016 - Afrodisíaco

"Quanto mais botões você desfaz, ela disse, mais rápido eu me desfaço"

- Michael Fauder.

Afrodisia - Desejo por algo, desejo ardente.

   Seus olhos atormentados fitaram o copo meio vazio de vinho tinto em sua mão enquanto ele preguiçosamente soltava uma nuvem de fumaça, uma névoa branca o cercava. Ele tomou outro gole de vinho, girando um pouco. Ele cheirava a álcool e charuto.

   — O que você está fazendo?

   — Querida — ele falou lentamente, suas palavras quase incoerentes. — Você sabia que Campbell reabriu o caso?

   —  Quando?! — um suspiro foi ouvido.

   — Um ano atrás — ele disse arrastado. — Aquele desgraçado do Alex! Ele nem me informou!

   Uma onda de raiva percorreu-o quando jogou o copo no chão.

   — Meu amor, por favor, acalme-se! Precisamos pensar com clareza!

   — 13 malditos anos! — ele gritou. — Por que agora?!

   — Melh—

   Ele fechou os olhos, respirando fundo. Ele sabia que precisava de controle, controle sobre tudo - assim como fez nos últimos 13 anos.

   Sua mente vacilou com a revelação que recebeu da promotoria, ele não sabia como alterar a situação. Tudo o que ele sabia era que precisava elaborar um plano com cuidado.

   — Amor, sente-se e me conte o que aconteceu—

   — Loren Campbell aparentemente reabriu o caso há um ano — ele murmurou, bagunçando o cabelo em frustração. — E Estevan fez isso também.

   — O quê?! Qual Estevan?!

   — Ares Estevan. O mais velho.

   — Oh, Cristo! E agora?! O que acontece conosco?! Se eles cheirarem que estão lutando no mesmo caso—

   — Não é isso — ele riu amargamente. — Loren Campbell e Ares Estevan estão vivendo sob o mesmo teto agora. Ela é sua enfermeira.

   O tempo parecia ter congelado quando pressionei meus lábios nos dele.

   Seus lábios eram lascivos, macios como penas.

   Não ousei mover meus lábios, um medo borbulhando dentro de mim. Medo de que esse momento desapareça. Ele estava rígido, provavelmente chocado. Uma onda de arrepios percorreu meu corpo quando coloquei meus braços em volta de seu pescoço, silenciosamente incitando-o a me beijar de volta, rezando para que ele não me afastasse.

   Sua respiração quente era pesada enquanto se misturava com a minha, a pele de seu pescoço estava úmida, quente pelas gotas de suor que começavam a se formar. Seus lábios tinham um sabor doce e picante - provavelmente por causa do suco de maçã que ele tomou mais cedo pela manhã.

   Me beije de volta.

   Súplicas silenciosas ressoaram dentro de mim quando senti o sussurro de uma brisa flutuando, meu coração palpitando anormalmente rápido. A pulsação entre minhas pernas ficou mais proeminente quando eu apertei minhas coxas, na esperança de reviver a dor entre elas.

   Sua respiração era difícil, eu podia sentir a veia singular de seu pescoço pulsando sob minha pele. Seu cheiro era avassalador, avassalador e nutrindo meus sentidos, adicionando lenha ao fogo que estava queimando há muito tempo.

   Uma respiração instável me escapou enquanto eu pressionava meu corpo contra o dele, aprofundando o beijo, um gemido estrangulado escapando de mim enquanto eu saboreava seu gosto. Meus dedos dos pés se curvaram com a sensação prazerosa.

   Um arrepio percorreu-me quando senti seus dedos pressionarem minha coluna, percorrendo a área sensível.

   Eu me afastei um pouco, para olhar em seus olhos sem emoção. O choque de antes ainda permanecia em suas feições, junto com o prazer. Um tom rosa cobriu suas orelhas enquanto seus lábios vermelhos estavam entreabertos.

