𝚎𝚒𝚐𝚑𝚝𝚎𝚎𝚗

Você estava jogada no sofá da casa de Izuku, com as penas em cima do encosto para as costas. Usar um controle de vídeo game já era algo bem habitual. Você nem se lembrava da última vez em que teve que olhar para o controle para saber onde ficava o R2.

— Porra — Midoriya disse, depois de você vencer pela terceira vez uma partida no FIFA 19 — Quantas horas você já jogou dessa merda?

— Algumas — Você respondeu, deixando o controle em cima do centro na frente do sofá e se espreguiçando — Mas eu joguei mais o FIFA 20.

— Eu 'tava pensando em comprar o 25.

— Não vale a pena.

— Vocês acabaram de jogar? — A voz de Shoto fez você se virar na direção dele, que estava com um livro no colo, sentado no outro sofá do cômodo.

No início, você tinha ficado levemente relutante em aparecer na casa de Izuku depois que ele falou que o namorado também estava lá. Eles tinham acabado de começar a namorar. Não deveriam estar em lua de mel ou algo do tipo? Mas Midoriya disse que ele passaria o final de semana inteiro lá, então você ficou mais tranquila. A ideia de ser uma empata foda lhe dava calafrios.

Mesmo com Shoto não gostando de jogar nenhum vídeo game, ele não pareceu nem um pouco incomodado com a ideia de vocês jogarem enquanto ele acabava de ler um livro que tinha começado no dia anterior. Você lançou um sorrisinho malicioso quando percebeu que era um romance gay, o que fez com que ele ficasse vermelho igual à metade do cabelo dele.

— Acabamos — Izuku disse, indo na direção do outro sofá e sentando ao lado do Todoroki — Cansei de perder.

— Você sempre perde? — Tinha um tom de brincadeira na voz dele, mas não foi o suficiente para fazer Midoriya não ficar vermelho.

— As vezes — Ele respondeu.

— Quase sempre — Você corrigiu — Eu até diria que eu só não ganhei de você quando eu tava bêbada quase morrendo.

— Isso é exagero.

— Qual foi a última vez que você ganhou de mim sóbria?

O esverdeado parou um tempo para pensar e realmente estava fazendo muito esforço para puxar alguma memória da mente. Quando ele estava quase desistindo, a campainha tocou, fazendo um suspiro de alívio escapar dos lábios dele.

— Você pode atender, por favor, [Nome]?

— Você é um safado — Foi o que você respondeu, enquanto se levantava do sofá e caminhava até a porta de entrada.

Vocês tinham feito o pedido do almoço pelo aplicativo fazia quase uma hora. O seu estômago roncava de ansiedade enquanto você abria a porta, mas, depois que viu quem estava lá, ele começou a se embrulhar por um motivo completamente diferente.

— Oi — Katsuki disse, com a expressão neutra de sempre.

Aparentemente só você estava muito surpresa com a presença dele. O loiro parecia até já saber que você estava lá e você mataria Izuku por isso.

— Oi — Você respondeu, se sentindo patética pelos seus olhos estarem arregalados e pela demora que foi para você conseguir falar alguma coisa.

— Trouxe o almoço de vocês — Ele disse, quando percebeu que você não falaria mais nada — Eu tava estacionando o carro quando o entregador chegou.

— Nossa, obrigada — Você saiu do seu transe e agarrou o pacote de comida que ele tinha em mãos — Eu já 'tava passando mal de fome — Vocês dois entraram na casa e o loiro fechou a porta atrás de si. Não era de se estranhar a familiaridade dele com aquele lugar. Além de você, o Bakugou era quem mais ia lá — Izuku, a comida chegou — Você gritou da cozinha, mas olhou na direção do homem ao seu lado e complementou — E Katsuki também.

Bakugou já deveria estar acostumado, mas, toda vez que ouvia o primeiro nome dele saindo de seus lábios, todo o corpo dele se arrepiava de uma forma inexplicável. Era um dos efeitos sinistros que você tinha sob ele. Efeitos que o loiro já desistiu de lutar contra há muito tempo.

Os passos dele lhe seguiam para dentro da cozinha e ele não conseguiu desviar os olhos enquanto você, de uma forma mais desesperada do que seria saudável, pega os pratos e talheres dentro do armário, praticamente jogava tudo em cima da mesa, se sentou na cadeira e abriu o pacote de comida, começando a se servir.

— Você quer também? — Só então ele percebeu que você estava olhando na direção dele, com as bochechas cheias de comida, completamente por fora da situação, até que fofa, a qual você se encontrava.

Isso fez um sorriso involuntário e divertido surgir nos lábios de Katsuki.

— Não, obrigado.

