xxiv. loyalty

ᥫ᭡ 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 ೃ
 ꒰ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗤𝗨𝗔𝗧𝗥𝗢 ᵕ̈
❝ lealdade ❞
࿐「 🔥 」୭࿔

Aquela ajuda inesperada vai ser completamente útil. Elleanor não sabia quem foi a pessoa que lhe deu essas informações, mas tinha quase certeza que foi Elliott. Talvez ele queira fazer as pazes, mas ainda precisaria fazer mais para ter o perdão da irmã. Visto que a garota ainda não perdoou o que ele fez.

O som de alguém adentrando o laboratório fez com que a ruiva escondesse os dois papéis dentro do caderno. Era Teresa, essa que a encarava com um olhar confuso.

—O que está escondendo? — indagou a morena.

—Não te interessa. — respondeu Ella, de um jeito ríspido e seco.

A Paige pegou o seu caderno e saiu do laboratório. Mas obviamente essa ação da ruiva deixou a Agnes um tanto quanto desconfiada.

 

No mesmo dia, Elleanor se escondeu em um canto do prédio para verificar o mapa, e sim, havia uma fuga perfeita para eles. Só precisaria de tempo, este que seria quando acontecesse as trocas de turno. Os seguranças demoram em torno de quinze segundos para trocarem de posto, e esse tempo seria mais do que o suficiente. E sim, ela havia verificado.

Após realizar suas tarefas no laboratório, Ella foi em direção a contenção. Precisaria verificar a rota de fuga e iria aproveitar a troca dos guardas daquele horário.

Porém, ao chegar em seu destino, a sua digital não funcionou. Ela tentou várias vezes, mas sempre dava acesso negado. Até algumas horas atrás estava funcionando, por que agora não está mais?

—Procurando o que aqui, Elleanor? — a voz de Janson fez a garota se virar em sua direção. Ela ficou estática vendo o homem a sua frente, ainda mais quando viu que ele segurava o seu caderno que havia deixado no laboratório. — Pelo jeito o que aconteceu ontem não adiantou. — comentou ele, folheando o caderno. — Você ainda continua aprontando pelas nossas costas.

—Onde conseguiu isso? — indagou a ruiva, com a voz trêmula.

Janson apenas deu um sorriso fechado. Logo, ele agarrou seu braço com força, a puxando para andar junto com o mais velho. A garota se debateu para se soltar, mas o homem era muito mais forte que ela. Elleanor foi levada até a sala de Ava Paige, onde estava a sua mãe, Elliott e... Teresa.

—Eu estou muito desapontada com você, Elleanor. Bem quando decidi que iria confiar mais em você. — comentou a sua mãe, a olhando com um olhar de decepção. — E estou mais ainda decepcionada com você, Elliott. Esperava essa atitude da sua irmã, mas não de você. — o seu olhar foi para Teresa, que estava quieta em um canto. — Ao menos temos pessoas que estão realmente do nosso lado.

E então, Ella encarou a morena com um olhar incrédulo. Mas no fundo, não era uma novidade. Teresa já os traiu uma vez, e obviamente poderia trair de novo.

—Teresa disse que você estava estranha mais cedo. — começou Janson. — Sem você perceber, ela pegou esse caderno nas suas coisas enquanto você estava bastante atarefada no laboratório. Foi aí que reconhecemos a caligrafia do Elliott na folha da grade de turnos.

Então, realmente foi o seu irmão que a ajudou.

—É claro que, como consequência dos seus atos, vocês dois serão punidos. — Ava diz. — O acesso de vocês dois em algumas alas do prédio foram tirados, principalmente os da contenção. Vocês dois só irão se locomover na ala médica e no laboratório. Decidimos também que guardas os acompanharão em qualquer lugar que forem, para evitar que mais deslizes como esse aconteça.

—E, Elleanor estará proibida de ter qualquer acesso ao Minho. — Janson continuou, arrancando um olhar surpreso da garota.

