Beauty and the Beast

Capitulo Único.
Leitora/Dean Winchester.

***

Eram quase três horas da madrugada quando ouvi as batidas frenéticas e desesperadas na porta do meu apartamento. Levanto da cama, vestindo apenas uma camisa enorme e calcinha. Eu não poderia atender a porta naquelas condições, mas eu não estava com tempo e nem paciência para me produzir, o maximo que pude fazer foi jogar um robe por cima e tudo.
— Já to indo, calma porra! – Falo alto o bastante para ser ouvida.
Abri a porta e encontrei as pessoas menos aguardadas por mim naquele momento: Sam e Dean Winchester.
Sam carregava o irmão apoiado nos ombros, e Dean definitivamente não estava nada bem.
— S/n.... eu preciso da sua ajuda, urgente!
— Entra, minha nossa o que aconteceu? – Pergunto enquanto saia do caminho para que ele pudesse entrar.
Sam levou o irmão até o sofá e o deitou ali. Eu corri até ambos, depois de fechar a porta, e me ajoelhei no chão de frente para o loiro.
— Estávamos em uma caçada aqui perto, era uma bruxa... ela o enfeitiçou e fugiu – Explicou brevemente.
— Mas que tipo de feitiço foi esse Sam?
— Eu não tenho ideia – Ele deu de ombros, parecendo desesperado. – Ele caiu na hora, não fala coisa com coisa.
Passei a mão pelo rosto do loiro e ele estava molhado de suor, a testa queimava, ele estava com febre.
Corri até a cozinha e peguei um pano, encharcando-o com agua gelada. Voltei até o sofá e coloquei o pano na testa de Dean.
— Sam, essa bruxa, você tem como encontra-la? Sei lá... rastrear ela?
— Tenho, mas isso pode demorar – Ele passou a mão pelos cabelos.– Eu não sei o que fazer, S/n.
Dean estava delirando, os olhos verdes revidavam nas orbitas e os lábios vermelhos tremiam murmurando coisas sem qualquer significado.
— Chame Rowena – falo, olhando de relance para Sam, mas logo voltando para Dean.– Ela sabe como cuidar disso.
— Rowena? Nem pensar – Sam recusou veementemente. – Eu sei que vocês duas tem esse lance maternal, ou de mestre e pupilo, mas ela é do mau, S/n.
— Não temos outra opção, Sam. Eu posso tentar identificar o feitiço, mas de longe pode ser tao exato quanto ela. Rowena é a única chance que temos... a única chance que ele tem.
Sam estava em um conflito interno. Eu sabia que ele seria contra chamarmos Rowena, mas não tem outra escolha. Ver Dean daquela forma estava me deixando arrasada, e não poder ajuda-lo só piorava tudo.

— Esta bem – Concordou por fim. – Como vamos fazer isso? Eu não tenho o telefone dela, e até semana passada estamos tentando matar um ao outro. Como pode garantir que ela vai nos ajudar?
— Ela vai, confie em mim – Digo. Pego um caderno e anoto pelo menos uns cinco endereços.– Escute, eu não tenho ideia de onde ela pode ter ido, mas esses lugares são alguns dos esconderijos que ela costumava ir. São nossa única esperança.
— S/n, você... você tem certeza? – Perguntou, ele estava desesperado.
— Eu quero salvar a vida dele tanto quanto você, Sam – Eu aperto os olhos e abaixo a cabeça. Estava quase confessando algo, mas no ultimo momento mudei de ideia. É melhor manter isso apenas comigo.– Vá rápido, farei o possível para ajuda-lo enquanto espero por vocês.
— S/n...
— Rápido, Sam. Ele pode não ter muito tempo!
O Winchester mais jovem balançou a cabeça e caminhou para a porta, lançando um breve olhar ao irmão antes de sair do apartamento.
***

