𝟮𝟬 ─ PARTE I
─[Nome]! [Nome]! [Nome]!
Nunca pensei que a primeira aposta que eles fariam na vida seria voltada para quem bebe mais álcool. Atsumu, Samy e Greg estão ao meu redor na beira da piscina, me oferecendo uma dose de tequila. Eu hesito, a verdade é que estou um pouco tonta, já perdi a conta de quanto álcool tomei até agora e isso não é bom. Principalmente porque estou na piscina.
Derrotada, pego o copinho e bebo. A tequila desce pela minha garganta, colocando tudo em chamas no seu caminho para o meu estômago. Eu estremeço, mas Atsumu me dá mais cinco copinhos.
─ Isso! É assim que se faz.
─ Estou surpresa. -admite samy sorrindo.
Eu gostaria de dizer que ela é uma vadia que insinua sobre Suna a cada momento que pode, insinua sobre mim ou diz coisas que me fazem sentir como aquela que não pertence a este lugar, mas eu não posso. Samy acaba por ser gentil e muito atenciosa comigo até o momento, ela parece uma boa menina.
Embora eu saiba que ela gosta de Suna, ela é vista por léguas, não sinto raiva dela. Samy não fez nada comigo. Greg toma sua bebida e bufa, respirando fundo.
Cada vez que me sinto mais mole, nem sequer queima a minha garganta.
─ Já estou bêbada. -falei para mim mesma, com a voz baixa.
Eu olho para o fundo da piscina e vejo o estúpido cara bonito, conversando com Antony, os dois parecem muito sérios. A vergonha me invade quando me lembro de como dançei para Antony. Eles estão falando de mim? Oh, Deus!
A água está quente e parece divina contra minha pele fria, pequenas ondas se formam enquanto se movem, colidindo com a parte de trás dos meus braços.
─ Deviamos jogar alguma coisa. -greg oferece, balançando o cabelo, espirrando água em todos nós.
Atsumu segura o queixo pensando.
─ Algo como esconde-esconde? -samy ri do que o garoto oferece.
─ Não, algo mais divertido! Como verdade ou desafio ou Eu nunca... -eu juntei minhas sobrancelhas em confusão.
─ Eu nunca...? -samy acena positivamente com a cabeça.
─ Sim, eu explico as regras. -ela faz uma pausa colocando-se na explicação completa logo após. ─ Por exemplo, digamos que eu comece com "Eu nunca fiquei bêbado" e aqueles que já ficaram, terão que beber.
─ E se você já fez isso também?
─ Eu também bebo. É divertido porque você saberá o que eles fizeram ou deixaram de fazer, já que irão beber ou não, quem sabe. O suspense é ótimo.
─ Ok, ok. -diz greg. ─ Mas precisamos de mais pessoas ou não?
A única coisa que restou na piscina éramos nós e o grupo de Suna ali. Os outros foram embora recentemente, não tenho ideia de que horas são. Greg grita para o grupo e os três meninos nadam em nossa direção.
Saímos da piscina e o vento fresco da noite me dá calafrios, meu vestido gruda no meu corpo, mas bebi tanto que não me importo mais. Sentamos no chão molhado em círculo. Atsumu e Greg ficam ao meu lado, Samy ao lado deles, depois Nathaniel, Suna e Antony. A garrafa de tequila está no meio. Suna está na minha frente. Samy explica as regras novamente para os recém-chegados. Todos nós ouvimos com atenção, especialmente Nathaniel.
─ Você sabe, se você fez, você tem que tomar um gole do seu copo. -samy pega os copos e os enche de tequila. cada um deles tem seu copo cheio de álcool à sua frente. Eles bebem se forem culpados e, se não, não bebem.
Suna solta uma risada zombeteira.
─ Que tipo de jogo é esse? -samy olha com seu cenho franzido para ele ao sorrir.
─ Já expliquei as regras, então é só jogar. -ela responde no tom de voz seco. ─ Alguém corajoso o suficiente?
