𝚗𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗
Você estava deitada de bruços. Os nós de seus dedos já estavam brancos por causa da força que você usava para segurar os lençóis. Estava quente, muito quente. E o ar-condicionado já não parecia mais estar fazendo o trabalho dele direito.
Satoru elevou ainda mais o seu quadril, achando uma posição perfeita para fazer de você um banquete preparado especialmente para ele.
A língua dele explorava toda a sua intimidade, de todas as formas possíveis. As mãos dele agarravam com força a sua bunda, provavelmente deixando marcas dos dedos longos na sua pele sensível.
Suas mãos já estavam doendo de tanto se segurar nos lençóis, ao mesmo tempo em que seu corpo insistia em querer se mover. Mas o platinado estava garantindo que pelo menos o seu quadril estivesse bem estável enquanto ele enfiava a língua no seu íntimo.
Da mesma forma, sua mandíbula estava começando a querer travar pelo fato de que você estava mordendo o travesseiro com muita força, em uma tentativa bem sucedida de abafar os sons nem um pouco descentes que se formavam no interior de sua garganta. Não podiam se dar o luxo de talvez acordarem Megumi, que dormia pacificamente no quarto ao lado, enquanto os pais dele faziam coisas tão indecentes que precisavam ficar escondidas à quatro paredes.
— Você é deliciosa — Ele sussurrou, rente ao seu íntimo, fazendo uma pressão gostosa percorrer por todo o seu corpo.
Essa posição era constrangedora. Você estava completamente aberta e vulnerável. Completamente nua e de bruços, enquanto o Gojo lhe comia por trás. Mas você não poderia ligar menos para isso agora.
Sentia suas pernas fraquejarem e todo o seu corpo pegar fogo, mas ele não deixava que você saísse da posição, usando as mãos firmes para lhe manter no lugar.
Somente quando estava muito próxima de atingir o ápice, deixou que um leve gemido, baixo o suficiente para que até você tivesse dificuldade de ouvir fora do quarto, escapasse de seus lábios. Como um aviso. Mas, ao contrário do que você esperava, Satoru afastou a boca da sua intimidade.
— Não não não — Você reclamou, baixinho, quase como um sussurro desesperado — Por que você...? — Mas você nem teve tempo de acabar a frase.
Logo depois, sentiu o membro do platinado na sua entrada, sem fazer cerimônias antes de entrar completamente em você, lhe obrigando a morder o travesseiro de novo. Você conseguia sentir cada sentimento dele invadindo o seu corpo, sem nenhum pudor ou cuidado.
Suas costas começaram a se arquear mais e mais a medida em que as estocadas dele foram ficando mais violentas. Satoru estava brutal e impiedoso naquele dia, e você nem cogitava a ideia de reclamar sobre isso.
Os suspiros fundos dele e o som de seus corpos se chocando eram a única melodia que preenchia o cômodo de vocês. Seus corpos estavam suados e ele ia subindo o seu quadril mais e mais, para entrar cada vez mais em você. Não era uma cena bonita, mas, ao mesmo tempo, era perfeita.
A forma como ele invadia o seu corpo não era nada elegante, mas você nunca esperava que fosse.
Satoru deixou que seu corpo se aproximasse mais da cama e se inclinou para deixar uma trilha de beijos na sua coluna. Foi essa nova posição que fez com que o membro dele atingisse o ponto certo dentro de você. Foi exatamente essa nova posição que fez com que você gozasse tão forte que os lençóis da cama já não estavam mais no lugar. Ele foi logo depois de você, deixando que todo o líquido dele preenchesse o seu íntimo.
Você estava definitivamente sem fôlego. Talvez devesse fazer alguns exercícios físicos de vez em quando e não só ficar trancafiada no quarto, na frete de um computador. A frequência realmente impressionante de Satoru na academia talvez fosse o segredo por trás do fôlego completamente controlado dele (e do corpo estupidamente definido também).
Ele se retirou de dentro de você e desabou na cama ao seu lado. Você nem ousou tentar se virar para ele. Já sabia que era exigir demais de si mesma.
Tinha ciência de que ele estava olhando para você naquele momento, principalmente quando ele começou a passar os dedos ao longo de suas costas, fazendo um carinho muito bem vindo. Foi um esforço e tanto virar o rosto para o lado dele e, finalmente, poder encarar aquelas orbes azuis.