   — Loren — ele disse rouco, sua voz parecia como se ele não tivesse sido afetado de forma alguma, ainda assim, havia um tom áspero nisso. Ele cerrou a mandíbula como se estivesse em uma batalha consigo mesmo. — Você se arrependeria?

   — Não — lambi meus lábios enquanto lentamente passava meus dedos em seu pescoço, aproveitando os arrepios que eles deixavam em seu rastro.

   — Você não tem nenhum controle, não é, Blair?

   — Isso não é algo com que você deva se preocupar — eu sussurrei, meus joelhos cedendo.

   Ele soltou um gemido estrangulado quando estendi a mão e comecei a beijar sua mandíbula,

   — Raciocine comigo. Diga-me algo racional.

   — Por que isso parece tão certo? Eu não quero ser racional, não agora, pelo menos — suspirei enquanto comecei a passar meus lábios sobre suas cicatrizes. Suas cicatrizes imperfeitamente perfeitas.

   Ele me agarrou pelo ombro e se distanciou de mim. Eu já sentia falta do calor de seu corpo.

   — Blair…

   — Eu quero você — suspirei, apreciando a forma como sua mão apertou em torno de mim. — Por favor.

   Ele soltou um grunhido, passando a mão no rosto.

   — Você vai se arrepender?

   — Nunca.

Seus lábios se separaram enquanto ele cerrava as sobrancelhas.

   — E se eles descobrirem?

   — Oh, por favor — sussurrei. — Fiz isso bem debaixo do nariz deles e eles não cheiraram.

   Ele colocou uma pequena distância entre nós.

   — Você fez o que de novo, Sra. Campbell?

   — Eu fiz sexo várias vezes debaixo de seus narizes, eles não tinham a menor ideia — dei de ombros.

   — Você realmente não pratica disciplina, não é? — ele inclinou a cabeça.

   — É disso que você gosta? Disciplina? Controle? — lambi meus lábios enquanto um arrepio percorreu meu corpo. As imagens dele me disciplinando de diferentes maneiras despertavam. — Eu deixaria você me controlar. Como você quiser.

   — Ares! — a voz de Archer quebrou a tensão que existia entre nós. — O que aconteceu com Britney?! Ela estava chorando!

Ares ergueu uma sobrancelha, vendo claramente através de suas besteiras.

   — Ela estava, não estava?

   Archer assentiu, seus olhos vagando entre mim e Ares.

   — Hum, Lô, você está doente? — quase me senti mal com o quão preocupada sua voz soava.

   — Uh, não — eu ri. — Não estou. Acho que é um pouco… — olhei para Ares por um tempo, que estava com uma expressão vazia no rosto. — Está quente aqui.

   — Você deveria ir descansar — ele suspirou. — Sinto muito pelo inconveniente que Britney pode ter causado. Você teve que testemunhar isso—

   — Não se preocupe com isso — acenei com desdém. — Não é nada que eu não possa lidar.

   — Diga-me o que aconteceu, irmão — Archer me lançou um olhar de desculpas enquanto se sentava na frente de Ares.

   Bem, foi a minha deixa para sair.

   Saí da sala, lançando um sorriso a Archer; As palavras de Britney soaram em meus ouvidos enquanto eu saía.

   Eu tive que relatar o progresso de Ares ao hospital.

   Sr. Adams, nosso chefe, estava animado para dizer o mínimo. Era Ares Estevan, um dos maiores nomes do jogo corporativo.

   — Sra. Campbell, ele está respondendo bem à nova medicação? — ele perguntou com voz entusiasmada. — Se der certo, ele poderá encontrar em breve um parceiro adequado para o transplante de córnea.

   — Sim, chefe — inclinei as páginas de minhas anotações. — Dei a ele uma dose de hidralazina porque ele estava apresentando pressão alta. O resto de seus sinais vitais parecem normais a partir de agora.

   — Lembre-o de fazer o check-up mensal, sim? Ele faltou à consulta no mês passado.

   — Claro que sim, doutor — suspirei. — Você acha que desta vez ele encontrará um par?

