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Daemon e seus passos firmes pararam no canto da sala, apoiando a ponta de sua espada no chão rochoso e olhando um a um para a pequena sala do conselho. Ele não queria aceitar Rhaenys com Aemond, não sabia se poderia confiar nele, mesmo depois de ter tentado provar que poderia ser confiável e genuíno se quisesse.
Mas ele sabia exatamente o que aconteceu quando foi proibido de se casar com Rhaenyra e acabou se casando com ela de qualquer maneira, e secretamente.
— Quero que você tenha em mente a escolha certa, Aemond. Minha Rhaenys não deverá sofrer, muito menos ser traída, ela merece a maior felicidade que existe em Westeros e eu não concordo que o desejo dela seja você. Então, que garantia você tem de que realmente a ama e que não esteve fazendo joguinhos o tempo todo em que estivemos aqui? — enquanto seu padrasto falava, Rhaenys apertou a mão da mãe e baixou o olhar para o chão, sentindo a palpitação mais forte que já havia sentido, semelhante à que sentiu quando percebeu que estava apaixonada pelo homem que usava um tapa-olho.
— Porque eu mataria e morreria por ela sem pensar uma vez, eu escolho Rhaenys para mim. Eu a escolho a qualquer momento, de manhã ou à noite, eu escolho minha princesa, embora ela seja filha de Rhaenyra e irmã de Lucerys. Rhaenys é minha primeira escolha, porque tenho certeza de que a amo de verdade. — disse o príncipe, mas não viu a necessidade de se explicar quando o noivado deles já havia sido aceito. Ele deu um meio sorriso e olhou para Daemon novamente, tentando ansiosamente descobrir o que ele estava pensando ou o que diria.
Daemon ergueu as sobrancelhas e fez uma careta, segurando o punho de sua espada com força enquanto pensava em como responder a ele, pois estava mais claro do que nunca que ele estava apaixonado por Rhaenys. Aemond já havia provado isso várias vezes e, mesmo quando teve a chance de mudar de ideia, não o fez e permaneceu leal a Rhaenys.
Mas ele era leal apenas a Rhaenys, não ao resto.
A reunião em si era desnecessária, o casamento já estava marcado.
Mas ele só queria ter certeza e, se não tivesse, estava pronto para arrancar o olho restante de Aemond com as próprias mãos, se necessário.
— Muito bem, eu vou acreditar que você está me dizendo a verdade, sobrinho. — disse ele com uma voz irritada e desaprovadora, levantando a espada e colocando-a na bainha do cinto do quadril. — Mas devo manter meus olhos fixos em você, qualquer mínimo desrespeito a ela ou qualquer reclamação dela sobre você e terei seu único olho em uma bandeja de água fervente.
O drama do marido fez a rainha revirar os olhos, mas ela ainda manteve um sorriso nos lábios ao voltar os olhos para a filha e ver a alegria dela ao saber que se casaria com Aemond em breve, em questão de poucos dias. O desejo de casamento da princesa era muito específico, e Aemond simplesmente concordou com o que quer que ela escolhesse para que ele se casasse com ela no final da noite.
Ela queria se casar de acordo com as tradições valirianas, e não com a Fé dos Sete, como sua mãe fez com Daemon, juntando o sangue da linhagem Targaryen. Mas, por mais vaidosa que fosse, após a conclusão da cerimônia, ela queria que fosse realizado um grande banquete para comemorar e que vários lordes e ladies fossem convidados para o castelo.
E a princesa estava passando muito tempo ocupada preparando as sofisticações para a cerimônia, escolhendo as cores e os desenhos, as pinturas e as flores, os convidados e os vestidos que usaria.
Era exatamente isso que ela estava fazendo enquanto estava sentada na cama de Aemond, lendo alguns livros sobre os casamentos já realizados em Westeros para ter mais ideias, já era tarde da noite, mas ela estava sem sono mesmo assim.
— Isso é realmente necessário? — perguntou Aemond, com seu habitual ar indiferente. Seu único olho percorreu a sala, mas parecia estar julgando-a, julgando aqueles que estavam presentes. — Uma pequena reunião de nossa família mais confiável teria sido mais do que suficiente.