— Precisamos tomar um banho e acordar o Megumi — Ele disse, calmo, e riu quando você apenas respondeu com um rugido — Posso te ajudar no chuveiro — Não tinha malícia nas palavras dele.
— Por isso eu prefiro transar de noite. Fazer isso de manhã sempre me deixa sem vontade de levantar da cama.
— Acabamos sempre fazendo os dois — Agora, tinha malícia nas palavras dele.
Você revirou os olhos, mas não ousou retrucar. Afinal, não era mentira. Você tinha transado mais nas últimas semanas do que na sua vida inteira, e tido provavelmente o triplo de orgasmos também. Nunca reclamaria disso, é claro, mas não podia negar que a vontade de passar o resto do dia na cama era enorme.
— Não é hoje que Nanami disse que a babá nova chega? — A pergunta dele saiu mais desconfiada do que ele queria.
— É, sim.
Já faziam três semanas desde que Nanami havia dado essa informação para você. Tempo suficiente de Satoru e Geto terem saído mais vezes, criando quase que uma rotina. Você tinha feito um bom trabalho em armazenar todas as informações que conseguia sobre os homens dele e já sabia de cor agora toda a rotina de Suguro. Ao mesmo tempo, Megumi, Yuji e Nobara estavam cada vez mais grudados e tinham cada vez menos seguranças cercando o filho adotivo do Geto.
Vocês até tiveram um encontro mais "família" com o líder da gangue. Sair para a praça nova que inaugurou com Suguro e o Itadori realmente se mostrou bem benéfico. Foi uma ótima oportunidade para você conhecer mais de perto o seu alvo e talvez criar até uma relação de mínima confiança entre vocês dois.
Mas, naquela tarde, você percebeu algo que talvez não deveria ter percebido. Geto realmente estava criando uma relação real de amizade com Satoru, e ela era recíproca. Você não sabia muito bem o que se passava na cabeça do platinado em relação a isso, mas obviamente o Gojo estava perdendo um pouco a cabeça. Ele não poderia, jamais, ser amigo do alvo da missão. Poderia? Na verdade, era até compreensível. Vendo aqueles dois juntos fazia você visualizar dois adolescentes rebeldes, amigos de infância. Era muito fácil imaginar o backstory deles, mas também era muito fácil ver que não ia acabar bem.
Você resolveu não se meter. Satoru era um homem adulto e um ótimo agente. Se ele não soubesse o que estava fazendo, acabaria descobrindo no futuro. Num futuro em que você não estaria por perto para ver as consequências.
As palavras de Megumi ainda apertavam o seu coração. Era muito difícil não relembrar a conversa que você teve com o mais novo no quarto dele. A separação machucaria o coração dele, mas quebraria o seu.
Depois daquele dia, Satoru teve certeza de que você não sabia que ele tinha ouvido a conversa. Já tinham se passado algumas semanas e em todos os dias ele ficava remoendo sobre o que fazer. Ele queria que você não fosse embora, mesmo que o platinado tivesse negado isso por tempo demais, mas não tinha ideia de como fazer isso. Por mais que vocês estivessem quase vivendo uma vida de casal de verdade, vocês dois ainda eram muito fechados em relação à muitas coisas, inclusive seus passados.
O Gojo queria saber o motivo pelo qual você iria embora e abandonaria tudo o que estavam construindo. Ele queria, mais do que tudo, lutar para que você ficasse ao lado de Megumi, ao lado dele, mas não sabia como. Você era um livro fechado à sete chaves, impossível de rastrear e de ler. Satoru nem sabia o que você realmente sentia por ele, só esperava que fosse o mesmo que ele sentia por você. Ele se recusava a acreditar que você iria embora porque não amava eles, porque não se importava, porque achava que um curso de artes era mais importante do que tudo o que vocês viam construindo ao longo desses meses.
Ele olhou na sua direção, ainda recuperando o fôlego, nua, jogada na cama. Por mais que ele já tivesse com milhares de mulheres nessa situação, algo em você fazia com que ele quisesse mais. Ele simplesmente não se cansava de você, não só do seu corpo, mas de explorar sua personalidade, seus pensarmos, seus ideais. Tudo em você fascinava muito ele.
Você retribuiu o olhar.
