Sorry my Queen
❥ Há spoiler do mangá/anime nesse capítulo. Pré -revisado
Desculpe minha rainha
Finalmente o dia de cumprir com minha missão chegou, agora estou sentada ao lado de Zeus o observando encarar a lista de deuses lutadores e suspirei, ainda falta um dia para as lutas começarem e esse pessoal já está desdenhando da humanidade e é por isso que vão perder, prepotência e arrogância sempre perecerão diante da fé e união humana.
Me levantei sentindo uma leve dor de cabeça e fui até a minha sala privada, assim como cada campeão tem a sua sala de espera, os deuses também tem o seu local e eu tenho a minha sala pessoal ao qual ninguém consegue entrar, mesmo se esse local todo desmoronasse meu salão continuaria intacto, pois está regido pelo meu poder e por falar nele, mesmo depois de dois meses ainda me assola a perturbação que o sangue de Hades me causou, como se meu corpo custasse a se livrar dele e até agora há algo em mim que mudou, respirei fundo me concentrando no que realmente importa, ou seja, o Ragnarok.
Sai de minha sala e ao andar de volta para o salão dei de cara com Beelzebub.
-- Imperatriz. -- Sorriu me oferecendo o braço.
-- Beel. -- Sussurrei o apelido demonstrando que estava tudo bem.
-- A senhora está bem? -- Pisquei diversas vezes.
-- Por que dá pergunta?
-- Sinto uma instabilidade em sua aura e seu corpo parece mais fraco.
Olhei para ele sorrindo.
-- Está tudo bem não precisa se preocupar. -- Continuamos a conversar a respeito do que poderia ocorrer nas lutas e a convicção de Beelzebub sobre a vitória massiva dos deuses me dava vontade de rir. Há se ele soubesse o que realmente está prestes acontecer. -- Já que não há mais o que fazer retornarei ao castelo, estou bem cansada. -- Me despedi dele com um sorriso e assim voltei para o meu lar.
Eu mal cheguei ao salão principal quando vi Hades me olhando com um sorriso de canto e ao me aproximar fui recebida com um selar.
-- Seu dia está sendo produtivo não é mesmo marido? -- Perguntei me sentando na poltrona acolchoada e ele fez o mesmo ficando ao meu lado e puxando meus pés em direção ao seu colo, meus saltos foram devidamente tirados e aos poucos seus dedos passaram a massagear minha pele e respirei pesado, nem me dei conta de que estou precisando disso.
-- Tem trabalhado demais e como será minha representante no torneio espero que esteja descansada.
Revirei meus olhos apoiando minha cabeça no encosto acolchoado.
-- Seus irmãos são muito mimados, na verdade a maioria dos deuses são, só assim pra justificar uma decisão tão estapafúrdia. -- Reclamei em um sussurro quase adormecendo quanto das mãos dele foram ao meu tornozelo.
-- Pode até ser, mas lembre-se que essa é somente a sua opinião. -- Reclamou e dei de ombros, desde o ocorrido há dois meses atrás Hades tem me tratado como a divindade que eu sou, só consigo imaginar que até mesmo ele, o Deus do submundo sentiu medo, resta saber se foi de me perder ou por conta do meu poder. -- E você precisa tirar esse vestido esta apertado demais nos seus seios.
Tive de rir.
-- Não está incomodando meu bem, agora eu realmente preciso dormir. -- Praticamente me drenei para por aquela sala da forma como eu quero e preciso e agora meu corpo todo está fraco, meus pensamentos foram interrompidos pelo simples fato do meu corpo ser erguido e não reclamarei, gosto de quando o imperador demonstra mais do que deve, assim apenas repousei minha cabeça em seu peito e ele me levou até a cama, peguei no sono tão rápido que nem parece que controlo mais minhas vontades.
...
Acordei com meu corpo sendo sacudido de leve, demorei a abrir meus olhos e notei os fios brancos e cor de fogo que pareciam pairar sobre mim.
-- Onde é que estou? Dália porque está aqui?
Questionei sentindo meu corpo doer.
-- A questão não é ela Sn e sim você. -- A voz veio do Tempo. -- Preste atenção no que vou dizer, há algo perturbando você, não lhe responderei qualquer pergunta mesmo que eu saiba seu fim, mas se não resolver tal pendência sua vida será amarrada de uma vez por todas. Uma celestial você deve ser e para isso, sacrificar suas vontades deve fazer.
Detesto quando o tempo me dá enigmas, são tão complicados quanto os de Dália, reparei pesado sentindo meu corpo incendiar.
