O casamento nunca foi algo importante para você.

A instituição do casamento começou como uma forma de criar alianças militares entre famílias e, para você, sua família não entraria na batalha tão cedo. Então, tornou-se um ritual religioso que representava a subserviência feminina ao marido, efetivamente transformando-os em máquinas de fazer bebês sem voz. Mesmo nos dias modernos, você pensava que o casamento não era nada mais do que um contrato legal e se as coisas - Deus me livre - não funcionassem, isso significava uma longa e árdua batalha legal por bens e possível custódia dos filhos.

E foi muito difícil para você acreditar que havia alguém lá fora com quem você poderia passar o resto da sua vida.

Mas então você conheceu Harry.

Ele era apenas uma boa pessoa por completo.

Ele era charmoso e podia deixar você com os joelhos fracos com apenas um sorriso. E ele era gentil, disposto a fazer qualquer coisa por qualquer pessoa e daria a camisa das costas para um completo estranho se eles pedissem. E ele era sensível, o que ele provou quando você viu as lágrimas brotando em seus olhos depois que seu filhote perdeu o primeiro dente. E ele poderia fazer você rir mais do que qualquer pessoa que você já conheceu, constantemente armado com trocadilhos e algumas piadas de pai.

Sempre houve algo diferente em seu relacionamento com Harry quando você o comparou com seus parceiros anteriores. Foi apaixonado e gratificante. Ele acabou de pegar você e você o entendeu muito bem.

Ele entendeu e tolerou suas peculiaridades, como como você podia ficar acordado a noite toda para uma maratona de Crepúsculo sem pestanejar e como você insistia em dar nomes humanos aos seus animais de estimação. E você entendeu como ele sempre tinha que estar ocupado com algum tipo de projeto; seja relacionado ao trabalho ou algo astuto como aquela vez em que tentou aprender a tricotar - e como ele nunca, jamais, jamais se lembrou de colocar a roupa na secadora.

Com o tempo, você percebeu que sua objeção ao casamento estava desaparecendo, não porque fosse - em sua opinião - uma instituição arcaica e sexista, mas porque era uma maneira de garantir que nunca mais teria que passar a vida sem Harry.

Você ainda se lembra da noite em que ele pediu que você se casasse com ele nos mínimos detalhes. Não havia como ficar de joelhos, nenhum grande espetáculo, nem mesmo um anel; apenas vocês dois deitados na cama, olhando para o teto branco e conversando sobre o futuro.

"Acho que devemos pegar outro cachorro", você pensou, enquanto seu grande labrador amarelo, Gracie, roncava baixinho no chão ao lado de sua cama.

"Pronto para se inscrever em outro compromisso de uma década comigo?" ele brincou.

"A menos que algo dê desastrosamente errado, pretendo ficar com você por mais de uma década", você combinou com a brincadeira dele. Você sentiu a energia entre vocês mudar, saindo do sarcasmo sarcástico e se encontrando em um cobertor amolecimento de afeto, o tipo que desacelerava sua respiração e tornava os batimentos cardíacos de Harry quase audíveis ao seu lado.

"Você sabe o quão feliz você me faz, certo?" ele perguntou baixinho ao seu lado, mudando o tom para ser mais sério. Você observou quando ele alcançou sob as cobertas e buscou sua mão para trazê-la aos lábios, entrelaçando seus dedos com segurança ao longo de sua jornada para o beijo.

"Você me faz mais feliz", você rebateu, virando-se para o lado para dar uma olhada em seu perfil na sala mal iluminada.

"Estou falando sério, sua merdinha competitiva," ele riu, suas covinhas profundas aparecendo em suas bochechas. "Eu te amo tanto," ele murmurou em seus dedos antes de desenredar seus dedos e beijar sua palma.

"Eu também te amo, H."

Ele virou a cabeça em sua direção e conectou seus olhos, seu verde vibrante irradiando mesmo na luz fraca do seu quarto. Ele soltou um suspiro suave antes de começar a falar novamente.

"Escute, eu sei que você sempre disse que o casamento não é para você e tudo bem. Mas quero que saiba que nunca vou a lugar nenhum e espero que você também não."

