𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢 𝚏𝚒𝚟𝚎
Você sabia que ele só tinha falado aquilo porque precisava convencer Mei Mei de que não existiam sentimentos entre vocês dois. Mas, porra! Precisava ter esculachado tanto?
Claro que eu não amo ela.
[Nome] é muito complicada.
Não combinamos, nem somos compatíveis.
Não sabia dizer ao certo o porquê de você estar tão irritada, mas estava. Ouvir aquelas palavras saindo da boca dele, ainda que você soubesse que não eram verdadeiras, tinham mexido de um jeito estranhamente ruim com o seu coração.
Mais do que tudo, você estava confusa. Sabia que Satoru sentia algo por você, só não sabia o quão profundo era o sentimento. Será que ele realmente lhe amava muito como ele tinha dito a Suguro naquele dia?
Já faziam alguns dias. Era levemente engraçado ver o platinado em dúvida se você estava irritada ou não com ele. Satoru nunca foi bom em lidar com o sentimental das mulheres, até porque todo tipo de relação que ele teve com elas foi só baseado em sexo, mas ele estava se empenhando em tentar entender como você pensava. De certa forma, era até fofo a forma como ele lhe dava beijos levemente hesitantes e sempre olhava de canto na sua direção para ver se você estava com um ar de irritada.
Isso acabou fazendo sua raiva se dissipar.
— Mamãe, meu boletim novo saiu! — Megumi gritou, entrando na sala como um furacão.
Ele nem esperava mais a porta ser fechada para soltar a mão de Mei Mei e voltar a tratar a mais velha com indiferença. A mulher de cabelos azuis apenas revirava os olhos toda vez que ele fazia isso, mas não falava nada e ia direto para a cozinha, fingir que estava trabalhando como empregada doméstica.
Você sorriu quando o mais novo foi até você, que estava sentada no sofá da sala. Suas mãos se moveram automaticamente ao fechar o livro que estava lendo e colocá-lo de lado. Megumi pulou nos seus braços e se sentou no seu colo, depois de subir no sofá.
— Olha! — Ele disse, animado, lhe entregando uma folha de papel.
O sorriso no seu rosto acabou de alargando de forma involuntária.
Pegou o papel das mãos dele e leu o que tinha escrito. Não era a primeira vez que Megumi lhe trazia um boletim. Todo bimestre eles entregavam um e o seu filho jamais tinha lhe decepcionado. Ele era inteligente e muito. Quem visse de fora realmente acharia que ele tinha puxado isso de você e de Satoru.
Mais uma vez, as notas dele eram impecáveis. Quase todas eram um dez e, as que não eram, eram quase isso. Você ficou orgulhosa de verdade. Ficava mais aliviada ao saber que, independentemente do fim que as coisas tomariam, Megumi tinha um futuro brilhante pela frente.
— Mais uma vez, parabéns — Você largou o pedaço de papel em algum lugar pelo sofá e agarrou o mais novo, envolvendo ele nos seus braços — A gente pode tomar sorvete hoje pra comemorar.
— Eba!
Ele devolveu o abraço, ainda mais forte que o seu.
Ficaram assim por alguns minutos. Você fazia carinho na cabeça dele, sentindo os fios escuros e sedosos escapando entre os seus dedos. Era confortável. Estar com Megumi era confortável e, quando ele lhe abraçava assim, você tinha vontade de nunca mais o largar.
Você apenas virou a cabeça na direção da porta quando ouviu a fechadura eletrônica se abrindo, avisando que seu marido tinha chegado em casa. Satoru tinha mantido a promessa de que não ficaria fugindo do apartamento só porque Mei Mei estava lá. Depois da conversa que tiveram, ele sempre tentava chegar o mais cedo possível do trabalho.
— Não sabia que... — Ele começou a falar, mas parou no instante em que olhou mais atentamente para vocês dois no sofá.
Um sorriso genuíno se formou nos lábios dele e, somente depois de você olhar para baixo, percebeu que o mais novo tinha dormido nos seus braços. Dessa vez, era você quem estava sorrindo.
— Saiu o boletim novo dele — Você falou para o platinado, sussurrando.
