𝐞𝐢𝐠𝐡𝐭, blessed
❝ You got the devil in your eyes
You went and took me by surprise ❞
∞
Amaya sabia que estava nervosa.
As suas mãos tremiam de leve, olhava o relógio no pulso várias vezes seguidas e observava as nuvens pela janela do avião em uma falha tentativa de se acalmar. Porém, tudo que envolvia a ilha de Okinawa era um assunto delicado, não só para ela, mas para o mundo jujutsu de uma forma geral.
Foi nela que aconteceu a morte de Amanai nas mãos de Toji Fushiguro, praticamente doze anos atrás, e doía muito ter que voltar para tal lugar, principalmente quando se tratava de um motivo que ela se irritava só de se lembrar.
Achar mais um dedo do Rei das Maldições.
Os superiores falaram que tinha tido um grande aumento do número de maldições na pequena ilha localizada ao sul do Japão e, possivelmente, poderia estar acontecendo tal coisa por causa da influência da energia amaldiçoada poderosa de Sukuna, alguém que Amaya detestava por completo.
Na verdade, ela odiava maldições de uma forma geral.
Ao ouvir o anúncio de que estavam próximos de pousar, a feiticeira quase soltou um grito da mais pura felicidade, já que quanto mais rápido chegasse ao seu destino, mais rápido faria a missão e se livraria da pressão dos superiores sobre si.
Ela ainda tinha que cumprir os contratos feitos com eles na época em que foi embora, mas pelo menos de alguma coisa poderia se livrar.
(...)
Depois de fazer o check-in no hotel que tinha se hospedado e guardar a mala que tinha trago consigo, já que teria que transportar a sua katana de alguma maneira, subiu até a cobertura do hotel, um local mais calmo para poder refletir sobre os seus próximos passos na missão.
— Você sabe que se usá-los vai ser mais fácil de realizar o seu objetivo, não é?
— Isso é você tentando ser legal?
— Claro que não, criança — a voz resmungou — Isso é eu tendo que constatar o óbvio para uma pessoa burra.
— Odeio você.
— Depois de tantos anos, acho que não preciso dizer que é mútuo.
— Claro que não — Amaya respondeu, revirando os olhos.
Ela sabia que a voz estava certa, se usasse os Olhos do Diabo tudo ficaria mais fácil, mas não queria ter que passar pelo processo que sempre ocorre depois que desativa tal poder.
Apoiou os braços no parapeito do prédio de 7 andares localizado na parte central da principal cidade litorânea da ilha e sentiu um vento fresco bater contra o seu rosto e bagunçar um pouco os cabelos, que de uns tempos para cá, voltaram a ficar soltos com mais frequência. Essa sensação de, talvez, um pouco de paz a lembrava de certos países que tinha visitado, como o Brasil e a França, que com certeza foram os lugares que mais se sentiu bem durante todos esses anos.
Amaya sentia falta de sentir isso, que tudo pudesse dar certo de alguma forma. Porém, ela era uma feiticeira de Grau Especial, sabia que essa sensação era uma mera ilusão no meio das confusas linhas que formavam o destino.
— Espero que não me dê trabalho — Amaya disse e esperou uma resposta da voz que vivia em sua cabeça, mas não recebeu nenhuma.
Suspirou frustrada, mesmo já sabendo que seria de tal maneira. Não poderia esperar atitude diferente da sua companheira de mente, alguém que sempre fez questão de lhe dizer que nunca facilitaria as coisas.
Deu uma última olhada na cobertura do prédio, que continuou vazia desde o momento em que tinha chegado, e fechou os olhos, fez um gesto extremamente específico com as mãos, começou, assim, a liberar a sua energia amaldiçoada.
— Olhos do Diabo — a voz de Amaya ecoou solene pelo pátio, enquanto finas linhas brancas começavam a aparecer na sua pele, formando um padrão floral por praticamente todos o seu corpo.
