Shameless 🔞

Leitura/ Sam Winchester/Dean Winchester

A leitora usa DIU, não quero ninguém enchendo a porra do meu saco.

Boa leitura!

•••

Dean havia terminado de enterrar os restos queimados dos vampiros que havíamos decapitado quando o mesmo voltou-se para mim e, apoiando-se na pá cravada no chão, falou:

— Olha, eu não sei vocês, mas eu estou louco por uma cerveja.

Sam e eu trocamos olhares e reviramos os olhos praticamente ao mesmo tempo.

— É claro que você está – Resmunguei.

— Qual é? Vocês não? – Ele perguntou enquanto apoiava a pá no ombro e passava por nós, seguindo na direção do Impala. Eu e seu irmão mais novo começamos a seguí-lo.

— Certo, dessa vez ele pode ter razão. Até eu daria qualquer coisa por uma bebida agora – Sammy concordou seguindo conosco.

Se for para admitir, então eu farei. Estamos um caco depois dessa última caçada.  As coisas não sido fáceis nos últimos tempos. Não paramos uma só semana. São caçadas seguidas de caçadas e estamos cada vez mais exaustos. Comecei a pensar se talvez não precisassemos de algo mais forte do que cerveja.
Ou até mesmo de uma loucura.

Eu sorri com a idéia e isso não passou despercebido por Sam que me encarou com uma sobrancelha erguida e olhar atento:

— Ei, o que foi?

Eu o olhei.
— E se fossemos para Las Vegas? – Perguntei.

— Vegas? – Sam repetiu em tom que sugeriu pouco crédito para minha idéia maluca.

— Isso! Vocês sempre fazem uma viagem anual para Vegas, não fazem? – Perguntei. Eu sei que é meio que uma tradição deles.

Dean diminuiu o passo.
— Mas esse é o momento? Você sabe, largar tudo e ir para Vegas, parece um tipo de loucura...

— Um tipo de loucura típica dos Winchester – Falei, depois acrescentei, me esforçando para convencê-los. –  Ah, vamos... estamos correndo tanto essas últimas semanas. Quando foi a últimas vez que descansamos ou bebemos só por diversão?

— Eu nem me lembro, sendo bem sincero.
Sam murmurou.

— É, ela até que tem razão – Dean cedeu.

Paramos ao lado do porta-malas do carro e Dean o abriu, ele jogou a pá alí dentro.

— Um ou dois dias – Falei.– Não pode ser assim tão ruim. Precisamos desacelerar um pouco. Não concordam?

Sam e Dean andam bem empenhados nos últimos tempos em caçar e trabalhar o máximo possível. Eu tenho certeza que isso é simplesmente porque os dois querem esquecer os problemas familiares e toda a merda que a queda dos Anjos provocou. Eu não os culpo, também iria querer esquecer isso tudo, mas se afundar nesse trabalho vai acabar matando os dois e de bônus vai me levar também.

Não sai do lado dos dois em momento nenhum. Eles me ajudaram quando precisei. Salvaram minha vida inúmeras vezes, então isso é o mínimo. Acontece que isso não significa que eu vou seguir esse ritmo alucinado dos dois.

— Certo, a garota me convenceu – Dean fechou o porta-malas. – Não estamos tão longe de Nevada.

— Claro que ela te convenceu, Dean. Ela usou as palavras mágicas com você – Sam resmungou dando a volta no carro e indo até o passageiro. – Las Vegas e beber.

— Podemos deixá-lo no bunker se você não estiver a fim, Sam - Falei enquanto também embarcava no carto.

— E deixar vocês dois em La Vegas sozinhos? Eu aínda não perdi o juízo.

Dean o olhou com expressão ofendida.
— O quão inconsequentes você nos considera?

— O suficiente.

O loiro revirou os olhos.

Vadia.

Idiota.

— Vocês dois parecem crianças – Falei colocando a cabeça entre eles no vão do banco da frente.– Só vamos logo antes que eu mesma desista da minha própria idéia só para não ter que lidar com os dois.

Dean ligou o carro e felizmente me obedeceu sem reclamações. Aparentemente eu usei mesmo as palavras mágicas com ele.

•••

Nós chegamos depois de algum tempo na estrada, mas não é algo com o que não estamos acostumados. Dean gosta de passar horas dirigindo em silêncio, por vezes cantarolando algo e batucando o volante. Eu gosto de observá-lo durante esses momentos, já que são situações onde ele não se está conectado com o mundo envolta, é apenas ele sendo ele mesmo.