   — Só podemos esperar, Sra. Campbell. Desta vez temos algum doador elegível, o resto depende do destino.

   Balancei a cabeça, uma gota de melancolia se infiltrando dentro de mim. Ares já havia sofrido por muito tempo sem a visão, já era hora de ele encontrar suas cores novamente.

   Suspirei pesadamente.

   — Boa noite, senhor. Apresentarei um relatório para você na próxima semana.

   — Sim, claro! Além disso, você acha que pode fazer uma visita ao hospital? Dr. Johnson pediu sua ajuda. Embora eu tenha dito que você está de plantão, ele foi muito... hum, inflexível em ter você como sua enfermeira assistente.

   Revirei os olhos.

   Ele de novo?
   Eles não sabem entender uma dica?

   — Claro, doutor. Farei uma visita. Boa noite!

   — Boa noite, Sra. Campbell.

   Mantive o receptor desligado e soltei outro suspiro.

   Eu estava com tesão desde de manhã. Não importa o quanto eu tentasse me concentrar em meus trabalhos escritos ou em meus livros didáticos, minha mente voltaria a Ares e ao breve momento que compartilhei com ele.

   Eu estava mal e Ares sabia disso, mas aconteceu de ele jogar duro para conseguir.

   O que seria necessário para quebrá-lo? Tirar sua postura calma e controlada e fazê-lo se contorcer debaixo de mim? O que seria necessário para eu possuir o homem que era Ares Estevan?

   Eu nunca soube como era a rejeição. Os homens estavam à minha disposição e bastou para eu lhes dar um sorriso e uma piscadela para levá-los para a cama.

   Ares era diferente.

   Eu estava ficando cansada dessa perseguição de gato e rato. Ele nunca tentou nada comigo, mas sua mera presença era suficiente para eu desejá-lo. Ele era muito diferente da maioria dos homens com quem eu tinha fodido.

   Ele me deu respeito.

   Soltei um suspiro enquanto olhava pela janela. Estrelas adornavam o céu, a Via Láctea brilhava excepcionalmente hoje. Isso era uma coisa que eu adorava em Maryland. Você podia ver a Via Láctea claramente, pois a poluição luminosa era mínima.

   Lembrei-me do meu pai. Uma pessoa que me ensinou a me amar, alguém que olhava as estrelas comigo e sonhava com o infinitamente impossível.

   “Loren, você sabe por que o céu muda de cor?"

   Eu, de seis anos, pensei que eram fadas que dançavam nas nuvens e as faziam mudar de cor com a ajuda de sua varinha mágica.

   Eu estava tão obcecada pela Barbie que era repugnante.

   — É chamado de efeito Rayleigh — ele sorriu ao ouvir minha resposta. — Você sabia que pode ver o mesmo nos olhos humanos?

   Olhei para ele, fascinado com a informação.

   — Os olhos também mudam de cor? — foi algo que estava além da minha imaginação.

   Ele assentiu.

   — Apenas os humanos especiais têm esse dom. Você sabia que seus olhos também mudam de cor, Lô?

   Eu olhei para ele, minha boca aberta. Meus dedinhos subiram, tocando o canto dos meus olhos enquanto eu encontrava as maravilhas dentro de mim.

   Foi a primeira vez que acreditei que era um ser humano especial.

   — Meus olhos mudam de cor? — murmurei. — Por que não consigo sentir?

   Ele riu com vontade, suas risadas sempre me fizeram sentir em casa.

— Você não consegue sentir, boba! É algo que um espectador pode ver. Alguém que está olhando para você.

— Então, não saberei se meus olhos estão mudando de cor, mas uma pessoa que está olhando para mim pode ver? — eu pisquei.

— Exatamente! — ele sorriu, bagunçando meu cabelo e me fazendo rir. — Minha garota esperta.

   Balancei a cabeça, impressionada comigo mesma.

   Foi a primeira vez que me impressionei.