-- Você enfraqueceu, mas ainda é uma das celestiais que mais dão trabalho, por que não verte esse torneio em capricho e o manipula como bem entender? -- A voz do tempo parecia completamente distorcida como se... Não fosse ele. -- Tapei meus ouvidos e respirei fundo fechando os olhos, quando os abrir novamente estava em meu quarto, meu corpo totalmente suado, me levantei ainda tonta e fui até o banheiro adentrando a banheira ainda vazia e a colocando pra encher e então sussurrei:
-- "Tempo cretino eu sei que você prometeu não ver mais a minha vida, mas consegue me escutar, então, não seja tão insolente. Quero que deixe Dália me auxiliar."
A resposta não veio.
-- Não haja desse jeito, sabes que somos muito parecidos quando se trata de vontades. Não quero discutir só deixe-a em meu salão.
Eu sei que ele escutou e mesmo que me prive de suas respostas não faz diferença. Com a banheira cheia me banhei lentamente apenas para acalmar essa calor incessante que parece prover dentro de mim e após me vestir fui até a cozinha sendo recepcionada pelas servas.
-- Façam suco de abóbora e adicionem uma bandeja de mirtilos, romãs e morangos a mesa. Também quero bolos de frutas, manteiga e nozes, há e pães recheados. Aprontem tudo em uma hora e o suco de abóbora é pra mim, para a mesa mandem vinho, água e sucos variados. Estarei esperando no meu escritório, preciso de tudo pronto em três horas e depois que me avisarem estão dispensadas pelo resto do dia. -- Tentei sorrir, mesmo se humor e assim segui para minhas funções, não sou uma carrasca e gosto do fato de todos aqui me obedecerem independente da minha posição, fui até meu escritório abrindo as portas para meu jardim pessoal. Hades como forma de se desculpar, havia feito o jardim para mim, uma réplica do que fiz para as almas em descanso eterno, fora os povos que moram aqui no submundo. Até mesmo eu desconhecia o fato de que nem todos estão mortos e tem sim a parcela que veio há habitar aqui após se separar com a entrada dos domínios de Hades, esses ficam ao sul próximo ao domínio de gelo e perto da entrada que corresponderia ao hemisfério norte e mesmo que tenham adentrado a esse local por engano, jamais poderão sair, já que aqui vivem eternamente e é sobre eles que estou a tratar no momento as plantações estão secas e as irrigações saturadas, mandei uma gárgula notificar Beelzebub para que viesse o mais rápido possível já que eu quero deixar tudo pronto, afinal após o Ragnarok não terei mais motivos para continuar aqui.
Joguei minha cabeça para trás apoiando no encosto da cadeira somente para olhar a pintura gigantesca na parede atrás de mim, onde eu brinco cor Cérbero enquanto Hades se mantém em seu trono nos assistindo, tal gravura foi um presente de Aphrodite para comemorar o meu aniversário de casamento, inclusive ela fez com que um renomado pintor impressionista desse cada toque pessoal a obra.
Suspirei mais uma vez antes de notar o quanto me incomoda a possibilidade de nunca mais estar aqui. No fundo me apaguei competente a cada aspecto dessa vida, batidas soaram na porta e deixei meus devaneios de lado pronunciando um entre com clareza:
-- Senhora só vim avisar que toda a sua ceia está ponta e aqui está o suco o fizemos sem sementes e como ordenou das outras vezes as sementes serão entregues ao coletor. -- Agradeci enquanto ela me reverenciava e saia, me pus de pé e peguei meu suco salivando de vontade de tomar e acabei por beber o copo inteiro notando que a jarra ao lado ainda estava cheia, novamente batidas soaram na porta e dessa vez o ser entrou.
-- Desculpe pela demora Imperatriz. -- Beelzebub sussurrou.
-- Sem problemas, sabe que para você eu tenho todo o tempo que precisar. Agora quero trabalhar nos problemas das plantações. Servido?
Ele negou.
-- Seria mais fácil se esse humanos fossem embora. -- Havia desdém em sua voz.
-- Beel não fala assim. Eles não são humanos há muito tempo e você sabe melhor do que ninguém o que aconteceria se eles saíssem, se tornariam almas penadas e atormentadas, fora que fazem uma excelente festa da colheita.
Ele deu de ombros antes de revirar os olhos e concordar em trabalhar no projeto, passamos uma tarde agradável a respeito das nossas funções e no fim ele sorriu desgustando uma taça de vinho, então resolvi jogar com ele, não me levem a mal, mas não consigo esquecer o que fizeram e quero que Beelzebub me esclareça cada detalhe desse experimento.
