capitulo dezesseis.
— você me tocou,
sem nem precisar
me tocar.
[...]
Eu estava do lado de fora da biblioteca, nas escadas de mármore do prédio, enquanto esperava o gêmeo loiro chegar. Já era de noite, o céu brilhava iluminado pela imensidão da lua, junto com suas estrelas em conjunto. Fechei meus olhos buscando ter alguma conectividade com aquele imenso céu azul escuro, um fino fio da minha vida passou diante da minha mente, tudo o que acontecera até aqui foi criando destaque na minha cabeça.
Ao mesmo tempo que eu me sentia tão aflita e confusa sobre tudo, eu sentia uma imensa felicidade invadir cada poro do meu corpo. E esse efeito era único de Rintarou Suna, eu ainda estava aprendendo a lidar com toda essa vastidão de sentimentos que surgia em mim, toda vez que ele aparecia. Ouvir seu nome era como uma conotação entre positiva ou negativa, era algo mais forte que em qualquer língua, ou ele me acendia como fogo ou ele me deixava em dias de agonia como o fluxo intenso da água.
— O que você tanto pensa? - Atsumu me trouxe de volta a realidade, e eu o encarei.
— Em nada - eu respondi simples — Vamos?
Ele concordou e seguimos o caminho de pedra pelo campus já vazio de presença estudantil.
— Sabe...- sua voz invadia cada átomo presente ali.
— Sim?
— Não quero que fique brava comigo pelo o que aconteceu com Suna, é um problema nosso, mas saiba que eu nunca faria algo para te ferir, diretamente ou indiretamente.
Ele soou calmo e com tanto timbre na voz, que era como se ele tentasse tirar o peso do mundo das minhas costas.
— Eu não estou, sei que você também está magoado com essa história. - dei o meu melhor sorriso para ele.
— Você é extraordinária, como é tão fácil para você ser gentil com as pessoas? - ele perguntou.
Eu sorri.
— Porque as pessoas ultimamente não foram gentis comigo.
Não conversamos mais pelo caminho, mas também não foi preciso, o nosso silêncio conversava por si só, ele era confortável de se ouvir. Atsumu me dava confiança suficiente para eu ser quem eu era de verdade ao lado dele.
Estávamos chegando próximo ao dormitório feminino, então resolvi me pronunciar antes que me esquecesse.
— Me desculpe. - cocei minha garganta.
Ele estendeu as sobrancelhas para mim.
— Pelo o que?
— Por aquele dia na festa, eu sumi sem avisar e não nos falamos mais depois disso. - minhas mãos mexiam em uma mecha de cacho.
— Não precisa me pedir desculpas por isso, [Nome] - ele soltou uma pequena risada.
— É que você parecia estar me ignorando a semana toda. - o olhei discretamente.
— E eu estava. - ele colocou o braço na sua nunca — Admito que fiquei com um pouco de ciúmes quando soube que você foi embora com Suna, aquele dia.
Ele parecia envergonhado com o que tinha acabado de falar.
— Você estava com ciúmes do Suna? - eu gargalhei — Por acaso você gosta dele? - eu ri mais ainda quando paramos de andar e ficamos frente à frente.
— Eu estava com ciúmes de você, boba.
O meu riso morreu assim que ele terminou de falar a frase, o encarei meio desconfiada esperando ele rir mostrando que era uma brincadeira, mas Atsumu ainda me olhava sério.
Um clima sem graça entrou no ar.
— Está brincando né? - eu comentei e o loiro soltou todo o ar em seus pulmões. Seus olhos deixaram o meu.
— Sim, estou - ele disse antes de colocar uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
— Bem, boa noite, pequena.
Seus lábios tocaram de leve a minha bochecha, eu quase mal pude sentir o toque do atrito, enquanto ele passava por mim, seguindo o escuro, e eu me virei para entrar nos dormitórios ainda confusa com suas palavras.
...