A ruiva arregalou os olhos, sentindo o estômago revirar.

—O que?

—Você não vai mais vê-lo, pelo contrário, iremos garantir que você nunca mais o veja. A não ser que queira ficar na primeira fila quando nós triplicarmos os testes.

As palavras a atingiram como uma lâmina afiada. Triplicar os testes? A mente de Elleanor girou. Isso poderá matar o Minho na certa. O desespero tomou conta de seu corpo.

—Não! Por favor! Punem a mim, mas não a ele! — implorou, com a voz embargada, enquanto lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.

—Deveria ter pensado antes de fazer o que fez. Porque isso é o que acontece quando você desobedece. Tudo o que você fizer, poderá muito bem cair naquele garoto. Ele é a nossa propriedade agora, podemos fazer o que quiser com ele. — diz Janson, com um sorriso maligno no rosto.

—Ele está certo. — começou Ava. — Suas ações precisam de consequências, e parece que para te manter na linha, é preciso atingir o garoto também.

Naquele momento, Ella não conseguiu conter as lágrimas que começaram a cair sem parar. Suas mãos começaram a tremer devido ao desespero se sequer imaginar o Minho sofrendo mais do que estava sofrendo.

—Por favor! Eu imploro, por favor! Não façam isso com ele, façam comigo! Ele não merece isso! — implorou com a voz embargada e trêmula, demonstrando o seu desespero.

—É tarde demais. Deveria ter pensado bem as suas ações. — diz Janson.

—Vocês não acham que estão exagerando? — Elliott interviu, depois de muito tempo calado. — Não precisam punir o Minho por nossa causa.

—Ninguém te perguntou nada, Elliott. — rebateu o mais velho. — Sua mãe e eu que decidimos, e já tomamos uma decisão.

E então, Ava e Janson saíram da sala, deixando apenas os adolescentes ali. O olhar da ruiva foi para Teresa. Um olhar de raiva. Sua visão começou a ficar no mesmo turvo laranjado de antes, indicando que seus olhos estavam ficando em um laranja vibrante.

—Uma vez traidora, sempre traidora. — disse ela em um tom cortante, começando a avançar lentamente em direção à morena.

—Não sou traidora, eu só fiz o que é certo. Eu sou leal a eles, e vocês dois deveriam ser também.

Elleanor soltou uma risada amarga, carregada de escárnio e desprezo, completamente indignada com tamanha hipocrisia

—Lealdade? Você está falando de lealdade? — retrucou, com a voz crescendo a cada palavra. — Justamente você, Teresa, que não tem o menor direito de usar essa palavra! Você traiu as pessoas que eram seus amigos, as pessoas que confiavam em você! Então, não venha aqui falar de lealdade como se fosse alguma santa. Admita logo que você é uma traidora de merda, disposta a apunhalar qualquer um pelas costas para salvar a própria pele! É por sua causa que a situação do Minho vai piorar ainda mais do que já está!

—Você sabe muito bem o que acontece quando quebra as regras, Ella. Se esqueceu do que aconteceu na última vez? Quando vocês estavam fazendo planos para fugir e o CRUEL pegou vocês?

—Por que está falando "vocês" como se não estivesse junto? — rebateu Elleanor, aproximando-se mais, o corpo tremendo de raiva. — Você ia fugir com a gente também, Teresa! Não finja que não fazia parte disso! Deixa de ser hipócrita e louca!

—Eu estava com vocês no começo, sim. Mas percebi que era errado. Foi por isso que contei a eles. Contei sobre o plano de fuga.

As palavras de Teresa atingiram Elleanor como um soco no estômago. Por um momento, a ruiva ficou paralisada, tentando processar o que acabara de ouvir. Sua confusão rapidamente deu lugar a uma explosão de ódio.

—Então, quer dizer que o fato do Minho ter ficado em uma sala com um verdugo, foi por sua causa?

