023 - Saudade

“Há mendicância no amor que pode ser considerada”

– William Shakespeare

   — Temos uma audiência amanhã.

   O som do líquido sendo derramado ecoou alto dentro da vasta câmara, depois do gelo. Um, dois, três... Exatamente como gosto do meu uísque. Meia dose com três cubos de gelo.

   Tinha gosto de fogo frio, líquido, nevado e amargo enquanto descia pela minha garganta, deixando um rastro de fogo.

   — Você contatou nosso advogado? — minha voz era estranha aos meus ouvidos. Parecia terrivelmente vazia, como um eco esquecido reverberando pelo meu corpo.

   — Sim — uma cadeira foi puxada, outro copo foi servido. Quando ele começou a beber uísque? Achei que ele preferia vinho?

   — Não há absolutamente nenhum dado além do uso de combustível. Eles não conseguem nem descobrir a distância que o caminhão pode ter percorrido. Quem fez isso é um mestre em planejamento.

   — Como você sabe que é um 'é'? — tomei outro gole, a queimação era calmante. — Como você tem certeza de que não é um 'era'?

   Um momento de silêncio se passou antes que ele falasse.

   — Poderia ser um 'era', mas meu instinto está me dizendo que é um 'é'. Sinto muito, é apenas uma bobagem—

   — Você sabe qual é a lição mais valiosa que aprendi depois de ficar cego, Archer?

   Ele tomou um gole, permanecendo em silêncio.

   — Nunca desconsiderar os instintos. É uma ferramenta importante para a sobrevivência, especialmente quando não temos qualquer pista que possa estar lá. Seu instinto diz que a pessoa que pode ter se envolvido no acidente ainda pode estar viva. Existe uma possibilidade e enquanto houver uma chance percentual de que ele esteja vivo, ainda há uma chance de que ele esteja vivo.

   — Como você sabe que é ele?

   Eu sorri, tomando outro gole.

   — Instinto.

   Um suspiro alto ressoou pela câmara.

   — Vamos pensar por um momento que essa pessoa ainda está viva, o motorista do caminhão, e está de alguma forma envolvido com o acidente, ele definitivamente deveria saber onde estamos e o que estamos fazendo.

   — Ele não pode acessar nossas informações pessoais, Archer — o vidro foi mantido abaixado com um tilintar. — Isso foi garantido anos atrás. O que você precisa se preocupar é que estamos lutando contra um inimigo invisível aqui, com base em alguns eventos que não batem certo, devemos nos preocupar com o que ele é, e não como ele pode acessar nossas informações pessoais.

   — Por que? — sua voz estava cheia de frustração. — Por que ele faria isso, irmão? Por que ele mataria nossa família?

   — Quem sabe? — tentei manter minha voz o mais calma possível, sem tentar demonstrar minha turbulência interior. Fiquei atormentado, agonizado, mas devo me defender por causa dele.

   — Suponho que seja inimizade. Já que não houve nenhum registro de lavagem de dinheiro ou transferência de qualquer espécie.

   — Você acha que Britney pode estar por trás disso?

   — Não — deixei escapar um suspiro exasperado. — Eu verifiquei ela. A linha do tempo não bate, nem a causa.

   — Você acha que isso pode ser feito por animosidade? A veemência dela em relação a você desde que você se separou?

   — Ela sempre quis que eu herdasse a empresa — soltei uma risada amarga. — E eu a mantive por perto porque era conveniente impedir que meu pai me incomodasse em casamento. Não acho que o sentimento fosse profundo o suficiente para ser vingativo e causar um ato como esse. Ela sabe disso, eu também.

   — Eu preciso confirmar—

   — Posso entrar? — a voz vinda da porta me fez vacilar por um momento. Eu conhecia a voz dela e a tinha gravada em minha mente. Não importa o quanto eu tente, isso não me deixará em paz.

   Era cansativo como a voz dela me fazia querer perder todas as minhas inibições e transar com ela até ela gritar de dor.

   Cerrei os punhos.

   Já se passaram três dias desde o dia no cais. Eu não a vi muito. Embora eu realmente não me importasse se ela aparecesse ou não, uma pequena parte de mim permaneceu curiosa.

