xxvi. delaying the inevitable

ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗦𝗘𝗜𝗦 ᵕ̈
❝ adiar o inevitável ❞
࿐「 🔥 」୭࿔

—Agora você entende? — indagou Elliott, com a voz pesada, após finalmente contar o que havia acontecido no passado. Seu olhar estava fixo em Ella, como se buscasse desesperadamente por algum vestígio de compreensão. — Agora você entende o por quê de eu ter feito aquilo?

—Na verdade, por parte isso não justifica. Como você pôde se juntar a eles, sendo que fui eu que te salvei? — diz Ella, enquanto cruza os braços e o encara de forma séria.

—Esse é o ponto, o CRUEL deu a entender que foram eles que me salvaram, não você. Com o tempo, percebi isso, mas já era tarde demais. Eles já tinham um certo controle sobre mim. — Elliott fez uma pausa, seu tom ficando mais insistente, quase desesperado — Eu só quero que perceba que, eu nunca estive ao lado deles, Izzy, nunca mesmo! Eu só queria que todos ficassem bem.

Ao invés de escutar o que o irmão falava, a mente da ruiva parou em um apelido dito pelo mesmo. Izzy, de Eloise. O nome da irmã perdida que ele tanto falava, que no caso, a irmã perdida sempre foi ela.

Ela deu um passo para trás, seus braços caindo ao lado do corpo.

—Meu nome é Elleanor. — corrigiu ela, se referindo ao apelido que ele disse.

—Para eles você é a Elleanor, mas para mim você sempre vai ser a Eloise, a minha Izzy! — rebateu o loiro enquanto se aproximava dela. — Para mim, você nunca teve esse nome que eles escolheram. Sempre foi Eloise, o nome que eu e o papai escolhemos para você.

Entretanto, aquele nome não fazia mais sentido na mente de Ella. Para a garota ruiva, o nome dela é Elleanor e ponto. Não outro. Esse era o nome que sua mente aceitava.

—Você sabe o por que de eu não conseguir mais falar com o Thomas por telepatia desde quando cheguei aqui? — indagou ela, mudando de assunto.

—O CRUEL bloqueou a ligação de vocês, especialmente para não ter mais um ocorrido como aquele do trem. — respondeu.

—E eles podem fazer isso? — ele confirmou com a cabeça. — Mas, como?

—Pelo chip. É por causa deles que vocês três conseguem falar por telepatia. Você, Thomas e Teresa. Vocês receberam um chip especial. E como o CRUEL tem total controle sobre ele...

—Então eles também podem cortar a nossa ligação... — concluiu a ruiva, percebendo o que Elliott iria dizer.

—Exatamente. — confirmou ele. Isso era uma informação que Elleanor precisava. Não sabia o porquê das suas conversas por telepatia não acontecerem mais, e agora sabe o motivo. — Olha. — a voz dele fez com que ela prestasse atenção no irmão novamente. — Se você colaborar comigo, podemos salvar o Minho, eu prometo. Só quero que me perdoe. Mas irei te ajudar mesmo se não me perdoar.

Um sorriso irônico apareceu nos lábios da mais nova ao ouvir essa proposta do mais velho. Novamente ela cruzou os braços.

—Desculpa, mas eu não consigo mais confiar em você. Além de que, tenho certeza que os meninos estão a caminho para salvar o Minho, prefiro ajudar eles do que ter a sua ajuda. — ela cuspiu as palavras com tanta amargura que fez com que Elliott ficasse chocado com o jeito que a irmã falava. — Você fez a pior coisa que poderia ter feito, Elliott, traiu não só a minha confiança, mas de todos que estavam te ajudando. Precisa de mais do que um simples pedido de desculpas e algumas informações para eu te perdoar.

E, antes dele falar qualquer coisa, a garota saiu de seu campo de visão, o deixando sozinho com suas palavras frias que saíram de seus lábios.


O barulho dos saltos era o único som que Ella ouvia além de seu coração acelerado. Estava andando em direção a um ponto de encontro onde ela se encontraria com sua mãe e Teresa com um segurança ao seu lado, este que a garota não queria que estivesse, mas era uma ordem. O motivo era uma reunião para aprovar o soro que seria a possível cura para testes, que, se derem certos, começaria a ser aplicados nas pessoas, ou melhor dizendo, naquelas que eles querem salvar. Ela não queria participar, mas foi praticamente obrigada a fazer isso. Nem mesmo Elliott conseguiu fazer a mãe mudar de ideia.

Enquanto se aproximava, a ruiva já via as duas um pouco mais a frente, conversando enquanto a esperava. Ava olhou para a filha assim que ela chegou até as duas. Ava dispensou o segurança e logo elas começaram a andar até a sala onde ia ocorrer a reunião.

—Estão prontas? — perguntou a loira enquanto caminhava. Elleanor sabia que essa pergunta era mais para Teresa do que para ela. — Vocês vão conseguir. — e novamente a sensação de que esse encorajamento foi mais para a morena surgiu. — Vai correr tudo bem.