Ela sentia sua garganta queimar pelo tanto de poder que o seu corpo agora teria que aguentar, mas não tinha outra opção, mesmo que a machucasse ela teria que usar tal técnica.
Abriu os olhos mais uma vez e, de forma praticamente automática, a dor de cabeça apareceu, por causa do tanto de informação que a bombardeava.
Amaya conseguia ver todas as maldições e os portadores de energia amaldiçoada, sendo essa era uma das duas habilidades que tais olhos a traziam. A segunda ela utilizaria agora, se afastando do parapeito para ter mais espaço.
— Manipulação das Chamas, Fênix.
Ao seu comando, a energia amaldiçoada de Amaya se condensou nas suas mãos e começou a ter sua forma manipulada pelo poder dos Olhos do Diabo, para segundos depois se transformar numa fênix. Com um simples movimento de cabeça, as chamas azuladas foram ativadas, terminando a criação de um pequeno pássaro de puro fogo, que começaria a aumentar de tamanho de acordo com a vontade de Amaya.
Esse é o motivo que Satoru disse que ela poderia fazer as chamas irem para qualquer lugar que quisesse, os Olhos do Diabo a permitiam fazer tal coisa.
Normalmente, Amaya só consegue ter sua energia amaldiçoada fluindo pelo seu próprio corpo ou em objetos controlados por ela mesma, como a sua katana. Logo, as suas chamas também ficam restritas a esses lugares. Ao contrário do que acontece quando usa uma das técnicas mais temidas do mundo jujutsu, que a permite controlar a energia fora do seu corpo, a manipulando na forma do que quisesse.
Ela ganhou o título de Flame Queen por isso, ter o melhor controle sobre o fogo do mundo jujutsu.
Porém, tinha um motivo a mais.
Por causa da sua energia amaldiçoada que fluía pelo seu corpo, como uma leve aura azul, parecia que Amaya tinha uma coroa na sua cabeça e que, somado as linhas brancas que apareciam na sua pele e a coloração azulada ainda mais intensa dos seus olhos, ela parecia praticamente uma deusa.
Uma pessoa que foi abençoada pelo poder, de todas as maneiras possíveis.
(...)
Amaya tentava se concentrar ao olhar para a cidade a vários metros abaixo de si.
Usar os Olhos do Diabo para criar um meio de transporte era extremamente útil, já que voar por cima dos prédios abria o seu campo de visão e facilitaria mil vezes o processo de achar o dedo de Sukuna.
Ela revirou os olhos mais uma vez ao ter esse pensamento passando pela sua mente. Odiava o Rei das Maldições com todas as suas forças, era ridículo como, mesmo depois de tantos séculos, ele ainda trazia problemas, os quais ela tem responsabilidade de resolver.
"Gojo Satoru não é o feiticeiro certo para tal serviço e você sabe disso, Amaya Okumura. Ele sempre foi mais bonzinho. Diferente dele, você não hesita na hora de matar."
A frase que um dos superiores a disse, na última reunião que teve antes de partir, ainda ressoava dentro dela com força, já que ela sabia que era verdade. Todos os serviços que tinha feito fora do país demonstravam isso, de como ela não era tão boa quanto a maioria pensava. Tinha um pouco de sangue nas mãos dela, mesmo que nunca quisesse realmente ter feito o que fez.
— Você deveria se concentrar mais.
— Desde quando você se importa com as minhas missões? — Amaya perguntou, já sem paciência para a voz que estava mais falante do que a maioria das vezes.
— Eu não me importo com as porcarias das suas missões — rebateu — Só me importo com você usando o meu poder e ainda fazendo nada de útil.
— Você é irritante.
— E você é burra, mal consegue se concentrar. Depois reclama quando falam que é uma inútil.
— Já tem uns anos que parei de reclamar — Amaya disse, calando a voz pela primeira vez no dia.
Ela não precisa de mais alguém constatando algo que, na visão dela, era óbvio e verdade.