   Loren definitivamente cumpriu sua promessa e interrompeu suas abordagens embaraçosas. Foi muito divertido vê-la lutar com a parte da sedução, já que a maioria dos homens provavelmente simplesmente cai aos seus pés.

   — É importante? — a voz de Archer estava cheia de aborrecimento quando ele respondeu. — Se não—

   — Você pode.

   A porta se abriu com um rangido e o som de saltos ecoou. Seus passos geralmente confiantes estavam misturados com hesitação.

   — Me desculpe se interrompi, ele precisava de uma dose de remédio.

   — Vá em frente — a voz de Archer soou. Seu perfume estava me deixando louco. Aquele cheiro doce misturado com o seu próprio perfume, era avassalador. Minha mandíbula apertou enquanto eu tentava me concentrar no assunto importante aqui.

   Ela sabia do efeito que tinha sobre mim?

   Quanto mais perto ela chegava, mais agitado eu ficava. Eu nunca fui tão impaciente, era um homem disciplinado, mas assim que experimentei ela, essas restrições voaram pela maldita janela.

   — Bom dia, Sr. Estevan — sua voz era baixa, como se ela estivesse me desejando. — Seus remédios foram um pouco alterados, você tomou as doses noturnas?

   Balancei a cabeça, cerrando os punhos e tentando ter algum controle sobre mim mesmo.

   O controle é algo que possuo e governo, mas essa maldita garota pareceu me despir, irritantemente lento, e eu queria puni-la por isso.

   Ela tinha uma aura calorosa ao seu redor.

   Tomei um gole do uísque quando a senti desabotoando minha abotoadura e depois arregaçando minha manga, suas unhas compridas roçando levemente minha pele.

   — Bebendo tão cedo, Sr. Estevan? — ela sussurrou perto do meu ouvido, me fazendo parar. — Faz mal para sua saúde...

   Eu ouvi Archer rir, alheio às suas unhas roçando minha palma sob a mesa.

   — Estamos acostumados com isso, Lô.

   — Isso ainda não significa que seja bom para você — seu calor desapareceu quando senti o aperto da agulha bem no meio do meu antebraço. — Você bebe uísque pela manhã, consome uma quantidade prejudicial de açúcar, muitas vezes faz exercícios no meio da noite e fica fora até tarde-

   Um suspiro de decepção percorreu a sala, um que quase me fez rir.

   — Você não deseja viver uma vida saudável com rins saudáveis e cérebros funcionando?

   Archer caiu na gargalhada e um sorriso apareceu no canto dos meus lábios. Foi revigorante ouvir sua risada, depois de tudo.

   Com todos esses fardos, ele deveria se sentir despreocupado às vezes.

   — Pare de rir, estou falando sério — ela bufou, adoravelmente. — Eu proibi você de colocar tanto açúcar no café ou no cereal dele. Você realmente não achou que eu não descobriria que você roubou um pouco de açúcar para ele, não é? — um som de batida de pé foi ouvido.

   Levantei uma sobrancelha, então ela descobriu que pedi a Archer para colocar um pouco de açúcar extra hoje?

   — Culpado da acusação — Archer murmurou, parecendo completamente divertido. — Mas em minha defesa, Ares é mais velho que eu, então ele deveria ter sido mais responsável do que eu.

   O som de um sapato batendo na mesa foi ouvido quando Archer soltou um suspiro.

   — Vocês dois são adultos! Nossa!

   — Por que você me bateu?! Seus calcanhares... parecem dispositivos de tortura!

   — Essa não é a questão, a questão é que nenhum de vocês leva a sério a si mesmo! Sejam responsáveis!

   — Sou mais velho que você!

   — Eu sou a enfermeira aqui!

   — Crianças — dirigi-me a eles, levantando ligeiramente a voz. — Parem de brigar.

   — Eu não sou uma criança — Archer bufou. — Ela começou.

   — Você está falando como se eu fosse a criança aqui? Com licença.

   — Bem—

   — Vocês dois, pelo amor de Deus, calem a boca — falei gravemente, tomando um último gole. — É barulhento.

   Isso os calou.

   Sinceramente, tive dificuldade em entender por que duas pessoas intuitivas e maduras se comportavam como crianças do jardim de infância.

