⭐ 29
Howie Dorough
Há uns dois dias começaram a liberar a vinda de visitas que não fosse da família ver o Brian. Nick e o AJ só visitaram e foram embora de volta para Califórnia perturbar as meninas, menos a Sam que está jogando na Liga das Nações.
Antes de eu ver o mesmo, troquei algumas ideias com o Kevin sobre a vinda da Venice e da Crystal. Daí ele me levou para um canto longe de qualquer pessoa, parecia curioso sobre algo.
— Como foi a estreia?
— Demais, tinha que ver! Depois do filme, começou uma festinha, né?! Aí você não vai acreditar quem apareceu! A Sherry!
— Sherry?! O que ela fazia lá?! — Ele perguntou cada vez mais curioso.
— Ela brotou pra diminuir a Crys, dizendo que o Brian tinha deixado ela porque se cansou dela e ainda mais! A Sherry colocou em um quadro umas frases com letras de revista e a de destaque era “amado Brian”.
— Ela fez isso?! — O mais velho ficou boquiaberto e assenti. — E como a Crystal reagiu?
— Ela ficou sem muita reação e começou a tentar se defender, né? Mas a Sherry fazia piorar a situação e a Crys empurrou ela para dentro de uma fonte e o Nick levou ela para o lado de fora. Aí no hotel ela ficou perguntando pra gente se era verdade e começou a chorar.
— Deus… coitada da Crys.
— O que a Sherry falou pra ela, até eu fiquei mal com isso. — Me aproximei mais um pouco do mesmo, pois passou algumas pessoas aleatórias. — A Sher disse que a Crys deveria ter morrido no lugar de várias pessoas. O Ronnie me disse que isso ainda perturba ela e que tá tendo insônia desde então.
Kevin ficou pensativo e olhava para outros pontos do corredor que não fosse eu, respirando fundo logo depois.
— Você sabe de alguma coisa?
Ele permaneceu calado e insisti mais algumas vezes na pergunta.
— Não é tão importante, Howie. Eu só espero que isso não faça ela pensar besteiras.
— Olha, eu também. Quando saímos daquele lugar, você via de longe de que ela estava distante de tudo.
Fomos andando de volta até de frente do quarto do Brian. Como tem a janela, ele nos viu e acenou pra gente, nos chamando para entrar e assim fizemos.
— Você vai embora pra Califórnia também?
— Tá tudo jóia comigo também, seu infeliz. — O loiro gargalhou e apertei a sua mão. — Eu vou te ajudar na recuperação e mais uma pessoa vem também.
— Quem? — Perguntou mexendo em seu cabelo bagunçado.
— É surpresa. — Kevin disse antes que eu falasse que era a Crystal. Ele tá estranho, como soubesse de alguma coisa e não quer contar.
— Espero que ajude mais do que atrapalhe na minha recuperação. — Afirmou olhando para nós dois. — Me conte, como foi a viagem para Califórnia?
— É… mais ou menos. — Falei sem vontade e ri fracamente. — A gente se divertiu na hora que era pra se divertir, durante o filme.
— Ah, o filme. O que achou?
— Incrível! Você tem que ver, Bee! A Crystal superou muito o seu último papel e se ela não ganhar um Oscar ou Globo de Ouro… eu esculacho com aquela academia! Agora vou dizer, as cenas de romance vai te deixar com ciúmes porque as declarações dela para o Rudd lá…
— Okay… — Ele riu fracamente e olhou para o Kevin que deu de ombros e fiquei olhando para os dois.
— Vocês acham que eu sou besta, né?! Por que estão tão estranhos, hein?
— Não estamos estranhos, Howie. — Kevin defendeu.
— Vocês ficam com esses olhares estranhos como soubesse de alguma coisa e estão escondendo, deixando tudo como segredinho. Que palhaçada é essa?! Segredo de primos?!
— Howie, não viaja. — Brian disse dando um peteleco no meu braço. — Não tem nada.
Aham sei. Vão achando que vou cair nessa. Como eu vou passar praticamente um mês aqui… fácil fácil descubro tudo com evidências e detalhes na palma da minha mão.
Depois de termos visto o Littrell, eu olhei para o relógio de que está na hora de ir buscar as garotas, então o Kevin foi comigo para o aeroporto, já que mal conheço a cidade.