Rhaenys ergueu os olhos para Aemond e os estreitou em desaprovação quando ele julgou sua decisão de fazer algo grande como o banquete.
Ainda assim, ela queria continuar, então com um grande sorriso, fechou o livro e se levantou da cama, aproximando-se do noivo e deixando um tapa fraco em seu ombro.
— É claro que isso é necessário! — ela respondeu com o tom mais óbvio que já teve. — Quero fazer um belo banquete que chame a atenção de todos, como o melhor casamento do ano! Ou talvez, da década.
Aemond suspirou gentilmente e sem esperanças alguma. Se ela queria tanto esse banquete, quem era ele para lhe negar esse desejo. Afinal de contas, um casamento Targaryen só acontecia uma vez na vida.
— Muito bem, eu lhe concederei esse desejo. — era o tom frio habitual com o qual ele falava com a maioria das pessoas, exceto com Alicent e com ela.
A princesa sorriu amplamente quando conseguiu fazê-lo concordar sem nenhum esforço e inclinou um pouco o rosto para cima para beijar seus lábios. As mãos dela pousaram nos ombros dele e se enroscaram nas roupas que ele usava, os olhos azuis escureceram e brilharam.
— Muito obrigada, meu amor. — ela agradeceu.
Aemond ficou surpreso com o beijo repentino, mas não a afastou. Na verdade, ele fez o contrário, ele a trouxe para mais perto enquanto olhavam intensamente nos olhos um do outro. Seus braços envolveram o corpo dela, puxando-a para um beijo longo e apaixonado. Ele sabia que ela queria se casar e daria tudo de si para garantir que fosse a ocasião mais memorável e espetacular da história de Westeros, se assim ela desejasse.
Aemond quebrou o beijo, ofegando levemente, com um pequeno rastro de saliva ainda unindo seus lábios aos dela. Suas bochechas estavam levemente coradas de vergonha, mas ele não parecia incomodado com isso.
Rhaenys deu um passo para trás, sentindo o calor se espalhar em suas bochechas e ela ficou surpresa com o beijo repentino e apaixonado, mas gostou muito dele. Ela sentia algo diferente em Aemond toda vez que ele a encostava em comparação com os outros homens com quem havia estado.
Em questão, além de Aemond, havia sido apenas Cregan.
— Em poucos dias estaremos casados. — ela sussurrou para ele, sem esconder o sorriso que tinha em seus lindos lábios rosados.
— De fato. — disse Aemond, olhando para o corpo dela. Era um espetáculo para se ver, e ele sentiu um profundo desejo. — Acredito que há algo que todo casal casado deveria fazer... — ele sorriu, um pouco perverso.
A princesa continuou a sorrir com o rumo da conversa e seus dedos se enroscaram ainda mais nos ombros do noivo, mordendo levemente o lábio inferior enquanto erguia os olhos para olhar o rosto dele mais de perto. Sua respiração melhorou depois do beijo e seu humor ficou significativamente mais feliz depois da troca de saliva que eles fizeram, coincidentemente.
As mãos dela desceram pelos braços dele, parando perigosamente perto dos botões de seu gibão, dando uma risadinha maliciosa ao fazer isso.
— Acredito que fizemos o que os casais fazem... várias vezes. — disse ela com as sobrancelhas erguidas e franzidas, balançando a cabeça leve e repetidamente.
— Sim, minha princesa. — ele respondeu em seu tom frio habitual, mas quando as mãos dela passaram pelos braços dele, algo se agitou dentro dele. — Talvez eu deva tirar alguns botões para você. — disse Aemond, brincando, afastando as mãos dela e aproximando seu rosto do dela.
A respiração de Aemond era suave e quente em sua bochecha, enquanto ele se aproximava de seu pescoço. Ele estava começando a esquecer seus maneirismos habituais e a agir de uma forma muito mais afetuosa e apaixonada. Ele traçou os dedos para cima e para baixo no pescoço dela, passando os lábios pela pele e dando pequenos beijos que a faziam estremecer.