Uma hora se passou desde que Sam havia saido. Dean não havia melhorado em nada. Eu procurei em todos os livros de magia e necromancia do apartamento, que não são poucos, e ainda assim não obtive nada. Estava ficando realmente preocupada.
Dean e eu temos uma historia curiosa juntos. Tudo começou quando o belo caçador loiro, de olhos verdes, tentou me matar.
Ele e o irmão tentavam capturar Rowena, que por muito tempo foi minha tutora em magia, mas a bruxa ruiva é escorregadia como água, ela os fez de trouxa e fugou pela... não sei, vigésima vez? Bem, tanto faz. Ela fugiu e procurou refúgio no meu apartamento, mesmo não tendo contato a quase uma década. Os Winchester pensaram que eu era algum tipo de cúmplice e tentaram arrancar o paradeiro dela.
Depois que consegui fazer com que ambos vissem que estava errados e que eu não como pensavam que fosse, os ajudei a capturar Rowena. Ela pode ter me treinado, mas ainda é uma vadia malvada.
Nos tornamos amigos depois disso, eu costumava ajuda-los com os casos mais complicados, e sempre que encontravam um problema ou caso relacionado a bruxaria, eu era a primeira para quem ligavam.

Me sentei na poltrona cinza ao lado do sofá e fitei Dean, totalmente sonolenta. Eu queria permanecer alerta para qualquer mudança que viesse a acontecer com ele, mas sorrateiramente o sono me pegou e antes que eu percebesse estava dormindo com a cabeça apoiada no dorso da minha mão.
***

Algo muito parecido com um tomado de cão penetrou minha mente, chamando atenção até mesmo no meu sono.
Outro rosnado, mas isso é simplesmente impossível, eu não tenho nenhum cão.
O terceiro rosnado me despertou, tem algo errado, fato. Abri os olhos, logo precisando cobrir-lhes novamente com o braço para impedir a luz de me deixar cega. Sentei-me melhor na poltrona, recebido severas reclamações de todos os meus ossos e membros pela péssima posição. Esfreguei rapidamente os olhos e olhei para Dean que dormia tranquilamente no sofá.
NÃO.
Dean não dormia tranquilamente no sofá. Eu nem sabia que coisa era aquela no sofá. Esfreguei meus olhos freneticamente para ter certeza de que eu estava realmente acordada e vendo direi.
Deitado no sofá estava uma enorme fera. Tipo, grande mesmo. Era como um cão, ou um lobo, misturado com um leão? Ai Deus que criatura é essa? E Dean? Aonde ele está? Sera que esse bicho comeu ele?
Por favor, S/n, não seja ridícula. É claro que esse bicho não comeu Dean, esse bicho é o próprio Dean. Era um feitiço de transmutação.
Levantei da poltrona e caminhe em volta do sofá, observado-o de todos os ângulos. A transformação aconteceu durante as poucas horas que eu dormi, por isso a febre... estava acontecendo o tempo inteiro. Eu sou uma completa inútil por ter percebido isso antes.
Peguei meu celular e rapidamente disquei o numero de Sam, ele atendeu no segundo toque.
— S/n, eu já ia ligar para você. Já du a três daqueles endereços,estou na metade do caminho para o quarto. Nem sinal dela nos três primeiros, acho que ninguém vai aqueles lugares à anos. Vou continuar procurando, só preciso que cuide de Dean. Com é que ele está?
Sam disparou uma torrente de palavras que me deixou totalmente perdida e atordoada. Eu não podia dar uma notícia como aquela por telefone, ainda mais ele estando tão nervoso. Sam podia capotar o carro.
— Ahn... uhn, ele não está mais com febre – Falo, mas ainda assim não tenho certeza. Como se mede isso mesmo? É pelo focinho? Ai, droga!
— Ótimo, eu estou mais aliviado com isso. Ligo quado encontrar Rowena, quer dizer; se eu encontrar não é. Tchau.
Ele desligou o telefone, me deixando mais desesperada do que antes.