De manhã quando cruzei a sala de aula, eu senti uma tontura interminável assim que meus olhos bateram em Isabella. Eu não tinha me encontrado com a garota hoje de manhã, então vê-la agora me causou surpresa, principalmente pela forma como estava vestida. Não usava seu habitual uniforme escolar, mas sim roupas pretas junto de óculos escuros, e o principal detalhe era que hoje nem estava sol!
— Teremos algum enterro hoje? - perguntei assim que me sentei na carteira, e ela me olhou com raiva.
— Sim, iremos enterrar a velha Isabella, pois a nova acabou de nascer essa manhã. - apontou para si mesma como um troféu.
— Era pra eu ter entendido? - fiz minha habitual careta de sempre quando ela falava como uma atriz de hollywood.
Vi ela bufar em frustração.
— Eu estou decida a achar quem riscou a droga da nossa porta, agora que minha mãe me aceitou irei fazer questão de processar o delinquente. - ela fez um símbolo de joia com dedos e parecia determinada.
— Eu fico feliz por isso amiga, mas como iremos descobrir? - levantei minhas sobrancelhas, eu também queria descobrir quem era essa pessoa de índole.
— Eu tenho para mim que o diretor já sabe quem é, ou pelo menos desconfia, e como você vai na sala dele hoje, é sua missão arrancar alguma coisa dele. - piscou para mim.
— Então o seu plano é mandar eu fazer as coisas? - fui cínica enquanto minhas sobrancelhas se levantaram.
— Sim, mas tudo bem, eu faço a parte difícil que é acusar o agressor. - abaixou seus óculos e piscou para mim.
Eu ri dela e de qualquer próximo ato vindo dela, eu sabia que ela ainda estava aflita com todo o ocorrido, essa era a única forma que ela encarava o problema, como brincadeira, era o único jeito que a morena superava isso. Era óbvio que Isabella estava machucada, e mesmo assim ela fingia que não. Isso apenas mostrava o quanto a garota exalava coragem de ser quem ela era, eu queria ter pelo menos 1% da força que Isabella tinha.
Mas comigo as coisas funcionam diferente, eu preferia ignorar o problema até que ele sumisse por contra própria, encarar de frente situações indesejáveis estava longe de ser o meu hobbie favorito, mas ter Isabella junto não era uma opção ignorar o problema.
Quando a hora do intervalo chegou, a garota me acompanhou com o monitor até a sala do Sr.Fuyki, me repassando todo o plano dela, que para mim não fazia nenhum sentido lógico, mas eu concordei com todos.
— Licença diretor, mandou me chamar? - argumentei assim que fechei a porta atrás de mim.
— Sente-se por favor, senhorita Yagami. - indicou a cadeira de veludo da sua sala. E eu obedeci.
— Eu queria te dar isso, é sobre o teste de matemática que você irá fazer - ele me estendeu sorrindo.
Eu peguei o papel enquanto lia algumas regras, como eu era uma bolsista, era comum minhas médias serem mais altas que a maioria, e como o Inarizaki tinha uma reputação de boa média nas olimpíadas de matemática e química, os testes eram para os alunos com boas notas e capazes de ganhar as olimpíadas. Então fazíamos uma prova para avaliar nossos conhecimentos, e as notas mais altas, iam para a segunda fazer competir com outras escolas.
Eu me sentia um pouco tensa lendo o pequeno papel, estava com um peso nas costas que eu não tinha certeza se era capaz de suportar, eu sabia que manter uma bolsa nesse colégio era extremamente difícil, porquê o perfeito aqui é o mínimo que um aluno tem que mostrar, e erros não são uma opção.
— Eu tenho certeza que você vai bem na prova, ficaria muito satisfeito em ver uma aluna com notas iguais a sua competindo nas olimpíadas.
— Eu não sou tão boa em matemática senhor, agora em química eu sei que consigo. - sorri e ele levanta ainda com um sorriso presunçoso nos lábios.
— Se não é tão boa, fique boa, suba o nível, mostra-se perfeita, temos uma bolsa em jogo aqui, não? - ele comentou parando atrás da minha carteira.
— Sim, senhor - engoli em seco, ele tinha mais autoridade e isso me deixava tensa.