— Meu Deus, faz tempo que não vejo a Venice. — Disse acelerando o carro para o caminho até o aeroporto.
— Prevejo altos grudes nessa temporada. — Brinquei com o mesmo que sorriu todo sem graça. — Tinha que ver como ela estava lá no premiere, Kevinho. A V usava um vestido longo preto de cheio daqueles brilhos, sabe? Tava diva.
— Eu consigo imaginar. — Disse parando em um sinal vermelho. — Ela tá bem?
— Tá ótima! Você vai ver com os próprios olhos.
— E o Nick com a Maya?
— Bem, ele ainda não conseguiu se assumir pra ela, mas está bem próximo e bem amigável com a menina.
— Fez mancada de novo?
— Não, tá comportado por causa da tia Rosário que eu falei.
— Você continuou colocando medo nele, Howie?!
— Eu não tô assustando ele, Kev, só estou falando de que ela não é de levar nenhum desaforo pra casa e a Florença era a mesma coisa…
— Você ainda gosta da Florença depois de tanto tempo?! — Disse pronunciando o nome dela com a maior dificuldade por conta do sotaque.
— Nah… eu já superei ela, era que… ela fazia os melhores bolos naquela região.
— Até acabar levando um. — Começou a rir da minha cara.
— Pare de brincar com o meu término de namoro!
O Kevin voltou a dirigir e estávamos mais perto do aeroporto. Assim que chegamos, ambas já estavam lá ao nosso aguardo. Eu saí para ajudar com as bagagens delas deixando no porta malas e quando fui voltar para o banco do passageiro, a Venice já estava lá falando alguma coisa no ouvido do Kevin.
— Howie, vai ficar aí parado?! — Crystal puxou a minha mão e entramos no banco de trás. — É… podemos ir?
— Perdão. — Kevin olhou para a gente do retrovisor e voltou a dirigir para irmos até a casa dele. — Perdão.
Eu e a Crys nos olhamos sentindo o constrangimento do mais velho dominar o lado interno do carro, então rimos como fosse uma espécie de piada em que só nós dois entendemos.
Assim que chegamos na casa do Kevin, só havia um quarto de hóspedes e a Crys topou dividir comigo e ela foi arrumando as suas coisas no seu lado do armário.
— Howie, viu ele? — A atriz perguntou tirando uns três pares de sapato de uma mala e colocando na última prateleira.
— Vi sim, chega tá mais coradinho. — Ela sorriu e se levantou, olhando para a janela em que via o sol se pondo. — Está ansiosa pra saber da reação dele, não é?
— Claro, nunca mais o vi e… sinto saudades de conversar com ele. — Disse sorrindo. Era de perceber o cansaço e o acúmulo de noites mal dormidas. — E como vou cuidar dele durante um mês, vai compensar tudo.
— Ah, com muita certeza. — Assenti. — E você, Crystal?
— Eu? — Apontou pra si.
— Sim, depois do que aconteceu, imagino que está se questionando dos atos da Sherry.
— Bem, sim. Eu não sei como ela perdeu o tempo da vida dela atrás de mim. — Disse meia amargurada. — Acredita que antes de vocês visitarem Seattle, ela me mandou recado pra o meu número?! Como ela conseguiu, eu não sei.
— De bonitinha é doida, igual ao irmão retardado dela. Claro, são mais gêmeos do que qualquer cópia barata de Coca-Cola.
— Não faz sentido.
— Eu sei, não pensei em uma comparação melhor. — Rimos. — Ah, ia me esquecendo. Como hoje é quarta, amanhã nós vamos para a casa do Brian organizar as coisas dele porque provavelmente ele vai entrar em alta entre sexta a domingo.
— Entendi. — Assentiu, mexendo em seu pingente. — Ele vai ficar feliz ao me ver, não é?
— Com certeza ele vai. — Sorri para a mesma que estava mais tranquila.
E é isso o que vamos ver no dia.
Crystal Fletcher
No dia seguinte, depois do café da manhã delicioso que a mãe do Kev preparou para gente, eu e o Howie fomos para a casa do Brian que aparentemente não havia ninguém lá dentro. O latino tirou uma chave do bolso da calça e entramos.