Eu precisava acordar ele, para saber se estava tudo bem com ele. Se ainda tinha a consciência humana intacta.
Ajoelhei a lado da enorme cabeça envolta pela juba loira e respirei fundo.
— Dean... D-ean, querido – Chamo delicadamente, porem minha voz tremia.– Dean, acorde por favor...
Com um rompante seus olhos se abriram, duas enormes e brilhantes orbs verdes, e se fixaram em mim. Confesso que um fio gelado percorreu minha espinha.
— Você está bem? – Pergunto.
Ele me encarou por longos segundos, até abrir a enorme boca recheada de dentes e presas extremamente pontudas. Eu precisei de muito alto controle para me manter no mesmo lugar, e não sair gritando e correndo.
Ele fechou a boca e voltou a me encarou.
— Como eu vim parar aqui?  – Ele perguntou com a voz confusa. Ainda era a mesma voz. Ele ainda estava consciente.
— Você não sabe?
— Não consigo me lembrar de nada. Sam e eu estávamos caçando, acho que era uma bruxa, a maldita me acertou. Depois disso é só branco.
— Okay, então você não faz ideia do que aconteceu? – Ele confirma com a cabeça.
— Dean, eu vou te mostrar uma coisa, mas você precisa respirar fundo e se acalmar, tudo bem? – Peço, sentindo as palmas das minhas mãos suarem.
— Tudo bem, S/n, eu não estou entendo o suspense.
Levanto e vou até meu armário, pegando um espelho.
Volto até onde Dean está e hesito um pouco antes de lhe entregar.
— Anda logo, S/n. O que tem de errado com você?
— Não é bem comigo que tem alguma coisa errada – Falei, mostrando o espelho.
***

— Dean, achei que tivesse pedido para você manter a calma – Falo, depois de ver ele surtar por exatas meia hora seguida. Eu nem sei como ele tinha tanto folego.
— Me acalmar? S/n, eu sou a porra de um leão! Eu tenho pelos, e uma juba, e... Ah, merda!
— Eu sei, mas não é hora de dar chilique você tem que se acalmar.
— Como eu volto ao normal?
— Eu vou descobrir. Foi um feitiço de transmutação, então não deve ser difícil de reverter.
— E onde está Sam? Droga, cadê ele?
Ah, não. Eu não tinha pensado nisso. Dean odeia Rowena.
— Ele foi... buscar ajuda – Digo, não era mentira.
— Que tipo de ajuda?
— Ajuda magica, Dean. É uma bruxa, mas vai ajudar.
Isso fez com que ele se acalmasse. Ele parou de gastar o piso da minha sala andando de um lado para o outro e sentou-se na poltrona cinza. Ela rangeu e afundou.
— Como está se sentindo?
Pergunto, vendo que ele estava quieto.
— No geral, acho que bem. Não estou me sentindo diferente – Respondeu.
— Isso é bom... eu estava com medo que o feitiço podesse ter mexido com a sua cabeça.
Ele apoiou o rosto nas mãos.
— Não está tão ruim assim, Dean – Falo, tocando seu braço felpudo.
— Ruim é pouco, S/n, está horrível. Eu já passei por muita coisa, mas isso? Isso só pode ser algum tipo de piada de muito mal gosto.