Acabaram ficando em silêncio por longos segundos. As últimas semanas tinham sido mais tensas do que vocês gostariam de admitir. A missão estava evoluindo bem, mas vocês dois sabiam que isso significava um fim do qual ninguém estava preparado.
Você também sabia que o fato de estarem mandando uma nova agente para dentro da casa de vocês não ajudava em nada. Não era segredo que o Gojo estava aflito porque ele já tinha transado com a gigantesca maioria das mulheres de lá. Você também não gostava muito da ideia. Nunca foi do seu feitio ser ciumenta e você sabia muito bem que Satoru era o maior galinha do Japão. Mas, mesmo assim, essa foi uma informação que você conseguiu suprir ao longo dos meses, enquanto ia lenta e tortuosamente se apaixonando por ele. Nunca imaginou que chegaria o dia em que encararia tão de perto o fato de ele já ter provado tantas mulheres que fazia com que você se perguntasse se você era apenas mais uma na cama dele. Sabia que não, mas era impossível não ficar insegura.
Tentou conversar com Nanami. Não só por isso, mas também pelo fato de que a missão estava indo extraordinariamente bem. Não precisavam de reforços. Mas o loiro apenas argumentou que eram ordens de cima e que ele não poderia fazer nada para mudar elas. Você sabia o que tinha por trás disso. Por mais que os superiores confiassem em Satoru, eles não confiavam nem um pouco em você. A babá nunca foi mandada para ajudar na missão, mas sim para ficar de olho em cada passo que você dava. Você não os culpava. Sabia de muito mais coisas do que deveria. E era exatamente por isso que você precisava ir embora dali quando não fosse mais útil para eles.
— Você é linda, sabia disso? — A fala dele saiu sincera e involuntária, mas ele não se arrependeu disso. Entre deixar de amar você e achar um jeito de fazer você ficar, ele tinha chegado na conclusão de que a segunda opção era a menos difícil. Por mais que ele não tivesse ideia do que lhe fazia querer ir embora, não amar você já não era mais uma opção.
— Olha só quem fala — Você tinha um sorriso leve e divertido no rosto, antes de pegar uma almofada e jogar nele de brincadeira — Devia se olhar no espelho mais vezes, Satoru Gojo.
— Ah, não — Ele afastou o travesseiro que tinha no rosto e aquele sorriso pretensioso e perfeito estava lá — Eu tenho plena convicção de que eu sou maravilhoso — Com um único movimento, ele lhe puxou pela cintura, fazendo com que seus corpos se colassem de uma só vez — Mas eu quero saber se você, [Nome] Gojo, tem um mínimo de noção do quão incrível você é — Você tentou ignorar o fato de que o sobrenome dele soava muito bem com o seu nome. Tentou ignorar o quanto usar ele em você parecia algo natural, como se aquele sobrenome tivesse sido criado para você um dia chamar de seu.
Os olhos dele eram tão viciantes que você nem prestou atenção nas suas intimidades se chocando de novo. Satoru era todo viciante. Cada parte dele clamava por atenção, e era impossível não entregar tudo a ele.
— Eu...
Uma batida na porta foi tudo o que você precisou para pular para longe do corpo dele.
— Mamãe?
Você agradeceu a todos os deuses que conseguiu pensar por Megumi ser uma criança estupidamente educada. Imediatamente, você foi atrás das suas roupas de baixo e da camisola. Ao mesmo tempo, o Gojo não perdeu tempo em vestir a cueca e o short moletom que ele usava para dormir. Não demorou mais que pouquíssimos segundos.
— Você trancou a porta? — Seu sussurro foi tão baixo que até Satoru teve dificuldade em entender.
— Achei que você tivesse trancado — Ele devolveu, tão baixo quanto você.
Foi o suficiente para seus olhos revirarem.
Como você não tinha ouvido o mais novo se aproximar? Isso tinha acontecido muito nos últimos dias, principalmente quando você estava com Satoru ou com o próprio Megumi. Era como se estar na presença deles fizesse seu estado de alerta diminuir e seus sentidos ficarem menos aguçados. Isso resultou em noites melhores de sono e tardes mais tranquilas, mas era um pouco preocupante. Fazia parte do seu trabalho ter ouvidos aguçados. Se bem que, dali a algum tempo, você não precisaria mais fazer o seu trabalho.