—Eu só fiz o que era certo.

E então, Elleanor perdeu o controle. Em um movimento rápido e decidido, avançou em passos pesados na direção de Teresa. A raiva emanava de cada fibra de seu corpo, e antes que a morena pudesse reagir, a ruiva a empurrou com força contra a parede. O impacto foi seco, e Teresa ofegou ao sentir o braço de Elleanor pressionando seu pescoço, imobilizando-a por completo.

—Sabe o que vai ser certo, Teresa? — rosnou Ella, sua voz carregada de ódio. Seus olhos, agora quase completamente laranjas, brilhavam com intensidade ameaçadora. — É o fato de que vou acabar com você sua vadia desgraçada!

Teresa tentou disfarçar o medo, mas seus olhos denunciaram o pânico ao encarar o laranja vibrante que emanava dos olhos da garota a sua frente.

—Merda... — murmurou Elliott ao ouvir passos vindos do corredor. Ele sabia que, se alguém os pegasse naquela situação, as consequências seriam desastrosas. Sem perder tempo, avançou até as duas, agarrando Elleanor pela cintura e a puxando para longe de Teresa. A ruiva lutou ferozmente, debatendo-se e tentando se libertar dos braços de Elliott enquanto Teresa tentava recuperar a respiração, que havia sido interrompida por causa da pressão que o braço de Ella fazia em sua garganta.

—ME SOLTA! EU VOU ACABAR COM ESSA DESGRAÇADA! — berrou ela enquanto enquanto ela chutava e se contorcia nos braços do irmão para que ele a soltasse.

—O que está acontecendo aqui? — a voz de Janson ecoou pela sala, fazendo o corpo de Elliott enrijecer. Ele largou Elleanor no chão, mas segurou firme o braço dela, impedindo qualquer outra tentativa de ataque. — Será que precisamos ter outra conversa? — perguntou o homem, o tom carregado de ameaça enquanto seus olhos passavam por cada um deles.

—Não precisa! Já estamos saindo. — Elliott respondeu rapidamente, sem hesitar. Ele puxou Elleanor pelo braço, praticamente arrastando-a para fora da sala.

—Elliott, me solta! — protestou a ruiva, sua voz ainda fervendo de raiva enquanto tentava soltar seu braço da mão dele. — Eu preciso acabar com aquela desgraçada!

Elliott parou abruptamente no corredor, girando o corpo para encarar a irmã. Seu olhar, geralmente tranquilo, estava carregado de frustração e preocupação.

—Você não vê que isso só vai piorar as coisas?! — exclamou ele, segurando os ombros da ruiva e forçando-a a encará-lo. — A melhor coisa a fazer agora é aceitar e obedecer. Já viu o que aconteceu, não viu? Então, colabore com eles se não quiser que o Minho sofra mais!

Ella estreitou os olhos, sua expressão transbordando desprezo.

—Ah, esqueci que você também é um traidor — retrucou com sarcasmo ácido. — Talvez eu devesse acabar com você também, assim como quero acabar com aquela demônia!

Elliott recuou um pouco, surpreso com o veneno das palavras da irmã, mas não recuou totalmente.

—Eu não sou traidor, tá legal? — respondeu ele, a voz subindo de tom. — Eu só quero te ajudar! E você precisa confiar em mim para isso!

A garota riu amargamente, um som seco e cheio de escárnio.

—Bom, você disse que o meu irmão estava morto e dizendo que você era um tal de Ethan. No final, você é o meu irmão e não está morto. Ou seja, mentira. Você também disse que não estava do lado do CRUEL, e olha só onde estamos! Ou seja, outra mentira! Fica difícil confiar em você depois de mentir tanto, não acha?

—Eu tive meus motivos. — respondeu ele, baixinho.

