capitulo oito.
> a música a cima tem tudo haver com o Suna desta história então dedico a ele!
contém uso de drogas ilícitas
— chapado eu realmente só queria você
Após a insistência sem folga de Isabella fui obrigada a concordar em ir à festa hoje à noite. Minha animação estava em negativo, desde ontem passei a noite procurando vagas de empregos ou pequenos estágios, quando eu vi que era realmente sério a clínica de reabilitação do meu pai, eu percebi que precisava fazer o máximo para conseguir ajudar ele. E eu só iria conseguir depois que estivesse empregada.
Marquei para amanhã uma entrevista à tarde, parecia um bom cargo, era na área de perfumes, e sendo principalmente a área que me interessa pós escola, vi enormes vantagens caso conseguir esse cargo, que fiz questão de marcar a reunião logo, não me importando em ser domingo, eu não iria ter nada para fazer de qualquer maneira.
Estava no meu computador começando alguns slides para o trabalho de história que eu descobri hoje que foi passado, quando Isabella entrou no dormitório carregada de sacolas, sua namorada carregava apenas uma mine embalagem.
— Wow, de quem é o aniversário? - comentei comendo um salgadinho.
— São as roupas que a Sayuri comprou para ir na festa de hoje - arregalei os olhos.
— Você vai debutar? - perguntei vendo que ali continha mais de cinco sacolas, pensei que era uma festa comum.
— Gata, eu preciso ter opções, no provador todas ficaram lindas mas chegando em casa é outra coisa.
— Além disso, isso é pra você - me estendeu uma sacola preta.
— Que isso? - falei enquanto abria o lacre
— Uma lembrancinha para você usar, visto que você só tem roupa de caminheiro - exclamou enquanto pegava minha jaqueta bege.
Fiz uma careta.
— Algum preconceito com caminheiros? - mostrei a língua para ela. Se Isabella era alguém céticamente correto, Sayuri era totalmente o oposto.
Tirei da sacola um vestido aveludado preto, as alças eram mais finas que meus dedos mindinhos.
Neguei alto.
— Não vou usar isso de jeito nenhum.
ههههه
"Não vou usar isso de jeito nenhum"
Foi o meu último pensamento como um cidadão livre dessa cidade, porque depois eu não pode escolher nem o que eu iria comer no almoço. Sayuri depois de decidir a sua roupa, me fez de boneca, e o pior de tudo é que eu não pude reclamar, Isabella me ameaçou com o meu pior pesadelo, ela iria criar um blog com a minha vida baseada nas história da sua cabeça. Quase chorei nos pés dela.
Agora eu me encontrava me olhando no espelho, até que a namorada da minha amiga, não tinha um péssimo gosto. Como eu não queria usar o tubinho pelo decote, ela me fez vestir uma camisa social branca de mangas curtas, o vestido por cima e para completar botas pretas que batiam na metade das minhas panturrilhas. Não estava nada mal, por alguns instantes eu até me senti bonita.
— Coloque essa tiara, vai ficar linda - Bella esticou o objeto vinho escuro para mim. Aceitei e arrumei os meus fios.
Depois disso não coloquei mais nada, apenas deixei Sayuri fazer minhas sobrancelhas e colocar um gloss. Era suficiente, eu nunca fui muito de maquiagem, então queria começar do básico primeiro.
Depois de escovar os dentes, eu percebi como minhas amigas estavam lindas, Isabella usava uma tactel azul com uma camisa cinza escuro e saltos altos pretos, já Sayuri um conjunto de saia e top de pelinhos rosa, ela realmente parecia uma barbie.
— Estamos todas prontas, irei pedir pro meu irmão levar a gente - concordamos e saímos dos dormitórios com o mínimo de barulho possível.
Apesar de ser feriado, alunos não podiam sair depois das 22h e nem entrar, quem fosse pego tomaria suspensão. Mas a maioria dos adolescente ali estavam pouco se importando para as regras. Era apenas uma troca de suborno com a inspetora e alguns pulos escondidos, eu nunca pensei que hoje eu seria esse tipo de aluno.
[...]
Me encontrava parada de frente a uma enorme mansão com luzes roxo neon espalhadas pela sacada e resto de copos de bebida pela entrada. Foi nesse momento antes de pisar para dentro do local que meu peito apertou dizendo que ali não era o meu lugar, e realmente não era, tenho dezoitos anos e nunca havia pisando em uma festa assim, não era comum festas tão grandes na região que eu morava.
Entramos na casa e logo na entrada pessoas se pegavam de um lado e do outro dançavam alguma coisa que estava inaudível para meus ouvidos. Segui Isabella para os fundos da casa e lá eu pude ver o time de vôlei, me aproximei mais deles deixando minha amiga ir falar com algumas pessoas conhecidas por ela.