Respirou fundo mais uma vez, balançou a cabeça de leve e voltou o seu olhar para a cidade embaixo de si, onde a vida cotidiana acontecia. Os clássicos pontos azuis se destacavam no meio das ruas, mas nenhum era tão forte ao ponto de ser alguém em posse de um dos dedos de Sukuna.
Porém, alguns minutos depois, algo chamou a atenção da feiticeira.
Uma grande quantidade de energia amaldiçoada parecia estar localizada na praia, uma área extremamente específica. Com o controle da sua mente, Amaya comandou que a fênix mudasse de curso e voasse ainda mais rápido para o local determinado.
Talvez pudesse ser uma coincidência, mas não fazia sentido tudo estar acontecendo dessa forma.
Por que esse dedo está em Okinawa?
Por que existe a possibilidade dele estar na praia em que passaram o dia quando estavam escoltando Amanai?
Tudo ficou ainda mais confuso com o passar do tempo, ainda mais quando Amaya pulou da fênix, chegando na areia e encontrando nenhuma maldição.
O vestígio da energia amaldiçoada tinha sumido.
Ao seu comando, a fênix diminui de tamanho e pousou no ombro da sua líder, que encarava aquela praia com um aperto no coração.
Por que tudo tinha que ser tão complicado?
Uma pergunta que, talvez, nunca tivesse uma resposta certa ou, pelo menos, Amaya nunca descobriria.
— Tem algo de errado aqui — a feiticeira murmurou, observando como a praia estava completamente vazia, mesmo sendo um sábado e o horário próximo do almoço.
Então, como se alguém tivesse a sacudido com força, ela entendeu o que estava acontecendo. Porém, antes que pudesse reagir, viu de relance uma enorme quantidade de água vindo na sua direção em alta velocidade.
Amaya foi jogada com força e só parou ao se chocar com a parede de pedra que funcionava como contenção para a maré alta. Tossiu algumas vezes, colocando toda a água pra fora, e se levantou com certa dificuldade, sentindo as suas roupas grudarem contra o seu corpo.
Em pé, em cima das ondas que começaram a ficar ainda mais agitadas, alguém encarava a feiticeira mais forte do mundo jujutsu com desdém, já que não esperava que logo ela não perceberia que estava em um domínio incompleto, algo que deveria ser considerado básico para alguém de nível tão elevado.
— Não pensei que seria tão fácil te derrubar, Herdeira do Inferno.
— E quem você seria? — Amaya perguntou, com uma expressão totalmente séria.
— Você pode me chamar de Mizu — respondeu, sorrindo de canto.
— Então a energia amaldiçoada que me trouxe aqui era você.
— Finalmente entendeu, já estava pensando que você não era Amaya Okumura.
— Como?
— Bem, você deve saber da fama que tem. Não pensei que você seria assim — falou apontando para a feiticeira, com um claro desprezo.
— Desculpa ter te decepcionado nesse quesito — Amaya respondeu, dando de ombros, e espremeu o cabelo para tirar o excesso da água — Estou impressionada com a sua capacidade de fala, para uma maldição isso é surpreendente.
— Vocês feiticeiros deveriam parar de nos subestimar, não somos tão idiotas como pensam — a maldição de forma humanóide com a pele azulada e algumas características clássicas de peixes, como guelras, respondeu irritada.
— Até podem não ser idiotas, mas com certeza não são tudo isso que pensam.
— Isso se aplica a vocês também!
— Claro que não, Mizu — Amaya disse, começando a andar pela areia para se aproximar cada vez mais do mar.
— Óbvio que sim! Eu sou a maldição da água, controlo tudo que esteja no estado líquido, ao contrário de você que controla o fogo! Mesmo em desvantagem, você está se aproximando!
— Quem disse que estou em desvantagem?
Mizu ficou paralisada.
