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Brian Littrell

A tempestade diminuiu naquela noite quando fomos dormir e a Crys não me soltava, mas creio que o motivo era de que estava preocupada com a situação de sua carreira. Era inevitável abraçar ela de volta, lhe dar proteção e calma.

Naquela manhã saí com o Kev para uma caminhada e conversamos sobre várias coisas, como sempre fizemos. Ele está mais tranquilo após o impacto do término e está focando no nosso álbum, criando melodias quando a imaginação permite e isso me faz lembrar do que eu fiz dedicado à Crys quando reli as suas cartas meses atrás. Eu não sei como apresentar isso à ela e nem sei se vai enquadrar no momento certo. Tenho que fazer isso antes de ficarmos distantes novamente.

Com os dias passando, chegou o dia de nós dois irmos para o lugar em que ela falou na noite do apagão. Arrumei algumas coisas que deixei no hotel e fui para o seu apartamento, com a chave reserva que a atriz providenciou pra mim quando eu vier visitar de vez em quando.

Assim que cheguei em casa, a Fletcher já me esperava com as suas malas prontas e muito sorridente. Está alegre após o Ronnie ter sido aceito e assinado o contrato da sua agência.

— Você vai adorar aquele lugar! — Ela disse completamente animada e foi até mim, me puxando para um abraço apertado. — Bem, beba ou coma alguma coisa antes de irmos, será três horas de estrada até lá.

— Okay, vamos ver se tem algo que não dê mais fome no caminho… — Vou indo para a cozinha e abro a geladeira, daí ela me cutucou e me virei, vendo que a bancada já estava com a comida. — Ah, eu não vi.

Começamos a rir e fui reforçar a minha alimentação. Crys foi organizar as coisas da Summer e foi checando se tudo estava certo para levar. Em um momento de distração, o recheio de limão do sonho caiu em minha camisa que por pura sorte é branca.

— Oh, droga. — Digo olhando para a mancha verde.

— Brian, a sua camisa! — Crys se aproximou. — Acho bom lavar ela imediatamente, tira a camisa que coloco na máquina.

— E se não der tempo?

— Dá tempo sim, tem a opção de lavagem rápida na máquina e tenho a secadora. Dez minutinhos. — Fletcher estendeu a sua mão e a tirei, entregando para a mesma. — Pode voltar a comer, fique tranquilo.

— Como quiser. — Sorri para ela.

Quando eu terminei de comer e fui procurar outra camisa para usar, a campainha tocou e fui atender sabendo que poderia ser o Ronnie ou a Nivea. Porém tive um grande equívoco. É o Darius Fletcher. O senhor Fletcher. O PADRASTO DA CRYSTAL FLETCHER!

— B-b-b-b-bom dia, senhor Fletcher. — Sinto a minha garganta secar e o suor brotar na minha testa com o tamanho nervosismo de ver ele me encarando seriamente. — Que bom ver o senhor novamente depois de um ano.

— Cadê a minha filha?

— Ela está lá dentro, senhor. Entre por favor. — Digo lhe dando acesso para entrar e me sinto cada vez mais tenso ao perceber de que ele olhava para as bagagens e me olhava incrédulo. — Quer um copo d'água, senhor?

— O que você faz aqui sem camisa na casa da minha filha?

— Eu sujei a minha camisa e a Crys se ofereceu para lavar… segundos antes do senhor chegar eu estava providenciando outra pra usar.

— Acho bom providenciar agora, não quero um garoto desrespeitando a casa do meu cotoco. — Respondeu e o obedeci imediatamente. — É Brian o seu nome, certo?

— Sim, senhor.

— Crystal cuidou de você, vejo que está bem melhor.

— Melhor do que nunca, senhor Fletcher. Se não fosse a sua filha, eu demoraria muito na recuperação, a presença dela foi… — Soltei um suspiro involuntário. — Especial, não consigo trazer uma palavra melhor agora.