Exatamente como Dean queria inicialmente, nossa primeira parada após guardarmos nossas coisas nos quartos alugados, foi o bar do hotel. Eu não estava com paciência alguma para assistir o mais velho flertando com a bartender e muito menos para a garçonete que se inclinava um pouco demais na direção de Sam.

Ser a única garota do trio acaba sendo bem desconfortável de vez em quando, especialmente quando não passo da "pirralha" do grupo. Sempre me sinto a terceira perna por ter que ver todas aquelas mulheres flertando sem parar com os dois, e eu apenas ficar de lado quando tudo o que eu queria era...

Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos. Tomei um gole da gin tônica e desviei o olhar.

Somos amigos. Apenas amigos. Ambos já deixaram isso bem claro, principalmente com a maneira como se comportam comigo. Nenhum sinal, nenhuma olhada a mais que seja. Nem mesmo Dean. Nós nos ajudamos durantes as caçadas e damos apoio moral quando é necessário. Eu tenho outros colegas caçadores e faço por eles a mesma coisa que faço por Dean e Sam, mas aínda assim... com esses dois idiotas as coisas são diferentes dentro de mim.

— Ei, tudo bem? – Sam perguntou baixo, aproximando seu rosto do meu ouvido para que eu pudesse ouvi-lo acima de todo barulho. Foi arrancada da névoa onde meus pensamentos haviam me jogado e virei meu rosto em sua direção. Percebi seu olhar curioso.

— Eu? Claro – Confirmei rápido demais, desviando o olhar para minha bebida. – Por quê? Não pareço estar bem?

— Não, é só... você parecia distraída, não sei... – Ele respondeu. Sam é sempre muito observador, e ele não está errado com essa conclusão.

As vezes eu odeio que ele seja tão observador.

— Talvez eu estivesse – Murmurei e tomei outro gole da bebida para disfarçar.

Lancei um olhar na direção de Dean que estava inclinado no balcão e direcionava um sorriso sedutor na direção da bartender. Ele não perde tempo mesmo. Reprimi um suspiro.

— Parece que vou precisar passar essa noite no seu quarto – Sam comentou, ele também observava toda a cena.

— Ele não vai ser o único que vai "se dar bem" essa noite, não se depender daquele garçonete – Resmunguei, talvez meio ranzinza demais.

— O quê? Ela? – Ele indicou a garota e então balançou a cabeça.– Não tenha tanta certeza assim. Ela não é meu tipo.

— Do tipo que tem peitos grandes e que parece disposta a fazer o que você quiser?

Balancei a cabeça e então desviei o olhar. Sam não me engana. Durante essas semanas eu percebia que ele flertava também flertava com as garotas em vários lugares. Ele não é como Dean, é mais suave, mais discreto, mas ainda assim é um homem.

Dean retornou para a mesa e se sentou na cadeira vazia ao meu lado.

— Certo, já decidi onde vamos começar... – O loiro parecia empolgado. Assim que chegamos na cidade ele passou por uma transformação gritante de personalidade. Do cara cansado e estressado dos últimos dias, Dean transformou-se em algo semelhante a uma criança na manhã de natal. Ele esfregou as mãos empolgado antes de continuar. – Nosso primeiro passo será os Caça-níqueis. Eu adoro aquelas maquininhas. Fora que tem um truque muito bom pra sempre ganhar nessas coisas. Segundo passo, as mesas de poker...

Ele continuou em tom animado enquanto descrevia uma programação para toda a noite de jogos que ele desenvolveu totalmente sozinho sem consultar absolutamente nenhum de nós.

— Parece bem divertido, Dean – Começo, eu estava insegura em continuar, mas se Dean tinha tantos planejamentos então ele meio que precisava saber. – Só tem um problema nisso tudo.

— Qual?

Eu hesitei um momento. De repente estava me sentindo tímida e até meio estúpida por admitir algo assim para ele.

— Bom... eu meio que não faço idéia de como jogar poker.

Dean e Sam se entre olharam e então começaram a rir.

— Certo, essa foi boa – Dean falou e então continuou como se eu não tivesse dito coisa alguma. – Depois do poker vamos para...

— Dean, eu estou falando sério – Eu o interrompi novamente. – Eu não sei jogar.

— Isso não faz sentido nenhum – Sam disse franzindo as sobrancelhas. – Você adora esse lugar quase tanto quanto Dean. Foi você quem nos convenceu a vir em primeiro lugar. Como você pode não sabe jogar poker?

