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Howie Dorough
Depois do Sawier ter saído correndo, lá no centro de Seattle

Eu, Nick e Ronnie estávamos voltando de um lounge que começou a tumultuar com a nossa presença e fomos andando sem rumo procurando um lugar mais tranquilo para se divertir.

Porém, contudo, mas, todavia, na avenida principal em um banco de praça havia alguém que nem imaginamos que estaria aqui nessa cidade: Sawier.

— É o meu primo?! — Nick indagou puxando o nosso braço.

— Sim, e ele tá chorando. — Digo e nós três fomos se aproximando, até ficarmos de frente ao almofadinha.

— Sawier, o que faz aqui?! — Nick perguntou e o mesmo olhou para a gente, limpando o seu rosto. — E por que o seu nariz está tão torto?

— Eu vim ver a Crystal e tentar conseguir o perdão dela, mas resultou em um murro certeiro no meu nariz e tá doendo tanto…

Eu olhei para o Ronnie que estava se segurando para não sorrir de uma forma bem escancarada com a desgraça do outro. Não vou mentir que tô com essa vontade também depois que eu soube que tentou forçar a Crys com um beijo depois de uma briga.

— Cara, o seu nariz tá quebrado. — O tom risonho escapava da voz do Ronnie e isso me fazia querer rir mais ainda. — Precisa ir para o hospital.

— Ele tem razão, vamos. — Eu o ajudei a se levantar. — A gente te leva até lá.

Agora fomos nós três seguindo o Ronnie que nem mora aqui e conhece muito bem a cidade, e por pura palhaçada o Sawier todo folgado se apoiou em mim e no Carter dizendo que levou vários socos e chutes no estômago. Nick olhou pra minha cara com a expressão de “esse trouxa tá inventando coisa.”

Depois de uns três quarteirões andados com esse peso nas minhas costas — literalmente —, chegamos em um hospital mais próximo que o Fletcher mais velho havia falado. Entramos na ala de emergência para se livrar logo disso, Ronnie deu os dados na recepção e na sala de espera estavam a Nivea e o AJ.

— Fica aí. — Nick praticamente empurrou o seu próprio primo e fomos até eles. — O que vocês dois estão fazendo aqui?!

— Uma alma sebosa foi falar coisas para a Nivea e fui defender ela. — Alex explicou e nos olhamos procurando por algum hematoma. — Aquele branquelo vai pagar os meus óculos novos e vai pagar com o que fez com a minha garota!

— AJ. — O chamei.

— Sim? — Ele já perguntou irritado.

— Qual é a emergência?

McLean pegou com calma o braço direito da Nivea e vimos o pulso dela completamente roxo e mole, a mesma estava chorando de dor.

— Ele quebrou a mão dela. — Disse abraçando a mesma, beijando a cabeça dela. — Aí eu fui partir pra briga e ele quebrou os meus óculos que comprei ontem.

— Já denunciaram esse… — Nick hesitar em falar um palavrão é muito estranho. — Doente?

Ah entendi. A Nivea é amiga da Maya e quer sair educado pra agradar a garota e a família dela, não tá errado.

— Tinha um policial lá perto e ele só anotou a ocorrência porque fui eu quem falou. — Disse mais irritado. — Esse país de merda. Aliás, o que vocês fazem aqui?!

— O Sawier… — Quase eu ri alto e Nick me deu uma cotovelada dizendo que ele tava vendo. — Tô nem aí, é… como eu posso explicar? Assim, ele foi pedir desculpas à Crystal e ela quebrou o septo nasal dele, incluindo outras partes do corpo que não vou citar publicamente.

— Foi merecido mesmo! — Alex riu e Nick estava em desespero para não acabar caindo na gargalhada também. — Me diga, quem vai querer um sujeito preguiçoso como ele?! O cara pode ser cheio da grana, mas só sabe comer comida cancerígena e jogar videogame sabendo que é péssimo no joystick.

— Alex, ele tá ouvindo. — Nick reclamou entre os dentes.

— Eu tô falando a verdade e tô nem aí! — Ele falou mais alto ainda.

Nivea Valentine, sala vinte e oito. — Uma voz do alto falante chamou a mesma repetindo duas vezes.

— Vamos, querida. Não vai doer nada, você vai ver. — Ambos se levantaram e foram andando até o corredor do lado direito.

Sawier Finnigan, sala vinte e cinco.

Nós três fomos levando o preguiçoso até a sala que era um pouquinho distante para ele. Assim que entramos, ouvimos a Nivea gritar seguindo de soluço.

— AJ EU TE MATO!

— Ih… aqui jaz o nosso amigo AJ. — Ronnie comentou.

— Quem mandou ele dizer que não iria doer nada? — Nick disse e rimos fracamente.

— Boa noite, rapazes. — A médica falou e acenamos de volta. — Sawier, se senta na maca.

Agora o Nick que lute em ajudar o primo a se sentar naquele troço ali. A doutora que particularmente é bem atraente se aproximou colocando as luvas e foi examinando a pressão, os batimentos, olhou as marcas no corpo magricelo do Sawier e no fim, olhou para o nariz dele.