   — Só uma pessoa especial pode ver como seus olhos mudam de cor lindamente. Por exemplo, quando você está triste, eles são da cor da tempestade, quando você está realmente feliz, eles são da cor do céu. Quando você sorri, eles olham quase verde. Pequenas mudanças, então, a menos que alguém esteja prestando atenção em você, eles não perceberão.

   Soltei um suspiro, meu coração pesado.

   Eu ainda estava para encontrar uma pessoa que apontasse isso como meu pai fez.

   — Você é uma garota especial, Lô. Apenas para ser notada com um par de olhos especiais.

   Aquele por quem eu queria ser notada não tinha visão.

   — Loren! — a voz de Rosie me tirou do meu devaneio. — O jantar está servido.

   — Ah, tudo bem — eu sorri. — Ares entrou?

   — Uh- o Sr. Estevan disse que jantará em seu quarto.

   Outro rosto brilhou em minha visão enquanto eu gemia mentalmente.

   — Que tal a Sra. Davis?

   — Ela disse que quer que seja enviado para o quarto do Sr. Estevan.

   Interessante.

   — Obrigada — sorri. — Você pode, por favor, guardar um pouco para mim? Eu o pegarei mais tarde.

   Ela assentiu enquanto saía.

   Hum.
   Pegando minha maleta médica da gaveta, fui até o quarto de Ares.

   A porta estava entreaberta, então bati nela antes de entrar...

   Apenas para encontrar Britney, a vadia, em cima dele enquanto estava sentado no sofá, com um olhar irritado estampado nele.

   Uma expressão nele, a estátua fria.
   Isso era raro.

   — Posso interromper vocês? — anunciei minha presença, estreitando os olhos para Britney, que imediatamente se endireitou e me lançou um olhar furioso.

   Já foram duas vezes. Eu estava realmente pensando na opção de arrancar os cabelos dela.

   — Você novamente! — ela bufou. — Você não entende a dica, não é? Você não vê que Ares e eu estamos tendo uma conversa importante?

   Olhei para a mão dela que descansava em seu bíceps.

   — Conversa muito importante, de fato, posso ver claramente.

   — Saia então!

   — Receio não poder fazer isso, Sra. David — sorri docemente. — É hora do check-up noturno.

   Meus olhos foram para Ares, que parecia curioso.

   — Faça isso então! — ela bufou.

   — Temos essa política onde terceiros não podem interromper uma sessão entre uma enfermeira e um paciente. É estritamente proibido. Você… — apertei os lábios. — Está nos interrompendo.

   Ela pareceu surpresa, mas então uma expressão de veemência tomou conta de suas feições. Sem pronunciar outra palavra, ela passou por mim, saindo e batendo a porta com bastante violência no caminho.

   — Desde quando começamos a fazer exames noturnos? — a pergunta curiosa de Ares veio. — Achei que fosse apenas de manhã?

   — Desde agora — eu gritei enquanto a raiva queimava em minhas veias. — Você se importaria de explicar por que está deixando aquela cobra passar por cima de você enquanto não suporta um único toque meu?

   — Eu nunca a deixei passar por cima de mim — ele articulou simplesmente.

   — Mas você também não está protestando! — suspirei. — O que você não pode simplesmente dizer a ela se está irritado com ela? Você não é obrigado a se alimentar das mentiras dela!

   — E se ela não estiver mentindo?

   Revirei os olhos.

   — Por favor. É tão óbvio. Até você sabe disso! Por que você a está tolerando em primeiro lugar?

   — Não quero desrespeitá-la — ele respondeu educadamente.

   — Mas ela o desrespeita!

   O silêncio foi a única resposta que recebi.

   — Sabe, meu pai costumava dizer que o respeito é conquistado — eu disse suavemente. — Algo em que falhei miseravelmente. Ela não está respeitando você. Então, por que você sente a necessidade de manter suas boas maneiras?

   — Porque depende dela se ela me respeita ou não. Depende de mim se eu a respeito ou não. Não posso descer ao nível dela e ser desrespeitoso.

   Fiquei atordoada.
   Eu nunca tinha pensado assim. A mente de Ares era verdadeiramente fascinante.