— Notas perfeitas como sempre? — Ele perguntou, também em um sussurro.
Você apenas assentiu com a cabeça, enquanto o Gojo ia até onde vocês estavam e pegava o boletim jogado no canto do sofá. Ao mesmo tempo, você colocava cuidadosamente Megumi nos seus braços, de forma que conseguisse se levantar com ele.
Lidar com crianças nunca foi o seu forte, mas, depois de passar vários meses convivendo com Megumi, que, embora não fosse o exemplo ideal de criança normal, acabou aprendendo algumas coisas, como carregar elas no colo, por exemplo.
Era engraçado o fato de que Satoru tinha mais jeito com crianças do que você, mesmo ele tendo toda aquela pose de "odeio crianças e nunca vou querer ter filhos". Talvez ele fosse tão jeitoso assim por ter cuidado do Fushiguro desde que os pais dele morreram, quando ele ainda era bem mais novo.
Com Megumi em seus braços, você foi andando devagar pelo corredor, até chegar no quarto dele. Estava tão concentrada em não fazer movimentos bruscos que nem percebeu o platinando indo atrás de você.
Delicadamente, você o colocou na cama de solteiro, que parecia tão grande com aquele corpinho pequeno em cima. Deixou que ele deitasse com a farda da escola, porque tirar as roupas dele talvez o acordasse, e ele estava tão angelical dormindo que você nunca teria coragem de fazer algo assim. Depois se preocuparia em dar um banho nele e colocar os lençóis para lavar.
Ao se virar para sair do quarto, você quase tomou um susto ao ver Satoru encostado na porta, olhando para a cena como se fosse a coisa mais linda do mundo.
— Você daria uma ótima mãe, sabia disso? — Ele disse, meio que involuntariamente.
Seu sorriso ficou um pouco mais envergonhado, mas ele não sumiu do seu rosto.
— E você daria um ótimo pai — Respondeu, passando por ele e fechando a porta atrás de vocês, deixando que Megumi mergulhasse em um sono profundo — Já disse que acho que você devia adotar ele de verdade depois da missão.
— Ia ser difícil ser pai solteiro com o meu trabalho — O ar começou a ficar mais tenso a medida em que ele falava — Se eu tivesse alguém pra ser a mãe dele, eu adotaria.
Não foi preciso mais palavras do que aquelas. Você sabia muito bem o que estava escrito nas entrelinhas da fala dele.
Foi preciso muito esforço para que você conseguisse responder sem tremer a voz:
— Tenho certeza de que você vai achar a mulher certa, um dia.
— Ou talvez eu já tenha achado.
Não conseguia mais responder. Seu coração batia tão alto que você já nem escutava os próprios pensamentos. Queria desviar o olhar daquelas orbes azuis, mas não conseguia.
Era um momento de fraqueza. Você sabia qual seria o final dessa história, mas queria se apegar ao sonho que representava as palavras de Satoru. Ele e você juntos, como um casal de verdade, adotando Megumi, que seria o seu filho de verdade. Talvez existisse esperança afinal.
— Eu... — Mas suas palavras foram interrompidas pelo som do celular dele tocando.
Obviamente tomado pelo susto, Satoru pegou rapidamente o celular do bolso e já estava preparo para desligar a ligação, quando leu o nome na tela.
— É Suguro — Ele disse, levemente relutante — Eu vou só desligar e retornar depois.
— Não não — Você respondeu, ainda sentindo o seu coração acelerado por causa do susto que o som da ligação tinha causado — Pode atender, é importante manter o contato com ele — Estava nervosa. As palavras saiam da sua boca sem que você conseguisse pensar direito — Por causa da missão — Conseguia sentir suas mãos suando — Eu espero.
O Gojo parecia relutante, mas fez o que você pediu. Não era certo deixarem as obrigações da missão de lado para resolverem questões pessoais e, sinceramente, ele nem sabia se queria ver o rumo que a conversa de vocês estava levando. Talvez ele tivesse apressando demais as coisas. Tinha se certificado de que iria estabelecer um laço de confiança para que você pudesse contar com ele para resolver qualquer tipo de problema que a agência pudesse lhe causar.