Você já teve a conversa sobre casamento várias vezes antes, principalmente quando uma de suas mães ficou intrometida e começou a fazer perguntas. Ele conhecia seus sentimentos e os entendia, mesmo que fossem muito diferentes dos dele. Suas palavras fizeram seu coração disparar, sabendo que ele estava disposto a sacrificar algo que sempre quis por sua felicidade e crenças morais.

Mas com seus sentimentos já mudando sobre o casamento, você sabia que não poderia negar a ele por mais tempo.

"Harry," você respirou, "e se eu me sentir diferente agora?"

"O que você quer dizer?"

"Quero dizer..." você se arrastou suavemente, protegendo seu leve desconforto com humor, "que se você me pedisse em casamento, eu diria sim."

A surpresa passou por suas feições que se desvaneceram em exaltação, sorrindo tão largo que você tinha certeza de que suas bochechas deveriam estar doendo. Ele pulou com entusiasmo em sua cama, o edredom caindo em volta de sua cintura e expondo sua velha camiseta dos Rolling Stones enquanto ele se sentava. Ele parecia uma bagunça cansada, com cachos rebeldes emoldurando seu rosto e círculos exaustos sob os olhos por ter passado muito tempo no estúdio - mas quando ele alegremente perguntou "Sério?" não havia um traço de sonolência em sua voz.

Você acenou com a cabeça suavemente para ele, observando-o de alguma forma ficar ainda mais feliz. "Você me faz querer estar com você para sempre e ninguém mais esteve antes. Eu amo e confio em você o suficiente para estar legalmente vinculado a você pelo resto de nossas vidas, "você disse com uma risadinha ofegante.

Os lábios dele estavam nos seus apenas um segundo depois que as palavras deixaram sua boca. Eram beijos exultantes que rapidamente se afastaram de seus lábios e se estenderam ao redor de todo o rosto. Ele segurou seu rosto em suas mãos firmando você enquanto você ria histericamente enquanto ele atacava seu rosto com os lábios.

Ele se afastou depois de alguns momentos, pairando sobre você com um sorriso brilhante no rosto enquanto procurava em seu rosto por qualquer dúvida ou arrependimento em suas palavras. Ele não encontrou nenhum.

"S / NY / L / N, você vai me fazer o homem mais feliz do planeta e se casar comigo?"

"Sim."

No segundo em que você disse a palavra, vocês dois entraram no modo de planejamento do casamento. E foi horrível.

Havia tantas decisões a serem tomadas e, embora você tivesse marcado uma data para o próximo verão e tivesse muito tempo para planejar, ainda assim foi um processo árduo.

Você ficava sentada à mesa da cozinha por horas até doer nas costas, pairava sobre o laptop e folheava o pinterest, rezando para encontrar algo que pudesse inspirar vocês dois.

Não ajudou o fato de você ter idéias muito diferentes sobre como gostaria que fosse o casamento. Harry queria muito, puxando cada parada e gastando mais dinheiro do que você jamais poderia imaginar em apenas uma noite.

Você queria amigos e família pequenos, imediatos, sem a produção gigante. Harry queria um casamento no destino, você queria um lugar próximo e local. Harry queria contratar uma equipe de planejadores de casamento, enquanto você tinha certeza de que poderia fazer tudo sozinho.

A única coisa em que vocês dois concordaram de todo o coração é que só queriam se casar e passar o resto da vida juntos.

Em uma noite particularmente irritante de tentar planejar um casamento depois que você voltou para casa de um longo dia de trabalho, Harry o pegou deixando escapar algumas lágrimas de frustração. Você os havia apagado rapidamente quando o ouviu entrar na sala, seus passos um pouco mais altos do que o velho disco de Elvis tocando baixinho, mas ele o conhecia muito bem para você esconder suas emoções dele.

Ele silenciosamente se inclinou sobre você, delicadamente fechando o laptop na sua frente e pressionando um longo beijo no topo da sua cabeça. "Baby", ele murmurou em seu cabelo, "podemos conversar sobre todo o planejamento do casamento?"

"Eu tenho tudo sob controle," você insistiu, mas a rachadura em sua voz denunciou sua mentira. Ele a pegou de sua cadeira, puxou-a para seus braços e você deixou sua cabeça cair em seu peito, ouvindo atentamente seu batimento cardíaco constante.