   — Além disso, eu respeito muito você — disse ele, me fazendo olhar para ele em estado de choque. — Como alguém que cuida de mim e uma mulher talentosa que tem um impulso irrevogável por sua paixão. Então, não. Você não falhou ganhando respeito. Tenho certeza de que seus colegas compartilham os mesmos pensamentos comigo.

   Fui eu ou ele realmente parecia... preocupado?
   Como se ele se importasse?

   — Você ficaria surpreso em saber como as pessoas tratam os outros - eu ri amargamente.

   — Isso ainda não muda o fato de que você é alguém que está muito à frente deles. A opinião deles pouco importa.

   Minha boca ficou aberta enquanto deixei suas palavras serem registradas.
   Ele estava... me consolando.
   E porra, estava quente.

   Lambi meus lábios, meu corpo esquentando em segundos. Uma respiração estremecida me escapou enquanto eu apreciava a vista magnífica que era ele.

   O beijo começou a se repetir em minha mente enquanto eu lentamente me aproximava dele.

   — Você é sempre tão disciplinado, responsável por si mesmo, parece tão precioso vindo de você — sentei-me na mesa, sentando bem na frente dele. Sua postura parecia relaxada quando ele se recostou no sofá.

   — Disciplina é algo que lhe falta muito, Sra. Campbell.

   Minha boceta latejava dolorosamente enquanto minha mente girava com as possibilidades de ele me levar para esta mesa. Eu estava tão molhada que podia senti-lo escorrendo pelas minhas coxas. Meus olhos foram para a grande protuberância em suas calças.

   — Então, por que você não me ensina? — eu sussurrei, minha voz pesada de desejo.

   Meus mamilos endureceram dolorosamente, imploravam para serem tocados, mordidos e chupados. O formigamento na parte inferior do meu abdômen era insuportável.

   Ele se inclinou para frente, sua voz era apenas um grunhido.

   — É isso que você quer, Sra. Campbell? Que eu a discipline?

   Mordi meus lábios. Sua voz era rouca, pecaminosa, como chocolate agridoce. Sua mandíbula cerrou, eu ansiava por passar minha língua ao longo deles. Sua barba grisalha só aumentava seu apelo. Sua pele morena brilhava magnificamente sob a luz fraca.

   — Sim por favor.

   Seus longos dedos agarraram minha mandíbula, apertando dolorosamente, mas apenas aumentando o meu prazer. Soltei um gemido rouco quando ele aproximou seu rosto do meu.

   — Você acha que aguenta bem, pequeno foguete?

   — Eu sempre fui articulada - lambi meus lábios, minha boceta implorando para ser preenchida enquanto latejava como se tivesse seu próprio batimento cardíaco.

   Ele passou o nariz pela minha mandíbula, a frieza de sua máscara pressionando minha pele quente. Soltei um gemido estrangulado, minha mente agitada com todas as possibilidades.

   Finalmente estava acontecendo.

   — Você é um pouco atrevida, você sabe disso, certo? — ele grunhiu baixinho, passando o polegar em meus lábios insensivelmente, curiosamente. — Puta que pariu.

   Ele era tão lindo. Eu podia sentir seus lábios tocando minha pele enquanto ele os acariciava. Ele me segurou com força, mas eu podia sentir que ele estava se contendo.

   — P-Pare de me provocar — eu choraminguei, implorando silenciosamente para ele me foder aqui, nesta mesa, crua.

   — Você acha que merece ser fodida? Você tem sido uma garota muito má. Se fizermos isso, não há como voltar atrás.

   Eu gemi de frustração. Ele estava brincando comigo e sabia exatamente o que estava fazendo.

   — Eu posso te foder em qualquer lugar, a qualquer hora e você terá que obedecer. Você pode fazer isso?

   Eu estava prestes a explodir, pude sentir minha umidade escorrendo pela minha saia curta e na mesa de vidro.