— Alô — Satoru disse, depois de atender a chamada e colocar no viva voz. Vocês tinham começado a fazer isso recentemente. Quando Suguro ligava para ele e vocês estivessem sozinhos, ele colocava no viva voz para você também ouvir a conversa e ver se conseguia alguma informação útil para a missão. O platinado só esperava que o amigo não abrisse a boca para falar algo relacionado às conversas mais pessoais que eles tinham.
— Fala, Satoru — A voz dele estava levemente abafada, como se ele estivesse em um ambiente aberto e barulhento, mas você não conseguiu identificar o que eram os sons — Olha, eu queria dizer que foi muito bom ir na sua casa. Yuji adorou brincar com Megumi e fazia muito tempo que eu não via [Nome] — Um sorrisinho discreto tomou conta dos seus lábios — Então, muito obrigado.
— Não precisa agradecer — Satoru respondeu, sem conseguir conter um sorrisinho feliz — Você sabe que é bem vindo aqui sempre que quiser.
— Eu sei — Uma leve pausa, como se ele estivesse em conflito com o que falaria a seguir — Minha casa tá em reforma agora, mas, quando ela acabar, eu ficaria muito feliz se você e [Nome] viessem me visitar.
— É só avisar o dia.
Você conseguiu ouvir a risada discreta de Suguro através da chamada. Era doce e suave. Fazia com que uma sensação boa percorresse o seu corpo. Como o amanhecer.
— Bar no final de semana?
— Você sabe que sim.
Foi nesse momento que um som ficou mais alto do que a voz de Suguro. Era forte e intenso. Estranho. Você franziu as sobrancelhas.
— Eu tenho que ir — Você não estava mais prestando atenção na conversa — A gente se vê.
— Até.
O platinado desligou a ligação e você continuou olhando parado nada, pensando. Conhecia aquele som de algum lugar.
— É tipo uma buzina de navio — A voz de Satoru fez com que você virasse na direção dele, com uma grande interrogação no rosto — Eu liguei pra ele outras vezes e ouvi o mesmo som.
— Um cais — Você disse, distraída — Não tem nenhum galpão no nome dele — Isso já tinha sido verificado por você em uma das suas primeiras semanas naquela missão. Então você soltou uma risada divertida — É claro que não tem.
— Acha que vamos conseguir alguma coisa? — Ele não estava tão animado como deveria estar. Claro que não estava. Se isso fizesse com que vocês realmente o pegassem, Satoru perderia a amizade com Geto e você iria embora.
Não queria admitir em voz alta, mas você também não estava muito ansiosa para que essa missão acabasse. Por isso, foi o menos profissional possível ao responder:
— Acho difícil, mas eu vou tentar mais tarde.
Não tentaria. Ou tentaria de uma forma bem preguiçosa.
Vocês dois ficaram em silêncio por um tempo. Estava esperando que ele continuasse a conversa de antes. Você estava levemente assustada com a ideia. Satoru tinha feito questão de mostrar que se importava com você, que realmente gostava muito de você.
— Sobre o que eu disse antes — Foi ele quem começou a falar. Você tentava ao máximo não se mostrar ansiosa, mas sabia que estava fazendo um péssimo trabalho. Satoru conseguia ver o nervosismo estampado no seu rosto, ele só não sabia muito bem como interpretar aquilo — Eu quero que você confie em mim — Resolveu falar, sem se arrepender de nada — Mas eu também sei que a situação é delicada, porque estamos em uma missão e tudo mais — Você apenas assentia com a cabeça, sem saber se conseguiria sequer formular palavras — Eu realmente gosto de você, [Nome]. Muito.
Suas sobrancelhas se arquearam por um momento. No fundo, já sabia daquilo, mas ouvir as palavras saindo da boca dele, como se fosse algo fácil de falar, acabou lhe chocando um pouco. Sua mente começou a lhe autosabotar. E se ele estivesse falando aquilo porque Masamichi pediu? E se fosse tudo um grande plano para eles descobrirem até onde você sabe? E se Satoru não ficasse do seu lado?
