𝐩𝐫𝐞𝐠𝐧𝐚𝐧𝐭
⌦፧ 𝐚𝐭𝐞𝐥𝐨𝐟𝐨𝐛𝐢𝐚;
❝É o medo de ser imperfeito, de não fazer
algo corretamente, de não ser suficiente e bom.❞
— MINCE! — Abafo o xingamento alto que proferi contra minha mão. — Isso não pode estar acontecendo comigo, não comigo!
Bom... Claramente poderia já que ultimamente tenho sido uma irresponsável com absolutamente tudo.
Mas merda!
Isso não poderia ter vindo em uma hora tão ruim.
Sem algum tipo de delicadeza angelical, jogo o teste barato que havia comprado na farmácia hoje cedo na parede e vejo os pequenos fragmentos de plástico voarem para diferente partes do banheiro.
Não conseguia raciocinar direito, tentar processar que está grávida e lembrar COMO respirar não são lá as melhores combinações.
Com certeza se não fosse os remédios de ansiedade, que me deixam topada, eu estaria prestes a ter um ataque de pânico.
Levanto do vaso ainda tonta, por conta da fraqueza que estava tomando conta de meu corpo e caminho até o espelho do quarto.
Sigo em frente até ver uma fisionomia perfeita do meu corpo.
Pálida e horrível, essas eram as características que me descrevia naquele momento.
Burra, burra, burra
Como eu seria capaz de criar um filho? Sou insuficiente até para mim; imagina para uma criança.
Não vou conseguir dar suporte pra ela, muito menos estabilidade e quem dirá amor.
Quando dou conta estava chorando enfrente ao espelho, a minha vida parecia uma novela.
Gostaria de pensar que o que me tirou do transe foi a notificação que havia chegado no meu celular, mas a realidade foi o susto que Ginger me deu, tentando abrir a janela com suas patinhas peludas.
Ginger, era minha gata, na verdade era uma felina preta que morava na rua; mas ela sempre vinha me visitar.
Enquanto abria a janela para o pequeno animal entrar, pego o celular e vejo um recado dado por Sadie.
A ruiva estava na porta de casa.
Desço a escada de carpe caramelo correndo e deslizo pelo chão da sala até chegar a porta branca.
Os fios rebeldes do ruivo acobreado já davam para ser vistos entre os bloquinhos de vidro que estavam ao lado da coluna da porta.
Mesmo fechada conseguia ver as pequenas ondulações que as madeixas faziam.
— Anda logo Sailor, as sacolas estão pesadas! — A ruiva reclama. Sem sombra de dúvida Sink revirava os olhos enquanto esperava.
Sem demora agarro a chave que estava no balcão e começo a girar em sentido horário, sem mais delongas, puxo a maçaneta para dentro e logo se revela uma figura sorridente.
Sadie entra meio cambaleando por conta das duas sacolas que carregava em cada mão e as arremessa em cima do balcão de mármore da cozinha, agradecendo a Deus pelo alívio de não estar segurando mais aqueles pesos.
— Você já contou para alguém? — Sink fala a primeira coisa depois de minutos em silêncio.
Era só o que me faltava, Sadie virar vidente.
— Contou o que? — Engoli em seco.
Odiava mentir para ela, na verdade, para qualquer um. Sempre fui uma péssima mentirosa por medo das punições que iria receber depois.
Mas com a ruiva era diferente, somos grudadas desde quando éramos criancinhas cabeçudas de cinco anos, que viviam dividindo segredos e biscoitos amanteigados.
Ela me conta tudo desde essa época; então seria injusto eu esconder isso da mesma.
— Você ainda insiste em mentir para mim, não é? — Sadie fala debochando da minha cara de confusa.
— Mentir? Como tem tanta certeza que estou mentindo? — Tento entrar no joguinho dela uma última vez, até contar a verdade.
— Quando você mente seu sotaque fica mais forte. — Ela senta no balcão de mármore preto. — E até quando você ia esconder essa gravidez de mim?
Observava tudo ainda boquiaberta. Será que era tão aparente?
— É - É que eu queria ter certeza — Sorrio fraco.
— Certeza Sailly? — Abaixo a cabeça — Você acha mesmo que consegue esconder as mudanças que está tendo em seu corpo?
Minha pergunta foi respondida antes mesmo de ser perguntada.
Era aparente que estava engordando e é de estranhar, já que sou obcecada com o peso de meu corpo.
Sinto meus olhos a começarem a marejar.
— Sadie, eu — Soluço antes de terminar de falar — Eu não sei o que fazer, eu não sei! — Coloco as mais sobre o rosto para tampar as lágrimas que rolavam em minhas bochechas quentes.
Meu estômago revirava só de pensar em contar a minha família sobre a gravidez.
Eu iria ser deserdada da família.
Sailor Bélanger, você é uma vergonha para a linhagem da nossa família!
Não iria suportar os olhares pesados de desprezo que receberia.
— Vem cá, meu amor — Sink fala caminhando à minha direção com os braços estendidos.
Quando meu rosto chocou-se com seu moletom preto; desmoronei, minhas pernas ficaram trêmulas assim como o resto de meu corpo.
Conseguia sentir Sadie nos abaixar aos poucos até entrarmos em contanto com o chão gelado.
Os toques suaves que a garota fazia no topo de minha cabeça tentavam acalmar meus fortes soluços e meus gemidos baixinhos.
Ninguém ousaria quebrar aquele silêncio tão cedo.
first. oioii meus
raios de sol, espero que tenham
gostado desse capítulo.
second. prometo
que o próximo
capítulo será maior, promessa de dedinho em !!
third. me ajudem com
feedbacks positivos, para
que eu saiba que vocês estão curtindo
deixem a estrelinha e comentem :)
four. muito obrigada por
quem está
acompanhando até aqui,
vocês são sensacionais!
contains love and affection
yas.
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