Ninguém. Samy suspira.
─ Covardes, vou começar. -ela pega seu copo. ─ Eu nunca fugi da minha casa. -ela bebe e todo mundo bebe também, mas eu não. eles me olham surpresos.
─ O que? Eu me comporto bem. -atsumu olha para mim.
─ Até eu, que sou mais jovem que você, escapei.
Greg esfrega minha cabeça.
─ Você é um anjinho que se comporta bem.
Suna não presta atenção em mim, está muito ocupado acendendo um cigarro. A fumaça sai de sua boca enquanto aguarda a vez de Antony, que mantém aquele rosto sério e inexpressivo que o caracteriza, ele passa o polegar no lábio inferior pensativamente.
─ Nunca parti o coração de uma menina ou de um menino.
─ Ohhh! -nathaniel exclama, divertido. ─ Acho que todos vamos beber. -meus olhos caem em suna e eu o observo tristemente enquanto ele leva seu copo aos lábios e bebe.
Eu sei que ele quebrou muitos corações, mas de alguma forma eu sinto que ele está bebendo enquanto pensa no meu, como ele quebrou meu estúpido coração esperançoso. Novamente, todos bebem, exceto eu.
Nathaniel rosna.
─ Sério, [Nome]? Você nunca quebrou um coração? -samy geme de aborrecimento.
─ Nesse ritmo vamos acabar bêbados e a [Nome] sóbria.
─ Estou sendo sincera, juro.
Suna fixa seus olhos em mim e um sorriso arrogante preenche seus lábios perfeitos.
─ Não se preocupe, é a minha vez, vou fazer ela beber.
─ Vamos, surpreenda-nos. -suna pega seu copo e o segura em frente a mim. ─ Nunca stalkeei ninguém.
Golpe baixo.
Todos olham para mim, esperando minha reação, eu aperto minhas mãos de cada lado do copo e mordo meu lábio inferior. Sentindo-me a esquisita do grupo, eu levanto meu copo e tomo um gole. Todo mundo me olha em silêncio. Com raiva, meus olhos encontram os de Suna e eu o vejo sorrir. Mas então ele faz algo que me tira o fôlego.
Ele também bebe do próprio copo. Dizer que nos surpreende é pouco. Ele coloca o copo de volta no chão. Atsumu balança a cabeça.
─ Temos dois stalkers aqui, não posso acreditar.
Nathaniel dá um tapinha nas costas de Suna.
─ Nunca pensei que você seria capaz de stalkear alguém, sempre pensei que você seria o stalkeado.
Suna não tira os olhos dos meus.
─ Entendo, mas a vida dá muitas voltas.
Samy limpa a garganta.
─ Bem, bem, próximo.
Antony levanta o copo.
─ Vamos deixar isso interessante. Eu nunca causei um orgasmo para uma menina ou menino fazendo sexo oral. -o calor enche minhas bochechas, e eu sei que todo mundo vai beber, exceto eu e atsumu, talvez, antony, greg, nathaniel e samy estejam muito envergonhados em beber. em agonia, eu viro para suna, esperando ele tomar um gole também.
Mas isso não acontece. É possível?
Greg parece dizer em voz alta o que todos nós pensamos.
─ Não posso acreditar! Suna Iscariote! Você nunca fez uma garota gozar com sexo oral?
Antony balança a cabeça.
─ Você está mentindo.
Suna termina seu cigarro, apagando-o no chão ao lado dele.
─ Nunca fiz sexo oral com uma garota.
Ele diz isso tão naturalmente, tão calmo. Todos nós olhamos um para os outros, Atsumu não consegue controlar sua curiosidade.
─ Porque não?
Suna encolhe os ombros.
─ Parece-me algo intimo e muito pessoal para ser perguntado.
Greg intervém.
─ E todos nós sabemos que Suna não está interessado em um relacionamento intimo e pessoal. -samy abaixa a cabeça, brincando com os dedos no colo.