Seu coração começou a apertar, então você resolveu desligar o seu cérebro por um momento. Já tinha passado sua vida inteira imersa em insegurança e desconfiança. Sabia dos seus sentimentos por Satoru, não tinha mais como negar nem para si mesma, nem para ele. Por isso, deixou que seu corpo relaxasse e que a armadura ao seu redor caísse.
— Eu também gosto muito de você — Respondeu, com um sorriso aliviado no rosto, sem desviar das orbes azuis.
A expressão tensa do Gojo caiu na hora e deu lugar a um sorriso sincero. Ele pousou uma das mãos na lateral do seu rosto e lhe puxou levemente, até que seus lábios colidissem um no outro. Não foi um beijo apaixonado, desesperado e nem repleto de desejo. Foi um beijo de alívio. Que acabou sendo interrompido quando vocês dois ouviram passos se aproximando. Se separaram rapidamente ao saber que Mei Mei estava se aproximando.
— [Nome], tem uns documentos lá em baixo — Ela disse, não parecendo perceber que vocês dois estavam em um momento tão íntimo segundos antes — Por que eles ficam pedindo a sua assinatura o tempo todo?
— É da escola de Megumi — Você respondeu, se afastando de Satoru, mas sentindo quando ele movimentou a mão para que raspasse na sua enquanto você passava. Um aviso de que ele não esqueceria suas palavras — Eu já volto.
Pegou apenas o seu celular em cima do sofá e colocou um chinelo no pé. Somente no elevador, percebeu que o seu coração estava mais acelerado que o normal. Não precisava ser um gênio para saber o porquê. Um sorriso feliz tomou conta de seus lábios no mesmo instante. Estava parecendo uma adolescente descobrindo que o crush também gostava dela. Mas isso não fez com que o seu sorriso diminuísse.
Assinou os documentos da escola na portaria. O fato de que Megumi era um excelente aluno tornava suas interações com a diretoria mínimas, o que era muito bom. Conseguiu finalizar tudo e subir em menos de cinco minutos.
Estava ansiosa para saber como o Gojo iria agir de agora em diante. Passariam a tarde juntos, como tinham feito nas últimas semanas em que ele começou a largar mais cedo do trabalho. Já estava com a mão na maçaneta eletrônica quando ouviu a porta ao seu lado se abrindo. Tentou colocar a senha rápido para evitar falar com um de seus vizinhos, mas não conseguiu.
— [Nome], boa tarde — A voz de Sasuke era alegre e animada. Já fazia um tempo desde que você não se encontrava com ele ou com a esposa. Para sua sorte. As coisas estavam indo bem demais para você querer ver o casal caótico de novo e, por mais que Sasuke já tenha mandado mensagens para Satoru perguntando quando vocês iriam sair para jantar com eles de novo, o platinado sempre dava um jeito de se esquivar dos convites — Eu queria mesmo falar com você.
Colocou o seu sorriso simpático mais convincente no rosto, afastando a mão da maçaneta.
— Boa tarde, Sasuke — Quando o assunto era mentir para os outros, você era profissional. A não ser que essa pessoa fosse Satoru. Ai sua mente vacilava um pouco — Claro, pode falar.
Ele olhou sorrateiramente para a porta do seu apartamento, mas suspirou e deu alguns passos para frente, se aproximando de você.
— Eu vi que vocês contrataram uma babá nova para o Megumi — Ele disse, abaixando o tom da voz, desconfiado.
— Sim. Mei Mei chegou faz algum tempo já.
— Entendi — Ele olhou para baixo, como se estivesse organizando os próprios pensamentos e escolhendo as melhores palavras — É que eu vi um dia Satoru e ela discutindo e depois ele puxou ela para dentro do apartamento de uma vez só.
Você franziu as sobrancelhas, fingindo estar confusa.
— Isso é estranho, mas posso perguntar pra ele o que aconteceu.
— Sinceramente, se quiser saber minha opinião — Você não queria, mas ele continuou — Acho que o seu marido tá tendo um caso com a babá. Sinto muito falar isso, mas...