— Eu venho pela bebida e pelas máquinas – Expliquei, agora me sentindo envergonhada de verdade. – E pelos shows. Eu adoro os shows.

— Uau – Dean murmurou.– Isso é praticamente uma blasfêmia.

— Como é?

— Isso que você está fazendo. Vir à Vegas sem conhecer o jogo mais simples, isso é uma blasfêmia.

— Comparar algo estúpido assim com uma blasfêmia é a verdadeira blasfêmia, Winchester – Resmunguei.

— Definitivamente você está errada...

— Certo, chega – Sam cortou o irmão e se virou para mim.– Podemos ensiná-la a jogar. Não é nenhum bicho de sete cabeças.

Eu terminei minha bebida e pedi outra antes de responder:

— Obviamente se isso não for atrapalhar nem o longo e, sem absolutamente nenhum tipo de sarcasmo, o divertidíssimo cronograma do seu irmão. E muito menos a sua maravilhosa noite com a bartender depois que o turno dela terminar.

Falei, definitivamente em tom de sarcasmo. Dean também tinha terminado a bebida dele.

— Do que você está falando? Eu não vou transar com a bartender.

Eu não dei crédito algum ao que ele disse. Eu vi o sorriso que ele estava enquanto falava com ela e aquele definitivamente era seu sorriso de flerte.

— Tando faz, Dean. Vocês vão mesmo me ensinar a jogar? – Perguntei e ele balanço a cabeça afirmativamente.

— É claro – Confirmou.– Aliás, eu tive uma ótima idéia de como fazer isso. Sobe para o seu quarto enquanto eu vou conseguir alguns... materiais de trabalho.

Ele disse e então bateu no ombro do irmão, era um sinal para que Sam o seguisse. Ele foi com a expressão mais confusa do mundo.

Materiais de trabalho?

O que diabos ele quis dizer com isso?

•••

Eu estava no meu quarto como ele instruiu. Enquanto esperava, pensei no que Dean havia dito. Talvez ele só estava querendo dizer que arrumaria um baralho ou fichas... sei lá.

Me joguei na cama e encarei o teto. Eu havia tomado algumas boas doses de gin no bar e sentia meu rosto aquecido. Normalmente eu sou forte para bebida então isso não me preocupava, o calor é perfeitamente comum para mim. Especialmente quanto estou perto deles. Aqueles dois...

Eu me repreendo o tempo inteiro. Eu sei que eu não posso pensar neles dessa maneira. Eles são irmãos, são meus amigos. E pior, eu não posso pensar nos dois dessa maneira.

Respirei profundamente tentando desanuviar a mente, no mesmo instante ouvi a batida na porta. Eram eles.

— Vocês demoraram.

Meus olhos desceram do rosto sorridente de Dean para suas mãos, nelas o Winchester mais velho segurava  duas garrafas de whisky e mais uma de vodka enquanto seu irmão parecia meio... arrependido por ter topado entrar nessa.

— Dean, o que significa isso? – Perguntei indicando as garrafas.

— Material de trabalho – Respondeu simplesmente. Eu dei espaço e os dois entraram.

— Você se lembrou de conseguir um baralho pelo menos? – Questionei enquanto fechava a porta do quarto.

— Claro que sim. Sammy, mostra pra ela.
Ainda calado e aparentando certa hesitação, Sam tirou um baralho do bolso do casado.

— Ótimo – Falei.– Mas eu aínda não entendi o motivo de tanta bebida.

— Já que vamos perder uma parte da noite no quarto ensinando o padre a rezar missa, podemos começar a diversão por aqui mesmo.

Dean argumentou e depositou as garrafas na mesa. Ele apanhou alguns copos de dose ao lado do frigobar.

— Você quer dizer que vamos começar a encher a cara?

— Isso mesmo – Confirmou.

— Não parece uma ideia tão ruim – Dei de ombros.

Nós nos sentamos na mesa redonda do quarto. Dean apanhou o baralho que Sam estava segurando e começou a preparar as cartas.

Enquanto o loiro parecia entretido como uma criança e seus doces, eu me voltei para o moreno:

— Sammy, você está bem? – Perguntei. Eu estava um pouco preocupada com ele, considerando sua expressão corporal e seu silêncio desde que entrou no quarto com o irmão.

— Claro, tudo ótimo – Respondeu como se não fosse nada, mas não me soou muito convincente.

— Você parece ansioso – Insisti.