— Olha quem ta' aqui - Osamu foi o primeiro a falar comigo, em seguida eu cumprimentei os garotos.
— Quer que eu pegue uma bebida para você? - Aran comentou atrás de mim e eu me virei para respondê-lo.
Porém minha voz morreu com a visão que eu tive à frente. Suna estava sentado em um sofá verde a beira da piscina, porém não estava sozinho, duas garotas semi nuas, sentadas em cada lado dele, uma chupava seu pescoço e a outra tinha suas mãos por todo o corpo dele, e dali eu pude perceber um tabaco preto em seus dedos, enquanto sua outra mão puxava o cabelo da morena. Entretanto o que mais me chamou a atenção era como ele estava machucado, as mãos vermelhas com band-aid para tentar disfarçar, e sua maçã esquerda do rosto estava roxa.
Ele ainda não tinha me visto, e a imagem dele passando a mão nas garotas estava me deixando enjoada, ignorei totalmente os outros garotos e fui para dentro procurar minha amiga. Eu queria ir embora.
— [Nome] senta aqui com a gente! - Sayuri gritou de um sofá da sala de star. Andei até lá.
— Isa, podemos ir embora? - falei próxima ao seu ouvido.
— Por que, o que aconteceu? - segurou minha mãos.
— Só quero ir embora - neguei com a cabeça.
— Tudo bem, daqui a pouco nós vamos ok? Vou ir conversar com Sayuri - ela piscou para mim.
E eu concordei vendo minha amiga ir para outro lugar com sua namorada, no fundo eu sabia que ela não ia voltar tão cedo mas fiz a ilusão que sim. Onde eu estava sentada havia algumas pessoas cheirando cocaína e outras misturando as bebidas com MD, o cheiro de droga e álcool estavam tão fortes que fui obrigada a levantar para não ficar tonta. Caminhei até a cozinha em busca de água e encontrei Atsumu lá.
— Oi pequena
— Oi - comentei parando ao lado dele.
— Fiquei preocupado, você saiu do jardim correndo - estendeu um copo de ponche e eu neguei.
— Estou bem, só acho que não deveria ter vindo - comentei finalmente pegando água, foi da torneira mesmo.
— Você está linda, fiquei feliz de te encontrar aqui - ele puxou o cabelo da minha face e eu sorri para ele.
— Obrigada. - eu sabia que Atsumu estava um pouco alterado pelo álcool, e também sabia que ele não iria fazer nada contra mim, porém me distanciei um pouco dele quando percebi que ele se aproximava mais.
— Onde está o Osamu? - perguntei em busca de manter um outro assunto, ele deu de ombros.
— A última vez que eu o vi ele estava chapado se pegando com o dono da festa.
— Quem é o dono da festa? - levantei a sobrancelhas, não sabia que o Samu curtia garotos também.
— Akaashi.
Concordei mesmo não sabendo quem era.
— Eu vi o Suna lá fora - saiu antes mesmo de eu pensar. Vi Atsumu arquear uma sobrancelha para mim.
— Ele está todo fodido não está? Aquele retardado adora se meter em encrenca e-
— Eu não acho que tenha sido em uma briga - Cortei ele — Só estou querendo dizer que Suna não parece muito de briga. - joguei meu cabelo atrás da orelha. Por que eu comecei falar dele?
— É, você tem razão, porém ele não sabe se controlar.
— Eu irei procurar o Kita, vamos fazer um jogo, quer participar? - eu concordei, não queria ficar sozinha até Isabella voltar.
[...]
Como eu não queria beber, Atsumu se ofereceu para beber em meu lugar toda vez que eu errava a bolinha de ping pong no copo. Ele já estava bem bêbado e eu descobri que sou péssima de mira, não importa a distância. Kita mesmo bebendo pelo seu time todo ainda não tinha caído, percebi que ele tinha uma resistência boa para o álcool. Nunca pensei que o capitão do time fosse de beber.
— Atsumu já está muito alterado, acho bom levar ele lá para cima. - Aran comentou quase caindo em mim.
— Acho bom, vocês dois subirem - Kita comentou.
— Eu quero água - Atsumu comentou
— Eu vou pegar água para vocês, já volto - falei correndo fora do cômodo.
Passando por alguns corredores em julguei ter visto Isabella, então eu corri em sua direção, porém a morena não estava ali. Andei mais um pouco pela a casa até chegar na entrada da mansão de novo. Me apoiei na lacuna ao lado. Olhei no meu celular as horas e já se passava das 2h da matina, isso porque era para eu ter ido embora antes da meia noite.
Eu deveria matar a Isabella.