-- Sabe... Dália sente sua falta. -- Notei seu olhar sobre minha esquerda onde a aliança de Hades adornava meu dedo.
-- Ela está aqui? -- Ele parecia minimamente eufórico, mesmo que por dentro.
-- Não, mas me segredou em um sonho que sente falta do submundo e queria compartilhar muitas experiências com você. -- Apesar de estar mentindo, sei que essa é a vontade dela. -- Agora meu querido amigo, me conte o que você fez comigo. -- Olhei em seus olhos notando o brilho sumir aos poucos.
-- Minha rainha, apesar de respeitá-la profundamente, não devo ir contra as ordens do imperador. -- Suspirei.
-- E ele te mandou ficar quieto? - Arqueei a sobrancelha e ele pareceu pensar. -- Pela sua demora isso é um não. Agora me conte o que fizeram com o meu poder enquanto eu dormia. -- Questionei o deixando confuso, Beelzebub demorou a entender que eu sabia exatamente o que aquelas algemas fizeram.
-- Nós o estudamos.
Deixei uma risada escapar.
-- Com "nós" você quis dizer você. E Hades foi muito baixo ao usar algema, ele sabe que não resisto. -- Ponderei seriamente notando o rosto dele apresentar leve desconforto, as vezes nem parece o detentor da gula. -- Prossiga por favor.
-- Muito bem, fizemos experimentos com o seu poder e tudo morria ao mero toque, no fim do me restou uma opção, fortalecer a cobaia até que ela conseguisse suportar seu dom.
-- E o resultado? -- Fiquei curiosa.
-- Sempre o mesmo, morriam ou secavam, até que utilizei meu próprio sangue junto ao do imperador e obtive um resultado tão ruim quanto, mesmo que a cobaia ficasse viva.
-- E devo presumir que usou os córcomo não?
-- Exato. Eram as únicas cobaias vivas do meu laboratório e peço desculpas se lhe causou desconforto.
Respirei fundo antes de olhar para ele.
-- Vocês causaram problemas que não são capazes de imaginar, mas veremos daqui pra frente como vão lidar com isso. -- Fiquei de pé e ele fez o mesmo.
-- Agora devemos ir, afinal o torneio está para começar e não quero perder uma luta. -- Me despedi, enquanto Beelzebub afirmava que iria permanecer em seus domínios assim como meu marido. Saí do meu escritório deixando o espaço do jardim aberto e não sei porquê comecei a imaginar filhotes de Cérbero aqui dentro, por um lado eles seria tão fofos e amáveis e por outro fariam uma bagunça sem fim, fora com comer as plantas. Tive de sorrir de leve, essa ideia me deixou alegre.
Eu estava prestes a virar no corredor ainda acompanhada de Beelzebub já que nosso saída é a mesma quando meu ombro foi tocado:
-- Vamos conversar. -- A afirmação me fez olhar em seus olhos e me despedir do príncipe mais uma vez antes de aceitar seu braço e seguirmos para a enorme varanda externa do nosso quarto, aquela tinha visão para a lua vermelha independente do horário e para a pouca área de sol também.
-- Fale o que quer marido. -- Me apoiei do gradil de pedra desenhado esperando por suas palavras que demoraram a vir, como se o imperador estivesse ponderando o que me dizer.
-- Até quando vai continuar com isso? Dois meses de indiferença são mais que o suficiente. -- Afirmou e não fiz questão de olhá-lo.
-- Bom, fiquei mais de um ano em reclusão e não morri, mas dois meses são o suficiente para deixar o deus do submundo de cabelos em pé? Sou tão essencial assim pra você? -- Ironizei, creio que Hades nunca foi desafiado de frente, afinal os outros deuses tem bom senso, já essa que vós fala não precisa ter.
Hades riu de leve antes de se aproximar e passar a destra pela minha cintura prendendo meu corpo ao seu.
-- Quer que eu coloque o mundo aos seus pés para esquecer toda essa situação hm? -- Ralhou os lábios em meu pescoço colocando meu cabelo para o lado e suspirei, aparentemente não fui a única afetada aqui, ele e Beelzebub estão tão confusos quanto.
-- O mundo eu mesmo posso fazer, quero que me dê bem mais do que isso. -- Ele me olhou intensamente. -- Quero que coloque o seu dom em minhas mãos o renegue por por uma semana e talvez seja o suficiente para perdoá-lo.
Ele pareceu ponderar, fiz o pedido mais descabido que me veio em mente tendo a certeza de que ele jamais aceitaria, ao invés disso está tentado a ceder?
