivesse com medo de ser machucada. Conseguia ver a forma como você olhava para ela. Com insegurança.
Ao contrário, Megumi já deixou bem mais do que claro que não gostava nem um pouco da ideia de Mei Mei estar no apartamento com eles. Você não sabia dizer se o mais novo já tinha visto ela antes e sabia que Satoru e ela tinham um caso, ou se ele só percebeu pela situação tensa que ficou a casa depois que ela chegou. De qualquer forma, ele disse com palavras expressas que não gostava dela. Mas a mulher mais alta que você apenas sorriu.
— Você já pensou em perguntar pra [Nome] se ela sabe? — A voz do moreno tirou o Gojo dos próprios pensamentos.
— Você deve tá bêbado já — Finalmente, uma risadinha baixa espadou dos lábios dele, que tirou o rosto da mesa e se sentou novamente — Se ela não sabia sobre meu caso com Mei, depois que eu perguntar ela vai ficar sabendo.
— Não é melhor só abrir o jogo logo? Você mesmo já disse que [Nome] é muito esperta — Suguro deu de ombros — Se ficar enrolando, ela vai descobrir e as consequências vão ser piores.
— Puta que pariu — O platinado sussurrou, cansado e irritado. Mesmo assim, sabia que o Geto tinha razão. Precisava conversar com você sobre isso o mais rápido possível.
Não sabia o que tinha levado Masamichi a tentar foder tanto assim com a vida dele, mas Satoru sabia que tinha sido pessoal. A agência tem diversas mulheres diferentes, além disso, a missão já estava indo muito bem e vocês não precisavam de reforços no momento. O Gojo se perguntou várias vezes na última semana o que poderia ter feito para irritar tanto assim o chefe. Mas não conseguiu pensar em nada. Obviamente, o platinado era inconsequente e irresponsável bla bla bla, mas ultimamente ele estava até bem quietinho. Masamichi não tinha do que reclamar. Mas, mesmo tentando muito, ele não conseguiu descobrir o que estava acontecendo dentro da agência. Era quase como se estivessem tentando esconder algo dele de propósito.
— A situação não podia ser pior — Mais um suspiro no dia espaçou dos lábios de Satoru. Estava cansado. Queria que a missão pudesse voltar uma semana antes, quando tudo parecia estar perfeito — O que eu faço se ela ficar com raiva?
— Sinceramente, não imagino a [Nome] com raiva por causa disso — Suguro olhava distraidamente para a caneca de cerveja vazia em cima da mesa — Não que eu conheça muito bem ela, mas me parece que ela ficaria mais insegura com toda essa situação do que com raiva.
— Como assim?
— Ela deve ser muito autoconfiante, mas parece que tem pouca confiança nos outros — O platinado se forçou a ouvir atentamente e a não se demonstrar surpreso por ele ter feito toda essa análise da sua personalidade tendo lhe encontrado tão poucas vezes. Talvez os homens dele estivessem, no final das contas, seguindo vocês — Eu sei que você é o marido dela, mas eu sempre achei que ela se mantinha a uma distância segura. Como se estivesse com medo de se machucar.
Satoru não respondeu. Não estava mais fingindo. As palavras do amigo realmente entraram na cabeça dele. O Gojo sabia que você era assim, não precisava de muita convivência para ver que você era uma pessoa exatamente cautelosa em relação a tudo, inclusive quando ia se entregar para alguém. Não é à toa que você sempre manteve uma distância relativamente segura dele e de Megumi. Você não queria se envolver totalmente.
— Acho que ela já foi machucada antes — A voz de Suguro foi o que fez Satoru olhar na direção dele de novo — Sabe de alguma coisa?
— A gente se conhece a muito tempo, então teria que ser quando ela era criança — Era mentira, mas parecia verdade — Mas ela já me falou várias vezes sobre o passado dela e nunca pareceu ter nada de muito errado.
— Posso pedir pra alguém procurar saber.