—Que motivos? Continuar sendo o filho perfeito? O queridinho da mamãe? Inventa outra, Elliott! — sua voz pingava sarcasmo enquanto ela analisava a reação do irmão. O desconforto e a confusão dele era evidente, e isso apenas a enfureceu mais. — Acorda neh, está na cara que a mamãe não gosta nenhum pouco de mim e que prefere mil vezes você do que eu.

—Isso eu percebi. Mas não foi por isso. Eu realmente não tive escolha.

—Você não teve escolha? — exclamou ela. — Eu que não tive escolha! Eu tive que trair os meus amigos contra a minha própria vontade e seguir os meus inimigos! Está falando de escolha por que?

O Paige deu um passo para trás, respirando fundo. Parecia que ele estava prestes a explodir, mas sua voz saiu firme e controlada.

—Porque eu tenho uma divida com eles! — confessou. — E eles podem muito bem acabar comigo se eu não fizer o que eles querem! Além dessa divida, eu também sei muitas coisas, e a maioria delas é sobre você! Por que você acha que eles querem tanto você ao lado deles, ein? Nunca se perguntou isso?

Ella piscou os olhos, tentando assimilar a reflexão do irmão.

—Eu achei que era porque eu era filha da diretora...

—Não. É por outro motivo, e tem a ver com o seu sangue. Tem a ver com o que você tem. Tem a ver com o Fulgor, tem a ver com tudo!

—E como você sabe disso? O que tem dentro de mim a ponto deles quererem tanto?

Elliott respirou fundo antes de continuar.

—Eu sei disso porque uma parte do que eu te disse era verdade. Eu fui infectado pelo Fulgor, Ella. Eu estava na terceira fase do vírus, a fase onde todos já perdem as esperanças, a fase onde ou te jogam no além, ou te matam com uma bala na cabeça. E aí veio você, a minha esperança e a minha salvação. Você me salvou, Ella. Me salvou quando todos achavam que eu não tinha mais solução.

JINGLE BELL! JINGLE BELL! Esse é o meu presente de Natal para vocês😝

Peço desculpas se o capítulo não está muito bom e se os acontecimentos estão meio corridos. De acordo com os meus cálculos, o período de tempo que da Ella no CRUEL até se encontrar com os meninos é de três a quatro dias, eles se reencontrando no quarto. Por isso está corrido, porque isso tudo, desde o capítulo passado, está acontecendo literalmente em DOIS dias.

E esse final em? Agora vocês descobrem o porque do Elliott existir na fic😝

Próximo capítulo vai se passar no passado, avisando aqui já para vocês ficarem cientes e prepararem o coração porque vai ser triste.

Peço desculpas pela demora, tava concentrada na minha fanfic de THG, que está no final, para acabar ela logo. Porque, é só depois que eu concluir ela, que vai vir a tão pedida fanfic do Newt. Por isso demorei um tico😔

FALTA POUCO PARA ELA SE REENCONTRAR COM OS MENINOS! Uns... três capítulos, acho. MAS FALTA POUCO! Como será que vai ser a reação deles ao vê-la? Deixem suas teorias aí!

Também quero teorias do que está acontecendo com a Ella! Não vai ser tudo totalmente revelado no próximo capítulo, mas algumas coisas já vai dar para esclarecer e imaginar.

O que estão achando da fanfic até agora? Por favor, deixem suas opiniões sinceras ou/e uma crítica construtiva, caso tenha uma.

PERGUNTA GENUÍNA: vocês acham que a Ella e o Minho tem cara de pais de menino ou de menina? Uma curiosidade só, mas não quer dizer nada😶🤫

QUERO AGRADECER AOS 4,9K DE VOTOS! SÉRIO GENTE! MUITO OBRIGADA MESMOOO A TODO APOIO E CARINHO QUE VOCÊS DÃO PARA A FANFIC! AMO VOCÊS💜

Peço perdão pelos erros ortográficos, tento ao máximo evitá-los, mas pode passar despercebido.

Vejo vocês no próximo capítulo💜✨️

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