A respiração de Aemond estando quente, lenta e constante trouxe uma grande sensação de satisfação para Rhaenys. O príncipe começou a beijar o pescoço dela com suavidade, enquanto suas mãos passeavam livremente, traçando suas curvas e acariciando o corpo da princesa. Os lábios dele dançavam pelos ombros dela e, lenta, mas seguramente, ele começou a soltar os botões do vestido, um a um.
Pode-se até dizer que ele estava começando a perder o controle de si mesmo e a agir como algo diferente do príncipe calmo e indiferente que sempre se apresentou.
A essa altura, Aemond já havia soltado botões suficientes para que o corpo da princesa ficasse claramente visível sob o tecido transparente que a cobria. As mãos dele agora estavam pousadas nas curvas do corpo dela, enquanto os lábios continuavam a explorar sua pele.
Rhaenys soltou uma risada fraca e correu seus dedos ágeis até os botões e fivelas na frente do gibão do príncipe, puxando-os sem demora para revelar o corpo de seu amado mais uma vez. Depois de abrir os botões e as fivelas necessários, ela baixou a roupa sobre os ombros largos dele e mordeu o lábio inferior enquanto o fazia, deixando-o apenas com as calças e a blusa branca de mangas compridas e larga.
Ver Rhaenys tão ansiosa e entusiasmada o encheu de uma nova sensação que ele nunca havia sentido antes, pois era uma nova paixão despertou dentro dele, diferente das anteriores.
Aemond ergueu as mãos, passando-as pelos cabelos de Rhaenys, acariciando-os e puxando-a para junto de si. Sua voz estava tingida de desejo, e suas palavras eram mais rápidas e frenéticas à medida que ele falava.
— Eu preciso de você. — sussurrou ele, envolvendo os braços ao redor do corpo dela e apertando-a firmemente contra si. Naquele momento, ele não era o príncipe de Westeros, era o apaixonado que desejava o corpo e a alma dela acima de tudo.
As palavras de Aemond sempre a faziam sorrir e ela acenou com a cabeça avidamente, segurando-se nos ombros de Aemond para se apoiar, pois já sentia suas pernas fraquejarem. Seu sorriso permaneceu no rosto o tempo todo, enquanto sua respiração se tornava mais pesada a cada minuto que passava, seus olhos fixos nos lábios do príncipe.
Aemond podia ver a paixão nos olhos dela e o sorriso em seu rosto, e sentiu uma onda de luxúria e desejo. O casamento deles deveria ser assim, cheio de paixão e amor. Ele a trouxe para mais perto e suas mãos começaram a percorrer o corpo dela, acariciando suas costas e fazendo uma trilha até os quadris.
Ela era linda e, naquele momento, era como se ela fosse uma deusa que tivesse descido dos céus para agraciá-lo com sua presença.
— Você vai me levar para a cama ou vamos ficar aqui parados? — perguntou Rhaenys com as sobrancelhas erguidas em sinal de diversão, fazendo a pergunta de forma sarcástica para provocá-lo.
— Seria tolice ficarmos aqui parados quando eu poderia levá-la para a cama e fazer amor com você. — ele a levantou, com as pernas dela enroladas em sua cintura, e a carregou em direção à cama.
Rhaenys fez uma leve careta com a maneira como ele disse isso a ela, pois nunca havia usado esse termo antes e isso acabou fazendo com que ela soltasse risos enquanto se deitava na cama com ele subindo em cima dela.
Era engraçado para ela.
— Fazer amor? Estranho, diga "sexo" porque me parece mais bonito. — disse ela entre risadas, passando a mão entre seus corpos para abrir o cinto da calça do príncipe.
— Muito bem. — sua voz era fria, mas suas ações refletiam um humor muito diferente. Ele parecia se perder em tudo isso enquanto acariciava o corpo dela. O príncipe continuou a beijá-la enquanto seu corpo se pressionava contra o dela, fazendo-a sentir os batimentos cardíacos dele. — Você é linda, muito linda. — disse ele suavemente.
As mãos de Aemond deslizaram pelo corpo dela, o toque dele se demorando em suas curvas. Ele se inclinou, capturando seus lábios em um beijo faminto, sua língua provocando a dela com uma mistura inebriante de desejo e domínio.