— O que aconteceu, Sawier? — A mesma questionou vendo se tinha algum dente quebrado.

O Ronnie ficou junto de mim escondendo o sorriso.

— Eu fui assaltado. — Assim que o Finnigan falou isso, o Ron não perdoou e caiu na gargalhada.

— Assaltado?! Sério?! — O mesmo disse e a médica olhou para nós três. — Doutora, esse imbecil foi atrás da minha irmã querendo o impossível: o amor dela. Sabendo de que ela deu vários nãos pra ele, tentou fazer alguma coisa e resultou nesse lindo nariz pendurado que nem a esfinge de Gizé pouco antes de cair aos pedaços.

— E provavelmente essas marcas vermelhas no corpitcho dele é de frigideira, dá pra ver até marca e é Tramontina. — Digo apontando para o mesmo que fez a maior cara de drama.

— Nick, você não vai falar nada, cara?!

— A Crys não tava errada. — Respondeu e o quebrado lá começou a chorar.

— Aproveitando o embalo… — A médica foi de repente no nariz dele e concertou fazendo o maior estalo que eu já ouvi em toda a minha vida.

Até que o grito másculo do Sawier saiu em uma altura que provavelmente dava pra ouvir no lado de fora do hospital ou até mesmo de quebrar as janelas.

— Pronto, agora é só tomar um analgésico e passar gelo no nariz. — A mesma pôs um curativo no nariz dele e foi até um armário tirando um pote cheio de pirulitos. — Como você foi um menino valente, merece um prêmio.

— Ah, eu quero também! — Digo e a mesma olhou sorrindo pra mim.

Três segundos depois…

— Tenham uma boa noite, meninos. — Disse ela fechando a porta e nós quatro saímos com um bom doce para encerrar a noite.

— Me senti no dia das bruxas. — Nick disse e lá na frente do hospital estava o AJ e a Nivea tomando refrigerante. — Hey, como foi?

— Eu apertei a mão do AJ quando o médico colocou o meu pulso de volta. — Nivea sorriu e começou a rir do Sawier quando viu a cara dele. — Pelo visto, outro cara chorou.

— Eu vou embora dessa cidade. — Lá vai o Sawier andando até o estacionamento dos táxis que é lá embaixo.

— Ainda bem, não vou com a cara dele. — Ronnie disse e sorriu. — Eu vou voltar pra casa ver como a Crystal está. Quem quer ir?

— Tá ligado que o Brian está lá, não é? — Nick disse e o mesmo assentiu. — Não acha que vamos atrapalhar alguma coisa? São quase onze horas da noite.

— E o que isso importa?! Ele não vai faltar respeito com a minha irmã sabendo que eu estou na cidade. Vamos.

Todo mundo foi andando até a avenida principal, onde tem um caminho mais rápido para o apartamento da Crys. O porteiro reconheceu o Ronnie e a Nivea e fomos para o elevador.

— Venham. — Ronnie foi andando na frente e parou na última porta do corredor. — Tá aberta…

Assim que ele abriu, o Brian estava beijando a Crystal e mesmo ele de costas, dava pra ver que estava ficando com ciúmes da irmã — o seu pescoço ficou vermelho na mesma hora.

— Que noite linda para esses pombinhos! — Ambos se afastaram ao ouvir ele. — Temos visita se querem saber.

Ronnie deixou todos nós entrarmos e víamos que ambos estavam com os seus rostos completamente vermelhos do tamanho constrangimento.

— Ronnie, perdão…

— Não Brian, fica tranquilo. Só foi uma surpresa ver você praticamente no pescoço da minha irmã, mas tudo bem. — O mesmo sorriu e prendeu o seu cabelo. — Hoje foi uma noite muito agitada.

Percebi recentemente de que quando o Ronnie prende esse cabelo hidratado, é que ele tá nervoso.

— Nem sabemos do Kevin e da Venice. — Alex sussurrou e olhamos para ele. — Ah tá, agitada também.

— O que houve com o seu pulso, Nivea? — Crystal disse se aproximando da amiga.

— Longa história. — Afirmou.

— E vocês não vão acreditar! — Nick disse. — Nos encontramos com o Sawier e ele tava todo lascado!

— Que bom pra ele. — Crys sorriu de canto e foi servir a gente com alguma coisa para comer. — Quebrou o nariz?

— Sim, tinha que ver a médica colocando de volta! — Digo e a mesma ri imaginando a cena. — Gritou mais fino do que a Mariah Carey!

— Quebrou as barreiras do som, pra ser exato. — Nick disse começando a comer. — Ah, e a sua mão?

A atriz olhou para o seu punho esquerdo e deu de ombros, estava levemente machucado do soco e dos anéis que ajudaram a quebrar o nariz do tabuinha de passar roupa.

— Vai melhorar. — Disse e olhava para o Ronnie que parecia que queria nada, mas por dentro tava daquele jeito.

