𝚘𝚗𝚎

Um gemido baixinho saiu de seus lábios quando o segundo dedo do loiro foi introduzido na sua intimidade. Instintivamente, você levou uma das mãos até a boca, impedindo que mais sons eróticos escapassem dela. Seria realmente muito ruim se alguém visse o que vocês estavam fazendo agora.

A língua dele percorria toda a extensão da sua vagina, mas, foi quando ele chegou ao seu clítoris que você arqueou as costas em cima da mesa. Estava ficando cada vez mais difícil segurar os gemidos que imploravam para sair de seus lábios.

A mesa do professor não era o lugar mais confortável do mundo, mas você não poderia ligar menos para isso no momento. Estava concentrada apenas na penetração devagar, mas funda e precisa. Os dedos dele eram longos o suficiente para conseguirem lhe preencher quase que por completo. E, assim que você sentiu um estímulo no seu ponto mais sensível, contraiu as pernas e arqueou ainda mais as costas na mesa dura de madeira. Quando percebeu que tinha achado o ponto certo, ele acelerou os movimentos, fazendo esse ponto ser constantemente estimulado.

Você fechou os olhos com força, sentindo o seu clítoris inchar e suas pernas ficarem quentes. A outra mão dele, que não estava dentro de você, agarrou sua coxa e fez com que você abrisse ainda mais as pernas. Já estava sendo quase impossível de segurar os gemidos altos, mas você teria que aguentar.

Mas, foi quando o loiro começou a mordiscar o seu clítoris, continuando a estimular o seu ponto mais sensível com os dedos, que você deixou escapar um gemido manhoso, mas baixo, e não conseguiu controlar os leves espasmos enquanto uma sensação incrível tomou conta do seu ventre.

Assim que acabou de gozar, deixou que seu corpo relaxasse em cima da mesa, enquanto ele retirava os dedos de dentro de você e afastava a boca da sua intimidade.

— Será que alguém ouviu? — Você perguntou, ainda ofegante, criando coragem para levantar, colocar sua calcinha e ajeitar sua saia.

— 'Tá todo mundo na aula — Keigo respondeu, com aquele sorriso satisfeito que ele colocava no rosto toda vez que fazia você gozar — Acho muito difícil alguém passar por aqui essa hora.

A sala abandonada de música acabou sendo um dos seus lugares favoritos na universidade. Antes de conhecer Hawks, como ele era popularmente conhecido pelo campus, você já costumava ir ali quando queria fumar ou apenas ficar sozinha. Mas, depois que apresentou esse lugar ao capitão do time de futebol, as coisas ficaram ainda melhores.

Sabendo que faltavam poucos minutos até o intervalo, você se forçou a levantar e pegar sua calcinha, que o loiro tinha cuidadosamente colocado em cima de uma cadeira, e a vestiu de novo. Aproveitou que a sala tinha uma das paredes revestida com um espelho e se arrumou para não ficar com tanta cara de pós-sexo.

— A gente vem aqui de novo na segunda-feira? — Você perguntou, acabando de passar as mãos no cabelo, tentando arrumar um pouco da bagunça que Keigo tinha feito.

— Na verdade... — Ele disse, vindo até você, por trás, e rodeou a sua cintura com os braços, enquanto enfiava o rosto na curvatura do seu pescoço, fazendo com que os pelos dessa área se arrepiassem — Vai ter uma festa na casa de Toya esse final de semana. Queria que você fosse.

— Toda vez que eu vejo Toya, ele tenta me comer — Uma risada alta escapou dos lábios do loiro, que afastou o rosto de você, apenas para colocar as mãos na sua cintura e fez com que você se virasse de frente para ele.

— Vou pedir pra ele se comportar dessa vez, pode ser? — Mais uma vez, o rosto dele foi parar na curvatura do seu pescoço, deixando uma trilha de beijos por onde passava, e você sabia que aquilo era basicamente uma chantagem emocional para você concordar em ir.

— Posso pensar sobre isso — Respondeu, fechando suavemente os olhos quando os beijos subiram para a sua orelha — Mas se Toya tentar alguma coisa, vou acabar ficando com ele e você não vai poder reclamar.

A risada divertida do loiro lhe tirou de seus próximos pensamentos, fazendo você sentir a respiração dele ainda contra a sua pele.