— Que bom que está bem, Brian. Eu soube do que vocês passaram aqui no ano passado. Espero nunca trombar com aquele bobalhão do Finnigan.

Disso eu posso concordar sem nenhuma sombra de dúvida.

A Crystal apareceu segurando a minha camisa limpa e assim que viu o seu pai, foi logo o abraçando apertado e ambos começaram a conversar aleatoriamente.

— Me responde uma coisa vocês dois e sem enrolação. — Darius disse e nos olhamos, nervosos. — Estão namorando, não é?

— Sim. — Respondemos e ele ficou em silêncio, deixando aquilo mais tenso e eu estou pronto para ser ameaçado de morte pelo meu sogro que nem sei se vai me aprovar.

— Ele te trata bem, Crystal?

— Mais do que imagina. — Ela afirmou segurando a minha mão. — Nos amamos muito e foi graças a ele que me fez ser alguém melhor, porque ele sempre se esforçou em abrir os meus olhos.

Eu sorri pra ela de um jeito tão feliz, sendo que eu queria dar um longo beijo nesses doces lábios, mas tenho que me conter e respeitar o senhor Fletcher.

— E o que você acha da minha filha, Brian?

Eu olhei nos olhos dela e olhei para o mesmo, vendo de que  o Ronnie é bem semelhante ao seu pai. A única coisa que muda é o jeito de se vestir e o cabelo que é maior.

— Ela é divina em tudo. Por mais que eu negasse à mim mesmo quando nos conhecemos, a Crys já havia roubado o meu coração só com o seu olhar e o seu sorriso. A cada dia fico mais apaixonado por ela e… eu não sei o que seria de mim sem ela, senhor Fletcher. — Afirmei e o mais velho assentiu, com um sorriso em seu rosto.

— Bem que o Ronan disse pra mim um tempo atrás. Não vai haver outro cara que ame a Crys do mesmo jeito, da mesma intensidade que você a ama, filho.

Dizem que quando o sogro te chama de filho, é porque…

— Estou cem porcento certo de que você é digno de namorar a minha garota, Brian. — Darius ofereceu a sua mão e a apertei imediatamente. — Agora vacile que você não vai querer me ver furioso.

— Papai! — Crys o repreendeu.

— Eu jamais faria isso com ela, senhor…

— Pode me chamar de Darius. Eu acredito nas suas palavras, garoto. O jeito que você fala, o seu olhar, o seu sorriso já diz tudo. Você já é da família.

— Obrigado, Darius. — Sorri e ele me abraçou. — É uma grande honra.

— Eu digo o mesmo. — Assentiu. — Eu vim visitar você, mas pelo visto está de saída…

— Nós vamos passar alguns dias fora, pai. Antes que ele e os rapazes voltem para o trabalho. — Crys explicou. — Voltaremos no sábado.

— Entendi. Então… tem algum problema eu ficar aqui? Eu cuido da Summer e da casa se quiser.

— É claro que não e o Ronnie fica aqui para dar uma companhia. — Ela disse. — Pior que ele só tá passando aqui e voltando pra dormir depois, desde da terça que ele diz estar havendo algum compromisso e até agora não me disse que tipo de compromisso é esse.

O Kevin me contou de que na manhã de ontem, ele e o Ronnie se encontraram e conversaram algumas coisa com o acompanhamento do Howie e do AJ. Eu vou contar pra ela no caminho.

— O Ronan tá aprontando. — Darius afirmou e riu logo em seguida. — Bem, por que não vão logo enquanto o trânsito ainda está livre?

— Está me expulsando da minha própria casa?!

— Crystal se eu não te conhecesse bem, eu diria que está bastante ansiosa para ir nesse lugar com o Brian. — Juro que a garota virou um pimentão nesse momento. — Juízo, vocês dois.

— Foi bom te ver, pai. Vamos logo, Brian. — Ela disse me entregando a camisa e pegando as suas coisas.