Olhei meu campo de visão, e meu corpo tremeu quando percebi que o Rintarou estava encostado em sua moto terminado de fumar um. Só agora consegui reparar em como ele estava lindo. Usava botas grossas pretas combinado com todo o seu look escuro, a única coisa que se destacava era a correntinha prata em seu peito, os anéis em formatos de cobra dava um grande charme para sua mão machucada. Ele estava muito, muito atraente.
Quando ele soltou a fumaça para o ar nossos olhares se encontraram, e eu pude sentir a energia toda atravessar meu corpo em êxtase. Seus olhos percorram todo o meu corpo me passando todo o calor deles ali. Ele sorriu para mim ainda com o cigarros nos lábios e depois virou o rosto para o outro lado.
Meu corpo ainda estava todo elétrico e sem a minha autorização minhas pernas se moveram para o lado do moreno. Estávamos frente à frente agora.
— Suna
— [Nome]
falamos juntos.
— Sim? - me apresei para falar.
— Não pensei que viria a uma festa.
— Nem eu.
Fomos breves e rápidos, mas foi o suficiente para dar vida ao meu corpo que se encontrava formigando na sua presença.
— O que aconteceu para você não ter ido às aulas? - finalmente criei coragem para perguntar o que tanto martelava na minha cabeça.
— Isso é do seu interesse? - disse jogando seu cigarro no chão e levando as mãos nos bolsos da calça.
— Não é, mas eu ainda sim queria saber o que aconteceu com você, por quê suas mãos estão tão machucadas? - eu disse encarando sua corrente, não acho que eu tinha coragem suficiente para olhá-lo agora.
— E você realmente se importa se eu falar? - ele jogou a cabeça para o lado em busca dos meus olhos mas eu virei para o outro lado.
Por que Suna tinha que ser tão difícil? Era como se ele me puxasse para perto e logo em seguida me empurrasse para o chão, eu nunca sabia para que lado deveria ir com ele.
— Eu só...fiquei preocupada, só queria saber se está tudo bem com você... - minha fala morreu após meu rosto esquentar por ter finalmente dito em voz alta o que neguei no silêncio para mim.
Olhei para os meus pés sem graça e derrotada.
— Olhe para mim - ele levou os dedos até meu queixo me fazendo encarar ele — Assim eu consigo ler seus lábios.
Meu coração gritou no peito.
— Você ficou preocupada comigo? - perguntou enquanto escorregou seus dedos para minha bochecha e eu fechei os olhos.
— Tão fofa - foi tudo o que ele disse antes de se afastar do meu corpo. O vento gélido bateu no meu rosto me obrigado a abrir meus olhos, e por algum motivo eu senti meu corpo murchar agora que estava longe do dele.
Eu olhei para ele dali e suspirei alto, aceitei que ele não iria me contar o que aconteceu, eu até entendi o motivo, nem éramos tão próximos assim. Acho que no fundo ele estava certo em não me deixar saber.
Um flash atingiu minha visão me fazendo pular um pouco pro lado.
— Apaga - disse no momento em que percebi que ele havia acabado de bater um fotografia minha.
— Não.
— Por que? - eu nunca fui muito fã de fotos.
— Porque você é linda.
Bufei.
— Corta essa. - eu não sabia se aquele elogio era realmente o que ele queria falar.
— Gosto de ser seu paparazzi - ele comentou tirando outra foto minha. E eu coloquei a mão na frente.
Dei as costas para ele, e procurei meu celular para mandar uma mensagem para Isabella, mas quando eu abri o Wchat vi que tinha um recado da mesma.
"[Nome] vamos ficar até as 5h, tudo bem? O irmão da Sayuri irá vir buscar a gente"
Bati meu celular na minha testa, droga eu devia saber que não posso confiar nela.
— O que foi? - senti ele próximo demais de mim.
— Vou embora - comentei.
Eu realmente precisa, já estava cansada da música alta nos meus ouvidos e o cheiro de álcool pelo local, e amanhã, no caso hoje, eu tinha uma entrevista, necessitava ir embora para tentar dormir.
— Para onde? - ele arrastou meu cabelo para o lado, tendo uma visão do meu pescoço e eu o encarei de soslaio.
— Eu não sei, vou tentar entrar nos dormitórios, estou cansada - falei me afastando dele quando senti seus dedos quentes tocando de leve a minha pele exposta, a área ali se arrepiou.
— Eu te levo para casa.
— Não, obrigado!
Ele comentou e eu apenas o ignorei caminhando para fora do local da festa. Suna não estava em suas melhores condições e algo me dizia para me manter distância dele. Porém foi em vão quando sua moto praticamente se jogou em cima de mim. O olhei assustada.
— Suba, eu estou mandando.
NOTAS DA AUTORA
> próximo capítulo será agitado e não de uma maneira boa 🤝.
até segunda!
*desculpe erros ortográficos
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