— Tudo bem, linda — A voz dele era mansa e delicada, como sempre — Já falei que não me importo se vocês ficarem. E isso significa que você vai, né? 

— Você realmente não desiste — Com certa dificuldade você saiu dos braços dele e começou a andar novamente até a mesa onde vocês estavam poucos minutos atrás, apenas para pegar o seu celular em cima de uma cadeira e ver que tinham, pelo menos, umas quinze mensagens de Mina.

Mina:
Onde caralhos você tá?
A aula acabou.
Consegui colocar seu nome na ata.
Vem logo, a gente tá com fome.
[Nome]?
Porra, você é insuportável.
Para de foder e vem comer com suas amigas.
Se eu vir Keigo passando, eu juro que bato nele.
Vem logo, vadia!
[10:23]

Você não leu o resto das mensagens, apenas revirou os olhos e respondeu com um "tô indo". Bloqueou o celular novamente logo em seguida, sabendo que já já receberia mais quinze mensagens da de cabelo rosa, reclamando pela sua demora.

— Eu tenho que ir — Disse, voltando seu olhar para o loiro novamente, que estava analisando cada detalhe do seu corpo, não necessariamente de uma forma maliciosa.

— Você vai 'pra festa, não é?

As vezes, era até irritante o quão fofo ele podia ser. Mesmo vocês só se encontrando basicamente para foder, Keigo nunca deixou de lhe tratar com carinho. Raramente ele pedia algo a você e, mesmo não estando com muita paciência para uma festa, ficava difícil dizer "não".

— Eu vou pensar — Foi o que você respondeu — Te mando mensagem ainda hoje avisando se eu vou ou não.

— Perfeito — Aquele maldito sorriso feliz fazia você querer morrer por não conseguir corresponder a fofura dele — Chama suas amigas também.

— Vou fazer isso — Você respondeu, caminhando até ele apenas para depositar um selinho rápido nos lábios dele, sentindo um pouco do seu próprio gosto, que ainda estava na boca dele — A gente se vê.

— Se cuida — Ele disse, enquanto você caminhava até a porta da sala abandonada e saia por ela, não se preocupando muito se alguém lhe visse.

Não é como se os outros alunos da universidade não soubessem que você e o capitão do time de futebol faziam algumas coisas indeiscente na sala abandonada. E ninguém era louco o suficiente de se meter com Hawks. Mesmo assim, todo mundo também sabia que vocês nunca assumiram nada, e nem iam. As coisas com Keigo eram convenientes demais para que algum de vocês dois quisesse mexer nisso.

Também não era nenhum segredo para o loiro que você era doidinha para pegar o melhor amigo dele. Toya Todoroki já tinha dado vários indícios de que queria lhe comer, mas você deixava para lá pelo simples fato de os dois serem melhores amigos. Mas, depois de algumas conversas com Keigo, percebeu que ele genuinamente não ligaria.

Um suspiro cansado escapou de seus lábios quando você voltou a lembrar da festa que ele tinha lhe chamado. Não que você não gostasse de festas, só tinha preguiça de ir para elas. Se pudesse escolher, preferia ficar em casa vendo anime, mas sabia que interações sociais era uma parte importante da vida universitária.

Precisava chamar Mina e Jiro para irem com você. Também pensou em chamar Izuku, mas isso provavelmente significaria que o melhor amigo dele também ia, e, puta que pariu, você não suportava ele.

Se entreteu com seus próprios pensamentos tempo o suficiente para não perceber mais por onde estava andando, até que esbarrou em um corpo alto e duro no meio do corredor.

— Me desc... — Mas, assim que olhou para cima, parou de falar e colocou a expressão mais entediante que conseguiu no rosto — Ah... é só você.

— Vai se foder, sua putinha.

Katsuki Bakugou olhava para você de cima, com aquele ar de superioridade que ele sempre tinha. Você apenas revirou os olhos ao ouvir o xingamento que ele tinha preparado para lhe irritar e desviou dele.

— Oi, [Nome] — Muito diferente do loiro emburrado, Midoriya sempre lhe cumprimentava com um sorriso no rosto e entusiasmo na voz — Sua aula já acabou?