O tom de voz de Geto era sugestivo. Não seria nada bom ter alguém xeretando o passado da Espectro. Ou acabariam achando alguma coisa ou acabariam não achando absolutamente nada, como se ela nem sequer existisse. As duas opções eram terríveis. Mas ele também não sabia se poderia negar. Além de ele realmente estar curioso sobre o seu passado, uma pessoa normal provavelmente não negaria, a não ser que tivesse alguma coisa a esconder.
— Achei que você fosse só um herdeiro com imóveis — O platinado brincou, forçando uma risada divertida, que ficou parecendo bem verdadeira, para tentar esconder a sua tensão.
— Eu ainda tenho meus contatos — Ele não parecia desconfiado — Vai querer ou não?
— Pode procurar saber — Tinha um sorriso divertido nos lábios dele, mas isso não transparecia nem um pouco o que ele realmente estava sentindo — Agora se [Nome] descobrir alguma coisa e ficar puta, a responsabilidade é totalmente sua.
— Cem por cento — Ele levantou as mãos, como se estivesse se rendendo.
Os dois caíram na gargalhada. Talvez fosse um pouco do álcool, mesmo que Satoru nem tivesse bebido tanto, que fazia com que ele simplesmente adorasse essas saídas com o alvo da missão de vocês. Conversar com Geto e se entender com ele era tão fácil que chegava a ser prazeroso. Os dois eram muito parecidos e diferentes ao mesmo tempo. Era estranho, mas ele não queria que aquilo acabasse. Começou a se forçar a não pensar na missão enquanto estava com Suguro.
— Eu preciso ir pra casa — O moreno disse, olhando a tela do celular — Prometi ao Yuji que ia assistir um filme com ele.
— Vai acabar ganhando o prêmio de pai do ano — Satoru respondeu, tirando a carteira do bolso e pegando o cartão de crédito — Hoje foi por minha conta.
— É, e a próxima é na minha.
Eles não apertavam mais as mãos quando se encontravam ou iam embora, mas também não se abraçavam. Não fazia do feitio deles. Suguro simplesmente assentiu com a cabeça depois de gritar um "vê se não faz merda com sua mulher, porque se não eu vou ficar do lado dela" enquanto entrava no carro. Satoru só teve tempo de gritar um "vai se foder" de volta e saiu rindo pelas calçadas da cidade.
Já que o Geto tinha motorista, ele sempre se dispôs a ir em bares perto da casa do platinado, justamente porque ele precisaria voltar andando para casa. Satoru já tinha sugerido eles irem em outros lugares da cidade para ver se o moreno oferecia uma carona de volta para ele. Mas Suguro não era tão ingênuo ao ponto de não tomar cuidado com alguém colocando escutas nos carros dele. Por mais que a amizade deles estivesse evoluindo muito, ainda não tinham chegado nesse ponto.
Um suspiro cansado escapou dos lábios do Gojo enquanto apertava no botão do elevador e esperava ele chegar. Tinha se certificado de que voltaria para casa apenas quando desse a hora de Mei Mei ir embora. Ele tinha passado a maior parte do tempo na última semana fora de casa. Fazia questão de não voltar até que ela fosse embora. De certa forma, isso acabou fazendo com que ele visse você menos também. Ele também não tinha lhe perguntado como estavam indo as interações com a mais velha. Era um assunto delicado e ele nem sabia como abordar.
— Boa noite, Satoru.
Puta que pariu foi a primeira coisa que ele pensou ao reconhecer a voz irritante. Se virou para Fumiko com um sorriso simpático no rosto.
— Boa noite, Fumiko.
— Você geralmente volta tão tarde pra casa — Ela pontuou, fazendo ele querer revirar os olhos — O trabalho é muito puxado?
— Na verdade eu 'tava com um amigo.
O platinado agradeceu a todos os deuses quando o elevador chegou e ele pôde interromper a conversa. Sabia que ela não ficaria calada durante todo o percurso, então nem se deixou comemorar tanto a vitória.
— Eu encontrei sua esposa ontem de tarde — E não demorou mais do que poucos segundos para que ela voltasse a falar, apenas esperou que as portas do elevador se fechassem — Tinha uma mulher bem bonita e mais velha com ela.