— Oi, meu bebê — Você falou, assim que abriu a porta do quarto.
O mais novo estava com o rosto amassado e os olhos mal estavam abertos. A carinha de sono dele fez com que um sorriso sincero brotasse em seus lábios, pouco antes de você se ajoelhar para poder acariciar o rosto dele com uma das mãos.
— Bom dia — Ele disse, bem antes de bocejar, e você teve vontade de morder a bochecha dele.
— Bom dia, filhão — Satoru falou, antes que você pudesse dizer qualquer coisa, e se aproximou de vocês, pegando a criança no colo com uma facilidade absurda, ainda que Megumi não pesasse quase nada — O que você quer pra tomar café da manhã?
— Panqueca — A resposta saiu arrasta e sonolenta, o que fez você rir.
— Você não comeu panqueca ontem?
— Foi? — Ele fingiu de uma forma muito mal. O antigo Fushiguro era bom em diversas coisas, mas mentir nunca foi uma delas, muito diferente dos pais — Não lembro...
Sua risada ficou ainda mais alta.
— Só vou deixar porque você tirou notas muito boas na escola — O Gojo disse, apertando a bochecha dele de forma brincalhona, ainda com a criança nos braços — Amor, quer tomar banho logo? É o tempo que eu faço as panquecas com ele.
— Tudo bem — Você respondeu, indo até eles, que tinham parado no meio da sala de estar, apenas para depositar um selinho rápido nos lábios do platinado e um beijinho na bochecha de Megumi — Já volto. Não comam todas sem mim.
— Não prometo nada, mamãe.
Você fingiu uma expressão de chocada ao olhar para o mais novo pela última vez. Conseguiu ouvir a risada gostosa dela enquanto voltava para o quarto.
Aquilo parecia ser uma vida perfeita. Você queria que aquela fosse a sua vida perfeita. Mas teve que de forçar para afastar todos os pensamentos. Hoje seria um longo dia, muito longo. A nova babá chegaria e vocês teriam que estar preparados para tudo o que a agência pudesse mandar.
— Filho, pega a farinha na despensa, por favor — Satoru disse, enquanto colocava os ovos dentro da tigela.
O mais novo obedeceu e trouxe o rosto dos ingredientes para o pai. Somente depois disso, o platinado pegou Megumi no colo e o colocou sentado em cima do balcão da cozinha.
Ele sabia que você estava cansada. Tinha ficado até tarde ontem organizando a programação de Geto para que vocês se encontrassem "acidentalmente" com ele mais vezes, mapeou também a hierarquia da gangue e ainda conseguiu uma planta da casa de Suguro no intuito de ver a possibilidade de invadirem para colocar câmeras escondidas. Satoru queria fazer um agrado, por menor que fosse. Por isso, ele se empenhou em cozinhar como nunca tinha feito antes, ainda que fossem só panquecas.
Ele estendeu a primeira concha de massa para colocar na frigideira, quando a companhia do apartamento tocou. Um suspiro pesado saiu dos lábios dele. É claro que a agência mandaria a nova babá chegar bem cedo.
— Quem é? — Megumi perguntou, antes que o pai fosse lá atender.
— Sua nova babá.
O mais novo não respondeu, mas fez uma careta. Megumi não falava muito sobre isso, mas você sabia que ele não gostava dos agentes colegas se Satoru. Era como se eles fossem responsáveis pelo platinado não ter tanto tempo assim para brincar com ele.
O Gojo abriu a porta, sem olhar no olho mágico. A expressão de tédio já estava no rosto e as frases prontas de "pode avisar a Masamichi que tudo está bem e que não precisamos de nenhum vigia". Mas, assim que ele abriu a porta, todas as palavras escaparam da boca dele e a expressão de tédio se transformou em uma de pura surpresa.
De todas as pessoas que a agência poderia ter mandado, por que logo aquela?
O Gojo já sabia que Masamichi não estava em bons termos com ele, mas nunca imaginou que o chefe faria uma coisa dessas.
— Bom dia, Senhor Gojo — Ela não mediu esforços para soar o mais sarcástica e pretensiosa possível na forma que o chamou.
Satoru não sabia por quanto tempo ele tinha passado lá, mas pareceram horas. Ele simplesmente não conseguia acreditar que Mei Mei estava parada na frente da porta dele.
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