— Não assisti a última cadeira — Respondeu, dando de ombros.

— Deu pra perceber — Katsuki disse, chegando mais perto de você e fingindo estar farejando o seu pescoço — 'Tá fedendo a sexo.

— Pelo menos eu transo — Um sorriso sínico brotou nos seus lábios, enquanto você se afastava do rosto dele — Imagino que pra você seja difícil achar uma garota que se contente com tão pouco — Completou, olhando descaradamente para a calça dele, alargando o sorriso quando viu que ele ficou irritado.

— 'Vamo lá naquela sua sala abandonada e eu te mostro o que é "tão pouco".

— Eu prefiro me jogar de uma ponte.

— Eh... calma, gente — Izuku disse, nervoso, enquanto revezava o olhar entre você e Bakugou — Será que vocês conseguem passar cinco minutos sem brigar?

— Foi ele quem começou — Você disse, suspirando logo em seguida. Katsuki abriu a boca para retrucar, mas você não deu oportunidade e continuou a conversar com o de cabelo esverdeado — Inclusive, eu tenho até que falar com você. Keigo me chamou pra uma festa na casa do Toya. Quer vir?

— Toya Todoroki? — Ele parecia assustado com a pergunta e você achou estranho. Izuku já sabia que você de vez em quando saía com o vice capitão do time de futebol.

— Ele mesmo — Você franziu as sobrancelhas.

— Pode ser... Eu tenho aula agora de tarde, mas me manda mensagem e a gente combina.

— Beleza. A gente se fala, então — Você depositou um beijo na bochecha do mais baixo e começou a andar pelo corredor extenso.

Seu celular vibrava incansavelmente na sua bolsa e você já sabia que era Mina mandando mais um milhão de mensagens reclamando da demora.

— Não vai me dar um beijinho de despedida também?

Quando ouviu a voz de Katsuki, você apenas suspirou alto e, sem se virar, fez um gesto obsceno com o dedo do meio para ele. Conseguiu ouvir a risada alta dele e a palavra "vagabunda", mas não fez muito esforço para escutar o resto.

Você nunca foi uma pessoa que se importava muito com popularidade, mas ela acabou vindo sem você fazer nenhum esforço depois que começou a sair com o capitão do time de futebol. Não que você considerasse as pessoas que lhe cumprimentavam, enquanto você passava pelo corredor, de amigos. Seus amigos de verdade você conseguia contar em uma mão só.

Essa era a parte chata de sair com Keigo: a atenção que ele atraia. Seja qual for o motivo que as pessoas têm para se aproximar de você desde que o "caso" de vocês virou algo público, você não gostava nem um pouco disso. Só queria ficar na sua e se formar logo. Não aguentava mais a faculdade.

— Mana, será que dá pra você acabar de transar antes dos intervalos começarem? — Mina disse, um pouco alto demais para o seu gosto, assim que você se sentou em uma das mesas do refeitório — Já já a próxima aula começa.

— Keigo teve que mostrar o ginásio pros calouros — Você explicou, roubando uma batata frita do prato da garota de cabelo rosa — Mas eu prometo que vou gozar mais rápido da próxima vez.

Você e Mina riram do leve desconforto de Jiro com o rumo que aquela conversa estava tomando. Sempre foi assim. Você e a de cabelo rosa viviam baixando o nível da conversa e a de cabelo roxo sempre ficava envergonhada.

Vocês três eram amigas há milênios, desde a escola, até acabaram escolhendo o mesmo curso e foram parar na mesma faculdade. Mesmo tendo personalidades diferentes, nunca se afastaram por causa disso.

— Ah, tenho uma proposta — Você começou a falar, enquanto roubava outra batata frita e recebia um xingamento de Mina por isso — Vai ter uma festa na casa do Toya esse final de semana.

— E a gente vai? — Jiro perguntou, obviamente desanimada.

— Só se vocês quiserem — Deu de ombros — Não prometi a ele que ia e, sinceramente, se vocês não forem, eu não vou.

— Mas você quer ir? — Dessa vez, foi Mina quem perguntou.

Você teve que suspirar fundo e pensar antes de dar uma resposta sincera.