—As pessoas começaram a perder a fé, doutora. — começou a dizer um homem negro de cabelos grisalhos. A reunião já havia começado. Ella e Teresa estavam lado a lado prestando atenção enquanto Ava cuidava de tudo. — Quando lacrou os muros, nos garantiu que seria uma precaução temporária. Por que agora nega entrada a todos? — indagou ele.

—Porque a situação mudou, e não foi para melhor. — respondeu a loira. — As taxas de infecção subiram trezentos por cento. Felizmente, estamos no limiar de uma descoberta. — em uma espécie de holograma, apareceu uma foto de Minho junto com algumas informações sobre ele. Ver a foto do seu amor fez com que o coração da ruiva se apertasse. Sentia falta dele, e muita. Mas teria que se manter firme para conseguir salvá-lo. — Esta é a cobaia A7. — continuou a mulher. — Ele passou mais de três anos no labirinto. Os anticorpos produzidos como reação são os mais fortes que já vimos. Já estamos extraindo um novo soro. Com o apoio de vocês, queremos começar a testar em humanos.

—Obrigada, doutora. É bem impressionante. — uma mulher na sala começou a dizer. — Mas já passamos por isso. Sinceramente, começamos a questionar...

—Se os recursos poderiam ser melhor usados em outro lugar. — completou o homem de cabelos grisalhos.

—Por exemplo?

—Zonas seguras. — respondeu a mulher. — Áreas protegidas como esta. Poderíamos salvar o máximo de pessoas possível.

—Quantas? — perguntou Teresa, se intrometendo na conversa, arrancando os olhares de todos. — Mil pessoas? — começou a contar enquanto caminhava pelo cômodo. — Duas mil? Isso se suas áreas protegidas continuarem protegidas, e sabemos que não vão ficar.

Elleanor sabia que tinha que intervir também. Era a única forma de conseguir confiança para agir sem problemas. Teria que ter a confiança deles para parar de andar com seguranças na sua cola. Precisaria da confiança deles para salvar o Minho.

—Os infectados já suplantam os saudáveis de três para um. — começou a ruiva, caminhando para o lado da morena. — Só estariam adiando o inevitável. Já perderam alguém para o vírus? — indagou.

—Uma sobrinha. — respondeu a mulher. — Anna.

—Lamento não termos podido ajudar. — lamentou Teresa.

—Mas imaginem se pudéssemos viver com o vírus. — continuou Ella. — Sobreviver a ele. Imagine ser capaz de dizer à Anna que poderia dar a ela a chance de uma vida normal. Nunca estivemos tão perto de uma cura. Sacrificamos muito para chegar até aqui. Por favor, não deixem esses sacrifícios terem sido em vão.

Nem mesmo Elleanor sabia da proporção de suas palavras. Falando assim, daria a entender que estava realmente do lado deles. E esse era o objetivo, precisava da confiança deles de novo. Mas, nunca, nunca mesmo iria apoiar esse método deles de acharem uma cura.

Após todos irem embora, Ella ainda permaneceu na sala, olhando para a cidade pelo grande vidro que havia no local. Estava pensativa e demais. Estava se perguntando quando que os seus amigos iriam chegar para salvar o Minho. Queria saber disso, pois pretendia se juntar a eles. Maldita hora em que o CRUEL havia bloqueado sua conexão com Thomas. Se ao menos ainda tivessem a telepatia, tudo seria mais simples.

—Se saiu muito bem, até fiquei impressionada. — a voz de Ava ecoou na sala, surpreendendo Ella. Ela virou-se bruscamente para encarar a mulher ao seu lado. Estava tão absorta em seus pensamentos que nem notara a aproximação da loira. — São um público difícil. Você e Teresa lidaram com eles perfeitamente.

A garota ficou surpresa com os elogios. Pela primeira vez, pelo menos em que se lembra, ouviu um elogio sincero vindo dos lábios da mãe.

"Adiar o inevitável". — ela repetiu a frase que a ruiva disse na reunião. — Thomas dizia o mesmo de nós. Ainda pensa nele?

—É claro que eu penso. Ele é meu amigo. — respondeu Ella, voltando a olhar para a janela.

—Sabe, eu posso ajudá-la com essas lembranças. Todas elas, incluindo com aquele garoto, o Minho. Não há motivo para mantê-las. O procedimento é simples.

"Como se apagar as minhas memórias poderia apagar meus sentimentos." pensou Elleanor. "Já fizeram isso uma vez e não deu certo, por que está dando essa sugestão de novo?"

No entanto, seu coração sempre dói quando o nome de Minho é mencionado. Estava cansada de vê-lo sofrer e principalmente de falhar.

—Faça o que quiser comigo. — começou a dizer, arrancando um olhar confuso da mais velha. Ella a olhou também, com os olhos começando a se encher de lágrimas. — Faça o que quiser comigo. Me mate, me torture, me faça ser a cura que você tanto quer. Mas por favor, liberte todos os imunes e principalmente... ele.