— Sabe, senhorita... aconselho que se afaste de Rintarou Suna, ele precisa focar no time de vôlei e você nos seus estudos, e veja bem, se caso você chegar no final do teste, eu mesmo te recomendarei para a faculdade que tanto deseja entrar.
Virei o encarando de cima.
— Quer ir para Oxford não quer? - eu concordei — Você está mais perto dela do que imagina menina, porém precisa cortar alguns males pela raiz, você e Suna buscam caminhos diferentes, um só vai atrapalhar o outro.
Ele se sentou na cadeira ao meu lado, juntou seus braços enquanto atirava balas em mim de uma maneira terrivelmente dolorosa.
— Não acho que a minha vida seja do seu interesse diretor. - eu o encarei enquanto segurava firme no tecido da cadeira.
— Está correta, mas a sua vida acadêmica é do meu interesse, e não quero que uma boa aluna se perca por amores fúteis do colegial. - fechei meus olhos.
— Agradeço a sua preocupação, mas ela é desnecessária, eu sei bem quando é a hora de ir embora de algo que está me fazendo mal.
— Eu espero que saiba mesmo, senhorita [Nome] Yagami.
Dali a conversa tomou outros rumos, fui comunicada que teria que ajudar na cozinha da escola como punição de ter saído no sábado sem autorização, mas eu sabia que era por principalmente ter saindo atrás de Suna, eu não entendi qual era a do diretor e sua teima com o garoto, no final eu não consegui distinguir se ele estava preocupado comigo ou com ele, mas não importava, eu não havia gostado nenhum pouco do tom dele.
E piorou mais quando eu perguntei sobre o ocorrido no meu dormitório e ele havia respondido que tudo já estava resolvido. No final Isabella tinha razão, ele sabia quem tinha feito isso e estava protegendo, colocando a culpa em nos duas, como se fôssemos nos que tivesse causado toda uma confusão. E isso mostrava bem, a pessoa estava bem próxima a ele.
— A, [Nome], seu pai me ligou, ele disse para você começar a aceitar as ligações dele - meus músculos travaram com o começo da sua frase.
— Meu pai? - eu comentei, mas eu não me lembrava de nenhuma ligação dele há tempos.
Talvez eu estivesse no automático ignorando suas mensagens, mas ligações eu sabia que não tinha nenhuma, e no fundo eu até estava aliviada sobre isso. Não ter meu pai no cotidiano era como uma grande bolsa de oxigênio nos meus pés, e eu finalmente estava respirando com meus próprios pulmões. Ele não era uma pessoa ruim, apesar de dificuldades em casas, ele sempre tentou fazer de tudo ao seu alcance, mas o problema de quando você tem um pai alcoólatra, é que você tem apenas um alcoólatra.
Eu me despedi do homem mais velho e me movi para fora de sua sala indo direto para a cantina, talvez mais tarde eu falasse com Isabella, hoje seria difícil de encontrar a morena, ambas estariam ocupadas, ela com seu clube de jornal e eu terminando os a fazeres, inclusive ainda tinha que terminar nosso trabalho de história.
Mais tarde, depois de ajudar com a limpeza da cozinha escolar, eu já tinha minha mochila em mãos, e procurei o corredor mais próximo que me levasse a biblioteca escolar, não a de estudos. Porém o que me irritou pelo caminho foram alunos, não a fim de disfarçarem que cochichavam enquanto eu passava por eles. Olhares curiosos e julgadores ainda era novo pra mim, muito destaque me deixava nervosa, no final, eu acabei cruzando meu próprio caminho, mudando meu rumo e procurando outro lugar pela escola.
[...]
Ignorando a biblioteca cheia, eu fui para as salas de aula, onde não teria ninguém e poderia me concentrar sem interrupções de outras pessoas.
Como segundas-feiras as aulas terminavam até de tarde, era comum algumas salas ficarem abertas à noite para a limpeza. E eu me diriji para a que eu sabia que seria a última a ser limpada, o laboratório de ciências. Apesar de não usarmos muito ele, o local era limpado diariamente.
Assim que eu virei a maçaneta da sala meus olhos se hipnotizaram com o que viram.