Hades soltou meu corpo me dando a oportunidade de ficarmos vis-à-vis e então ergueu o cetro e entregou em minhas mãos.
-- Não me teste Sn pode não gostar da situação em que irá se colocar, mas se quer tanto o meu poder fico satisfeito em te entregar. -- Não havia sorriso, pelo contrário, estava tão sério quanto soube da morte de Adamas.
E dessa vez deixei escapar um leve riso, ele está tão suscetível que já é o suficiente, assim entreguei seu pertence e deixei um selar em seus lábios.
-- Não preciso do seu poder querido tenho o meu. -- Pisquei.
-- Francamente você está passando dos limites com essa vingança. Você já me tem da forma como quer, o que mais deve ou quer provar?
Taí uma questão que não cheguei a ponderar, na verdade estou tão bem dessa forma que não desejo mais nada.
Batidas soaram a porta e Hades pronunciou um famigerado entre, observei um servo passar com um carrinho com algumas comidas e vi um bolo de chocolate com cerejas realmente salivante.
-- São romãs Sn e não cerejas. -- Ele Sussurrou enquanto o servo deixava nossos aposentos, Hades serviu uma taça de vinho e me entregou, depois brindamos levemente antes dele se encostar no largo recamier da varanda e esperar que eu fosse até ele, deitei minha cabeça em seu peito deixando que aproveitasse minha companhia.
-- Vamos tirar uns meses para nós, preciso compensá-la por minhas decisões. -- Pisquei diversas vezes lhe olhando nos olhos e recebendo um beijo nos lábios.
-- Espero que seja acima de seis, se não será pouco. -- Ele me olhou como se confirmasse meu pedido e me beijou novamente dessa vez de maneira ardente enquanto sua boca me dominava completamente. Sua mão tratou de subir por minha coxa enquanto seu corpo se sobreponha ao meu, arfei ao sentir meu seio ser apertado e seu olhar analítico sobre meu corpo separando nossas bocas. -- Não podemos.
-- Me dê um bom motivo... --- Deitou o rosto sobre meus seios se esfregando neles como se fosse um gato.
-- Sou sua representante Hades e se atrasar para o Ragnarok é uma falta de cortesia.
-- Quer mesmo ver essa luta? -- Indagou cheirando o meu pescoço e arrepiando minha pele.
-- Quero. Nunca assisti tal combate. -- Sussurrei a mentira mais clara que veio em mente. Hades parece estar sobre efeito completo de luxúria e infelizmente tenho minhas funções, pois me agrada completamente que meu marido esteja tão disponível e sem muito esforço eu estava o perdoando aos poucos, mesmo que dois meses para ele tenham sido um verdadeiro martírio. Me levantei e fui até o carrinho de comidas pegando um pedaço minúsculo de bolo, mas desisti de comer no momento em que notei o cheiro alcançar minhas vias nasais me embrulhando o estômago, respirei fundo e fui ao banheiro aproveitei para tomar um banho e quando retornei Hades me olhava com uma de suas sobrancelhas erguidas.
-- Se não estiver bem, outro irá em seu lugar. -- Afirmou.
-- Não. Sou perfeitamente capaz de assistir a simples lutas, conforme me aproximei Hades se pôs de pé e apoiou a destra em meu ventre abrindo um sorriso enorme minutos depois.
-- Está esperando o meu herdeiro Sn, isso me agrada completamente. -- Me apertou em seus braços, me deixando confusa.
-- Não estou não querido.
-- Se recusa a crer em seu rei? -- Beijou meus lábios. -- Tivemos uma noite bem intensa depois do seu exílio, ou seja, mais de vinte e quatro horas de sexo e nunca nos protegemos ah... -- Se aproximou do meu ouvido -- Vamos repetir cada um deles quero esgotá-la ao ponto de não conseguir andar.
-- Isso não significa que estou grávida. -- Ele riu pelo meu desvio de assunto.
-- Minha rainha deixe de ser insolente. Um herdeiro é tudo que nos falta. -- Revirei meus olhos, nunca parei para pensar nisso, na verdade nunca precisei me preocupar afinal de contas mantenho-me infértil para poder aproveitá-lo melhor.
-- Conversaremos sobre isso depois, agora devo ir às lutas irão começar. -- Me despedi com mais um beijo dessa vez Hades se demorou me tratando de maneira carinhosa o que me agrada bastante. Olhei em seu olhos antes de finalmente sair, além de cumprir com minhas funções preciso pensar em tudo o que essa rei mencionou e principalmente sobre o fato se estou disposta a vê-lo morrer.
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