Possivelmente... ela e ele...? pelo que eu sei, eles são apenas amigos. mas as reações de samy me lembram as minhas quando ele quebrou meu coração repetidamente. aconteceu alguma coisa entre eles?
Meus olhos caem em antony e sua expressão endurece, me dando um olhar tão intenso que eu tenho que desviar meus olhos embriagados. Tão desconfortável.
É a vez de Atsumu.
─ Vamos todos beber. Eu nunca fiquei bêbado! -eu dou a ele um sorriso conhecedor.
─ Saúde! -nossos copos tilintam e então bebemos.
É a minha vez e não tenho ideia do que perguntar. Todo mundo está esperando por mim com impaciência.
─ Nunca beijei alguém que está neste círculo.
Antony levanta uma sobrancelha e suna solta uma risada sarcástica. Com grande atenção, observo Suna e Samy beberem. Infelizmente, eu também bebo. Então Samy beijou Suna. a confirmação faz meu coração apertar no meu peito. algo aconteceu entre eles. Assistindo Samy me sinto em desvantagem, ela é muito bonita e gentil. Certamente Suna a escolheria e não a mim; sem pensar duas vezes, ele a escolheria.
Greg faz uma careta.
─ Credo!
Depois de três rodadas de jogo, estamos todos bêbados demais para raciocinar e jogar decentemente. Então decidimos entrar na parte rasa da piscina. Jogo água no rosto e na cabeça, fico tonta a cada espirrada, mas sei que se eu ficar um pouco mais sóbria, posso voltar para casa. Samy me abraça por trás.
─ [Nome]!
Eu me liberto de seu abraço e me viro.
─ Samy!
─ Acho que bebemos muito. -diz ela, e eu aceno concordando. ─ Você é muito legal!
─ Você também. -seu olhar muda para algo mais triste em sequência com a resposta, onde ela muda para a próxima pergunta. minha feição permanece neutra.
─ Mas eu preciso perguntar algo para você.
─ Ok, pergunte.
─ Quando estávamos brincando, você bebeu quando falou sobre beijar alguém do grupo, eu sei que é óbvio, mas você beijou Suna?
Ok, bêbada ou não, não estou pronta para essa pergunta. Samy me lança um sorriso triste.
─ Esse silêncio diz tudo. Você... tem algo com ele?
─ Samy...
─ Não, não, desculpe, não responda isso. Estou sendo muito invasiva. -eu lambo meus lábios, me sentindo desconfortável, mas ao mesmo tempo tão idêntica à ela.
─ Você e ele...
Ela balança a cabeça em negação.
─ Eu sou apenas o típico clichê, sabe, a garota que se apaixona por seu melhor amigo.
─ Se você tem algo, eu nunca iria atrapalhar.
Nisso eu sou honesta, eu nunca entraria no meio do relacionamento de ninguém. Minha dignidade não está das melhores agora, mas eu ainda tenho meu caráter em dia. Samy pega minha mão.
─ Ele e eu não temos nada, então pare de parecer tão culpada.
─ Sinto muito. -e eu nem sei por que estou me desculpando.
─ Suna é difícil, sabe, ele já passou por muita coisa. -ela engole seco. ─ De alguma forma, pensei que seria a garota que mudaria isso; afinal, eu sou a única a quem ele deixou entrar, revelou muitas coisas. Mas o fato de ele confiar em mim não significa que esteja apaixonado, eu entendi isso muito tarde.
Meu coração se parte por ela, ela definitivamente não é uma pessoa má, ela é apenas uma garota que se apaixonou por um cara que não sente o mesmo, assim como eu.
Acho que temos algo em comum: Um coração partido.
─ Ele gosta muito de você, [Nome], e provavelmente não sabe como lidar com isso porque nunca aconteceu com ele.
Meu coração dispara com suas palavras.
─ Acho que não, ele deixou claro que não está interessado em mim.