   — Bom — soltei um suspiro, deixando o copo de lado. — Posso praticamente sentir vocês olhando um para o outro. Archer, você pode se desculpar. Discutirei o assunto mais tarde com você. Certifique-se de fazer uma visita ao hospital para o qual fomos prescritos e tentar obter alguns relatórios. Se eles não cooperarem, você sabe o que fazer.

   — Ok, irmão — o som de seus sapatos ressoou no chão de mármore enquanto ele se levantava. — Por favor, cuide-se.

   Eu balancei a cabeça.

   — Você também. Não se sobrecarregue.

   — Vou tentar não fazer isso — seus sapatos clicaram, o som ficando mais distante enquanto ele se afastava. — Tchau, Lô!

   — Tchau!

Os saltos de Loren bateram no chão quando ela começou a se afastar.

   — Onde você pensa que está indo?

   Ela parou no meio do caminho.

   — Você foi dispensada?

   O desejo esquecido estava de volta, atingindo-me como uma onda. Eu queria discipliná-la e fodê-la - o desejo de ouvir os seus doces gemidos era tão avassalador, tão tentador. Eu queria segurá-la em meus braços e fazê-la chorar de prazer.

   — Não… — sua voz era baixa, curiosa e sensual.

   Levantei-me do sofá e caminhei lentamente até ela.

   — Então por que você está indo embora?

   — Eu ficarei se você quiser que eu fique — ela disse asperamente. Parei quando senti a presença dela, ela estava perto, tão perto que eu podia sentir seu cheiro inebriante.

   — Então fique.

   — Por que, Ares? — senti as pontas dos dedos dela trilhando meu queixo. — Você está flertando comigo?

   Segurei a mão dela e levei-a à minha boca, lambendo dois de seus dedos e envolvendo meus lábios em torno deles, soltando-os depois de dar um beijo suave neles.

   — Provavelmente. Acho que estou fazendo um trabalho melhor do que você, pelo menos.

   Seus dedos percorreram meus lábios, como uma pena sussurrando em minha carne enquanto ela se inclinava para mais perto.

   — Você não precisa. Estou sempre querendo mais... e mais de você.

   Seu toque fez a luxúria dentro de mim queimar mais ferozmente, um sentimento que me consumia e que me consumia e comia minha carne, até que a única coisa que restou foi minha alma.

   A intensidade disso foi verdadeiramente fascinante.

   Seus dedos viajaram pelo meu queixo, até meu pescoço, um suspiro me escapou. Seu toque gerou faíscas, só me queimou um pouco mais. Dei um pequeno beijo em sua orelha, acariciando seu queixo, tentando imaginá-la como havia surgido em minha mente.

   — Foda-me.

   — Gananciosa — eu ri, agarrando seu queixo. — Eu não te fodi com força suficiente? Você já quer mais?

   — Sim...

   Sua respiração abanou meus lábios enquanto meu coração batia forte em meus ouvidos. Agarrei seu cabelo, fazendo-a gemer.

   — Putinha carente.

   — Só para você — ela ofegou.

   Eu não tinha ideia se ela disse isso com conhecimento de causa, ou foi algo que foi proferido em seu estupor induzido pela luxúria, mas suas palavras fizeram algo comigo. Isso me deu um estado de poder, domínio - uma sensação de controle.

   Loren não era minha posse, mas eu queria reivindicar cada centímetro dela.

   — Eu sei que esta rata precisa de ser fodida muitas vezes — cerrei os dentes, puxando-a pelos cabelos e levando-a para o banheiro.

   O reconhecimento do fato de que eu queria saber como ela era me assustou.

   — Ares — sua voz estava apenas uma oitava acima do sussurro, ela parecia atordoada, como se tivesse bebido o melhor vinho e agora estivesse embriagada.

   Eu conhecia a infraestrutura desta sala como a palma da minha mão. Apesar da minha cegueira, eu sabia onde tudo estava e tudo deveria estar. Imaginei que estava diante do grande espelho do banheiro, que tinha uma pia larga na frente. Resistente o suficiente para eu me curvar e transar com ela enquanto ela se observava gozar.

   Foi sobre sua dor que trouxe prazer.

   — A-Ares?

   Prendi seu cabelo em meu punho e passei os dedos na pele de seu decote. Ela estremeceu em meus braços, me fazendo sorrir. Eu inalei seu perfume, ela tinha um cheiro viciante, isso só me fez desejar mais.