A cada respiração, a confiança de Aemond aumentava, seus movimentos se tornavam mais assertivos à medida que ele assumia o controle do prazer compartilhado. Seus corpos se moviam juntos em uma dança intrincada, o calor entre eles aumentando a cada toque e a cada suspiro que escapava de seus lábios.
Os movimentos deles se tornaram cada vez mais desesperados à medida que o desejo aumentava, a camisola dela já estava no chão e as calças do príncipe já estavam saindo do corpo dele com destreza. Ela se ajeitou na cama e suspirou alto, observando enquanto Aemond se apoiava na beirada da cama para terminar de tirar a calça dele, sua excitação aumentava a cada piscada.
Os lábios de Aemond se curvaram em um sorriso malicioso enquanto ele observava a excitação de Rhaenys crescer. Ele se livrou da calça com uma facilidade prática, revelando seu comprimento, já duro e pulsando de desejo. Ele subiu na cama novamente, com o olhar fixo ao dela, faminto e cheios de expectativa.
— Paciência, meu amor. — ele sussurrou roucamente, com a voz cheia de desejo. Ele se arrastou em direção a ela, com as mãos percorrendo seu corpo, traçando cada curva e mergulho. — Pretendo saborear cada momento com você.
Ele se inclinou para baixo, capturando os lábios dela em outro beijo apaixonado, com a língua explorando a boca dela em uma dança de desejo. A mão dele encontrou o caminho entre as coxas dela, provocando-a e acariciando-a, saboreando a maneira como ela respondia ao seu toque.
Rhaenys quebrou o beijo e soltou um gemido fraco, suas pernas se abriram quase que automaticamente para acomodar o corpo e o toque dele, as bochechas assumindo uma cor carmesim devido ao calor que ela sentia. Ela arqueou as costas ligeiramente para cima, entregando-se a ele como mais desejava, seus dedos se enroscaram nas costas dele mais uma vez e cravaram as unhas com força.
Aemond sentiu uma onda de prazer quando Rhaenys gemeu e se entregou a ele, seu corpo se arqueando em resposta ao seu toque. Ele se deliciava com a sensação das unhas dela cravadas em suas costas, uma deliciosa mistura de dor e prazer que só aumentava ainda mais o seu desejo.
Ele continuou a se ocupar com os dedos, que dançavam habilmente ao longo das áreas mais sensíveis dela, provocando suaves suspiros e gemidos de seus lábios. Seu próprio desejo era evidente, com os quadris pressionados contra os dela, a ponta do pau roçando a entrada dela, provocando, mas ainda não entrando.
E quando ele estava ali, prestes a entrar nela, a porta se abriu de repente e revelou o irmão mais velho de Aemond, Aegon.
— Aemond, preciso de sua ajuda... — ele começou, mas parou quando viu a cena diante de si, com uma mistura de choque e alegria.
Aemond se afastou rapidamente de Rhaenys, com o rosto corado por uma mistura de constrangimento e aborrecimento pela interrupção inoportuna. Apressadamente, ele pegou um cobertor próximo, cobrindo seus corpos expostos.
— Aegon! Você já ouviu falar em bater na porta? — disse ele, com a voz tensa, enquanto lutava para se recompor. — Este não é o momento nem o lugar para o que quer que você precise. Não vê que estávamos no meio de algo?
— Bem, você nunca ouviu falar em trancar a porta? — disse ele com uma risada, cruzando os braços enquanto observava o desespero de Aemond para cobrir o corpo de Rhaenys e o seu próprio com um único lençol. — Você gostaria de alguma ajuda? Eu ficaria mais que feliz em... participar.
Rhaenys franziu as sobrancelhas em sinal de constrangimento, mas também irritada com a presença de Aegon em um momento tão delicado como aquele, pegando um travesseiro e jogando-o em direção ao tio para afastá-lo. O mesmo travesseiro que ele pegou e jogou para o lado, gargalhando alto enquanto eles se encolhiam com a oferta que ele fazia.
Aparentemente, o casal não conseguia ter um momento de paz agora que estavam sendo divulgados publicamente.
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01. esse capítulo está muuuuito aleatório, mas eu só precisava fazer ele para completar os demais que eu postarei amanhã para finalizar a fanfic!
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