"Casar deveria ser divertido, sabe?" ele disse suavemente contra sua têmpora.

"Estou me divertindo", você choramingou humildemente, deixando bem óbvio que não estava se divertindo.

"Eu acho que você pode estar mentindo para mim."

"Eu estou."

Ele soltou uma risada silenciosa com a sua admissão. "Sua sanidade é muito mais importante para mim do que qualquer mesa ou arranjo floral. Poderíamos ir ao tribunal amanhã e nos casar lá, se isso é o que te faria feliz."

Seus ouvidos se animaram com sua sugestão simples. "O que você quer dizer?"

"Quero dizer que só quero me casar com você. Eu não me importo mais como isso acontece."

"Você desistiria da grande cerimônia e recepção por mim?"

"Claro que sim", disse ele, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

"Achei que todas as coisas grandes eram importantes para você?" você o questionou suavemente, levantando a cabeça de seu peito para olhá-lo nos olhos.

"Era. Mas eu realmente só queria ter toda a nossa família e amigos juntos e dar uma festa doentio, mas podemos fazer isso quando quiser. Eu realmente não me importo muito com mais nada ", ele sorriu para você, passando a mão para cima e para baixo em suas costas. "Chamar você de minha esposa é a única coisa que não desistirei por você. Não mais."

Pela primeira vez, o título de 'sua esposa' não fez você se arrepiar. No passado, parecia possessivo, como se o reduzisse a um objeto. Mas agora parecia um título adequado, algo que você realmente queria. Ele seria seu marido tanto quanto você seria sua esposa
Seus olhos eram suaves e honestos, seu sorriso suave, acolhedor e gentil. Você enrolou as mãos em volta do pescoço dele e trouxe sua boca para baixo para encontrar a sua. Você tentou derramar todo o seu amor por ele nisso, rezando para que ele de alguma forma, sem palavras, entendesse cada gota de afeto e cuidado que você já sentiu por ele. Ele geralmente o fazia.

Você o soltou quando "No More" desvaneceu-se suavemente para "Can't Help Falling in Love", Elvis começando a fazer uma serenata baixinho para vocês dois. Você viu um brilho travesso aparecer nos olhos de Harry enquanto ambos ouviam a voz sussurrante do rei.

"Eu conheço esse olhar," você acusou provocativamente, finalmente livre de todo o estresse e preocupação que você colocou em si mesmo. "O que você está pensando?"

"Bem", ele começou com um sorriso malicioso esticado em seu rosto. "Podemos sempre ir para Las Vegas."

Uma fuga em Las Vegas não era tradicional, mas vocês dois nunca foram. Você passou os primeiros dias de seu relacionamento à distância, com você morando em Los Angeles para trabalhar, enquanto Harry morava em Londres, antes de fazer uma mudança permanente para que vocês pudessem ficar juntos. Você também teve que se ajustar para estar sob os holofotes anormais e teve que se acostumar a ver seu rosto na capa de revistas quando ia comprar comida. Vocês dois até se conheceram em um encontro às cegas marcado por uma ex-namorada em comum, pelo amor de Deus.

A ideia de uma fuga não tradicional para Las Vegas parecia mais com vocês dois do que um casamento normal.

"Não podemos", você disse com um sorriso crescente que contradizia suas palavras. "Nossas mães nos matariam."

"Podemos enfrentá-las durante a cerimônia!"

"O que vou vestir?"

"Tenho certeza que você tem algo branco naquele seu armário gigante."

"Não temos alianças de casamento."

"Eu me casaria com você com um estalo de anel."

"Votos?"

"Vamos pensar em algo."

"Algo velho, algo novo, algo emprestado, algo azul?"

"Você tem os brincos antigos da sua avó, acho que seu anel de noivado ainda conta como novo, você tem aqueles saltos que nunca devolveu a Gemma, e nós dois conhecemos aquele fio dental azul em que estou pensando", ele sorriu e suas bochechas aqueceram ligeiramente.

Ele tinha uma resposta para cada uma de suas preocupações, sorrisos animados crescendo entre vocês enquanto sua conversa ia e voltava.

"Será que vamos mesmo fazer isso?" você perguntou a ele vertiginosamente.

"Eu acho que deveríamos," ele acenou com a cabeça.

"Eu também."

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