— Não se preocupe, eu estou bem.
Ele falou e seu tom parecia definitivo em encerrar aquele tópico.

Dean deu as cartas e chamou nossa atenção. Ele começou a explicar as regras básicas. Levei alguns instantes para desviar minha atenção de Sam para seu irmão, ainda atordoada pelo comportamento do mais novo.

— Vamos tornar as coisas mais divertidas – Ele começou com um sorriso de quem estava prestes a aprontar algo.

— Como assim?
Perguntei.

— Bom, você sabe que em um cassino nós apostamos, não sabe?

Eu revirei os olhos e apanhei uma garrafa de whisky, comecei a servir os copos enquanto falava:

— Sério, Dean? Quer mesmo apostar dinheiro nisso?

— Dinheiro não, seria injusto apostar dinheiro com alguém que esta aprendendo a jogar. Eu não sou tão babaca – Respondeu e então inclinou sua cabeça em minha direção. – Já ouviu falar de strip poker?

Perguntou e eu encarei desacreditada por alguns segundos. Naquele momento questionei muitas coisas. Comecei pela minha audição. Definitivamente eu não teria escutado direito, não é? Na verdade sim, meus ouvidos são prefeitos, sempre fui capaz de ouvir uma pena bater no chão. Sendo assim, a segunda coisa que questionei foi minha sanidade. Talvez minha mente esteja criando coisas.

— O quê? – Foi a única coisa que saiu dos meus lábios.

— Strip poker – Ele repetiu, movendo seus lábios devagar em cada palavra, como se fosse para garantir que eu compreenderia dessa vez. – É simples, baby. Em cada rodada que você perder, uma peça de roupa saí.

— Eu sei o que é strip poker, Dean, eu não sou imbecil, eu só... – Murmurei meio confusa com a proposta. Nunca passaria pela minha cabeça que Dean poderia sugerir uma coisa dessas comigo.

Eu olhei rapidamente para Sam e percebi que ele estava um pouco vermelho, mas não parecia surpreso com a proposta do irmão. Então é por isso que ele estava estranho. Dean deve ter contado a idéia para ele e convencido Sam a aceitar, mas Sam deveria estar tão envergonhado por compactuar com algo assim que nem conseguia olhar para mim direito.

— Você não precisaam aceitar se não quiser, kiddo – Sam fala, seu tom meio envergonhado, mas ao mesmo tempo carinhoso, cuidadoso, como ele sempre é. – Podemos apenas jogar.

Eu olhei de um para o outro e pensei bem. Não é como se eu estivesse ultrajada ou ofendida pela proposta. Eu só estava surpresa, chocada... talvez impactada demais para falar como estava realmente me sentindo. Nunca pensei que qualquer um deles pudesse considerar algo assim comigo no meio. Na verdade eu achei que eu era a "pirralha" que eles viam como a irmãzinha de outra mãe, mas que eles amam como familia e aquele blá-blá-blá de sempre. Claro que nunca os vi dessa forma, mas a maneira como me tratam da a entender que é assim que eles me vêem. Sempre protetores, cuidadosos, como se eu pudesse quebrar.

D

ean chamou meu nome, isso fez com que eu olhasse para ele e encontrasse aquelas orbes verdes profundo cravados em mim. Ele tinha uma expressão tão suave no rosto que nem parecia o Dean que conheço. Toda a brincadeira e provocação de instantes atrás havia desaparecido de seu rosto, tudo o que aínda havia alí era um olhar de cuidado. Ele começou:

— Você ouviu Sam, é exatamente como ele disse. Você não tem que aceitar se não quiser. Acho que peguei pesado com essa ideia...

— Sim! – Falei rapidamente, interrompendo-o e me atrapalhando com as palavras. Eu estava em pânico com a idéia dele desistir da proposta e retirá-la. Está pode ser literalmente minha única chance em me mostrar sendo alguém diferente da garotinha que eles pensam que sou, e eu não posso perder. – Eu topo!

Os dois franziram as sobrancelhas.

— Está falando sério? Quero dizer... tem certeza disso? – Sam questionou.

— Claro – Afirmei. – Vocês sabem... como Dean disse geralmente nos cassinos nós costumamos apostar, e eu não quero começar perdendo grana, então vai ser legal praticar assim. Além disto, já ouvi falar daquele lance da "sorte de principiante", então se preparem rapazes, vocês dois vão ficar peladinhos.

O sorriso malicioso retornou quase que instantaneamente para o rosto do Winchester mais velho.

— É o que vamos ver, baby!