Eu estava prestes a falar novamente quanto a porta do apartamento abriu e Sam entrou, puxando Rowena com ele. Suspirei aliviada por ele ter conseguido encontra-la.
— S/n – A bruxa falou, me encarando.
— Rowena.
Respondo no mesmo tom.
— É impressionante os níveis de traição que você pode atingir. Entregar meus refúgios...
— Rowena? Essa é a ajuda que Sam foi buscar? – Dean questionou.
Os rostos de Sam e Rowena congelaram em uma expressão de choque mesclada com descrença.
— O que....
—  É o seu irmão – Falo.
— Você disse que ele estava melhor! S/n, por que não me falou sobre isso?
— Eu não podia contar por telefone – Falo, me defendendo.– E eu não disse que ele estava melhor, eu disse que ele não estava mais febril. Isso não é mentira.
Rowena estava com as mãos algemadas, ela se desvencilhou de Sam e caminhou até Dean, os lábios apertados claramente contendo uma risada devido as condições do loiro.
— Isso realmente é um problema – Ela observou, olhado-o de cima a baixo. Dean repuxou o lábio inferior, rosnando.– Eu sempre o vi como um animal, mas agora todos vêem.
— Cala a boca, Rowena – Sam mandou.
— Olhe os modos, Samuel – A bruxa ruiva retruca.– Lembre-se que ainda precisa de mim. Você nunca foi muito boa em revogar feitiços, não é, S/n?
— Só porque você era uma professora terrível – Resmungo.– Não é uma boa hora para provocações, Rowena. Você vai quebrar a maldição.
— E por que eu faria isso? Não vejo nada de errado com ele. Finalmente Dean Winchester se transformou no que ele sempre foi, uma fera.
Dean rosnou e avançou contra Rowena. Achei que ele fosse corta-la em pedaços, as ele a agarrou firme pelos ombros, a garras apertando a carne dela.
— Eu vou dar uma única e boa razão para você fazer isso – Ele começou, aproximando o rosto do dela.– Desfaça o feitiço, ou terão de limpar o que sobrar de você no tapete.

Sam empurrou o irmão, fazendo-o soltar Rowena.
— Dean, se acalma – Pediu.
— Ela vai nos ajudar – Falo, certa do que digo.– Ela tem uma divida comigo.
Rowena me encarou, o rosto sério. Ela balançou a cabeça e falou:
— Eu faço. Mas vou precisar dos ingredientes certos.
— Sam pode busca-los. Entregue sua lista a ele.
Saio do cômodo e vou para o quarto. Eu precisava de um tempo.
***

Sai do quarto uns quarenta minutos depois, já tinha tomado banho e me trocado. Sam tinha saido, com certeza para conseguir os ingredientes. Rowena, espaçosa com sempre, já estava na minha cozinha preparando chá para sí. Dean se encontrava sentado no canto mais escuro do apartamento, pois as cortinas estavam fechadas.
Me aproximei dele, e me sentei ao seu lado.
— Você não é uma fera, Dean – Falo, sabendo que era nisso em que sua mente estava perdida.
— Sou um monstro, S/n. Aquela maldita me transformou em um monstro.
— Isso não é verdade, Dean. Ainda é você, e logo voltara a ser totalmente você.
Ele ficou em silêncio.
— Que divida, Rowena tem com você?
Ele queria mudar o foco. Eu percebi logo de cara.
— Salvei a vida dela uma vez – Respondi.– Em 1745, uma vila inteira tentou queima-la. Eu era só uma criança na época... mas consegui enganar a todos e liberta-la. Eu a ajudei fugir e se esconder por meses. Eu levava comida, e cuidava dos ferimentos. Até que ela ficou bem novamente e decidiu que era hora de ir embora. Eu fui com ela e me tornei sua aprendiz.
Dean ficou calado por um tempo.
— Uau, eu não tinha ideia – Falou por fim.– Você é mesmo muito velha.
Eu não consegui não rir daquilo. Dean também riu, um som mais parecido com o rugido de um leão saiu de sua garganta.
—  É bom que ainda tenha o bom humor, senhor Winchester.
— Foi a única coisa do meu charme que sobreviveu.
— Não diga isso, seus olhos ainda são os mesmos – Falo sem pensar.
— Meus olhos?
— É – Confirmei, sabendo que não poderia negar mais.– Eu sempre achei seus olhos lindos.