— Até logo, Darius.

— Até, Brian. Juízo, viu?! Juízo! — Ele enfatizou assim que saímos do apartamento.

— Papai é louco. — Ela resmungou e comecei a gargalhar da mesma que apertava o botão do elevador. — Brian, não tem graça! Ele fica pensando besteira e…

— Mas dá pra entender, Crys. Somente nós dois e mais ninguém vai sair, é óbvio que ele iria falar isso. — Continuei rindo e entramos no elevador.

— Brian, eu te odeio. — Retrucou, apertando o botão do estacionamento. — Te odeio, te odeio, te odeio!

— Quero ver você falar isso quando for mais tarde.

— Quem é você e o que fez com o Brian que tanto conheço?!

— Deve ser o meu lado mais solto, mais revoltado como você disse lá no Oscar. — Lhe dei uma piscadela e a mesma ficou com o rosto todo corado.

— Não te reconheço.

— Vai reconhecer. — Digo e vi ela ficar nervosa, esperando a porta do elevador abrir. — Crystal, você não me engana.

— Cala a boca, seu patético. — Comecei a rir novamente dela, andando pelo estacionamento até o carro em que a mesma alugou. — Para de rir, palhaço!

— Não tem como. Você fica uma graça quando está com vergonha. — Digo depois de colocar as minhas coisas no porta malas. Fiquei encarando ela que ainda tinha o rosto no tom colorado.

— Brian, acho melhor calar essa boca.

— Acho que vou esperar pra ver no que vai dar. Você vai me calar ou vai me abandonar na estrada? — Me aproximei da mesma, tocando em seus lábios e um leve sorriso se formou em seu rosto.

— Cala a boca. — Disse olhando para os meus olhos, baixando para os meus lábios. — Não me desafie de novo.

— Se não o quê?

A Fletcher se afastou e abriu a porta do motorista. Pelo visto, descobri mais um ponto fraco da mesma. Provocação.

Crystal Fletcher

Assim que esse idiota entrou no carro, ficou um silêncio confortável no ambiente. Mas assim que entrei na avenida que vai para a via municipal, percebi de que o mesmo tinha algo a falar.

— Por que o Darius chamou o Ronnie de Ronan?

— É o nome dele. Ronnie é apelido e ele prefere mil vezes ser chamado de Ronnie. — Respondi e o mesmo riu fracamente. — Nunca ouse chamar ele de Ronan, senão ele faz chilique. Só o pai e a mãe o chamam assim e é de vez em quando.

— Entendi. E você quer saber o compromisso dele?

— Seu fofoqueiro! — Dou-lhe um leve tapa em seu braço e comecei a rir. — Me diga que compromisso é esse agora mesmo!

— Ronnie está se encontrando com uma garota desde sábado e ele disse para o Howie que está apaixonado por ela…

— APAIXONADO?! — Dou um grito de espanto e senti as minhas mãos apertarem o volante. — Como assim ele tá apaixonado?! Ele… ele…

— Crys, falta pouco para você virar a própria Maria Fumaça! — Brian disse cauteloso. — Calma, respire… talvez ele poderia estar procurando um momento certo para contar a você e…

— Quem é a garota?! Brian, você sabe quem é?! — Digo entrando em outra via.

— Crys, você está com ciúmes do seu irmão! Não precisa ficar assim, ela é uma pessoa incrível e…

— Você conhece ela, Littrell?! — Olho para o mesmo que se afastou um pouquinho do lado, assustado. — Brian, me diga agora antes que eu te deixe aqui plantado na estrada.

— Helena Morales, prima de consideração do Howie. — Disse fechando os seus olhos e se protegendo. — Ela é muito gentil, atenciosa e curte os seus filmes. Eu acho que o Ronnie estava planejando você conhecer a Helena em breve e tranquilamente. E na minha opinião, vocês davam pra ser boas amigas e ela… ela também gosta muito do Ronnie segundo o Howie.