Suna estava desenhando com pincéis e tintas uma tela de tamanho médio no meio da sala. Ele estava concentrando, seu lábio segurava um pincel roxo enquanto suas mãos caminhavam como uma pena pela tela. Eram gestos tão delicados e simples que eu nem sabia que Rintarou podia expressá-los, estava bem na minha frente um lado que eu não suspeitava que existia em Suna.
Por Cristo, será que existia alguma coisa que esse homem não sabia fazer?
— O que está pintando? - eu comentei enquanto adentrava o local.
Ele pareceu se assustar.
— A quanto tempo está aí? - jogou os pincéis para o lado.
— Cheguei agora, até pensei que tinha entrado na sala errada, não é comum pintarem no laboratório de ciências. - zombei divertida enquanto apoiava meu material na mesa do professor.
— Estou proibido de entrar na sala artes, esse foi o meu castigo e o seu? - limpava as mãos em uma toalha branca.
— Ajudar na limpeza da cantina. - revirei meus olhos.
Ele ficava sem entrar em uma sala de aula e eu tinha que limpar?
— Se te conforta também tenho que limpar a quadra toda sexta - comentou como se lesse meus pensamentos.
— Me sinto melhor agora, obrigado - pisquei para ele. — Eu não sabia que você pintava.
— Era um hobbie da minha mãe, e aliás, eu sei fazer muitas coisas que você não sabe. - comentou guardado as tintas e o resto dos matérias.
— Tipo o quê? - eu me coloquei inclinada na mesa.
— Interessada em descobrir? - levantou uma sobrancelha.
— Sim, principalmente no que você estava pintando aí - comentei indo em direção a tela com os braços cruzados.
— Ow, o que você está fazendo aqui em? - apontou para mim me empurrando para longe de sua tela, me impedindo de ver qualquer detalhe nela.
— Vim terminar meu trabalho de história, Isabella me deixou na mão. - fui um tanto dramática na fala, mas não era mentira em todo lado.
— A eu já fiz metade dele, podemos juntar as partes. - sorriu jogando seus ombros.
— Não vamos juntar, eu não estou fazendo o trabalho com você, Suna. - ele era tão teimoso que ainda batia contra minha palavra sobre isso.
— Por que? Eu perguntei ao professor se podia me juntar com vocês e ele permitiu - o olhei perplexa.
Isso tudo era vontade de fazer um trabalho de
história? Ele nem precisava dessa nota.
— Por cristo Suna, por quê está insistindo tanto em fazer esse trabalho comigo? - eu queria uma resposta verdadeira vindo dele, e ele me deu a única que eu sabia que era mentira.
— Eu não sei.
Eu ri um pouco da situação, mas eu virei de costas para ele, buscando meu material, eu senti que não pararíamos a lugar nenhum com esse assunto de novo. E por hora não dava para eu ficar esbarrando em Suna assim, ficar próximo demais me desconcentrava das minhas obrigações.
— Eu vou para outra sala, te deixarei pintar em paz agora. - comentei guardando meus livros.
— Porra, por que você nunca me escuta? - ele agarrou meu braço.
— Porque você não quer ser escutado, Suna.
— Por que você está me negando tanto, [Nome]? - seus dedos começaram a subir pelo meu braço, fazendo um carinho suave — Por quê faz isso comigo?
Eu só consegui associar aquela pergunta com Atsumu. E por quê? Porque por algum motivo, eu sentia que Suna queria que eu o tratasse como tratava Atsumu, ele sempre ligava o gêmeo em pequenas coisas, e isso me machucava um pouco. Sera que ele pensava que eu não gostava dele ou não sentia nenhuma atração? Eu até assumo que eu poderia sim ter isso por Rintarou, afinal quem não teria? Mas agora, as coisas exigiam algo que era maior do que o meu desejo. O meu problema aqui, era que Rintarou e eu, já estávamos em boatos escolares, o que prejudicava a minha bolsa, e a cada vez que ele se aproximava mais eu tinha medo que uma fatalidade acontecesse. Eu ainda andava por uma linha tênue, entre me juntar a Suna ou me afastar dele, e enquanto isso envolvesse minha vida acadêmica, eu ficava mais aflita ainda.