— Mei Mei — Ele respondeu, ainda simpático — É a nova babá do Megumi.
— Foi você quem escolheu ela?
Satoru sabia exatamente o que ela queria dizer com aquela pergunta. Uma mulher mais velha, bonita, com um corpo perfeito. É claro que Fumiko sairia dizendo que ele tinha escolhido ela pela beleza ou por um certo interesse oculto. A vizinha de vocês com certeza faria questão que você também pensasse isso.
— Na verdade foi a [Nome] — O Gojo explicou, ainda com aquele sorriso no rosto, fazendo com que as bochechas dele começassem a doer — Eu só conheci ela no primeiro dia de trabalho.
A decepção era evidente no rosto da mulher. Tanto que fez com que o platinado quisesse rir, mas ele de conteve. Ainda bem que o elevador tinha chegado logo depois. Ele aproveitou para se despedir rapidamente dela e entrar no apartamento, não querendo mais nenhum tipo de problema no dia. A semana já estava sendo cheia o suficiente.
— Papai! — Mas o grito alegre dessa criança, toda vez que ele chegava em casa, fazia tudo valer a pena.
Megumi entrou disparado no corredor da casa, correndo até o pai, somente com uma toalha amarrada no corpo e o cabelo completamente molhado. Não precisava ser um gênio para saber que ele havia acabado de sair do banho.
— Megumi! — Você gritou, saindo do quarto dele — Você molhou a casa inteira.
Ele já estava no colo de Satoru quando você chegou na metade do corredor.
— Amor — Sua expressão era de surpresa, por mais que você tivesse ouvido ele chegando do quarto do mais novo — Achei que fosse chegar mais tarde.
— Suguro teve que ir pra casa porque ele prometeu ao Yuji que eles iam assistir um filme juntos — Ele colocou Megumi no chão de novo e depositou um beijo no topo da cabeça dele — Vai se enxugar e trocar de roupa. Vamos jantar e assistir alguma coisa depois, tá?
— Certo! — A criança saiu correndo de novo pelo corredor, até entrar no próprio quarto e sair do campo de visão de vocês.
Você se virou novamente na direção de Satoru. Se inclinou um pouco para frente e depositou um selinho muito rápido e seco nos lábios dele. O Gojo percebeu isso. Era como você estava o cumprimentando durante toda a semana. Seca. Como se ele não importasse mais para você.
— Como foi o... — Mas, antes que você pudesse acabar de perguntar como foi a saída com o Geto, Satoru agarrou o seu pulso e lhe puxou para perto.
Com o seu corpo completamente colado no dele, o platinado atacou os seus lábios, em um beijo sedento e faminto. Fazia muito tempo que vocês não se beijavam assim, com desejo. Você resolveu se entregar completamente aquilo. Também estava necessitada e poderia se aproveitar do Gojo para aliviar momentaneamente seus desejos. Não faria mal.
Somente quando suas línguas cansaram de travar uma árdua batalha para ver quem estava no comando, Satoru lhe soltou, mas manteve o rosto perto o suficiente para sussurrar no seu ouvido:
— É assim que eu quero ser recebido pela minha esposa.
Seu corpo tremeu e seus pelos se arrepiaram.
— Engraçado você falar isso — Você se afastou, com um sorriso sínico no rosto — Enquanto você fica bebendo no bar e se divertindo com o alvo da nossa missão, eu tenho que ficar a tarde inteira aqui em casa com sua amante — Sua voz era muito baixa, justamente para que os vizinhos não conseguissem ouvir a discussão de vocês.
— Ficou com ciúmes, meu amor? — Aquele sorriso pretensioso, que fazia com que qualquer mulher se ajoelhasse aos pés dele. Você até cederia, se não estivesse tão puta.
— O que ciúmes tem haver com isso? — Seu tom era sarcástico e o sorriso sínico se transformou em divertido — Não sei como você aguentou aquela mulher por tanto tempo, mas eu não fui contratada pra isso.