   — P-Por favor…

   — Foda-se — sua suave maldição foi tudo que ouvi antes de seus lábios descerem pelos meus, capturando-os em um beijo apressado, mas áspero. — Diga-me para parar.

   — Não pare, por favor.

   Seus lábios começaram a beijar meu pescoço e minha clavícula. Meus dedos dos pés se curvaram quando joguei minha cabeça para trás, meus dedos enroscando-se em seus fios de seda enquanto eu silenciosamente o persuadia a parar com seus jogos.

   Senti seus dentes mordiscando a pele do meu pescoço. Um gemido alto me escapou quando me senti prestes a perder a sanidade.

   Fogo. Tudo que senti foi o fogo intenso em meu corpo.

   Ele se afastou e eu observei suas feições com avidez. Mesmo no momento mais íntimo, ele estava no controle.

   Peguei sua mão que segurava meu queixo, agarrando seu dedo e sugando-o suavemente entre meus lábios. Envolvendo-o com a língua, chupei-o em minha boca, esvaziando minhas bochechas; exatamente como eu faria com um pau.

   Senti sua outra mão agarrar a parte de trás do meu cabelo enquanto ele enfiava o dedo ainda mais na minha boca, quase tocando o fundo da minha garganta. Estremeci, deixando escapar um gemido abafado enquanto corria minha língua ao longo de seu longo dedo.

   — Você tem certeza disso, Loren? — ele questionou com a voz quebrada e retraiu a mão. — Não há como voltar atrás. Não quero que você se arrependa.

   — Eu nunca tive tanta certeza sobre qualquer outra coisa — eu ofeguei. — A questão é, você tem certeza? Eu entendo que posso ter parecido um pouco exigente—

   Sua outra mão puxou meu cabelo dolorosamente, mas isso só aumentou o prazer bruto que eu estava sentindo. Ele passou o dedo molhado ao longo dos meus lábios, traçando-o dolorosamente lento, me desligando.

   — Você se comportou como uma vadia, mas porra, eu quero você — sua voz esfumaçada me fez estremecer de êxtase.

   — Tire a saia — sua ordem foi dura, breve e não precisei ouvir duas vezes. Levantei meus quadris e tirei-a de uma vez.

   — Mantenha seus olhos em mim, se eles ainda não estão — eu olhei para ele, ofegante enquanto ele lambia os dedos que estavam na minha boca. Senti um jorro de umidade enquanto observava sua língua lambê-los lentamente, molhando-os ainda mais.

   Eu gemi, cheguei a um ponto onde não havia como voltar atrás. Seu cheiro invadiu meus sentidos, junto com o cheiro da minha excitação. Foi uma mistura inebriante.

   Seu aperto em meu cabelo aumentou quando ele bateu dois dedos em minha boceta, fazendo minhas costas arquearem. Um grito me escapou quando senti a dor se infiltrando com o prazer.

   Eu ofeguei enquanto apertei firmemente seus dedos, gemendo quando se tornou demais para aguentar.

   — Você é muito apertada — ele rosnou enquanto inseria um terceiro dedo. Soltei um grito suave, com falta de ar quando a intrusão se tornou insuportável.

   — T-Demais — eu gemi, minha mente se recuperando de toda a simulação. — Por favor... Ares...

   — Regra número 1 — ele rosnou baixinho, movendo lentamente os dedos dentro de mim, me fazendo chorar de êxtase. — Quando eu estiver disciplinando você, você deve me chamar de 'senhor' ou 'Sr. Estevan'. Entendido?

   Eu só pude gemer em resposta.

   Ele provavelmente não ficou satisfeito com minha resposta ininteligível porque soltou meu cabelo e passou a mão em volta do meu pescoço.

   Eu estava vendo estrelas atrás da minha tampa. Eu estava tão perto de quebrar, mas tão longe. Eu estava realizada, mas precisava de mais. Faíscas percorreram minha pele enquanto minha boca ficou aberta. Assumi sua forma intimidadora através da minha visão turva.

   — U-compreendido, senhor.

   — Boa menina.