— Eu preferia ficar em casa vendo anime, vocês sabem — Ia parar por aí, mas as duas lhe olharam com as sobrancelhas meio arqueadas, sabendo que ainda tinha algo a mais ali — Mas se eu for Toya provavelmente vai chegar em mim e eu queria muito pegar ele.

— Você é uma puta — Foi a resposta 100% sincera e ríspida de Mina.

— Eu sei disso — Você revirou os olhos — Mas foram vocês que perguntaram, eu só respondi sinceramente.

— Não vai dar problema se você tiver rolo com os dois melhores amigos? — Jiro perguntou genuinamente, sem fazer brincadeiras com você, diferentemente da outra mulher ao lado dela.

— No início eu achei que sim, mas Keigo sempre diz que não ligaria.

— E se ele tiver falando da boca pra fora?

— Acho difícil — Pegou seu celular para mandar uma mensagem para Izuku sobre a festa, pedindo para ele lhe avisar se realmente fosse — Não é como se ele sentisse alguma coisa por mim além de tesão — Finalmente, voltou os seus olhos para as amigas novamente — Mas, e aí? Vocês vão?

— A gente pode levar Eijiro e Denki? — Mina perguntou, com um sorriso entusiasmado no rosto.

— Não.

O sorriso se desfez na hora.

— Por que não? — Perguntou, sem tentar esconder o tom de indignação.

— Porque eu já chamei Izuku também e se eles dois forem, aquele arrombado também vai — Explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— E qual o problema de Bakugou ir também? — Antes que você pudesse responder, Mina levantou as mãos, em um final para que você não falasse — Esquece o que eu perguntei. Vai levar uma hora e meia pra você compilar todos os motivos pra ele não ir.

— Mas se a gente for em um grupo grande, você quase não vai precisar falar com ele — Jiro era uma daquelas pessoas que era muito difícil negar alguma coisa.

Ela começou a namorar com o Kaminari já faziam alguns meses. Os dois formavam um casal muito fofo e você não tinha nenhuma reclamação a fazer dele. A não ser que ele era um dos melhores amigos de Katsuki. O que era, além de um problema, um baita defeito. Por causa disso, você nunca teve muitas oportunidades de conhecer melhor e até se tornar amiga do namorado de Jiro. O que era uma pena.

Já Mina não namorava exatamente com o Kirishima. Eles tinham um rolo antigo, mas todo mundo sabia que eram apaixonados um pelo outro. Não é à toa que ela não ficava com ninguém além dele e ele não ficava com ninguém além dela. Essa palhaçada já acontecia fazia um ano e nada de um pedido de namoro sair.

Mais uma vez, Kirishima também só tinha um defeito: ser um dos melhores amigos de Katsuki.

Você realmente achava que o Universo não gostava tanto assim de você.

Sua relação com Kirishima também nunca foi das mais íntimas. Você nunca tinha muitas oportunidades de conversar com aqueles dois. Geralmente, mas poucas vezes em que você concordava em sair com eles, o Bakugou também sempre ia. Antes mesmo de você conseguir dar um "boa noite" para o resto das pessoas, acabava brigando feio com o loiro.

Todas as pessoas ao seu redor estavam conectadas com a pessoa que você mais detestava em todo o mundo. Não era nem um pouco divertido.

— Tá legal — Você respondeu, depois de um suspiro cansado — Chamem seus namorados. Se no final das contas eu acabar trancada em um quarto com Toya, não me importo se aquele estrupício for também.

As duas comemoraram e já começaram a mandar as mensagens. Você tentou não se estressar muito. A festa seria divertida. Mesmo que fosse insuportável ficar no seu grupo por causa dele, sabia que podia se encostar em Keigo a qualquer hora. Além disso, também tinha Toya.

Isso fez com que você se sentisse um pouco melhor. Não precisava se preocupar com Katsuki Bakugou infernizando sua vida.

Seus pensamentos foram interrompidos apenas quando o seu celular vibrou em cima da mesa, anunciando uma nova mensagem. Imaginou que fosse Izuku respondendo se ia ou não, mas seu sangue começou a ferver quando leu de quem era a mensagem e o conteúdo.

Arrombado:
Soube que vai ter festinha
nesse final de semana.
Mal posso esperar.
Só vê se não vai deixando
tanto na cara que vc é uma puta.
[11:02]

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