— Caramba, aqui é mais aconchegante do que a minha casa. — Digo olhando em volta. — Onde fica o quarto dele?
— É o segundo do lado direito, eu vou pegar as coisas para a gente limpar. Pode ir na frente se quiser.
— Okay. — Eu tirei a minha bolsa e a deixei no móvel que havia algumas fotos dele criança e um telefone.
Eu subi e entrei, estava mais bagunçada do que a estufa do Ronnie quando traz novas mudas.
— Caraca! Como ele pôde deixar desse jeito?! — Howie apareceu com duas vassouras e uns produtos de limpeza.
— Parece que ele saiu nas pressas. — Digo vendo algumas gavetas fora do lugar.
— Bem, temos que deixar tudo limpo e organizado. O Kevin ligou agorinha e disse que provavelmente ele sai do hospital hoje.
— Vamos começar com a operação limpeza! — Digo já tirando todos os lençóis que estavam na cama e fui descendo junto com a cesta de roupas sujas para a área de serviço.
Assim que voltei, o Howie me entregou o espanador e o limpador de móveis. Daí fui começando pela escrivaninha que tinham vários papéis espalhados e não pude evitar que tinha as minhas cartas e os desenhos que fiz desta cidade.
— Acho que alguém também sente saudades. — O mesmo disse e sorri sem jeito. — Ele vai adorar ver você de novo.
Depois de ter me evitado e escondendo de que tinha um problema no coração?! É de se imaginar.
E o que piora pra mim é de todo mundo já sabe sobre os meus sentimentos por ele e eu não queria que fosse nesse momento, queria que fosse depois. Mas a Sherry tá amando isso e ainda colocou trechos da minha carta naquele maldito quadro que levou várias fotos pra parar nas revistas de fofoca.
— Crys, não quero ser chato ou intrometido com você, mas… — Olhei para o latino que limpava alguns livros. — Aquilo que a Sherry falou sobre… cê sabe… foi muito maldoso.
— Você não faz ideia do quanto isso me faz pensar e repensar do que ela falou era certo. — Ele ficou sem entender. — Se eu fosse no lugar de alguém, nada disso teria acontecido.
— Crystal, do que você tá falando?!
— Existia uma pessoa mil vezes melhor do que eu que não deveria ter morrido, Howie. — Droga, lá vem as lágrimas.
— Não pensa nisso, Crys. Coisas ruins e perdas acontecem com todo mundo, e sabemos de que no final nem tudo é justo. Nem tudo deveria ser desse jeito e não temos controle. Não tem como deixar de sentir falta, mas tem como superar a dor. — Ele se aproximou pegando na minha mão. — Não dê ouvidos para ela, Crys. A sua dignidade vale mais do que a mente fraca da Sher. Na próxima vez que aquela cachorra se atrever a aprontar com você, não hesite em dá um tapão na cara dela e com vontade! Você não nasceu pra ser humilhada, nasceu pra ser respeitada por quem você é.
— Howie, muito obrigada. — Eu o abracei e ele retribuiu, alisando o meu cabelo. — Eu precisava ouvir muito isso.
— Era de se perceber. Agora, respire fundo, enxugue o rosto e vamos terminar com a limpeza e depois sairmos pra almoçar em uma lanchonete que é umas quadras daqui. Topa?
— Eu topo. — Sorri.
— É disso que eu queria ouvir!
Depois que terminamos de limpar, o Howie foi atender o telefone e provavelmente era o Kevin avisando. Eu coloquei as roupas limpas do Brian dentro do guarda-roupa e coloquei outros lençóis em sua cama, vendo de que estava bem mais confortável do que estava duas horas antes.
— Crystal, eles já estão voltando! Vamos!
Fechei a porta e desci a escada indo de encontro com o Dorough que entregou a minha bolsa, e fomos saindo rumo à lanchonete que ele havia falado.
— O hospital é um pouco perto, se saíssemos um pouco depois, poderia estragar a surpresa. O Brian acha que só veio a Venice. — Ele explicou e viramos a esquina andando pela rua tranquila e um pouco movimentada.