Respirei fundo e expirei, ligando o rádio, na tentativa de relaxar um pouco. Eu nem senti de que eu estava cantando junto durante o trajeto até parar em um posto de gasolina.

— Eu vou comprar guloseimas, água, algumas coisas para a casa. — Digo desligando o carro. — Coloque esse óculos e ponha gasolina.

— Pra quê o óculos?

— Se virem nós dois, será fofoca. Estamos viajando em paz.

— Verdade.

Comprei as coisas e voltei, vendo de que o frentista estava passando o cartão. Entrei no banco do motorista e Brian entrou minutos depois, me entregando a chave do carro, então retornamos para a estrada.

— Está mais calma?

— Sim. — Assenti e baguncei o seu cabelo, o fazendo rir. — É que é difícil imaginar que o Ronnie está fazendo a vida dele, éramos só nós dois e…

Brian fingiu uma tosse e o vi me encarando bem incrédulo.

— Ele também sentiu muitos ciúmes quando você começou a demonstrar o seu amor por mim, Crystal. Isso não significa que vocês vão deixar de serem irmãos porque estão seguindo os seus caminhos e encontrando pessoas que farão parte de suas vidas. — Ele disse tocando o meu rosto.

— É, tem razão. Acho que fui impulsiva, desculpa.

— Tudo bem. Teremos três dias que será incrível e nada vai tirar a minha apreciação e alegria de estar com você do meu lado.

Ai caramba, meu coração errou duas batidas aqui. Foca na estrada e não nesse rostinho fofo, por enquanto.

Assim que chegamos na cidade, entrei na pequena estrada que é rodeada de árvores altas e de folhas bem esverdeadas. Dirigi até o fim dessa estrada, de encontro com a minha casa que é de frente a um lago bem tranquilo. Olhei para o meu namorado e ele estava boquiaberto com a paisagem, saindo do carro imediatamente.

— É aqui que vamos ficar?! — Perguntou olhando para todos os lados.

— Absolutamente sim, Brian. — Digo desligando o carro e saindo de lá, vendo tudo tocado pelo sol, mesmo com a temperatura levemente baixa. — Vamos arrumar logo as nossas coisas antes que passamos o dia inteiro distraídos.

— Vamos. — Disse ainda admirando o local. — De fato, lembra da casa dos seus pais, Crys. Vou te dizer uma coisa: quando será a próxima vez que viremos pra cá?

Eu ri do mesmo e o puxei para um breve beijo.

— Fico muito feliz por você ter gostado daqui, agora a próxima vez… — Olhei para o céu ensolarado, sorrindo com isso. — Eu espero que seja bem breve.

O loiro sorriu e olhou em volta mais uma vez, completamente cativado.

— Aqui é muito bonito e tão aconchegante, eu moraria aqui tranquilamente. — Comentou pegando as malas e foi andando até a casa. Quando fui de encontro a ele com as minhas coisas, ele olhou pra mim e deu um suspiro. — Fica mais bonito com você aqui.

Ele sabe mesmo me deixar toda sem jeito, sentindo o meu tórax saltitar sem nenhum esforço. Fui tentando me tranquilizar e terminei o que estava fazendo, colocando os mantimentos na cozinha. Brian foi até mim sorrindo e fomos andando até o lado de fora, se sentando na varanda.

— Sabe aquelas pinturas? Aqui é idêntico. — Ele afirmou, envolvendo o seu braço em meus ombros. — E uma pergunta.

— Pode falar.

— Esse lago é perigoso? Tem alguma piranha ou algo parecido? — Eu comecei a rir do loiro e deitei a minha cabeça em seu ombro.

— Aqui é tranquilo. O máximo que você vai ver aqui são borboletas, esquilos e passarinhos. — Digo olhando para cada detalhe do seu rosto. — Ninguém sabe que eu comprei essa casa.