─ Suna é muito complexo, assim como Osamu. Eles são meninos criados por pais rígidos que sempre deixaram claro que ter sentimentos é uma fraqueza, é dar a outra pessoa poder sobre você.
─ E por que Atsumu é diferente?
─ Quando o Atsumu nasceu, o avô Iscariote se mudou para cá por um tempo, ele foi aquele que criou Atsumu com muito amor e paciência. Ele tentou incutir isso nos dois mais velhos, mas eles já eram maiores e viveram coisas que não deveriam ter vivido naquela idade.
─ Que coisas?
─ Não sou eu que conto essa parte, desculpe.
─ Ok, pelo contrário, você me disse muito. Como você sabe tudo isso?
─ Eu cresci com eles. Minha mãe é muito amiga da mãe deles, e ela sempre me deixou aqui quando tinha coisas para fazer. A equipe de serviço que está aqui a vida inteira, também conhece a história.
─ Samy! O motorista chegou. Vamos lá! -greg, antony e nathaniel seguem o mesmo caminho após chamar a garota, saindo todos para fora da piscina, cambaleando de um lado para o outro.
─ Estou indo! -samy me dá um breve abraço, se afasta e sorri para mim. ─ É uma boa menina, então nunca pense que estou brava com você ou algo assim por causa de Suna, ok?
Eu sorrio de volta para ela.
─ Ok.
Eu os vejo ir, Atsumu segue atrás deles para abrir a porta e dar passagem para todos. Percebo que é hora de eu ir também. Meus olhos procuram a saída e eu congelo quando vejo Suna do outro lado, seus braços estendidos na borda da piscina, olhando para mim. Estamos sozinhos. E pelo jeito que ele me olha, sei que ele planeja tirar vantagem disso.
Corra, [Nome], corra! Você já tentou correr na água? É muito difícil. Desde quando a beira da piscina está tão longe? Nervosamente, eu me viro para onde Suna estava a alguns segundos atrás, e ele se foi.
Merda! Ele vem debaixo d'água! Estou sendo caçada!
Eu alcanço a borda e seguro com força para me levantar para fora da piscina, mas é claro que estou no meio do caminho quando mãos fortes agarram meus quadris, me abaixando abruptamente. Suna me pressiona contra a parede da piscina, seu corpo definido atrás de mim, seu hálito quente roçando minha nuca.
─ Fugindo, esquisita?
Eu engulo seco, tentando me libertar.
─ É tarde, eu tenho que ir, eu...
Suna chupa minha orelha, suas mãos apertam meus quadris suavemente.
─ Você já vai?
Eu cometo o grave erro de me virar em seus braços, meus hormônios gritam com a visão na minha frente. Ele inteiramente molhado, seu cabelo encharcado e colado nas laterais do rosto, sua pele cremosa parecendo impecável e aqueles olhos amarelados infinitos que me lembram o céu ao nascer do sol. Seus lábios estão vermelhos e parecem tão provocantes.
Tento pensar em todo o dano que ele me fez com suas palavras, com suas ações, mas é tão dificil me concentrar com ele tão perto e com tanto álcool no meu cérebro. Suna acaricia o lado do meu rosto, a ação me deixa perplexa, não parece algo que ele faria.
─ Fique comigo esta noite.
Isso me surpreende, mas minha dignidade ausente aparece e assume.
─ Eu não vou ser aquela garota que você usa quando quer, Suna.
─ Eu não espero que você seja.
Ele parece honesto e tão diferente, como se estivesse cansado de ser um idiota arrogante.
─ Então não me peça para ficar.
Ele estende a mão, seu polegar acariciando minha bochecha.
─ Ficar já basta, não temos que fazer nada, não vou tocar em você se não quiser, eu só... -ele suspira. ─ Fique comigo, por favor.
A vulnerabilidade em sua expressão me desarma. Meu coração e minha dignidade lutam para tomar uma decisão.
O que devo fazer?
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