My Little Angel

Leitora/Castiel

***

Balthazar... eu juro que vou acabar com a sua raça nem que essa seja a última coisa que eu irei fazer na vida.
Eu rodava pelo local que descobri ser um estúdio onde gravam uma série chamada "Supernatural", curiosamente essa série se parece muito com a minha vida e a de meus irmão, Sam e Dean. Assim que caímos nesse lugar, literalmente jogados pelo anjo Balthazar, nesse lugar estranho onde tudo parece estar invertido, eu e meus irmãos fomos separados. Agora eu procurava por eles e desviava de qualquer pessoa que chegasse perto de mim com uma prancheta e um headphone.
— Ei, por onde esteve? Estamos loucos atrás de você.
Eu me virei e suspirei de profundo alívio quando me deparei com Castiel, o anjo de sobretudo que sempre torna meu dia melhor.
Corri até ele e imediatamente o agarrei em um abraço aliviado.
— Cassie! Graças a Deus... nossa, eu nem acredito que está aqui também.
Ele riu baixo e me apertou um pouco... isso foi esquisito.
— Escute, você precisa encontrar seus irmãos e se prepararem. Raphael não pretende dar trégua.
Ele prosseguiu.
Me afastei um pouco.
— Quanto tempo vamos ficar aqui?
— Quanto...
Ele franziu as sobrancelhas, parecia bem confuso.
De repente, ele enfiou a mão no bolso e tirou algumas folhas de papel.
— Você recebeu as novas falas? Meu roteiro não tem nada disso.
Eu não entendi uma só palavra.
— Roteiro? Me dá essa droga aqui –Falei arrancando as folhas da mão dele. Era mesmo um roteiro! – Você é um ator?! Misha... que diabo de nome é esse?!
Eu empurrei os papéis de volta para ele e me afastei, voltando a minha missão original... encontrar meus irmãos.

***

Quando finalmente encontrei meus irmãos, eles pareciam traumatizados com alguma coisa.
— Esse lugar é... maluco – Falo.– Para onde Balthasar nos mandou?
— Não tenho idéia – Sam respondeu meio aéreo. Ele me olhava de forma estranha, assim como Dean.
— O que? O que aconteceu? Vocês estão estranhos.
— Bem... nós vimos a atriz que interpreta você – Sam começou.– E ela e o Castiel...
— O cara que faz o Castiel – Dean corrigiu. Ele estava verde, quase como se estivesse prestes a vomitar.– Estavam...
— Se tocando de forma muito íntima.
Sam completou.
Eu arregalei os olhos.
— Oh... nossa, isso é bem constrangedor – Digo, tentando manter o meu tom o mais neutro possível.– Quem poderia esperar por isso, não é?
Dean me olhou desconfiado.
— Agora é você quem ficou estranha.
— O que acham de resolvermos essa confusão é irmos para casa?
Eu mudo de assunto bruscamente, visando escapar do interrogatório de meu irmão mais velho. Dean é um pé no saco, ele e Sam pensam que sou de açúcar. Eu venho escondendo deles há um tempo que eu e Castiel temos um lance. Os motivos são simples: Eles encheriam minha paciência ao ponto de me deixar maluca. Com certeza Sam nem tanto, mas Dean... o super-protetor Dean Winchester não daria trégua.
Eles concordaram, mesmo ainda ostentando o olhar de desconfiança.