Você quase engasgou com aquele sorriso e depois quase engasgou de novo quando ele puxou uma cadeira e se sentou ao seu lado, como se vocês estivessem acostumados com isso. Mas isso não durou mais do que dois segundos. Logo, você lá estava completamente imersa na comida novamente.

— Não inventa de comer tudo — Izuku disse, entrando na cozinha e se sentando na frente de vocês — Oi, Kacchan.

— E aí? — O loiro apenas acenou com a cabeça na direção do amigo, depois se virou para o namorado dele — Oi, Shoto.

— Oi, Bakugou.

Você franziu levemente as sobrancelhas. Não era de se esperar que Shoto não fosse chamar Katsuki de "Kacchan". Só Midoriya tinha coragem e autorização para chamar ele por esse apelido. Mas você imaginava que, sendo namorado do melhor amigo do Bakugou, Shoto fosse chamar ele pelo primeiro nome, já que Katsuki chamava ele de "Shoto".

Talvez ele só fosse um pouco tímido e precisasse de tempo para esquecer as formalidades.

— Não sabia que ela comia que nem um dragão — A voz do homem ao seu lado chamou a sua atenção, mas, ao invés de você ficar vermelha, suas sobrancelhas de franziram.

Vai tomar no cu — Tentou falar, mas sua boca estava cheia.

— Ela tem mania de não tomar café da manhã — Izuku respondeu, se servindo como uma pessoa normal (ao contrário de você) — Aí ela fica passando mal de fome na hora do almoço.

— Você faz isso sempre? — Por um segundo, você achou que Katsuki estava com um semblante preocupado, até perceber que isso seria loucura.

Dessa vez, você acabou de mastigar, engoliu tudo e ainda bebeu água antes de responder.

— Raramente.

— Quase sempre — Midoriya corrigiu, recebendo um dedo do meio seu.

— Você não devia ficar pulando o café da manhã assim — Bakugou, que ainda olhava fixamente na sua direção, falou — Faz mal, sabia?

Você estava tão hipnotizada que apenas conseguiu murmurar um "uhum" atrapalhado. Seus rostos não estavam tão perto, mas aquela era uma proximidade com a qual você não estava acostumada. Os olhos dele estavam focados nos seus como se só você existisse no mundo.

— Vocês dois são muito melosos — O de cabelos verde quebrou todo o seu momento e, naquele momento sim, você ficou vermelha como um tomate.

— Na moral, Izuku, vai se foder — Você teve que desviar os olhos dos de Katsuki, porque não suportava a ideia de ele lhe ver constrangida. Você nem sabia dizer o motivo de estar com vergonha — Falou o cara que não consegue manter as mãos longe do namorado.

— Pelo menos ele é meu namorado.

Midoriya tinha um sorriso safado e desafiador no rosto, enquanto lhe encarava com as sobrancelhas erguidas.

Shoto estava com uma expressão de assustado e preocupado que você fosse voar no pescoço do namorado dele ao mesmo tempo.

Katsuki estava com a expressão neutra estampada no rosto, mas, por dentro, estava se segurando para não cair na gargalhada.

Você estava com a boca entre aberta, completamente sem palavras, o que não era muito do seu feitio, pensando em um milhão de maneiras diferentes de matar Izuku enquanto ele estivesse dormindo.

— Eu vou te matar — Foi o que você conseguiu falar, fazendo Shoto arregalar ainda mais os olhos, nitidamente assustado, mas Midoriya já lhe conhecia bem o suficiente para saber que você não o mataria de verdade. Provavelmente você machucaria muito ele, mas matar não.

— Brincadeiras à parte — Izuku disse, levantando as mãos em rendição — Como ficou a situação de vocês dois?

Era verdade. Você tinha se esquecido que não falou sobre o dia do bar para o Midoriya, mas você ficou surpresa que o próprio Katsuki também não tinha falado nada. A verdade era que o loiro ainda estava pensando em uma forma de sair daquele acordo. Ele queria ficar com você, mas sem esse papo de casual. Foi ele quem descartou a ideia de "sem compromisso", mas tinha falado sem pensar e já estava se arrependendo disso.

— Vamos ficar casualmente — Sua resposta fez ele ter um calafrio indesejado — Sem compromisso.

Izuku lançou um olhar preocupado para o amigo, enquanto você não estava olhando. O esverdeado sabia que Katsuki queria mais do que apenas ficadas casuais com você, mas talvez esse fosse um bom primeiro passo.

Vocês dois mal se suportavam ainda. Estavam conseguindo manter conversas pacíficas não faziam nem duas semanas. Se vocês começassem a ter algo sério agora, provavelmente daria errado. E tanto Midoriya quanto o próprio Bakugou sabiam disso. Só restava o loiro ser paciente e ir lhe conquistando aos poucos.