Ella estava praticamente implorando por isso. Sim, estava disposta a se sacrificar pela liberdade de Minho, porque isso é o amor. Ele te coloca em situações e te faz tomar decisões que você nunca sequer imaginaria que iria fazer.

E por um momento, ainda mais ao ver o desempenho da garota na reunião, Ava cogitou essa ideia. A mais velha se lembrou do evento com Elliott há seis anos atrás. Se Elleanor realmente se juntar a eles, o CRUEL finalmente teriam uma cura, e dessa vez uma cura real e funcional.

—Sabe que isso está fora de cogitação, não é, Ella? — a voz de Janson adentrando a sala fez com que as duas se virassem em sua direção. Ele se aproximava cada vez mais delas.

Ella revirou os olhos ao ver que Janson havia interrompido. Aquele cara estava sempre atrapalhando tudo.

—Isso é uma conversa de família. — disparou a garota, fria e cortante, deixando claro que ele não era bem-vindo ali.

Mas, ao invés do homem se virar e sair, ele apenas deu de ombros.

—Então, eu também posso participar.

Aquela resposta fez com que Ella arqueasse sua sobrancelha de uma forma confusa enquanto Ava o encarava com um olhar duro de repreensão, como se ele tivesse dito algo que não devia.

—Porque nós do CRUEL somos uma família, não é verdade? — completou ele após ver o olhar da loira.

Elleanor deu soltou um riso sarcástico, indignada com a barbaridade que Janson disse.

—Essas pessoas nunca foram e nunca vão ser a minha família. — rebateu, sua voz carregada de desprezo.

Porém, sabia que naquele momento, a conversa que estava tendo com a Paige não ia chegar em lugar nenhum. Pelo menos não com a chegada de Janson para atrapalhar. Tinha raiva do homem porque sabia que estava conseguindo converter a mãe, e sabia disso ao ver o olhar quase convencido dela. Mas, graças a ele, tudo deu errado. Preferia esperar pelos seus amigos mesmo.

Sem dizer mais nada, Ella saiu da sala, o som de seus passos ecoando no silêncio que se seguiu.

—O que foi aquilo? — indagou Ava, assim que ficaram sozinhos. Sua voz estava carregada de irritação.

—Eu só queria impedir que algo de ruim aconteça. Deu para perceber que estava quase se convencendo. Ceder aos pedidos dela só vai dar mais brecha para ela se rebelar contra nós, e é isso que estamos tentando impedir há dois anos. — rebateu Janson.

—Fica tranquilo que eu sei o que é melhor para a minha filha.

Nossa filha. — corrigiu o homem.

—Ela é minha filha, Janson. Você não assumiu a responsabilidade de pai quando teve a chance.

—E nem você como mãe, porque pelo o que eu saiba, Elleanor foi criada por Emerson Paige, seu falecido marido. Que Deus o tenha. — Ele ergueu os olhos e fez um rápido sinal de bênção, com uma expressão que parecia mais zombeteira do que respeitosa. — Então, antes de me criticar, olhe para si mesma. Você foi tão ausente quanto eu nesses dezessete anos.

E, por mais ruim que o homem seja, ele estava certo. Assim como Janson, Ava também não foi uma boa mãe para a Ella assim como foi para Elliott.

—Eu só quero que não faça mais esse tipo de comentário. Ninguém precisa saber do nosso passado. — Ava falou, com sua voz séria. — E espero que continue mantendo o nosso acordo.

Desde já quero pedir mil perdões pela demora, mas tenho justificativa. Tirei um tempo para mim. Estou de férias e, por mais que eu tenha uma responsabilidade de postar capítulos, resolvi fazer algumas coisas para mim, como ver séries pendentes que queria ver, ler um pouco dos meus livros e principalmente, passar um tempo com a minha mãe já que essa é a única época do ano que consigo passar um tempo com ela. Espero que entendam que sim, vai ter vezes que irei tirar esse tempinho porque também sou humana e tenho uma vida, e preciso viver. Mas fiquem tranquilos que não irei sumir sem o final das fanfics, disso vocês podem ter certeza🫶🏻

Gente e essa bomba no final em? Imaginavam? Na minha cabeça eles dois super tiveram um caso😱

O próximo capítulo vai ter um salto no passado! E depois dele, vamos voltar com os acontecimentos dos filmes!

Vei, acabei de perceber que tá quase acabando😭 deve ser por isso também que devo ter enrolado para postar, NAO ESTOU PREPARADA😭😭

QUERO AGRADECER AOS 60K DE LEITURAS E 5,4K DE VOTOS! MUITO OBRIGADA GENTEE! AMO VOCÊS💜✨️

Quero dizer que, provavelmente a fanfic do Newt está muito perto de ser lançada! Pretendo acelerar o fim da minha fanfic de THG para postar essa fanfic que vocês me pedem tanto kakakakak

Peço perdões pelos erros ortográficos e até mesmo erros de roteiro. Tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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