A voz da feiticeira à sua frente soou duplicada, como se duas vozes tivessem falado ao mesmo instante, e, com certeza, a maldição conhecia a segunda voz.
— Como... — Mizu dizia repetidamente, sem entender como aquilo era possível — Não me avisaram que você era o receptáculo dela!
— Bem, agora que você sabe, vou aproveitar e te ensinar umas coisas — Amaya disse, enquanto a sua energia amaldiçoada se condensava nas suas mãos.
— Eu vou te derrotar mesmo assim! Não se gabe por causa disso!
Amaya respirou fundo, sem a mínima paciência para aquela maldição, que era estúpida ao pensar que podia derrotá-la ou até mesmo a subestimar. Isso feria o ego da feiticeira de forma absurda e, mesmo com os Olhos do Diabo já ativados a uma boa quantidade de tempo, ela não iria desistir agora.
Ela queria exorcizar essa maldição a todo custo.
— Sabe, você soa insolente falando isso para mim.
— Cala a boca!
— Bem, a lição da aula de hoje vai ser só uma, extremamente simples de se entender.
A feiticeira terminou de se aproximar, ficando a poucos centímetros do mar, não deixando que a água encostasse nos seus coturnos.
O vento balançando os longos cabelos, a aura em volta da cabeça, como se fosse uma coroa, e o intenso fogo azul que ardia nas mãos e nos tão poderosos e temidos olhos sem limites.
Era uma visão que daria medo em qualquer um e Mizu não saiu dessa estatística.
A maldição começou a recuar cada vez mais para dentro do mar, onde era o seu refúgio e fonte de poder, esperando que isso pudesse lhe ajudar de alguma forma. Porém, aquela visão da Herdeira do Inferno parecia dizer que isso não serviria de nada.
— Nunca se desafia uma rainha — Amaya sorriu, sentindo todo o poder vibrar pelo seu corpo — Manipulação das Chamas, Arco.
Um arco e um conjunto de flechas de puro fogo surgiu nas mãos da feiticeira que se sentia elétrica com a possibilidade de, pelo menos, se libertar um pouco e até mesmo se divertir.
Tinha muito tempo que não lutava para valer, sempre eram maldições de graus muito baixos ou que no mínimo lhe davam um pouco de trabalho, mas nada no nível de Mizu, que até mesmo conseguia se comunicar com clareza e tinha inteligência. Era surreal como Amaya queria poder mostrar que ela era sim a mulher mais forte do mundo jujutsu, mesmo que muitos diziam que ela não parecia ter tal título.
Tinha uma parte dela que acreditava que não era tudo isso, que foi um mal entendido, mas a outra, que estava agora gritando dentro do seu peito, queria fazer todos aqueles que duvidaram dela arderem no inferno.
Amaya preparou o arco e inclinou a cabeça levemente para o lado antes de sorrir mais uma vez para sua adversária, que começava a agitar ainda mais o mar, para tentar se proteger dos ataques que iriam em sua direção daqui poucos segundos.
A luta mal tinha começado, mas já era nítido saber quem iria vencer.
A feiticeira formou rapidamente uma estratégia na sua cabeça e não demorou muito para iniciá-la.
Uma tática de batalha utilizada há muito tempo é a de limitar o espaço do adversário, o fazendo se sentir encurralado o que, por consequência, o faria começar a entrar em desespero e facilitar ainda mais a vitória tão almejada. Amaya sabia disso muito bem, realizaram essa técnica com ela quando era uma mera criança, para a forçar a dominar as Chamas Infernais, e agora faria questão de usar mais uma vez.
Atirando as flechas com uma notável técnica, mirou em cada lado de Mizu, o que causou o surgimento de duas grandes colunas de fumaça, por causa do contato da água do mar com as chamas azuis absurdamente quentes. Agora, sendo infinitamente mais rápida que a maldição, Amaya atirou uma última vez, mas bem na frente, tapando a visão frontal.