Depois de termos comido um bom combo mais sobremesa, resolvemos voltar pra lá e estou sentindo a ansiedade dominar todo o meu corpo pra finalmente vê-lo depois de uns seis meses sem receber nenhuma notícia. Eu não estava mais sentindo chateada sobre ele ter me evitado, porque provavelmente vou receber uma explicação plausível do Brian e vou entender muito bem. E eu vou cuidar dele, isso é demais!
Howie apontou para a campainha e apertei, começando a ajeitar nas pressas o meu cabelo e fiquei na postura antes que a porta se abrisse, apresentando a senhora Littrell.
— Howie! Que bom te ver de novo. — Ela sorriu pra ele e olhou pra mim com o mesmo sorriso, mas adivinhando quem eu poderia ser. — Você só pode ser a preciosa garota que veio de Seattle cuidar do meu filho.
— Exatamente. — Assenti e ela me abraçou e ficou olhando para mim, especificamente nos meus olhos. — É um prazer conhecer a senhora.
— Igualmente, meu anjo. — Disse ainda sorridente. — Agora eu entendo porque se chama Crystal, os seus olhos são bem claros e lindos.
— Obrigada. — Eu já adoro ela!
— Tia… podemos entrar? — Howie chamou a atenção dela.
— Oh sim! Perdão, é que estou entendendo o motivo do Brian falar tanto da Crystal. Ela é linda e bem simpática. Entrem, ele está lá no quarto com o Kevin arrumando as coisas que levou para o hospital. Fiquem a vontade, se quiserem alguma coisa, não hesite em pedir.
— Vou te dizer, os pais do Brian são os melhores cozinheiros desse estado. Vocês vão adorar o jantar, se ficarmos. — Howie afirmou falando só pra mim e para a Venice.
— Mãe, é por quanto tempo mesmo que eu troco o… — Eu olhei pra onde vinha a voz do Brian e ele estava lá no topo da escada e se distraiu olhando pra mim, sem reação. — Curativo…
— A cada quatro horas, filho. — Ela respondeu voltando da cozinha. — Não vai falar com a Crystal?! Ela vai passar um mês inteiro cuidando de você na recuperação.
— Um mês?! — O loiro olhou torto pra mim e continuei olhando pra ele, sem saber o que falar. — Você não tem o seu trabalho, não?!
— Brian, fala direito com ela. — A senhora Littrell reclamou com o mesmo com ele e fiquei sem entender muito bem.
Mas daí veio o estalo. O Brian de fato se cansou de mim e soube esconder de todo mundo até nesse exato momento.
— Se ele não quiser, tudo bem… — A minha voz saiu tão baixa, mas ela ouviu com clareza.
— Meu anjo, você se deslocou de longe depois de ter trabalhado em um filme e abriu mão do seu descanso pra ajudar o meu filho! Ele querendo ou não, você vai ficar porque ele vai aceitar a sua vinda por bem ou por mal!
Juro que vi o Howie e a Venice se olharem e balançarem a cabeça positivamente depois dessa resposta, devem ter comentado alguma coisa em relação à discussão.
— Se ele fazer esse chilique na sua frente, pode responder a vontade, ele vai aguentar as suas reclamações também. — Ela tocou no meu ombro.
— Mãe, qual é a necessidade de falar isso na frente de todo mundo?! — Ele tava ficando enfurecido com isso. — Eu não queria que essa garota metida fizesse questão de vir aqui na minha casa e…
— Minha casa, Brian. Se levantar a voz de novo pra mim, a gente conversa.
— Mas mãe!
— Eu gaguejei?! — Caramba, que moral. Ela precisa urgentemente conhecer a minha mãe. — Você vai ser educado com a sua namorada e vai colaborar com ela também a cada dia da semana calado.
— Ela não é a minha namorada.
— É O QUÊ, MEU IRMÃO?! — Howie surtou. — Desculpa pelo grito tia, MAS ISSO É UM ABSURDO! O QUE COLOCARAM EM VOCÊ NO HOSPITAL PRA FICAR ASSIM?! CARA…
— Vamos conversar, Brian. — Ele chiou de novo. — Crys, me perdoe pelo chato do meu filho.
— Mãe, por favor né?! Ela só está aqui para me causar estresse. Deveria ter ficado na droga de Seattle “descansando” todo o seu trabalho árduo no cinema e ficar com o Sawier.
— Do que você tá falando?! — Finalmente consegui falar alguma coisa. Isso tá me sufocando.