Ele disse e então começou a explicar as regras do jogo.

•••


Minha sorte se principiante durou apenas 3 partidas. Depois disso eu não conseguia vencer absolutamente mais nada. Me questionei se talvez eles estivessem permitindo que eu ganhasse para que eu tivesse um pouco de confiança, mas eu acho que Dean não faria isso. Sam provavelmente sim.

Dean ganhou quase todas até agora, só havia perdido os sapatos, as meias e a camisa de flanela. Sam estava em uma situação um pouco mais exposta, ele estava sem a camisa e eu admito que a visão de seu peitoral estava tirando bastante do meu foco. Talvez isso tenha influenciado bastante no meu péssimo despenho.

Enquanto a mim... bem, eu estava apenas de calcinha, escondendo meus seios com um braço e até agora eles não conseguiram ver muita coisa deles.

— Você é um idiota, sabia?
Falei encarando Dean. Ele riu e balançou a cabeça.

— Eu não tenho culpa de ser o melhor.

Eu terminei outro copo de whisky. A bebida havia subido, mas eu estava dando um bom tempo entre cada dose, uma tática para manter minha mente mais organizada. Eu sabia que se apenas bebesse acabaria me perdendo completamente e ai sim teria uma derrota arrasadora.

Uma pena que minha boca tenha ficado tão frouxa.

— Certo, então vamos para a última e eu quero subir as apostas – Eu o encarei desafiadora.

— Subir quanto? – Dean ergueu uma sobrancelha. Seu rosto havia assumido um tom rosado delicioso.

— Se eu ganhar, você tira tudo – Olhei para Sam. – Você também, grandão.

Os dois irmãos cruzaram olhares.

— Sério?
Dean riu com cinismo.

— Eu pareço estar brincando?

— Eu sei reconhecer uma aposta das grandes, gatinha, mas o que eu vou ter se eu ganhar? – Dean estalou a língua soando tão arrogante quanto eu sei que ele é.

Minha lingua foi mais rápida do que o meu senso inibitório:

— Eu chupo você.

Minha voz soou quase irreconhecível até para mim. Era um tom que eu nunca usei com eles. Baixo e provocadora. Percebi os olhos de Dean perderem o foco por alguns instantes. Sam parecia tão chocado quanto o irmão.

Eu queria aquilo. Droga, eu queria àquilo por tanto tempo. Desde que coloquei meus olhos nele pele primeira vez. Sempre que via Dean deixando o bar com alguma garçonete para foder com ela em algum banheiro ou no Impala. Quantas noites meus dedos escorregaram entre minhas pernas e me fiz gozar imaginando ele em cima de mim? Eu provavelmente perdi a conta.

Eu nunca tive coragem de pedir, mas essa noite ele começou. Foi ele quem deu o primeiro passo, então qual é o problema de dar os seguinte?

— Eu aceito – Dean me encarava de volta enquanto falava essas palavras com voz rouca. Seus olhos tão escuros quanto aqueles verdes profundos poderiam ficar.

— E se eu vencer?
Sam perguntou chamando minha atenção para ele.

Eu o olhei, primeiro seu peito largo e bronzeado, subindo pelo pescoço grosso e então o rosto tão bonito que quase me fazia gemer. Os olhos estavam brilhantes, mas igualmente sombrios assim como os de seu irmão. Sammy... se você soubesse.

— Você pode me foder – Foi quase um sussurro. – E Dean tem que assistir.

O loiro fez uma careta.
— Ah, qual é?

— Os dois topam? – Questionei, não reprimindo o sorriso em meus lábios. A bebida me deu a coragem líquida que eu precisava para propor isso aos dois. Minhas fantasias estavam alí, tão perto que eu poderia tocar.

Eles demoraram alguns instantes para balançar a cabeça positivamente.

— Bom, que o jogo comece – Soprei.

Falei e Dean distribui as cartas. Eu estava com o braço doendo depois de tanto tempo dobrado enfrente aos meus seios, então o tirei. Os olhos dos dois Winchester caíram alí e ficaram, como vagalumes atraídos pela luz.

Essa partida acabou sendo a mais rápida de todas e para a surpresa de todos, até mesmo a minha própria, eu fui a vencedora.

— Isso não foi justo! – Dean foi o primeiro a protestar contra o resultado, óbvio.

— Eu discordo – Falei, deslizando minha língua pelo lábio inferior.

— Você jogou sujo, estava nos distraindo durante a partida inteira.