   Sua mão deixou meu pescoço, ele arrastou os dedos pela bainha da minha blusa, me fazendo contorcer impaciente.

   — Você está fazendo uma bagunça — ele sorriu. — Em todos os meus dedos.

   Ah. Deus.

   Ele estava me tocando como uma marionete nas cordas e eu estava perdendo a cabeça. Um soluço escapou de mim quando um de seus dedos baixou minha blusa, expondo meus seios grandes.

   — Por favor- — eu solucei. — Por favor, eu não posso ta—

   — Cale a boca.

   Eu estava transcendendo, à beira de um orgasmo - cada pedacinho de mim estava pronto para explodir. Eu estava sobre ele como uma vadia no calor.

   Ele beliscou cada um dos meus mamilos inchados, me fazendo gritar de dor e meus seios saltarem, cuja sensibilidade se transformou em prazer. Mordi meus lábios, para me impedir de gritar em casa a baixo.

   Sem aviso, a mão dele caiu em meus seios, apenas para dar um tapa forte.

   Eu engasguei com a pontada afiada jogando minha cabeça para trás, lágrimas caindo em cascata quando vi rajadas de cores atrás de minhas pálpebras, minhas costas arqueando.

   — Você é gostosa pra caralho — ele murmurou antes de envolver os lábios em torno de um dos meus mamilos.

   Eu grito, imaginando se outros poderiam me ouvir...

   Sua boca estava flamejante, ele mordisca o ponto sensível antes de lamber e chupar - acalmando a dor.

   — S-Senhor—

   Ele retrai os dedos de dentro da minha boceta imediatamente, me fazendo choramingar pela perda.

   — Senhor—

   — Outra palavra, Loren — ele pronunciou, com ameaça em sua voz. — E eu vou embora.

   Eu fechei minha boca.

   Ele voltou sua atenção para meus seios, mordendo, lambendo, chupando, beliscando ocasionalmente até que eu gritei alto. Eu estava indefesa debaixo dele e ele nem tinha me fodido.

   Meu clitóris latejava dolorosamente, implorando para ser tocado e liberado. Eu estava gostando da dor que beirava o prazer.

   Ele trouxe seus dedos molhados, que estavam dentro de mim há algum tempo, até meus lábios e ordenou.

   — Chupe.

   Eu jogo minha língua para fora, sentindo meu gosto em seus dedos antes de envolvê-los com meus lábios.

   Ele retraiu os dedos e os levou até meus seios, espalhando umidade sobre eles.

   — Você queria isso — ele murmurou. — E você vai aceitar, pequeña descarada.

   Sem aviso, ele bateu três dedos novamente dentro de mim, me fazendo ofegar de dor. Ou talvez tenha sido um prazer. Eu não tinha mais ideia de nada.

   Tudo que vi foram estrelas.

   Seus dentes puxaram meus mamilos excessivamente sensíveis enquanto ele movia os dedos dentro de mim, me abrindo para ele.

   Coloquei a mão sobre a boca, as lágrimas escorrendo descaradamente enquanto tentava girar meus quadris em seus dedos, implorando por uma liberação. Minha boceta apertou dolorosamente em torno dele enquanto ele lentamente os movia para frente e para trás.

   — Implore por isso.

   Eu ofego alto enquanto solto um gemido.

   — Por favor, senhor, por favor, deixe-me gozar. Por favor. Por favor, não pare—

   Sua mandíbula cerrou, sombreada pela luz fraca que iluminava a sala. Ele parecia um predador, que havia capturado sua presa.

   São sempre os quietos.

   Tantos dias, imaginei que ele perderia sua fachada composta e me devastaria assim. Nenhuma das minhas fantasias chegou perto do que eu estava vivenciando.

   — Você não parece sincera o suficiente.

   — Por favor, senhor — eu estava soluçando agora. — Por favor, deixe-me gozar. Por favor, farei tudo o que você desejar. Absolutamente qualquer coisa—

   — Qualquer coisa, hein? Como uma perra [puta].