Conversamos por um bom tempo, mais do que me lembro já ter falado com Dean antes. O dia já estava na metade quando voltou trazendo as coisas para o feitiço e felizmente comida também.
Enquanto Rowena preparava tudo, nós fomos comer. Dean encarou o lanche como um lobo selvagem e começou a comer. Eu precisei virar o rosto, pois o conteúdo da imagem era perturbador.
Só então percebi, com preocupação, que aquilo estava errado. Levei Sam para o canto da sala.
— Estou preocupada.
— Considerando tudo, é normal.
— Não... Sam, isso não foi normal. A forma como ele comia, acho que ele pode estar sendo dominado pelos instintos animais.
— Ele sempre comeu assim, S/n.
— Sam, estou falado sério. Esse tipo de feitiço não age só na aparência física. Eu estou com medo de que ele se perca.
— Vou apressar Rowena, esta bem? Também estou preocupado, é o meu irmão alí.
Ele se afastou e foi até Rowena, enquanto eu fui até Dean.
— Tem um pedaço do prato que você ainda não comeu – Comento, tentado fazer graça. Dean riu.
— Eu poderia comer uma vaca inteira – Falou.
— Fique só com os hambúrguers por enquanto. Não quer voltar ao normal e perceber que pesa 200 quilos, quer?
Ele recostou na cadeira e para nossa surpresa a mesma cedeu. Dean foi direto para o chão.
— Ai, meu deus – Exclamo, segurando seu braço para ajuda-lo a ficar de pé.– Tudo bem?
— Fisicamente sim, o ego? Nem tanto – Reclamou ao levantar.

Ele foi até o sofá e se deixou cair alí.
Fui também e m sentei junto dele. Ver Dean naquela situação está mexendo comigo, pois sinto algo forte por ele e por mais que ele ao saiba... ainda me preocupo com ele.
— Desculpe pela cadeira – Pediu, depois de um tempo.– Eu posso concertar... depois que eu tiver mãos e não patas outra vez.
— Eu não ligo para a cadeira – Murmuro. – Só quero que você fique bem.
Calmamente coloquei minha palma sob a dele.
— Eu não entendo... mesmo comigo desse jeito, você ainda se importa – Ele falou, atordodado.
— Eu vou sempre me importar.
— Acho que isso faz de você a Bella, não é?
Olhei curiosa em sua direção.
— Como assim?
— Daquela historia, uma garota bonita chamada Bella, e um mostro horrível... a Fera.
Lembrei-me do conto. Era bem antigo.
— Se bem me recordo, no final a Fera volta a ser um lindo príncipe – Digo, querendo anima-lo.
— Eu não sou um príncipe.
— E eu não sou bonita.
— Não – Ele disse, e então continuou. – Você é linda.
Viro o rosto meio constrangida. Dean sabe como me deixar sem graça.
Depois disso, falei que ia ver como Rowena estava com o andamento do feitiço. Quando cheguei na cozinha, encontrei ela e Sam quase se matando.

— O que está acontecendo aqui? – Perguntei.
— Eu tenho que ter paz para trabalhar. Mas, aparentemente,  mestre da magia Samuel Winchester acha que conhece mais sobre feitiços do que eu.
— Eu apenas falei que estava demorando demais.
— Esta demorando o tempo certo.
— Chega, os dois! – Exclamo.– Rowena, quanto tempo ainda vai demorar?
— Não muito. Uma hora, talvez menos.
— Não é um bolo, Rowena. Se estiver nos enrolando...– Falei, me aproximando dela.
— Vai fazer o que? Me matar? Você não teria coragem – Ela ergueu o queixo, vitoriosa.
— É, você tem razão, eu não teria – Falo, ela sorri, mas eu continuo. – Mas Sam teria. Ele não hesitaria nem por uma fração de segundo em meter uma bala na sua cabeça. E você não poderia contar comigo para evitar que seja queimada dessa vez.
Ela engoliu em seco.
Uma série de rugidos e sons de algo sendo quebrado nos fez correr para a sala alarmados. Dean estava sem controle, como um animal selvagem, atacando tudo que estava ao seu alcance.
Sam ia até e mas eu o impedi.
— Ele está fora de sí, vai matar você.
— Ele precisa de ajuda – Sam disse, olhando desesperado para o irmão. Completamente impotente.
Então, eu fui até ele. Passando por entre as garras que rasgavam meu querido sofá.
— DEAN!
Gritei, tentando chamar sua atenção. Segurei seu rosto, puxando-o para baixo de modo que ele pudesse me ver. Não havia qualquer sinal de humanidade em seus olhos, estavam selvagens.
— Dean, por favor... volta para mim – Peço, sem saber o que falar.– Não seja a fera, Dean. Por favor.... eu amo você.
Essa parte foi só um sussurro. Eu não sabia mais o que falar para traze-lo devolta. Ele parou de lutar, e seus olhos caíram sob mim. Sua respiração gradativamente voltou ao nornal. Ele era o Dean outra vez, ou pelo menos quase.
— Você o que?