Eu revirei os olhos.

— Você é um péssimo perdedor, sem desculpa esfarrapada – Falei. – Tirem as roupas, os dois.

Me recostei na cadeira e olhei de um para o outro.
Definitivamente muito frustrados, eu posso entender suas razões, ambos começaram a se despir. Eu não conseguia desviar o olhar do corpo de nenhum deles por um tempo, absolutamente hipnotizada.

Dean parou apenas de cueca, hesitando em concluir a ação. O contorno de sua ereção rígida como pedra estava estampado no tecido escuro da boxe.

— Parece que você realmente esconde algo por baixo de tanto jeans e flanela – Zombei.

— Posso mostrar muito mais.

A voz dele estava rouca, um tom que fazia meu corpo inteiro ficar arrepiado e minha boceta apertar envolta do nada, desesperada para ser preenchida por algo. Ele não pode estar brincando, pode? Ele tem que estar falando sério. Dean também não pode estar bêbado, ele bebeu apenas um pouco mais do que eu, e eu aínda estou sóbria.

— É sério?

Perguntei, olhando-o. Havia esperança em minha voz.

Ele pegou o copo de whisky dele que estava encima da mesa e então terminou o resto do líquido âmbar que tinha dentro do copo. Ele colocou o copo de volta na mesa e direcionou seus olhos pra mim, Dean me olhava como um predador.

— Eu pareço estar brincando? – Ele repetiu exatamente minhas palavras de instantes atrás.

Eu me levantei da cadeira e dividi meu olhar entre ele e Sam, o mais novo estava mais contido, mas não desviava seus olhos do meu corpo desde que o jogo terminou.

— Acho que todos podemos ter o que queremos no final – Falei, olhando de um para o outro. Era isso, apenas isso. A chance de tê-los, ambos, só para mim pelo menos por uma noite.

Eu Indiquei o sofá do quarto.

— Sentem alí – Falei e para minha surpresa os dois obedeceram. Eu comecei a me aproximar deles sentindo meu corpo tremendo levemente pela excitação.

Me ajoelhei em frente aos dois, mas fui primeiro em Sam. Massageei seu pênis coberto pelo tecido da cueca, o volume é monstruoso. Sam tombou a cabeça para frente, o cabelo castanho lhe cobrindo o rosto, mas eu aínda sou capaz de ver através das mechas. Sua expressão de prazer, a boca entreaberta e os olhos apertados enquanto ele luta contra a vontade de gemer.

— Deixe-me ouvir você, Sammy – Peço, puxando lentamente o tecido da cueca, libertando seu pênis que salta imponente, batendo contra o abdômen. Muito maior do que parecia preso na cueca, de primeira pensei em como o colocaria na minha boca, mas imediatamente eu já estava salivando.

Me inclinei, tocando toda a extensão do membro e o acariciando lentamente. A pele é macia, aveludada, mesmo com todas as veias saltando. A cabeça estava em vermelho vivo, chorando pré-gozo. Me aproximei e plantei um beijinho alí, em seguida passei minha língua por toda a cabeça de uma vez. Sam estremeceu, gemendo baixinho. Parece que ele já estava duro há algum tempo, se contendo alí embaixo. Bombeei algumas vezes seu comprimento e o levei a boca mais uma vez, o máximo que eu pude até senti-lo em minha garganta e atiçar meu reflexo de vômito. Como uma boa garota, mantive tudo sob controle.

— Sua boca é aínda melhor do que eu imaginava – Ele suspirou, sua mão enorme pousando em minha cabeça. Sammy é um cavalheiro, mas eu tenho certeza de que ele estava se esforçando muito para não agarrar meus cabelos e foder minha boca como se sua vida dependesse disso.

Comecei a levá-lo na garganta, o máximo que podia e sugando-o cada vez mais forte. Com o canto dos olhos consegui localizar o tecido escuro da cueca de Dean. Estendi minha mão e puxei o pano para baixo, gemendo desesperada por perceber que o pau do irmão era aínda mais grosso, mesmo que com alguns centímetros a menos. Ao envolver meus dedos em torno dele, me assustei por eles não se fecharem completamente. Choraminguei apenas em imaginar como seria ele empurrando àquela coisa dentro de mim.

Acabei me distraindo tanto, que não notei quando Sam se agitou tanto embaixo de mim que me forçou a sair de seu pau. Eu ainda o estava chupando e, aparentemente, fiz isso tão bem que ele estava quase gozando no fundo da minha garganta.