   Ele parecia um Deus quando falava espanhol...
   Ele enrolou os dedos dentro de mim alguns centímetros, me fazendo gritar de prazer e dor.

   — Isso dói? — ele perguntou, uma leve preocupação em sua voz.

   — Está tudo bem — eu ofeguei. — E eu gosto que doa... só um pouquinho.

   — Você gosta de dor — afirmou ele, como se tivesse descoberto algo precioso, seu sotaque ficando mais pesado.

   Eu só pude ofegar em resposta.

   Seus dedos começaram a cortar minha boceta abruptamente, me fazendo choramingar e soluçar. Pontos pretos começaram a cobrir minha visão enquanto ele enfiava os dedos dolorosamente devagar e depois os tirava completamente.

   Agarrei seus ombros, fechando os olhos enquanto o deixava pegar o que queria. Eu podia sentir a poça de umidade abaixo de mim.

   Eu engasguei por ar, sufocando quando ele curvou os dedos um pouco mais, atingindo meu ponto G.

   — Oh Deus! — eu gritei bem alto. — S-Pare...

   Sua única resposta foi enfiar os dedos em mim com mais força, me fazendo chorar.

   Eu estava implorando, minhas palavras eram uma bagunça. Eu não tinha certeza do que estava implorando, do que queria neste momento. Eu conseguia pensar nos dedos dele dentro de mim, me fodendo em um ritmo implacável.

   — Não pare… — eu choro, arrastando minhas unhas em suas costas.

   Seus dedos pararam imediatamente.
   Meus olhos se abriram.

   — N-Não—

   Ele me lança um sorriso malicioso. Aquele maldito bastardo.

   — Não pare o quê?

   — Senhor! — eu sibilei quando ele mordeu minha nuca. — Por favor, senhor—

   Ele curvou os dedos, a palma bem dentro de mim. Eu estava prestes a quebrar, como um pedaço de vidro. Eu queria gritar, chorar e implorar por ele ao mesmo tempo.

   Eu estava tonta, era demais para aguentar. Eu estava tremendo, meu corpo apertando enquanto se preparava para uma liberação.

   Seu polegar toca levemente meu clitóris latejante e isso era tudo que eu precisava.

   Eu gozei, gritando, o mundo derretendo em preto e branco. Meu corpo ficou mole enquanto eu esguichava minha liberação sobre ele.

   — Você pediu permissão? — ele deu um tapa de leve na minha boceta excessivamente estimulada.

   Eu gritei.

   — E-eu—

   Sua resposta foi enfiar os dedos dentro de mim novamente, me fazendo chorar.

   Ele tocou meu clitóris enquanto tesourava minha boceta impiedosamente. Eu estava preocupada em quebrar.

   Apague isso, ele já tinha me arruinado para qualquer outro homem.

   — Mwmh — sons indecifráveis saíram dos meus lábios enquanto eu segurava o corpo embaixo de mim, arqueando as costas.

   — O que você quer? — seus dedos deixaram sua marca na minha coxa enquanto ele beliscava um mamilo com o polegar.

   Minha língua ficou pendurada quando ele atingiu meu ponto G, minha mente ficou em branco enquanto eu chorava.

   — Quero-C-Cum—

   Eu estava tremendo. Meus olhos dispararam para minha boceta que estava levemente vermelha, mas acomodava perfeitamente seus dedos grandes.

   — Então goze para mim — ele acrescentou outro dedo, meu corpo ficando dormente.

   — Eu não posso — eu lamentei. — T-demais—

   — Você pode e você vai.

   Meu corpo arqueou para trás enquanto eu gritava minha segunda liberação da noite, minha garganta arranhada de tanto gritar.

   Tudo ficou preto quando deixei meu corpo cair para trás, apenas para ser pego por um par de braços.

   Me senti sendo levantada, mas poderia ser um sonho, pois eu não sabia mais a diferença entre sonho e realidade.

   Tudo que eu sabia era que teria problemas para andar amanhã e ele ainda nem tinha me fodido.

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