   Senti sua mão deslizando por trás do meu pescoço enquanto ela me puxava para mais perto, suas costas pressionando minha virilha. Agarrei seus quadris, firmando-a, prendendo-a em meus braços.

   — Eu vou te foder na frente deste espelho — eu sussurrei em seu ouvido, mordiscando seu lóbulo. — E você vai se observar enquanto eu te fodo.

   Ela respirava implacavelmente enquanto eu deslizava meus lábios ao longo de seu pescoço, lambendo sua carne quente e dando pequenos beijos ao longo do caminho.

   Agarrei-a pelas coxas e levantei-a sobre a pia, um grito ressoou pelo banheiro. Não me preocupei em trancar a porta porque a porta principal tinha um sistema de travamento automático.

   Puxei seu cabelo, fazendo-a arquear as costas.

   — Fiquei com tanta raiva quando você disse que queria acabar com tudo — eu grunhi. — Fiquei furioso em como você me fez perder o controle.

   A declaração foi mais uma auto-realização do que uma conversa suja sussurrada. Isso só me confundiu mais.

   — Fico feliz em saber — sua risada era baixa, nebulosa.

   Dei um tapa forte em sua bunda, fazendo-a gemer de dor.

   — Olhe para você mesma — sussurrei. — E tire a blusa.

   O som de um zíper foi ouvido quando ela se curvou ligeiramente, tirando a blusa.

   Minhas mãos viajaram para seu torso, viajando entre o vale de seus seios enquanto eu os descansava acima de seus quadris. Ela estava tremendo, eu podia sentir seu coração batendo sob minhas palmas.

   — Tire as calças — sussurrei asperamente enquanto batia seus mamilos inchados com os dedos, fazendo-a gemer. Eu os puxei, sentindo-a tremer sob meu toque. Sua pele nua estava quente, assim como ela mesma. Dei um beijo casto em seu ombro, colocando seu cabelo atrás da orelha.

   Ela esfregou os quadris no meu pau, apressadamente, se assim posso dizer. Minhas mãos agiram de acordo, firmando seus quadris.

   Ela gemeu em protesto, me fazendo sorrir. A verdade é que eu queria passar um tempo com ela, tirando-lhe a sanidade até que ela estivesse à beira do delírio. Deu-me prazer saber que estava no controle do prazer desta pequena megera.

   Deixei meus dedos tocarem seu clitóris, fazendo-a ofegar.

   — Porra… — amaldiçoei quando encontrei sua boceta latejante e encharcada. O fato de ela não estar usando calcinha me deixou louco.

   — Ares — ela implorou. — Por favor...

   Eu circulei o feixe de nervos, fazendo-a tremer como folhas secas no inverno.

   — Essa boceta é tão gananciosa. Você está pingando nos meus dedos, Loren.

   Cavei três dos meus dedos em sua boceta apertada, fazendo-a gemer de dor e prazer. Eu não me importei. Eu queria machucá-la, queria dar prazer a ela.

   Agarrando seu queixo, envolvo meus lábios nos dela, sugando-os em minha boca e lambendo-os depois. Ela tinha gosto de cereja, provavelmente um gloss que ela usava.

   — Você estava me desejando, Loren?

   Uma respiração alta foi minha resposta.

   Eu bati na bunda dela, fazendo-a gemer de dor.

   — Responda a porra da minha pergunta.

   — S-Sim—

   Cavei meus dedos mais fundo, encontrando seu ponto G. O banheiro estava cheio de seu perfume viciante, levando meus sentidos ao frenesi. Um gemido alto escapou dela enquanto eu sentia sua boceta apertada. Meu pau esticou nas calças, seus gritos eram uma doce tortura.

   — A-Ares, eu não posso—

   — Você queria isso — eu dei um tapa forte em seu peito, a dor fazendo com que ela apertasse ainda mais meus dedos. — Minha puta.

   Eu abusei do lugar dela até que ela estava prestes a chorar. Suor frio formou-se em volta do meu pescoço enquanto eu continuava a fazê-la chorar alto. O som de sua boceta esmagada encheu o banheiro enquanto ela pingava em minhas calças.

   — Você está fazendo uma bagunça, amor — eu sussurrei em seus ouvidos enquanto adicionava outro dedo, fazendo-a gritar alto de prazer e dor.