— Aínda não, kiddo – Murmurou, puxando-me para cima de seu colo. Seus lábios bateram contra os meus dando início a um beijo selvagem e voraz. Suas mãos agarram minha bunda, uma de cada lado e ele apertou de uma maneira quase dolorosa. Pelo visto o doce Sammy não é assim tão doce.

Eu estava sem fôlego, meu cérebro quase derretendo quando fui tirada dos braços dele.

— Você já teve o suficiente, seu egoísta – Dean reclamou mal-humorado.

Eu não reclamei nem um pouco quando Dean inverteu as posições, prendendo meu corpo embaixo do dele no sofá e chocando sua boca contra a minha. Seu beijo igualmente faminto, mas seus lábios eram incrivelmente mais suaves que o do irmão. Suas mãos apertavam meus seios, descendo pelo meu corpo até minha bunda, e seu toque também era mais suave. Dean tem mãos quentes, ásperas e experientes. Como se cada toque dele não tivesse pressa. Ele sabe o que fazer, ele quais botões apertar e eu estava derretendo em suas mãos.

Cravei minhas unhas em suas costas quando seus dedos alcançaram entre minhas pernas. Dean puxou o tecido da calcinha para o lado e pressionou o polegar em meu clitóris. Uma onda elétrica cruzou meu corpo, um gemido ofegante tentou escapar dos meus lábios, mas foram direto para os dele. Ele começou a brincar com minha boceta, arrastando os dedos por toda extensão dos lábios encharcados até alcançar a entrada onde afundou dois dedos de uma vez até o fim. Gritei mais uma vez em sua boca.

— Tudo bem, baby, tudo bem... – Ele sussurrou, descendo seus lábios pela minha pele, distribuindo pequenas mordidas até a base do meu pescoço. – Estou cuidando de vocês, veja... é a boceta mais bonita que já tive.

— Dean... – Eu choraminguei, apertando seus dedos dentro de mim. Ele continuou descendo.

— Eu só preciso saber qual é o seu rosto, baby, só isso – Murmurou. Ele estava entre as minhas pernas agora.

Seus dedos se foram, a sensação de vazio era horrível e eu estava prestes a protestar quando senti sua boca em mim. Os lábios carnudos dele se fecharam em meu clitóris primeiro, Dean chupou o fecho de nervos, depois desceu abocanhando minha boceta de um jeito que ninguém nunca faz antes em toda a minha vida. Era como se ele estivesse com fome e essa fosse sua torta de cereja favorita.

Meu corpo arqueou e eu estava gritando de prazer. Agarrei seus cabelos, puxando-os sem me importar muito com o fato de que talvez eu o estivesse machucando. De repente meus lábios foram ocupados pelos de Sam, que voltou a me beijar, abafando os gemidos. Suas mãos grandes cobriram meus seios e ele começou a brincar com os mamilos, apertando e girando-os entre seus dedos longos. Senti as lágrimas começarem a brotar e meus olhos. Era demais, tanta estimulação assim, eu não estava preparada para algo de tipo.

Cheguei ao pico no momento em que a língua de Dean me penetrou. Ele começou a brincar com meu clitóris enquanto sua lingua entrava e saia com maestria. Gritei na boca de Sam, também desesperada pelos seus toques tão precisos em meus mamilos sensíveis. O orgasmo foi devastador, me tirou do ar por alguns segundos. Quando retornei, percebi que eu queria mais daquela sensação. Eu precisava de mais.

— Dentro de mim... os dois, por favor – Implorei, ainda sem ar após acabar de descer do pico. Não havia tempo para descansar. Não quando ambos os homens ainda estavam tão duros quanto pedra.

— Você tem certeza? – Sam perguntou, acariciando meu braço. – Não precisa levar nós dois ao mesmo tempo, você pode se machucar.

Sam está certo, merda... aínda mais com eles sendo tão grandes.

— Na minha boca então – Falei. – Mas eu preciso sentir vocês dois comigo.

Eles não precisaram conversar ou se quer trocar olhares para decidirem que viria primeiro.

Dean segurou meu queixo, fazendo com que eu erguesse meu rosto para ele. Ele acariciou meus lábios com o polegar, murmurando meu nome.

— Você é linda, sempre quis foder esse rostinho.