— Ah, não não — Você riu suavemente, tentando achar uma forma de explicar o mal entendido. Não seria nada agradável se um boato de que o seu marido está lhe traindo com a babá se espalhasse pelo prédio — Satoru já conhecia Mei Mei antes. Acho que eles tiveram um caso quando ele tava no início da faculdade. Por isso ele ficou tão surpreso quando descobriu que ela era a babá que eu tinha contratado. Foi uma coincidência enorme, não foi?
— E você aceitou isso tranquilamente?
— O que aconteceu entre eles foi a muito tempo — Explicou, mas não mentiu — Satoru saiu com muitas mulheres antes de sim e, sinceramente, eu não me importo com o passado dele.
Ele ficou encarando você por alguns segundos, assentindo com a cabeça. Com certeza ele deveria estar com pena de você. A pobre esposa que realmente acreditava nas mentiras do marido infiel. Era exatamente assim que parecia aquela situação. Você só esperava que ela não começasse a se espalhar.
A expressão de pena dele durou muito pouco. Logo depois, Sasuke esboçou um sorriso pretensioso no rosto. Você não gostava do rumo que as coisas estavam tomando, mas manteve o meio sorriso simpático e expressão inocente no rosto.
— Sabe, eu imagino que essa situação, no fundo, seja muito chata pra você — Ele deu um passo para frente e você lutou contra o seu corpo para não dar um passo para trás — Se precisar de alguém pra te ouvir, ou até pra te ajudar a liberar o estresse, Fumiko vai estar viajando até o final da próxima semana — O sorriso dele ficou ainda mais pretensioso, enquanto ele continuava — Então, sinta-se a vontade pra bater na minha porta se precisar.
Você já sabia que Sasuke tinha segundas intenções quando falava com você, só não sabia que ele seria tão descarado assim. O sorriso não morreu do seu rosto, mas ele continuou da mesma forma de antes, simpático, mas vazio.
— Obrigada por se preocupar comigo — Talvez ele tivesse criado algum tipo de esperança, já que os olhos dele brilharam um pouco, mas você se certificou de continuar a falar — Mas eu estou bem, de verdade. Eu e Satoru estávamos ótimos e também não quero entrar no seu apartamento enquanto sua mulher estiver fora e dar margem pra algum tipo de interpretação errada — Agora, o sorriso no rosto dele morreu — Você é um ótimo amigo, Sasuke. Obrigada — Disse, colocando a mão na lateral do braço dele, de forma amigável.
Depois disso, apenas virou de costas e colocou a senha do seu apartamento, abrindo a porta logo em seguida.
— Até mais! — Disse, com o mesmo sorriso falso de antes, não esperando uma resposta para entrar no apartamento e fechar a porta atrás de si.
Um suspiro cansado escapou de seus lábios. Talvez vocês devessem começar a procurar outro apartamento pelo bairro.
— Quem era no corredor? — A voz de Satoru fez você tomar um leve susto, mas não o suficiente para demonstrar. Tinha se distraído o suficiente para não o ouvir chegando.
— Sasuke — Respondeu, soltando uma risada que parecia muito verdadeira — Ele perguntou quando a gente ia sair pra jantar em casal de novo.
— Esse cara não desiste — O Gojo revirou os olhos e foi até você, entrelaçando sua cintura com os braços e lhe trazendo mais para perto — Quer assistir alguma coisa lá no quarto?
— Quero — Ficou na ponta dos pés para conseguir dar um selinho nos lábios dele — Mas primeiro eu vou tomar um banho.
— Eu tomo com você — O tom pretensioso dele fez com que um sorriso travesso se estampasse nos seus lábios.
Você começou a andar em direção ao quarto de vocês, levando o platinado pela mão.
Não contaria a ele o que aconteceu com Sasuke mais cedo. As coisas entre você e Satoru estavam extraordinárias e não queria que nada mudasse. Além disso, também não sabia o que ele faria se descobrisse o que Sasuke fez. Preferia não pensar nisso. Iria apenas aproveitar o banho, e possivelmente o sexo que viria consequentemente, sempre relembrando das palavras do Gojo mais cedo.
"Eu realmente gosto de você, [Nome]. Muito."
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top