— Puta merda, olha a hora — Você disse, depois de pegar o seu celular no bolso de trás do shot — Eu preciso ir.

— Ainda tá cedo — Shoto respondeu, fazendo um sorrisinho feliz brotar no seu rosto. Era importante para você se dar bem com ele e todas as interações que você teve com o Todoroki desde que ele começou a namorar com Izuku foram ótimas.

— Eu preciso acabar um trabalho da faculdade ainda — Você se levantou, pegando o seu prato e o colocando na pia — E eu imagino que os dois pombinhos queiram ficar sozinhos na lua de mel também.

Você deu uma piscadela maliciosa. Midoriya riu e Shoto ficou completamente vermelho.

— Eu te deixo em casa — Bakugou disse, também se levantando da cadeira.

— Acho que é meio contra mão pra você.

— Não tem problema, eu tô de carro — Ele olhou na direção do casal, ainda sentado — E eu prefiro te levar até o outro lado do país do que ser um empata foda desses dois.

Uma gargalhada sincera escapou dos seus lábios. Você acabou aceitando a carona, se despedindo de Izuku e Shoto logo depois. Assim, foram para o carro do Bakugou e pouco tempo lá dentro, ele arrancou o veículo em direção à sua casa.

— Você sabe onde eu moro? — Você perguntou, depois de perceber que ele estava indo pelo caminho certo sem nenhum tipo de instrução sua.

— Eu já busquei Deku lá algumas vezes — Ele respondeu, sem se virar na sua direção.

Por um tempo, ficaram sem falar nada, apenas ouvindo a música de saia do rádio, que você não tinha nem ideia de qual era. Você olhava pela janela enquanto as outras casas iam passando e, por incrível que pareça, você estava bem confortável.

— As meninas te falaram sobre uma festa que vai ter na casa de Denki amanhã? — Ele quebrou o silêncio, ainda olhando para a rua.

— Elas me mandaram mensagem sobre isso hoje de manhã.

— Você vai? — Katsuki tentava não parecer ansioso com a resposta.

— Acho que sim — Respondeu, despreocupada — Parece que ele chamou a universidade inteira.

— Ele é meio maluco quando se trata de fazer festas mesmo.

Você riu, o que arrancou um sorrisinho discreto da boca dele. Saber que você provavelmente iria para a festa o deixou mais animado. Bakugou sabia que não existia a chance de vocês ficarem lá, mas talvez pudessem conversar ou algo do tipo. Provavelmente Keigo estaria lá, então era uma ótima oportunidade para ele treinar controlar os ciúmes malucos que ele tinha por você, afinal, você não era namorada dele.

— Muito obrigada pela carona — Você disse, quando ele parou o carro na frente da sua casa.

Sua mão já estava indo em direção à maçaneta da porta do carro, quando a mão de Katsuki lhe parou. Você olhou na direção dele, mas as orbes vermelhas não estavam focadas no seu rosto, quase como se ele estivesse com vergonha.

— Pelo nosso acordo, a gente transa quando os dois tiverem vontade, não é?

Suas sobrancelhas se arquearam e sua boca ficou entreaberta por alguns poucos segundos. Já sabia onde ele queria chegar com aquilo, então resolveu continuar com a conversa.

— Isso.

— E se eu disser que eu tô com vontade agora? — Dessa vez, os olhos dele estavam bem fixos nos seus e exalavam uma determinação que você tinha visto poucas vezes.

Um sorriso malicioso brotou nos seus lábios.

— Eu vou te dizer que temos meia hora, porque eu realmente preciso acabar o trabalho da faculdade.

Então, foi nos lábios dele em que um sorriso pretensioso apareceu.

— Eu preciso de bem menos do que isso pra te fazer gozar.

Ele não esperou uma resposta sua. Katsuki soltou o seu braço e saiu do carro, fazendo você ter que se apressar para acompanhar os passos dele. Tirou a chave da bolsa e abriu a porta da sua casa.

Depois que entraram, você nem percebeu direito quando ele fechou a porta atrás de vocês e a trancou. Seu corpo ficou tenso. Na primeira vez que transaram foi meio inesperado. Mas, agora que já tinham admitido um para o outro que tinham grandes expectativas nisso, as coisas pareciam mais intensas.

Os olhos dele estavam famintos quando ele se virou na sua direção de novo. Você engoliu seco, mas não teve muito tempo para sentir ansiedade, porque, um segundo depois, os lábios dele clamavam os seus de uma forma desesperada e possessiva.

A língua dele invadiu sua boca com tanta agressividade que você acabou recuando alguns passos para trás, até chegar em um balcão que dividia a sala de estar da cozinha.

Katsuki não perdeu tempo. Usou as duas mãos para erguer as suas coxas e, no momento em que você estava sentada em cima do móvel, abriu as suas pernas e se colocou entre elas.