Ele perguntou, me olhando atentamente.
— Eu amo você – Repeti, mecanicamente, não acreditando que tive mesmo coragem de dizer aquilo.
— Terminaram? – Rowena perguntou, interrompendo. – O feitiço esta pronto.
Ela se aproximou de Dean carregando uma tigela de bronze nas mãos, havia um liquido denso e de tom roxo e seu interior. Rowena recitou algo por quase três muitos inteiros, assim que acabou, o liquido borbulhou até se tornar uma densa fumaça do mesmo tom.
A fumaca envolveu Dean dos pés a cabeça, eu me afastei dele, observando enquando a transformação acontecia. Quando tudo se dissipou só restou Dean, o verdadeiro.
Ele encarava as mãos e os braços como se fossem as coisas mais fascinante do mundo.
— Dean? – Chamei baixo. Ele ergueu a cabeça e me olhou. O que aconteceu em seguida foi tão rápido e inesperado, que precisei de alguns segundos para assimilar. Dean deu apenas um largo passo em minha direção e envolveu meu tronco com ambos os braços, capturando capturando meus lábios em um beijo intenso.
Retribui o beijo um pouco atrasada, ma estava chocada demais para fazer algo antes.
O beijo acabou e eu ainda estava sem folego. Dean deu um breve sorriso de canto.
— Por que? – Perguntei.
— O grande beijo, quando a Fera volta a ser homem. Eu não pode a desapontar você.
Solto um riso aliviado e me afasto, para que ele pudesse falar com o irmão.

— Pode parecer mentira, vindo de mim – Rowena falou, parando do meu lado.– Mas vocês combinam um com o outro. Dois excelentes estraga prazeres. Torço por um casamento.
Olho para ela, sorrindo discretamente.
— Duzentos anos e você continua uma manipuladora, não é? – Pergunto.– Você ainda vai ficar presa.
Ela revirou os olhos e se afastou resmugando para sí mesma. Virei-me até me encontrar com a janela e fiquei a observar o céu. Levemente um par de mãos pousou em minha cintura. Olhei para trás e encontrei Dean, nós estávamos sozinhos.
— S/n, eu nunca vou esquecer o que você fez por mim.
— Eu faria quantas vezes for preciso – Falo. Dean me puxou para mais perto.– Porque eu te amo.
— Você me fez ver como é especial, como é importante para mim – Falava enquanto tocava levemente seus lábios nos meus. – Me fez ver o quanto amo você.
Uma paulada me deixaria menos atordoada. Bem, se eu nunca havia dito nada, Dean poderia ter escondido sentimentos esse tempo todo também.
Fiz com que nossos lábios se unissem novamente em um beijo calmo.

**********

Gente eu já to aceitando o título oficial de "embaixadora do clichê e da boa vontade", podem me coroar 👑

Depois desse imagine super agua com açúcar, e trocadilhos bostas ( criados especialmente pela autora por quem vós escreve ) queria saber o que acharam ou o que estão achando dos últimos imagines postados.

Eu quero saber se o nível caiu, se ta faltando alguma coisa, se tem alguma coisa demais, etc.
A opinião de vocês é muito importante já que são vocês que lêem né.

Era isso.
❤👿

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