Respirei fundo antes de me virar totalmente para ele e encontrar as pupilas verdes amareladas de Suna. Deixei que ele segurasse minha cintura e eu toquei delicadamente em seu rosto com minha mão direita. Ele cobriu a minha mão com a sua e beijou calmamente a palma dela.
— Eu acho q- fui cortada pelo seu dedo indicador precionado nos meus lábios.
— Você acha demais, isso me irrita. - ele desceu a mão segurando meu queixo de um jeito nada carinhoso.
— Você que é irritante.
— Tudo em você me irrita - ele abaixou mais seu olhar para mim.
— E você acha que pode controlar tudo, isso me irrita. - me aproximei mais dele.
— Mas eu posso, eu sou um bloqueador central, nada escapa dos meus olhos.
Ele correspondeu a minha aproximação enquanto me fitava com intensidade, era como algo selvagem e profundo na forma em que ele me olhava agora. Quase posso jurar, que fiquei sem ar, meu coração estava batendo contra minhas costelas em um ritmo nada natural. E todo o meu corpo parecia reagir de uma forma quente, cada vez mais que seu rosto chegava próximo do meu. Minhas entranhas se agitaram, minhas mãos tremiam, e um nó se instalou por toda a minha garganta. E quando eu tive coragem de abrir a boca para mandá-lo se afastar, tudo aconteceu. Ele cortou a pequena distância entre nós de uma forma desesperada, e então os seus lábios finalmente tocaram os meus.
E eu já não tinha mais noção de nada.
Foi um beijo urgente.
Seus lábios gritavam pelos meus de uma maneira impressionante, eles não pediram permissão, apenas atacaram a minha boca com toda a vontade que tinham, seus lábios eram possessivos, e suas mãos mostravam isso enquanto ele agarrava meus cabelos. Quando nossas línguas se tocaram, uma explosão de sentimentos se apoderou do meu corpo. Ele não queria me soltar e eu muito menos, meus lábios se viciaram no sabor de menta da sua boca, e eu queria tê-los por uma noite inteira.
Meu dedos fecharam em sua camisa em punhos enquanto o beijava. Me sinto como se pudesse derreter nele, como se estivesse recuperando uma parte de mim que eu nem sabia que me fazia falta até agora.
Um grunhido rouco escapa da sua garganta quando me permito colocar as minhas mãos ao redor do seu pescoço. Sua carícia é implacável e devastadora, eu me sentia aturdida e eufórica.
A necessidade de oxigênio invadiu meus pulmões, e nunca foi tão doloroso fazer alguma coisa como se afastar da boca dele. Encostei minha testa na sua, e tentava recuperar o ar. Sua respiração também estava trêmula e irregular, mas não me atrevi abrir os olhos para encará-lo.
— Finalmente alguém teve seu primeiro beijo. - eu ri baixo com sua frase.
— Mas eu já beijei antes, Suna. - era verdade, mais nova, eu já tinha matado a minha curiosidade.
— Eu sei, eu estava falando de mim.
Ai caralho! Eu o encarei com meus olhos levantados.
— Você-
Mas eu fui mais uma vez cortada por ele, porém dessa vez os seus lábios beijaram os meus de forma delicada e lenta. Agora eu sentia a paixão se derramar pela minha língua enquanto a sua explorava cada canto da minha boca. Foi inevitável não gemer no meio do beijo. Eu senti o meu corpo aquecer enquanto nos beijávamos, e minhas mãos puxaram seu cabelo em busca de mais desse sabor maravilhoso, um sabor de tudo aquilo que eu nunca tive mas que sempre senti falta.
O beijo foi parando de forma lenta e passiva, meus lábios não queriam deixar os deles, busquei até o último toque que pude recebendo um selinho doloroso, enquanto eu abri meus olhos lentamente, encontrei sua face rosada.
— Você fala demais, isso também me irrita.
NOTAS:
off: vazou Suna bvzinho quem diria em.
até
o
próximo
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