— Olha, eu também não 'tô nada feliz com ela aqui — Agora, ele estava falando sério — Eu tentei falar com Masamichi, mas ele nem me escutou. Desculpa por ficar fugindo e deixando você lidar sozinha com a situação. Prometo que vou começar a voltar mais cedo pra casa.
Suas sobrancelhas se arquearam levemente. Não esperava que ele fosse tão compreensivo. Além disso, se ele tinha acabado de falar que estava fugindo dela, talvez ele não tivesse mais sentimentos por Mei Mei? Ou será que ele nunca teve?
— Eu agradeceria se me ajudasse a lidar com ela — Você disse, de forma sincera — Não aguento mais ela perguntando sobre minha vida pessoal ou sobre o nosso suposto envolvimento.
— Acha que ela sabe de alguma coisa?
— Que nós transamos? Provavelmente — Você deu de ombros — Meio que ninguém acredita quando eu falo que eu nunca transei com Satoru Gojo, mesmo morando sob o mesmo teto que ele há meses.
— Compreensível — Ele brincou e riu quando você lançou um olhar irritado na direção dele — O que você respondeu?
— A verdade — Você virou o rosto e começou a fingir que organizava as coisas na cozinha. Não conseguia falar isso olhando nos olhos dele. Com certeza ele saberia que você estava mentindo — Que acabamos transando, mas nunca passou disso — Você fez uma pausa e concluiu bem baixo, na esperança de que só você fosse ouvir — Não é nada além de sexo.
Satoru não respondeu. Estava dividido. Ele já tinha assumido para si mesmo que tinha sentimentos muito fortes por você. Mas não sabia dizer se você realmente não respondia a esses sentimentos ou se essa era uma forma de você apenas afastar ele, como Geto disse que você fazia. Isso tudo era muito confuso. Ele nunca precisou entender bem os sentimentos das pessoas. Você era um baú trancado à sete chaves. Ele não conseguia perceber como você realmente se sentia. Você não amava ele? Ou só estava tentando negar isso para si mesma? E, se estivesse tentando negar, o que te impedia de corresponder aos sentimentos dele?
Isso era muito difícil.
— Papai, a gente pediu pizza! — A voz alegre de Megumi o tirou dos próprios pensamentos — A gente tava esperando você chegar e a bruxa má ir embora.
— Bruxa má?
— É assim que a mamãe chama ela.
Suas bochechas ficaram vermelhas imediatamente e um sorriso divertido tomou conta dos lábios de Satoru, enquanto lhe encarava com as sobrancelhas levemente arqueadas.
— É melhor a gente comer antes que esfrie — Você disse, abrindo o forno e tirando as caixas de pizza que tinha colocado ali dentro.
Mei Mei já tinha organizado a mesa antes de ir para casa, então vocês três apenas se sentaram e começaram a comer. Por mais que tivesse ido ao bar com Suguro, o platinado não tinha comido nada lá. Fazia um tempo desde que vocês não se sentavam na mesa juntos e pareciam uma família normal. Era bom.
O único lado bom de vocês passarem a semana inteira sem se ver direito era que o assunto na mesa nunca acabava. Megumi contou literalmente tudo o que tinha acontecido na escola dele na última semana, incluindo os avanços dele na amizade com Yuji. Ele tinha até assumido que agora tudo era uma competição. Faria com que a amizade dele com o Itadori fosse construída mais rápido do que a amizade do pai com o Geto.
Satoru aproveitou para contar como tinham sido os encontros dele com Suguro na semana. Os avanços estavam indo muito bem e ele fez questão de acrescentar que o chefe da máfia parecia ter gostado muito de você. Até sugeriu que vocês saíssem mais em família. Sua habilidade mais forte era a de obter informações. Vocês precisavam que não só Satoru tivesse um contato forte com o Geto, mas você também. Talvez você ter causado uma boa impressão facilite as coisas no futuro.
Quando chegou a sua vez de falar, você teve que pensar um pouco. Passou a semana inteira atualizando Mei Mei sobre como funcionavam as coisas na casa; como estava indo a missão; e respondendo as inúmeras perguntas dela sobre o platinado.