   — Dói — ela gemeu. — Mas porra, é tão bom...

   — Olhe para você — mordi seu ombro. — E me diga o que você vê.

   Ela soluçou enquanto lutava para permanecer à beira da sanidade. Lambi as lágrimas que escorriam por seu rosto, beijando seu rosto depois. Bati em sua bunda novamente, mais perto de sua boceta que estava recheada com meus dedos.

   — Eu- eu vejo... uma mulher...

   Meus dedos circularam sua garganta, cortando seu oxigênio enquanto eu enrolava meus dedos dentro dela. Ela estava chorando, tremendo, gemendo, implorando.

   Eu queria vê-la.

   — Seja mais específica — eu bati na bunda dela novamente.

   — V-vejo uma mulher, com cabelo negro — ela ofegou, tropeçando em seu discurso. — E pele escura… — eu podia sentir que ela estava prestes a quebrar, mas foi divertido brincar com ela. — E-os olhos dela são azuis... p-lindos...

   — O que é aquela coisa que a mulher acha bonita em si mesma? — sussurrei em seu ouvido, desenhando-a na tela da minha mente. Eu queria evocar uma imagem dela, para poder imaginá-la.

   Tudo dela.

   Sua respiração abanou meus lábios inchados enquanto ela inclinava a cabeça, dando um beijo sob meu queixo, fazendo a eletricidade percorrer minha pele.

   — Sua tatuagem no torso.

   Ela agarrou minha mão e a passou por sua pele, traçando meus dedos nela e fazendo uma... Forma?

   — É uma borboleta — sua voz rouca mal soava.

   Borboleta...

   Belisquei um de seus mamilos, fazendo-a ofegar. Ela jogou a cabeça para trás, batendo na minha máscara.

   Eu congelei quando a máscara caiu e caiu no chão.

   Comecei a retrair os dedos, mas um pulso me impediu de fazê-lo.

   — N-não — ela ofegou. — Você é tão lindo.

   Um momento de silêncio se passou.

   — Você me acha lindo? — minha voz estava baixa, meu coração batia forte em meus ouvidos. A ponto de ser ensurdecedor.

   — S-Sim… — ela respondeu. — Lindo, Ares—

   Um fogo assolou dentro de mim, um fogo de raiva derretida e um turbilhão de emoções. Bati meus dedos dentro dela, fazendo-a ofegar e soluçar.

   Caiu em ouvidos surdos quando encontrei seu ponto G e abusei dele, batendo meus dedos repetidas vezes. Não prestei atenção aos seus apelos, queria fazê-la chorar.

   — Porra! — ela gritou. — Ares!

   — Você quer gozar?

   — Sim, por favor — ela gritou, seu corpo tremendo violentamente em meus braços. Foi melífluo. — Sim, por favor. Ares, por favor, deixe-me gozar.

   — Não sei o que lhe deu a ideia de que sou bonito — gritei. — Eu odeio mentirosos.

   — Eu não sou—

   — Cale a boca!

   Dei um tapa nela, agarrando seu queixo depois. - Olhe bem no espelho, vadia. Você acha isso lindo?

   — Eu acho! — ela gritou. — Sim! Não estou mentindo!

   Eu fervi, aumentando meu ritmo, pressionando meu polegar em seu clitóris.

   — Eu odeio que você não esteja mentindo.

   — Ares... ah, merda… — sua voz soava baixa enquanto ela soluçava incoerentemente, apertando os quadris na minha mão. — Deixe-me gozar, por favor, por favor—

   — Goze, então.

   Ela quebrou com um grito alto. Seus sucos encharcaram minha palma e pingaram no chão. Completamente exausta, ela caiu em meus braços, mole e balbuciando.

   Eu odiava o fato de querer ficar.

   Eu odiava o fato de querer cuidar dela.

   Eu a peguei em meus braços, colocando-a no chão enquanto ela colidia comigo.

   Meu coração estava uma bagunça, minha cabeça também. Essa mulher estava brincando comigo e eu não tinha ideia de como resolver isso.

   Me abaixando, peguei minha máscara que caiu no chão, fixando-a no rosto.

   Loren Campbell era uma catástrofe viciante e eu sabia que se não me curasse, seria destruído.

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