— Pare de bancar a atriz comigo, Fletcher. — Retrucou. — Você veio aqui à toa e tô nem aí pra você. Você mesma disse que foi horrível a minha visita.
— Eu nunca falei isso!
— Pare de mentir, sua fracassada!
— Brian Thomas Littrell!
Me levantei e fui saindo dentro daquela casa, cheguei até ouvir a sua mãe reclamar com ele, mas eu fui andando sem rumo e sem enxergar muita coisa por conta das lágrimas.
— Crys, espere! — Ouço o Howie de longe e parei de andar, até sentir ele me abraçando. — Não liga pra ele…
— Ele me chamou de mentirosa e de fracassada, Howard! — Isso saiu como um grito e vi o Kevin com a Venice se aproximarem da gente. — O que eu fiz pra ter deixado ele assim?! O que eu fiz pra merecer ouvir isso mais uma vez?!
— Crys, respira. — Ouvi a Venice e senti a sua mão no meu ombro.
— Ele se cansou de mim! A Sherry estava certa o tempo todo, eu… eu deveria…
— Não! Não deveria não! — Howie reclamou e vi que estávamos andando de volta para a casa do Kevin. — Você veio aqui por um bom motivo e só porque ele ficou cheio dos kikiki pro teu lado, não precisa se diminuir por causa da Sherry Finnigan!
— Mas você ouviu bem, Howie… de que nós não temos mais nada.
— Crys, ele está aflorado. O hospital foi um pouco estressante, e creio que se arrepende do que falou pra você. — Kevin disse na maior calma. — Ele te ama e no fundo sabemos que quer ter você por perto.
— Ele me ama ao ponto de me insultar. Como você está mais tempo acompanhando ele, Kev, você pode pelo menos me dizer o que deu nele pra ter ficado assim?! Porque o estresse do hospital é algo muito mínimo pra ele falar aquilo com tanta raiva pra mim.
— A sua carta. Ele recebeu.
— Como assim?! Eu havia perdido no dia e… quem foi o patife que entregou pra ele?!
— Ele não me disse, sinto muito.
— É dessa carta que está falando, Kevin? — Howie tirou do bolso da sua calça e entregou para o mais velho que assentiu. — Leia, Crys.
Eu fui lendo com calma e mais raiva eu tava sentindo pelo Sawier e pela Sherry.
— Eu jamais escreveria isso pra ele! Eu não escrevi isso e a minha caligrafia não é tão bem desenhada assim e ele sabe disso! Como aquele escandaloso pôde acreditar nessa porcaria?! — Rasguei o papel todinho e o vento foi levando pra bem longe. — Agora, ele nunca mais vai acreditar em mim!
— Mas você tá com a carta verdadeira? — Venice perguntou e fiz que sim. — Entrega a ele quando estiver mais calmo.
— Isso vai demorar. Eu sei que ele vai demorar a acreditar em mim novamente e… — Respirei fundo e fui tirando as lágrimas do meu rosto. — Ele vai me aturar, porque não vou fazer as vontades dele! Se aquele patético dirigir aquelas palavras pra mim novamente, ele vai me ouvir porque não vim à toa e muito menos para causar estresse. Eu vim porque eu sinto falta dele e eu o amo muito. Mesmo tendo ataque nervoso, sendo um grosseiro comigo, eu vou cuidar dele como sempre mereceu. Amanhã bem cedo estarei lá preparando as receitas que aprendi com a minha mãe para o seu café da manhã.
— É bom ouvir isso, Crys. — Kevin sorriu pra mim. — Prove ao Brian de que foi enganado esse tempo todo.
— Qualquer coisa, bate nele com uma panela pra aprender. — Howie brincou e me abraçou novamente. — É pra ficar assim, amiga. Firme e forte com o que der e vier.
— Ele tem toda razão. — Venice assentiu de mãos dadas com o mais velho. — Não seja vulnerável com as coisas que aqueles gêmeos falam pra você só pra te prejudicar. Como será um mês, você terá tempo o suficiente para reconquistar o Brian e quando menos esperar, estarão juntos de novo.
Mas não acredito de que isso vai continuar do mesmo jeito que era. Eu só espero que ele acredita em mim ao invés daquela falsa carta o mais breve possível.
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