***

Foi uma das experiências mais malucas pela qual já passei, e considerando a vida que eu tenho a lista de maluquices é bem extensa. Depois de passarmos por maus bocados, conseguimos voltar para casa, o que foi um alívio... mesmo que do nosso lado estivéssemos sendo perseguidos por um Arcânjo psicopata e o Céu estivesse em guerra civil.
Quando voltámos, tudo o que eu queria era cair nos braços do meu anjinho e dormir por dias. Castiel estava esperando por nós do outro lado e ele parecia bem tenso, claramente devido a guerra contra Raphael. Depois que meus irmãos foram descansar e eu fiquei sozinha com Castiel, fomos para o meu quarto.
— Não contamos nem metade das loucuras que encontramos naquele lugar.
Eu comentei, entrando no quarto e fechando a porta.
— O que mais tinha lá?
— Tinha uma versão sua – Digo, tirando minhas botas.– Ele era um ator e tinha um nome engraçado.
— Nome engraçado?
Ele tombou a cabeça de um jeito bonitinho, eu ri enquanto tirava minha jaqueta e a colocava sobre a cômoda.
— É – Confirmei.– Misha alguma coisa.
— E você gostou dele?
— Bem, ele se parecia com você, então com certeza era um gato – Brinquei caminhando até ele e envolvendo deu pescoço com meus braços. Castiel pousou suas mãos em minha cintura.– Mas ele não chega nem perto de você.
Houve um momento de silêncio e então ele começou em tom baixo:
— Eu sinto muito por precisar mandar Balth fazer aquilo – Cass suspirou.– Tudo o que eu queria era te proteger. Eu não consigo pensar em como seria horrível se qualquer coisa acontecesse com você.
— Cassie, você sabe que o azar persegue os Winchester – Eu disse, acariciando o rosto dele.– Até mesmo lá coisas ruins aconteceram.
— Eu sinto muito.
— Não é culpa sua – Afirmo.– Você da o seu melhor, você só quer fazer o melhor.
Ele sorriu e abaixou o rosto até o meu começando a me beijar, eu retribuí eu beijo com entusiasmo, sentindo o calor que meu anjinho passava para mim. Eu comecei a empurrar o sobretudo dos ombros dele e quando Castiel entendeu aquilo que eu estava querendo, começou a nos guiar até a cama.

***

Pela manhã, eu cheguei primeiro na cozinha da pequena casa e enchi uma caneca com cadê recém preparado por Sam. Meus dois irmãos estavam alí e pareciam exaustos. Eu estava cansada, havia dormido pouco, mas estava feliz.
— Bom dia.
Falei aos dois. Ambos responderam em tom baixo.
— Bom dia.
Castiel chegou logo depois, ele havia passado noite comigo depois do sexo, mesmo anjos não dormindo ele preferiu ficar ao meu lado e me observar dormir... como ele mesmo disse "velando meu sono".
Dean e Sam trocaram olhares suspeitos.
— Uhn... Dean, Sam – Castiel chamou, percebido os olhares nada amigáveis que os dois lhe lançaram. Eu tomava o líquido escuro com tranquilidade, imaginado que Castiel diria algo refente a guerra dos anjos ou Raphael. No entanto, fiquei surpresa quando ele continua de forma totalmente inesperada: – Vocês estão assim porquê S/n e eu fizemos muito barulho noite passada?
Eu e Dean engasgamos com o café. Eu fiquei totalmente vermelha. Sam, que como não bebia nada estava em melhor condição que Dean, indagou:
— Barulho... tipo uma conversa? Vocês estavam conversando, não é?
Castiel concordou com a cabeça e quando eu estava para soltar o ar travado em meus pulmões, ele concluí:
— E fazendo sexo.
Eu cobri o rosto com as mãos e gemi baixo. Ótimo, agora eu posso enfiar minha cabeça em um buraco e esperar pela morte.
— Vocês o que?
Dean questionou.
Eu ergui o rosto de minhas mãos e respirei profundamente. Bem... agora já foi.
— Nós estamos... tendo um lance.
Eu digo.– Há um tempo.
— E quando pretendia nos contar?
— Quando nevasse no inferno – Digo.– O que vocês tem a ver com a minha vida pessoal mesmo?
— Somos seus irmãos mais velhos!
— Isso não é um argumento válido, se quer saber isso nem é um argumento.
— Dean, ela está certa – Sam cortou.– Não temos nada a ver.
Sam sempre foi mais compreensivo. O problema dele é que eu sempre choro meus fracassos amorosos em seu colo, e ele se sente meio velho para passar a noite vendo Crepúsculo e outros filmes adolescentes de gente carente e comendo chocolate comigo para superar o término. Mas, ele conhece Castiel, ele sabe que o anjinho nunca machucaria meu coração.
— Mas... A minha irmã e o meu melhor amigo... – Dean recomeçou.
— Qual é, Dean, deixa ela. Até porquê você consegue pensar em alguém melhor para ela do que o Castiel?
Eu esperei a resposta de Dean, o mesmo negou com a cabeça, parecia menos irritado, enquanto a ideia assentava, sua fisionomia mudou.
— A minha irmãzinha e o meu melhor amigo...
Ele falava agora com certa empolgação.
Eu me levantei e agarrei Castiel pela mão.
— Vamos embora rápido, ele está começando a gostar muito da ideia.
Falei. Castiel ficou sem entender nada, mas mesmo assim me seguiu.

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