Utilizando os Olhos do Diabo, manipulou sua energia amaldiçoada e aumentou o tamanho da fênix mais uma vez, para que pudesse ir até sua oponente, que ainda estava no meio da fumaça.
Amaya fazia tudo isso sorrindo porque, depois de tanto tempo, ela estava se divertindo enquanto lutava, sentindo alguma coisa no meio de uma batalha.
Mizu não conseguia acompanhar os movimentos da sua adversária, mesmo que estivesse se esforçando. As flechas extremamente rápidas e precisas, junto com a estratégia de acabar com o seu campo de visão, a pegaram de surpresa de verdade, não pensava que a pessoa que não entendia que estava em um domínio incompleto poderia lutar tão bem.
Ser tão forte.
Geto tinha avisado que Amaya era poderosa, mas a maldição não tinha acreditado.
Elas eram de "elementos" opostos, então como poderia perder? Não fazia sentido, era praticamente contra as leis da natureza. Porém, tem certas pessoas que treinaram a vida inteira para serem quem são, abrindo mão da própria felicidade para protegerem quem mais amava.
Amaya é uma dessas pessoas e Mizu descobriu isso da maneira mais difícil possível.
No meio da fumaça, voando em uma fênix de puro fogo, a feiticeira apareceu, acertando a sua adversária em cheio, o que a fez sair do mar e voar vários metros até se chocar no mesmo lugar do quebra-mar que antes Amaya tinha sido arremessada.
Chegava a ser engraçado como o jogo tinha virado.
A fênix deixou a sua líder na areia e diminuiu de tamanho mais uma vez, pousando no ombro da de cabelos azulados, que andava até Mizu com um sorriso triunfante no rosto.
Antes que a maldição pudesse pensar em sair correndo dali, se assustou ao se deparar com algo prateado a menos de dois centímetros do seu rosto.
Amaya tinha lançado a katana na direção dela.
— Gostou da lição que te ensinei hoje? — ela perguntou, ao terminar de se aproximar e apertar o pescoço da maldição com uma das mãos.
— Você...
— O que? Não consegui escutar direito — Amaya perguntou, enquanto apertava ainda mais — Entenda de uma vez isso.
Mizu encarava as chamas dos olhos da feiticeira com medo, nunca tinha sentido tal coisa por causa de um humano na vida.
Além disso, ela sabia quem estava por trás dos Olhos do Diabo, só que em nenhum momento passou pela sua cabeça que a "faz-tudo" do mundo jujutsu seria quem tivesse tal responsabilidade, não fazia sentido eles confiarem tal cargo a alguém como ela.
Entretanto, Amaya sempre foi uma exceção.
— Alguém tão fraco como você não pode ter a coragem de enfrentar uma rainha — a feiticeira sorriu e inclinou a cabeça para o lado, o que fez o longo cabelo ser bagunçado pelo vento — Espero que tenha compreendido o seu lugar nessa merda de mundo.
Oi gente! Tudo bem com vocês?
Antes de mais nada, feliz aniversário, Amaya! Devo muito do que eu tenho hoje aqui no Wattpad por causa de você gatinha kkkkkk
Agora, falando um pouco mais do capítulo, três mil palavras da Amaya sendo foda, ou seja, tudo pra mim e espero MUITO que tudo tenha ficado claro para vocês! Como nunca tinha falado diretamente sobre os Olhos do Diabo, tomei cuidado de explicar da melhor maneira possível. Qualquer coisa, podem me perguntar!
Além disso, eu vi alguns de vocês comentando sobre como seria a voz da Amaya e eu bem fiquei pensativa sobre isso e cheguei em uma conclusão. Se ela realmente existisse no anime, ela seria dublada pela Yuriko Yamagushi, que é quem faz a voz da Robin de One Piece!
Bem, espero que tenham gostado do capítulo! Não se esqueçam de votar e de comentarem o que acharam (AMO ler o feedback de vocês)!
Até a próxima! ♥︎
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