Durante o jantar, tinha aberto uma garrafa de vinho e estava bebendo sozinha. Nem percebeu quando a garrafa acabou. Aparentemente nem Satoru tinha percebido, porque quando você falou que iria abrir outra, ele não deixou.
A ideia de ver um filme foi completamente por água abaixo. Acabaram passando horas conversando na mesa, mesmo depois de já terem acabado o jantar. Quando Megumi já estava quase dormindo em cima do próprio prato, o Gojo o pegou no colo e levou até o quarto, se certificando de que ele escovasse os dentes e trocasse de roupa antes de deitar.
Assim que ele voltou para a sala, lhe viu roubando uma garrafa de vinho da geladeira e colocando parte do líquido tinto dentro da sua taça.
— Amor, você já bebeu demais — Ele disse, indo até você e tentando tirar a taça de suas mãos.
Você riu e se afastou dele, já completamente embriagada. Satoru odiava mulheres bêbadas. Elas era sempre irritantes e davam trabalho, mas, por algum motivo, ele estava sorrindo.
— [Nome], vem — A voz dele era mansa e calma, enquanto ele estendia a mão na sua direção — Vamos pra cama.
Você nem pensou em dizer "não". Estava quase que hipnotizada com a beleza dele, como se não visse aquele rosto perfeito todos os dias. Você apenas começou a seguir ele, se deixando ser guiada até o quarto de vocês. Não conseguiu perceber quando ele escovou os seus dentes e trocou sua roupa, sem nem um pingo de malícia.
Isso era novidade para o Gojo também. Nunca se imaginaria cuidando de uma mulher bêbada. Mas ele não estava irritado. Muito pelo contrário. Ele teve que tomar cuidado para as risadas não serem altas demais e acordar Megumi. Você era até divertida embriagada. Talvez ele começasse a lhe incentivar a ficar assim mais vezes.
— A gente vai transar? — Você perguntou, quando já estavam deitados na cama, fazendo o platinado olhar na sua direção com mais um sorriso divertido nos lábios.
— Claro que não.
— Se fosse Mei Mei, você transava — Você falou baixo e meio atropelado, mas ele conseguiu entender perfeitamente.
— Você 'tá bêbada.
— E você não negou.
Satoru suspirou fundo. Não imaginava que você estivesse tão insegura assim em relação a Mei. Você sempre se mostrou uma pessoa muito autoconfiante. A esperança que crescia dentro dele era que você estivesse assim porque era realmente apaixonada por ele. O Gojo não conseguia não se apegar a isso.
— Eu não transaria com ela — Ele disse, calmo, sem desviar a atenção dos seus olhos semicerrados — Não depois que eu te conheci. Sinceramente, acho que eu nunca mais vou conseguir ir pra cama com nenhuma outra mulher que não seja você.
Satoru não sabia se você tinha entendido o que ele falou ou não. Seus olhos estavam presos nos dele, mas sua expressão não tinha mudado absolutamente nada desde que ele começou a falar, quase como se você estivesse decidindo se acreditaria naquelas palavras ou não.
— [Nome], eu sei que você não 'tá nem um pouco feliz que Mei veio pra cá — Ele estava sentado na cama, enquanto acariciava levemente os fios do seu cabelo que estavam espalhados pelo travesseiro — Mas eu realmente queria que você soubesse que não precisa ficar insegura por causa dela — O Gojo precisava falar. Precisava colocar aquilo para fora e dizer em voz alta de uma vez por todas — Eu te amo, [Nome]. Como eu nunca amei ninguém antes. Não quero que você vá embora depois que a missão acabar. Quero que fique comigo pro resto das nossas vidas.
Você não estava mais com a expressão neutra de antes. Suas sobrancelhas se arquearam levemente e seus olhos desviaram do dele. Estava pensando no que responder, mas sabia que só existia uma resposta plausível para aquele momento.
— Sabe qual é o pior de tudo? — Você perguntou, ainda sem olhar na direção dele.
— O que?
— Acho que eu também te amo.
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