O pênis dele, já completamente duro, roçava na sua intimidade. Você já sabia que estava encharcada apenas com aquilo. O atrito fazia leves gemidos escaparem dos seus lábios, que seriam inapropriadamente altos se a boca dele não estivesse colada com a sua, os abafando.

Você entrelaçou os braços no pescoço dele, usando uma das mãos para guiar o beijo, que estava desajeitado por causa da urgência dele, puxando, não tão delicadamente, fios de cabelo loiros.

Ele pressionava cada vez mais o quadril para frente, enquanto se movimentava mais e mais rápido. Quando tiveram que quebrar o beijo para respirar, você já estava bem perto de um orgasmo. Mas, foi quando ele arrancou a blusa que você usava, juntamente com o sutiã, e levou a boca até um de seus seios, mordendo o seu mamilo, que você atingiu o ápice.

O orgasmo percorria o seu corpo de uma forma violenta e rápida. Geralmente, você conseguia se preparar para recebê-los. Mas, dessa vez, lhe atingiu com tanta força que suas pernas teriam cedido se você não estivesse sentada.

— Gozou só com isso?Bakugou sussurrou no seu ouvido, obviamente ainda não satisfeito — Eu nem precisei enfiar um dedo dessa vez.

Ele se afastou de você, mas sua mente não era ingênua o suficiente para acreditar que iriam ficar por ali. Os olhos dele brilhavam com um tipo de luxúria mais perigosa ainda.

Fodeu... Você pensou, enquanto observava ele tirando a camisa por cima da cabeça.

Você ainda não tinha se acostumado com o quão perfeito o corpo daquele homem era. Talvez, provavelmente, nunca se acostumaria.

Katsuki abaixou a calça moletom que usava até os tornozelos e você engoliu seco ao ver o membro dele, tão duro que era capaz de estar doendo. Talvez nunca se acostumasse com o tamanho dele também.

Não foi preciso que ele falasse para você descer do balcão e arrancar o short e calcinha do seu corpo, o olhar dele já dizia isso por si só. Enquanto isso, ele tirava um pacote de preservativo da carteira e o colocava na extensão de todo o membro rígido.

Então, assim que as roupas saíram do seu corpo, ele lhe beijou de novo, tão intensamente quanto da primeira vez, e lhe colocou sentada no balcão de novo.

Depois de posicionar a cabeça do pau dele na sua entrada, ele estocou tão fundo que sua visão ficou turva. Katsuki lhe fodia rápido e com força desde o início, incansável.

Você jogou a cabeça para trás e deixou que ela ficasse suspensa. Aquilo era um absurdo. Você tinha acabado de ter um orgasmo e já estava perto de gozar de novo.

O membro dele lhe invadia. Preenchia todo o seu íntimo por completo, em espaços que, antes dele, você nem sabia que era possível um pênis preencher. Se sentia completa e não queria que aquela sensação acabasse nunca.

Bakugou se inclinou para frente, enfiando o rosto na curvatura do seu pescoço, mordendo, lambendo, beijando. Aparentemente ele não se importava muito com a ideia de deixar marcas. Ele sussurrava "caralho caralho caralho" repetidamente no seu ouvido, lhe levando às alturas com a ideia de ele estar tão alucinado quanto você.

E, assim que o dedão dele pressionou o seu clítoris, sem nem mesmo se mover, você gozou de novo, sentindo aquela onda de eletricidade, quase que insuportável de tão gostosa, passear por todo o seu corpo. Logo depois, sentiu o gozo dele preenchendo a camisinha.

Você estava sem ar e levemente desorientada.

Katsuki ainda passou alguns segundos dentro de você, também recuperando o fôlego, antes de retirar o pênis dele. Você estava mole ainda enquanto ele retirava a camisinha e dava um nó. Depois de ajeitar as próprias roupas, ele ainda lhe ajudou a descer do balcão e a colocar as suas roupas de novo, como fez na primeira vez em que vocês ficaram.

— Eu preciso ir — Ele disse e você apenas concordou com a cabeça, ainda recuperando 100% o fôlego — Boa sorte no trabalho da faculdade.

— Obrigada — Tinha um sorriso sincero (e muito satisfeito) nos seus lábios — A gente se vê amanhã.

— Até amanhã.

Bakugou pensou na possibilidade de depositar um selinho nos seus lábios antes de se virar para sair, mas desistiu da ideia. Precisava ir com calma. O relacionamento de vocês ainda era muito instável e, por enquanto, a única coisa que ligava vocês dois era o sexo alucinante.

Ele precisava ter muita paciência para corrigir os vários anos em que ele foi um escroto com você. E amanhã seria um gigante desafio: não mandar Keigo Takami tomar no olho do cu.

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