Algumas conversas ia e vinha, até que começou uma certa trocação de indiretas do Ronnie para o Brian e a Crys que nem parecia se importar com isso. Queria ficar para saber no que vai dar, mas fui arrastado com o resto da turma para voltar ao hotel e dormir.

Ronnie Fletcher

Lá em Wellington quando eu cheguei em casa depois do longo dia de ensaio com a minha banda, dona Crystal e seu Brian estavam de mãos dadas enquanto dormiam no meu querido sofá com todo lixo espalhado no chão e a televisão ligada. E hoje, especialmente hoje, foi praticamente a mesma coisa, só que… com mais intimidade e percebi que estava prestes a acontecer tudo.

— Ronnie, qual é a sua?! — A anã indagou assim que todo mundo desceu o elevador. — Não me diga que você veio aqui pra estragar o meu momento!

— Óbvio que não! Eu vi o Sawier e ele disse que você bateu nele, eu vim ver se estava bem. Eu sabia que o Brian estaria aqui, mas conversando com você. — Respondi e a mais nova me olhava completamente indignada por isso. — E você achou que eu iria passar a noite fora, é?!

— É! Eu achei. Quando você sai, sempre volta no outro dia.

— Eu mudei isso, é horrível. Só faço isso agora quando é trabalho. — Digo e me sentei em uma cadeira. — Crys, tá sendo rápido demais esse relacionamento. Eu sei que vocês andaram conversando muito, mas tem que conhecer os hábitos bons e ruins. Vai que do nada ele faça algo que não agrade você e vice e versa?

— Tá indo rápido?

— Sim?! Assim, faz um tempinho que você e o B-Rock não se viam e isso eu entendo, mas tem que sair para lugares diferentes pra ir progredindo tudo entre vocês. Eu sei como é e quando fui muito adiantado, eu me ferrei bonito. A menina nem quer ver a minha cara depois que eu disse que não ia rolar.

— Você nunca me disse isso, Ron. — Ela se sentou do outro lado da mesa e assenti. — Foi quando?

— Ah, tem dois anos. Foi quando você veio morar com a Venice aqui em Seattle. — Sorri e fiquei olhando pra ela. — Não pense que eu quero estragar o lance entre vocês, eu quero ver vocês irem para aonde for juntos por muito, muito tempo. E se algo ruim acontecer, lembre-se do que vou falar agora: não vai existir outro cara que vai te amar como ele sempre te amou.

— Você fala com tanta certeza…

— O jeito que o Brian fala, pensa, olha e sorrir pra você já diz isso tudo. Ele te ama pacas. — Ela ficou corada ao ouvir isso. — Eu confio nele, maninha. E ele confia em você.

— Wow… como você percebe tão rápido esses detalhes?! — A mesma perguntou quando fui até a geladeira pegar uma garrafinha de suco.

— Crystal, eu sou fotógrafo. Eu observo as pessoas. — Sorri e a mesma ficou rindo logo depois. — Também existe uma palavra engraçada chamada intuição, aprendi com a mamãe.

— Será que ela acha que eu tô namorando o Brian?

— Garota, ela tem é certeza! — Digo e a mesma ficou sem graça. — Agora o papai eu não sei, acho que quando souber vai fazer um longo interrogatório. Eu não passei por isso, então você pode passar por essa vergonha.

— Eu espero que não, Ronnie! Papai é doido!

— Eu sei, anã, eu sei muito bem disso. Foi ele quem me criou caso você não se lembra. — Digo e a mesma assentiu rindo mais ainda.

— Sabe, por um minuto eu pensei que você iria partir pra cima do Brian e brigar comigo.

— Só se ele tivesse vacilado feio contigo, Crys. — Baguncei os seus cabelos, deixando ela irritada. — Vai dormir, tá tarde. Talvez apareça algo pra você de repente amanhã.

— Eu espero que não, tenho um encontro! — Disse ajeitando o seu cabelo e foi andando até o seu quarto.

Fazia tempo que eu não a via assim tão alegre desde que se mudou pra cá. E isso é muito bom, pois assim ela deixa de ser chata e pavio curto, eu acho.

— Deveria plantar os brotos dessas azaléias que o Brian te deu! — Gritei analisando o buquê.

— Planta você, gigante.

— Amanhã, estou exausto de tanto andar hoje. — Sorri e fui andando até o quarto de hóspedes, mais conhecido como o meu quarto. — Sabe mana, eu queria ter visto você quebrando o nariz daquele crianção.

— Eu sei disso. — Ela disse andando até a sala para trancar tudo e apagar as luzes. — Boa noite, Ronnie.

— Boa noite, Crystal.

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meu Deus já temos +500 visualizações em 2 meses, gente!!!! o surto kkkkk

enfim, tenho uma novidade pra quem já leu a fic do Kevin, pois ontem completou 1 ano de que lancei e amanhã, vou postar um bônus como uma comemoração e espero ver vocês lá 🙃

é isso, tenham uma ótima sexta e vejo vocês amanhã ❤️

gabs

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