Abri a boca obediente e então ele estava se afundando no calor da minha garganta. Ao mesmo tempo, Sam puxou meus quadris, ele amassou minha bunda e passou os dedos entre minhas pernas antes de me fazer afastá-las aínda mais. Eu aínda estava sensível devido ao primeiro orgasmo, então estremeci pelo toque. Sentir a cabeça gorda de seu pau brincar na minha entrada foi um choque, mas pior foi quando ele começou a empurrar. Precisei de muito esforço para não cerrar minha mandíbula e machucar Dean.

Sam empurrou devagar. Ele esperava, acariciava minha bunda e murmurava como eu era sua boa garota enquanto me abria cada vez mais. Como eu estava aceitando-o tão bem de primeira. Ele chegou até o final, e antes de se mexer brincou um pouco com meu clitóris, esperando até que meu corpo se acostumasse com a invasão.

Então ele conheceu e puta merda... era incrível. Eu revirei os olhos, salivando no pau de Dean. Ele também havia ficado um tempo parado, esperando que eu me ajustasse. Sua mão envolveu meus cabelos e então começou a se mover devagar. Os dois parecem sincronizados, trabalhando tão bem em foder o meu corpo e me tirar do sério. Isso é literalmente o ápice das minhas fantasias e nem nas fantasias era tão incrível.

Meu corpo aceitava ambos tão bem, como se tivesse sido projetado pra isso, para os dois. E não poderia ser diferente. Eu não me imaginaria escolhendo apenas um.

Meus sentidos estavam todos nublados. Eu não sentia nada que não fosse eles. Quando as estocadas de Sam começaram a vir mais fortes e erradicadas, ele apertava minha cintura com força e batia contra ela, soube que ele estava perto. Seus dedos estavam no meu clitóris, esfregando rapidamente. Outro orgasmo devastador cruzou meu corpo. Logo em seguida ele estava vindo, enchendo-me completamente, fodendo até a última gota que conseguia dentro de mim. Meus olhos estavam revirados praticamente para trás da cabeça, não percebendo quando Dean saiu totalmente da minha boca e trocou de lugar com o irmão. Sam veio para frente, aparando meu corpi com delicadeza ao notar como eu estava mole, ainda me recuperando de outro orgasmo.

Sammy beijou minha cabeça, afastando os cabelos do meu rosto.

— É isso, querida – Sussurrou, beijando meus lábios dessa vez. – Sempre a nossa garota, tão boa para nós.

— Ahn...! – Exclamei quando Dean empurrou com força dentro de mim, acertando um tapa em minha bunda ao mesmo tempo.

Dean estava perguntando seu orgasmo, mas ao mesmo tempo queria tirar outro de mim. Ele envolveu meu corpo e me puxou para cima, me tirando dos braços do irmão. Dean envolveu meu pescoço com uma mão enquanto a outra ia para para meu seio e depois para o clitóris. Sua mão aplicava certa pressão no meu pescoço enquanto ele me fodia como se não houvesse amanhã.

Fechei os olhos e apenas gemi, incapaz de articular qualquer outra coisa que fosse. A sensação dos dedos dele esfregando minha boceta me levou pela terceira vez para aquele lugar feliz. Senti sua risada em minha orelha, ele morder meu pescoço enquanto finalmente se liberava fundo dentro de mim.

Eu estava totalmente desmontada. Ofegando, exausta e coberta de suor. Os sons envolta ainda estavam meio abafados, mas eu notava a movimentação no quarto. Senti o toque suave das grandes mãos inconfundíveis de Sam afastando minhas pernas enquando ele usava uma toalha úmida fornecida pelo irmão para limpar entre minhas pernas. Tentei fechá-las, estremecendo ainda com o quão sensível eu estava.

— Ei, baby, relaxe – Dean murmurou, beijando minha testa. – Você foi incrível.

Aquilo foi tão intenso que eu estava exausta. O sono parecia cair sobre mim como um cobertor opressor. Quando Sam terminou, Dean me pegou no colo, me carregando para a cama.

— Acho que não vou conseguir acompanhar seu cronograma, Dean – Murmurei sonolenta. Ele riu.

— Não se preocupe, isso fica para amanhã – Ele mordeu meu lábio de brincadeira e o puxou lentamente. – Não vai se livrar disso.

Eu ri também, mesmo que meio grogue.

— Droga – Fiz um biquinho.

— É melhor dormir um pouco – Sam aconselhou, seus dedos traçando linhas na pele nua das minhas costas.

Balancei a cabeça positivamente. Eu estava mais do que feliz em concordar.

— Boa noite, meninos – Murmurei, praticamente já afundada na inconsciência.

— Boa noite, baby.

Boa noite, kiddo.

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