— Comprou escondido?! — Brian olhou pra mim sorrindo e assenti, havia um certo orgulho ali. — Foi pra ninguém ir atrás de você?

— Exatamente. Às vezes respirar um ar puro e relaxar faz bem pra saúde. Brian, a nossa rotina pode ser espetacular, mas dar uma folga nessa rotina de vez em quando é essencial e ajuda muito a trabalhar melhor. Você é o primeiro e o único a saber desse lugar.

— Que sorte a minha. — Rimos. — Crys, você sabe nadar? Eu só te vi no raso ou na bóia quando estávamos em Laguna.

— Talvez. — Brinquei. — Eu sei que você quer ir pro lago, vamos. Não tem piranha e nem sanguessugas.

— Isso dava ser bons apelidos para a Sher e para o Sawier.

— Brian… — Eu comecei a ter crise de risos. — Você não pode insultar essas criaturinhas da natureza chamando elas de gêmeos Finnigan!

— Então peço milhões de desculpas para todas as piranhas e sanguessugas do mundo inteiro por esse insulto.

— Abestalhado. — Entro na casa em direção ao único quarto que tem, pegando a minha toalha e me troco por um biquíni. — Ué, não vai não?

O loiro paralisou ao me ver e seu rosto ficando todo corado.

— Havia me esquecido desse detalhe. — Respondeu escondendo o seu rosto. — Volto em um minuto.

Fui andando até a água que estava fria, mas fui entrando completamente trêmula. Com os segundos passado fui me adaptando até o mesmo aparecer e ficou me procurando.

— Crys?

— Aqui! — Levantei o meu braço e lá vem ele, meu Deus que garoto.

— É tão fundo assim?! — Questionou e parei de manter os meus joelhos dobrados, amostrando a água na minha cintura. — Juro que não te vi, se não tivesse acenado eu entraria em desespero.

— Calma, jovem. Eu sei nadar. — Digo me aproximando dele que se tremia. — Tá sentindo frio, é?

— Óbvio, nem entramos na primavera ainda. — Disse com o queixo batendo, então joguei água na cara dele. — Crystal!

— Ainda com frio? — Fiquei rindo dele que começou a revidar, virando uma brincadeira entre a gente.

Brian nadou até mim e me segurou pela cintura, olhando fixamente em meu rosto. Percebi que tivemos o mesmo pensamento, então inalei bastante ar e mergulhamos na água fria, fazendo de tudo para um não soltar o outro. Quando voltei para superfície, ele voltou junto e me elevou de repente, rindo do meu susto.

— Eu imaginava você um pouco pesada, mas estava enganado. — Disse e apoiei as minhas mãos em seus ombros. — Obrigado por ter me trazido aqui, Crystal.

— Eu que agradeço por você ter aceitado o meu convite. — Afasto uns fios de cabelo que estava caindo em seus olhos. — Sabe, aqui fica mais bonito no verão…

— E a água deve estar menos fria também, né?! — Riu ainda se tremendo.

— Você tá com frio ainda?! Acho melhor entrarmos e acender a lareira.

— Mas aqui tá tão bom… — Ele sorriu ainda me segurando com firmeza. — Tem certeza mesmo que quer entrar agora?

— Tenho. — Segurei em seu rosto, afastando algumas gotas d'água que deslizavam no mesmo. — Mas não importa, já que estou perto de você.

— Bem perto de mim. — Lhe roubei um beijo e o mesmo foi aprofundando com calma. — O que acha de prepararmos uma receita juntos para o almoço e o jantar?

— Topo cem porcento, Bee. — Lhe dei um selinho e o mesmo foi andando, me segurando em seus braços. — Eu sei andar, sabia?

— Só estou treinando, meu amor. — Afirmou, depositando um beijo em meu pescoço. — Nunca se sabe.

Meu Deus, é o que estou pensando sobre o que ele acabou de falar?! Ou é só paranóia minha?!

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